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1 
 
Pâmela Martins Bueno – Pré-natal 
Pré-natal 
AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL 
• Identificar riscos – ex: mãe com diabetes, 
precisa primeiro alcançar a normoglicemia. 
Precisa trocar a medicação para outras não 
teratogênicas. 
• Momento ideal para gestar 
• Proteção para o binômio materno-fetal 
• Para uma boa avaliação: anamnese 
detalhada, exame clinico, exame 
ginecológico, exames complementares e 
atualização vacinal. 
PRÉ-NATAL 
Importância: detecção precoce de patologias 
maternas e fetais, prevenção de intercorrências, 
redução da morbimortalidade materna e 
infantil. Pontos cruciais: 
• Início precoce 
• Boa adesão 
• Profissionais habilitados que entendam o 
ciclo gravídico e puerperal 
• Idade gestacional correta 
• Identificação de pacientes de risco 
• Serviço de apoio 
• Avaliação constante da mae e do feto. 
Periodicidade recomendada: no mínimo 6 
consultas no total pelo MS 
• 1º trimestre: 1 consulta 
• 2º trimestre: 2 consultas 
• 3º trimestre: 3 consultas 
Idealmente: mensais até 28s, quinzenais de 28-
36 semanas e semanais de 36 até o parto. Não 
existe alta do pré-natal! 
CONSULTAS 
ANAMNESE 
• Histórico pessoal, patológico, familiar. 
• Paridade: Gesta (todas as gestações que já 
teve) Para (toda gestação que foi além de 20 
semanas) Abortos (gestações que foram 
interrompidas antes das 20 semanas). 
• DUM – DPP pela regra de Naegele. Pega o 
primeiro dia da ultima menstruação 
o Janeiro a março: acrescentar 7 dias e 
subtrair 3 meses à DUM. 
o Abril a dezembro: acrescentar 7 dias 
e subtrair 3 meses à DUM. 
• Orientações: mudanças no organismo 
materno, atividade física, alimentação 
balanceada, cuidados com a higiene bucal. 
EXAME FÍSICO 
Em todas as consultas avaliar: 
• Peso – IMC (avaliar ganho ideal) 
• PA 
• AFU – altura do fundo uterino para saber de 
alteração do líquido amniótico ou 
crescimento fetal. 
• BCF – sonar após 10 semanas e Pinard após 
16 semanas. 
• Edema 
Quando necessário, avaliar: 
• Mamas – obrigatório avaliar na primeira 
consulta para ver se vai atrapalhar 
futuramente. 
• Exame especular – quando queixa de 
sangramento ou corrimento 
• Toque digital – quando tem queixa de 
contrações. 
MANOBRA DE LEOPOLD 
1. Primeira manobra: delimita o fundo uterino 
e avaliar a situação fetal 
2. Segunda manobra: avalia a posição fetal 
3. Terceira manobra: apresentação e 
mobilidade 
4. Quarta manobra: insinuação fetal (grau de 
insinuação da apresentação na pelve 
materna). 
FUNDO UTERINO 
• Existe uma correlação de 20 a 30 semanas. 
• Quando está muito pequeno pensa em 
restrição de crescimento ou oligodrâmnio. 
• Quando está muito grande se pensa em bebê 
macrossômico ou excesso de liquido 
amniótico. 
INDICAÇÕES DE PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO 
• Comorbidades maternas: HAS, 
cardiopatias, tromboses, endocrinopatias, 
DM, LES 
• Antecedentes obstétricos: óbito fetal de 
causas desconhecidas, eclampsia, 
abortamento de repetição, abortamentos 
tardios, infertilidade. 
2 
 
