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CONTROLE DE MICROORGANISMOS Faculdade Metropolitana de Anápolis Microbiologia Prof. Reinan de Oliveira HISTÓRICO Pasteur levou os cientistas a acreditarem que microrganismos eram a causa possível de doenças. Na metade do século XIX, iniciaram as primeiras práticas de controle microbiano em procedimentos médicos – lavagem das mãos e técnicas cirúrgicas assépticas. HISTÓRICO Fim do século XVIII: Concluiu que a vedação utilizada e o tempo de fervura eram insuficientes para matar os microorganismos. HISTÓRICO 1860 Louis Pasteur – Explora o uso do calor HISTÓRICO Primeira metade do século XIX: Ignaz Philipp Semmelweiss Pioneiro na demonstração de que a limpeza das mãos dos profissionais da área de saúde usando determinadas substâncias químicas, antes do contato com cada paciente – meio eficaz na prevenção da transmissão de infecções microbianas. HISTÓRICO Deve-se impedir a entrada de “germes” em feridas durante ou após uma operação; “Germes” numa ferida – disseminação deve ser impedida; “Germes” ao redor da ferida devem ser eliminados; Instrumentos, vestimentas, demais utensílios, incluindo as mãos do cirurgião e assistentes – limpos. 1867: Joseph Lister INTRODUÇÃO CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA Aspectos fundamentais que se deve aplicar aos agentes ANTIMICROBIANOS Padrão de morte em uma população microbiana Condições que influenciam a atividade antimicrobiana Mecanismos de destruição das células microbianas CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA Padrão de morte em uma população microbiana MORTE: Perda irreversível da capacidade de reprodução – ação microbiocida - (Morte rápida do microrganismo). INIBIÇÃO: Bloqueio da multiplicação – ação microbiostática (MO vivo não multiplica – morte lenta). CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA Número de microrganismos: Quanto maior o número no início, maior o tempo para eliminar a população. Tempo de exposição: Exposições mais prolongadas matam maior número de indivíduos. Influências Ambientais: Matéria orgânica (sangue, saliva, fezes) pode inibir a ação do agente. Características microbianas: Variações na sensibilidade aos controles físicos ou químicos CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA CONDIÇÕES QUE INFLUENCIAM A CAPACIDADE ANTIMICROBIANA Alteração da permeabilidade da membrana: Lesão de lipídeos causa vazamento do conteúdo celular (ex.: quaternários de amônio) Dano às proteínas: Rompimento das ligações de hidrogênio ou das pontes de dissulfeto, causando desnaturação das proteínas (produtos químicos ou calor). Danos aos ácidos nucléicos: Calor, radiação ou substâncias químicas afetam ácidos nucléicos resultando em falhas no processo de reprodução CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA Áreas Críticas: São aquelas onde existem riscos aumentados de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco (com ou sem pacientes) ou onde se encontram pacientes com sistema imunológico deprimido; Exp.: Centro Cirúrgico (CC), Centro Obstétrico (CO), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Unidade de Diálise, Laboratório de Análises Clínicas, Banco de Sangue, Setor de Hemodinâmica, Unidade de Transplante, Unidade de Queimados, Unidades de Isolamento, Berçário de Alto Risco, Central de Material e Esterilização (CME), Lactário, Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Farmácia e Área suja da Lavanderia.; Áreas semi-críticas: São todas as áreas hospitalares ocupadas por pacientes com doenças não infecciosas ou infecciosas com baixa transmissibilidade; Exp.: enfermarias e apartamentos, ambulatórios, banheiros, posto de enfermagem, elevador e corredores. Áreas não críticas: São todas as áreas hospitalares não ocupadas por pacientes; Exp.: vestiário, copa, áreas administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de costura. CONCEITOS IMPORTANTES 15 Esterilização: Destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos (formas de vida mais resistentes). Esterilização comercial: Uso do calor para matar os microrganismos patogênicos sem necessariamente degradar os produtos (alimentos). PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO Desinfecção: Destruição dos patógenos vegetativos (não formadores de endosporos), o que não é igual a esterilidade completa – superfícies e substância inerte. Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênica e grande parte da flora residente da pele ou mucosa, através da ação de substâncias químicas (anti-sépticos). Assepsia: Método empregado para impedir que um determinado meio seja contaminado. Quando este meio for isento de bactérias chamamos de meio asséptico. PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO Degerminação: Remoção mecânica, em vez de morte da maioria dos micróbios, em uma área limitada. Sanitização: Prática destinada a reduzir as contagens microbianas a níveis seguros de saúde pública, e minimizar as chances de transmissão de doença de um usuário para outro. PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO Os nomes dos tratamentos que causam a morte direta dos micróbios possuem o sufixo – cida (significa morte): GERMICIDA Mata todos os microrganismos FUNGICIDA Mata os fungos BACTERICIDA Mata as bactérias VIRICIDA Inativa os vírus PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO Outros tratamentos inibem o crescimento e multiplicação dos microrganismos – seu nome tem o sufixo –stático ou –stase (significa parar). Bacteriostático Inibe o desenvolvimento bacteriano, porém uma vez que o agente é removido, o crescimento pode ser retomado. PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO Mecanismo de destruição das células microbianas Predeterminar