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APG 19 - CAROÇO NO PESCOÇO

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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 1 
APG 19 – Caroço no pescoço 
1) COMPREENDER A EMBRIOLOGIA DA TIREOIDE E DO DUCTO 
TIREOGLOSSO 
→ É a primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião. 
→ Ela começa a se formar aproximadamente com 24 dias após 
a fecundação. 
→ Ela se origina a partir de um espessamento endodérmico 
mediano no assoalho da faringe primitiva, forma uma pequena 
evaginação: primórdio da tireoide. 
→ Então nos primórdios da faringe primitiva terá um 
espessamento do assoalho da endoderme, que vai dar origem 
à tireoide primitiva. Logo após, ela vai migrar ao longo do 
desenvolvimento do embrião, indo em direção à região cervical. 
→ Com o desenvolvimento da língua, ela vai “empurrar” o broto 
da tireoide primitiva, resultando na descida da glândula tireoide 
pelo pescoço, passando ventralmente ao osso hioide e 
cartilagens laríngeas. 
→ Durante o desenvolvimento embrionário a tireoide vai manter 
uma ligação provisória com a língua por meio do DUCTO 
TIREOGLOSSO, que ao longo do desenvolvimento vai atrofiar. 
Quando esse ducto persiste é um remanescente embriológico, 
e é raro. 
 
→ Em 7 semanas, a glândula tireoide assume sua forma 
definitiva e está geralmente localizada em seu local final no 
pescoço. 
→ Nessa altura, o ducto tireoglosso normalmente já degenerou 
e desapareceu. 
→ A abertura proximal do ducto persiste como uma pequena 
fosseta no dorso (superfície posterossuperior) da língua, o 
forame cego (cicatrização do fechamento do ducto 
tireoglosso). 
 
✓ CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: quando o ducto persiste, 
pode formar um cisto na língua ou na parte anterior do 
pescoço, geralmente imediatamente inferior ao osso hioide. A 
maioria dos cistos é observada na idade de 5 anos. A menos 
que a lesão se torne infectada, a maioria delas é 
assintomática. O inchaço produzido pelo cisto do ducto 
tireoglosso geralmente se desenvolve como uma massa 
indolor, de crescimento progressivo e móvel. cisto pode conter 
algum tecido tireoidiano. Quando ocorre infecção de um cisto, 
uma perfuração da pele pode se desenvolver, formando um 
seio do ducto tireoglosso, que normalmente se abre no plano 
mediano do pescoço, anterior às cartilagens laríngeas. 
 
A superfície anterior de uma 
glândula tireoide adulta dissecada 
mostra a persistência do ducto 
tireoglosso. Observe o lobo 
piramidal ascendendo a partir da 
borda superior do istmo da 
glândula. Ele representa uma 
porção persistente da 
extremidade inferior do ducto 
tireoglosso que formou o tecido 
tireóideo. 
A, Esquema de cabeça e pescoço mostra as possíveis localizações de 
cistos do ducto tireoglosso e de um seio do ducto. A linha tracejada 
indica o trajeto tomado pelo ducto durante a descida da glândula 
tireoide em desenvolvimento a partir do forame cego para sua 
posição final na parte anterior do pescoço. B, Esquema semelhante 
ilustra cistos do ducto tireoglosso lingual e cervical. A maioria dos 
cistos está localizada logo abaixo do osso hioide. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 2 
 
✓ GLÂNDULA TIREOIDE ECTÓPICA: Uma glândula tireoide ectópica 
é um defeito congênito raro e é normalmente localizada ao 
longo do trajeto do ducto tireoglosso. O tecido tireoidiano 
lingual é o tecido tireoidiano ectópico mais comum. Massas 
tireoidianas intralinguais são encontradas em até 10% das 
autópsias, embora sejam relevantes clinicamente em apenas 
1 a cada 4.000 pessoas com doença da tireoide. 
 
 
2) ANALISAR A ANATOMIA DO PESCOÇO E TIREOIDE 
→ A glândula tireoide, em formato de borboleta, está localizada 
logo abaixo da laringe. É composta pelos lobos direito e 
esquerdo, um em cada lado da traqueia, conectados por um 
istmo, anteriormente à traqueia. 
→ Cerca de 50% das glândulas tireoides apresentam um 
pequeno terceiro lobo, chamado de lobo piramidal, que se 
estende superiormente a partir do istmo. 
→ A massa normal da tireoide é de aproximadamente de 30 g. 
→ Microscópicos sacos esféricos chamados de folículos da 
tireoide constituem grande parte da glândula tireoide. 
→ A parede de cada folículo é constituída principalmente por 
células foliculares, cuja maioria se estende até o lúmen do 
folículo. 
→ Uma membrana basal envolve cada folículo. 
→ Quando as células foliculares estão inativas, seu formato varia 
de cúbico a pavimentoso, porém, sob a influência do TSH, 
passam a secretar ativamente e sua forma varia de cúbica a 
colunar. 
→ As células foliculares produzem dois hormônios: tiroxina, 
também chamada de tetraiodotironina (T4), pois contém 
quatro átomos de iodo, e triiodotironina (T3), que contém três 
átomos de iodo. 
→ T3 e T4 juntas também são chamadas de hormônios da 
tireoide. 
→ Entre os folículos, podem ser encontradas algumas células 
chamadas de células parafoliculares ou células C. Elas 
produzem o hormônio calcitonina (CT), que ajuda a regular a 
homeostasia do cálcio. 
 
 
 
 
 
Esquema de cabeça e pescoço 
mostra os locais usuais do tecido 
da tireoide ectópica. A linha 
tracejada indica o trajeto seguido 
pela glândula tireoide durante sua 
descida e o antigo trato do ducto 
tireoglosso. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 3 
❖ FISIOLOGIA 
→ A liberação do hormônio da tireoide ocorre por meio do eixo 
hipotálamo-hipófise, o hipotálamo libera o TRH (hormônio 
liberador de tirotropina) que vai estimular a hipófise a produzir 
o TSH, sendo o hormônio estimulador da tireoide fazendo ela 
liberar T3 e T4. 
❖ FORMAÇÃO DO HORMÔNIO E LIBERAÇÃO DE T3 E T4 
→ Os folículos da tireoide estão repletos de coloide, que contém 
uma proteína denominada tireoglobulina, cuja molécula contém 
os hormônios tireoidianos. Na membrana, o simportador de 
Na+/I- transportam esses íons para dentro das células 
foliculares, com a exocitose da tireoglobulina e a oxidação do 
iodeto para o iodo teremos a iodinação. Com a ligação do iodo 
aos resíduos de tirosina tem-se a formação do diiodotirosina 
(DIT) e monoidotirosina (MIT). Com a união e 1 DIT e 1 MIT tem-
se a formação de T3 e 2 DIT tem-se a formação de T4, 
ocorrendo a endocitose. Ademais, há a proteólise por meio 
das enzimas proteolíticas (proteases) e por fim ocorre a 
liberação de T3 e T4 na corrente sanguínea. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• MOORE, Keith L. et al. Embriologia clínica. 10ª. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2016. 
• TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível em: 
Minha Biblioteca, (14ª edição). Grupo GEN, 2016. 
• SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017.

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