Pâmela Martins Bueno – Pré-natal 
• Intercorrências maternas: infecções, 
hipertensão, diabetes gestacional, anemias 
graves, exacerbações asmáticas, 
incompetência istmo-cervical 
• Intercorrências fetais: malformações, 
gemelaridade, CIUR, hidropsia, hidrocefalia, 
polidrâmnio e oligoâmnio. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Importantes para o rastreamento e 
prevenção de possíveis doenças 
• Cada serviço costuma ter o seu próprio 
protocolo. 
O que é rotina na maioria dos serviços: 
• Grupo sanguíneo: ABO + Rh – Coombs 
indireto para Rh-, mas depende. 
• Hemograma 
• Glicemia de jejum 
• Sorologias - anti-HIV, VDRL (quando 
positivo FTA-ABs), hepatite B (HBSAg), 
toxoplasmose (IgG e IgM), rubéola (IgG) 
• Urina I + urocultura. Para diabéticas é 
pedido mensalmente, mas normalmente se 
faz no primeiro e terceiro trimestres. 
Importantes tratar bacteriúria 
assintomática na gestante (> 100.000 
UFC/ml de urina) 
• Parasitológico de fezes (não pede pra todas, 
alguns só pedem se tem anemia). 
• Papanicolau – se estiver atrasado 
• TSH não é consenso 
• Eletroforese de Hb – faz em todos os 
hospitais da rede cegonha, em pacientes 
com anemias, história familiar e pessoas 
negras. 
REPETIÇÃO 
• 1º e 3º trimestres: HMG, GJ, EAS + 
urocultura e sorologias. 
• Rastreio inicial negativo para DMG: TOTG 
24 a 28 semanas 
• Suscetível a toxoplasmose: repetir a cada 2 
meses. 
• Rh negativo: Coombs indireto mensal. 
• ATENÇÃO: ITU de repetição ou DMG = 
urocultura mensal 
Pesquisa de Streptococcus agalactiae 
• Rastreio: swab vaginal e perianal de 35 a 37 
semanas. Exceto se filho anterior acometido 
e urocultura positiva na gestação atual para 
essa bactéria. Rastreio positivo ou essas 
duas situações demandam profilaxia 
intraparto. 
• Se não fez o swab e não faz parte das 
exceções, vai receber a profilaxia se 
apresentar febre intraparto (>38º), 
prematuridade (<37s) e bolsa rota 
prolongada (>18h). 
• Profilaxia intraparto: penicilina G cristalina 
ou ampicilina (dose de ataque seguida de 
manutenção até o clampeamento do 
cordão). Se alergia, pode usar cefazolina, 
clindamicina ou vancomicina. 
• Em pacientes de cesariana eletiva fora de 
trabalho de parto com bolsa integra não tem 
indicação de fazer a profilaxia. 
ULTRASSONOGRAFIAS 
• 1º trimestre – USG transvaginal: idade 
gestacional, se é tópica ou ectópica, avalia 
corionicidade nas gestações gemelares, 
corpo lúteo e viabilidade fetal. 
o Morfológico de 1º trimestre: 
importante marcador de 
aneuploidias. Avalia transluscência 
nucal, osso nasal e avaliação do 
ducto venoso. Possivel ter noção da 
morfologia fetal e doppler de 
artérias uterinas para avaliação 
prévia nas pacientes com risco de 
pré-eclampsia ou restrição do 
crescimento fetal. 
• 2º trimestre – morfológico de 2º trimestre: 
rastreamento de malformações fetais 18 a 
24 semanas. 
• 3º trimestre – biometria, placenta (madura 
ou não), se o líquido amniótico está em 
quantidade adequada, se o feto tem um bom 
crescimento e doppler obstétrico. 
Caso esteja em um local com recursos limitados, 
dar prioridade a morfológica de 2º trimestre 
(18 a 24 semanas) – faz boa avaliação da 
morfologia e consegue uma boa idade 
gestacional. 
SUPLEMENTAÇÃO 
FERRO 
• Aumento das necessidades de ferro: 
consumo fetoplacentário, produção de 
hemoglobina e mioglobina e depleção por 
perdas (principalmente no parto). 
3 
 
Pâmela Martins Bueno – Pré-natal 
• 30-60mg de ferro elementar (150 a 300mg 
de sulfato ferroso por dia), de 20 semanas 
de gestação até 12 semanas de puerpério. 
ÁCIDO FÓLICO 
• Contribui para o fechamento do tubo neural 
(6ª semana), reduz 75% dos defeitos de 
tubo neural (espinha bífida, meningocele, 
acrânia, anencefalia, meningocele, 
encefalocele). 
• Baixo risco: 400mcg/dia 
• Alto risco: dose 10x maior – obesidade, uso 
de anticonvulsivantes, insulinoterapia, 
história prévia ou familiar de defeitos de 
tubo neural. 
• Período: 3 meses antes da gestação até 14 
semanas. 
CÁLCIO 
• 1-1,5g/dia 
• Indicações: gemelaridade, doenças 
intestinais disabsortivas, intervalo curto 
entre os partos, ingesta láctea pobre, risco 
de complicação hipertensiva. 
VITAMINA A – risco de teratogenicidade – não 
suplementar 
PARA FIXAR 
• A dose do sulfato ferroso é 5x a dose de ferro 
elementar do comprimido. 1 comprimido de 
150mg SF tem 30mg Fe elementar. 
VACINAS 
• Contraindicações: vírus vivo atenuado pois 
pela alteração da quimiotaxia de leucócitos 
a gestante tem chance de desenvolver a 
doença. 
 
Situações especiais 
 
Gestante sem cartão de vacina com Anti-HBs 
positivo pode poupar a gestante de fazer o 
esquema novamente. Caso não tenha nenhum 
dos dois, faz o esquema. 
PRINCIPAIS QUEIXAS 
• Náuseas e vômitos – hiperêmese gravídica 
(vômitos incoercíveis associado a perda 
ponderalde mais de 5% do seu peso 
corporal, distúrbio hidroeletrolítico que 
demanda internação). O manejo clinico é 
feito com antieméticos, fracionar refeições, 
evitar beber líquidos junto com as refeições, 
ingerir alimentos sólidos ao acordar, evitar 
alimentos gordurosos. Resolução 
espontânea após o pico de HCG. 
• Pirose – o esfíncter esofágico inferior fica 
mais relaxado – antiácidos como hidróxido 
de alumínio e magnésio, evita cafeína. 
• Tonturas e desmaios – evitar ambientes 
quentes, evitar jejum prolongado. 
• Dores abdominais – pode ser gases, 
abdome agudo ou até síndrome HELLP. 
• Hemorroidas – compressão dos vasos 
pélvicos. Trata com compressa morna. 
• Corrimento vaginal – depende a causa, se 
for por bactéria trata com metronidazol. 
• Incontinência urinaria – compressão e 
redução da complacência da bexiga. 
• Dispneia – progesterona no centro 
respiratório ou hiperventilação fisiológica. 
• Mastalgia – sutiã com boa sustentação e 
não fazer expressão do mamilo. 
• Lombalgia – muda o centro gravitacional, 
muda a musculatura – salto baixo, 
massagem, calor local, analgésico simples e 
descartar problemas mais graves. 
• Cefaleia – principalmente em quem tem 
sinusopatia, miopia e síndromes 
hipertensivas. Regride no segundo 
semestre. 
• Varizes – pacientes que ficam muito tempo 
em pé. 
• Cloasma 
• Edema – fisiológico quando postural e de 
membros inferiores, se preocupa com 
anasarca ou súbito com ganho de peso de 
1kg por semana. 
• Obstipação – mecanismos hormonais e 
mecânicos. 
 
4 
 
Pâmela Martins Bueno – Pré-natal 
TERATOGENICIDADE 
• Fatores genéticos e ambientais: drogas, 
agentes químicos, radiação, hipertermia, 
infecções, metabolismo materno anormal, 
fatores mecânicos. 
• Avaliar: período exposto, dose ou 
magnitude da exposição e genótipo do 
embrião.

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