melhores condições para o agente; Avaliar susceptibilidade das espécies para esse agente; Alteração do estado físico do citoplasma, inativação de enzimas, rompimento da membrana da parede celular Possíveis mecanismos associados com os principais aspectos estruturais; PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO Agentes Físicos Temperatura Radiação Filtração Dessecação Agentes Químicos Substâncias químicas AGENTES ANTIMICROBIANOS Mesmo na Idade da Pedra é provável que os seres humanos já utilizassem algum método físico de controle microbiano para preservar alimentos; A secagem e o uso do sal (pressão osmótica) provavelmente estiveram entre as técnicas iniciais; Ao selecionar os métodos de controle deve-se considerar: Calor pode inativar vitaminas e antibióticos; Látex e borracha podem ser danificados com o calor Considerações econômicas: descartáveis X vidraria reutilizável AGENTES FÍSICOS CALOR Causa a morte microbiana através da desnaturação das proteínas (úmido) ou oxidação (seco). A resistência ao calor varia entre diferentes micróbios. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA PONTO DE MORTE TÉRMICA: É a menor temperatura em que todos os microrganismos em uma suspensão líquida serão mortos. TEMPO DE MORTE TÉRMICA: Período mínimo em que todos os microrganismos são mortos em uma cultura líquida, em uma dada temperatura. TEMPO DE REDUÇÃO DECIMAL: Tempo em minutos em que 90% de uma população, em uma dada temperatura serão mortos. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: FERVURA Fervura ou fluxo de vapor (100ºC) – células vegetativas e muitos vírus; AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE Método preferencial de esterilização, usada a menos que o material possa ser danificado pelo calor ou umidade. A esterilização em uma autoclave é mais efetiva quando os organismos entram em contato com o vapor diretamente ou estão contidos em um pequeno volume de solução aquosa; Sob estas condições, o vapor em uma pressão de cerca de 1 atm (15 psi) e 121ºC, matará todos os organismos e seus endósporos em cerca de 15 minutos. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: PASTEURIZAÇÃO Pasteurização lenta: em que se aplicam temperaturas mais baixas durante maior tempo (65°C por 30 minutos). Pasteurização rápida: quando se aplicam temperaturas mais altas (75˚C) durante alguns segundos - HTST (High Temperature and Short Time) ou "alta temperatura e curto tempo". Pasteurização muito rápida: quando a temperatura vai de 130˚C a 150˚C, durante três a cinco segundos - UHT (Ultra High Temperature) ou "temperatura ultra-elevada". AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: PASTEURIZAÇÃO 72º C por 15 segundos HTST (High Temperature and Short Time) UHT (Ultra High Temperature) AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR ÚMIDO: PASTEURIZAÇÃO AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR SECO: INCINERAÇÃO OU CHAMA DIRETA Chama direta – queima contaminantes até se tornarem cinzas (ex.: alças). Incineração – copos de papel, curativos contaminados, carcaças de animais, sacos e panos de limpeza. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR SECO: AR QUENTE Menos efetivo que o calor úmido (vapor); Temperatura utilizada é 170ºC por 2 horas. Forno de Pasteur (180ºC a 2h) AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR SECO: BAIXAS TEMPERATURAS O efeito depende do microrganismo e da intensidade da aplicação. Temperaturas de 0 a 7ºC – a taxa metabólica da maioria dos microrganismos é reduzida – efeito bacteriostático. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR SECO: BAIXAS TEMPERATURAS Psicróficlos ainda crescem lentamente em temperaturas de refrigerador – alteram o aspecto e sabor dos alimentos. Patogênicos não crescem em temperaturas de refrigerador. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR SECO: BAIXAS TEMPERATURAS Temperaturas baixas (abaixo do ponto de congelamento) obtidas RAPIDAMENTE tendem a tornar os micróbios dormentes – não necessariamente os mata. O congelamento LENTO é mais nocivo – os cristais de gelo que se formam e crescem rompem a estrutura celular e molecular dos microrganismos. AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA CALOR SECO: BAIXAS TEMPERATURAS AGENTES FÍSICOS - TEMPERATURA Passagem de líquido ou gás através de um material semelhante a uma tela com poros pequenos o suficiente para reter os microrganismos. Usada para esterilização de materiais sensíveis ao calor: meios de cultura, enzimas, vacinas, antibióticos. Uso de filtros de membrana. Composição: ésteres de celulose ou polímeros plásticos 0,22 e 0,45 µm de porosidade AGENTES FÍSICOS - FILTRAÇÃO AGENTES FÍSICOS - FILTRAÇÃO FILTRAÇÃO: À VÁCUO Uso de bomba à vácuo. O vácuo é criado para auxiliar a gravidade a puxar o líquido através do filtro. AGENTES FÍSICOS - FILTRAÇÃO FILTRAÇÃO: HEPA FILTROS DE PARTÍCULAS DE AR DE ALTA EFICIÊNCIA (HEPA – High Efficience Particulate Air) Uso em salas cirúrgicas e ocupadas por pacientes queimados – redução de infecções. Removem quase todos (99,9%) dos microrganismos maiores que 0,3 µm de diâmetro. AGENTES FÍSICOS - RESSECAMENTO Remoção de água dos microrganismos. Efeito bacteriostático. AUSÊNCIA DE ÁGUA – os microrganismos não podem crescer ou se reproduzir, mas podem permanecer viáveis por anos...quando a água encontra-se presente seu crescimento é retomado. Usado para preservar microrganismos em laboratório: LIOFILIZAÇÃO AGENTES FÍSICOS – PRESSÃO OSMÓTICA Uso de altas concentrações de sais e açúcares. Criam um ambiente hipertônico que ocasiona a saída da água da célula microbiana Princípio utilizado na conservação dos alimentos. AGENTES FÍSICOS – RADIAÇÃO Tem vários efeitos sobre as células, dependendo de seu comprimento de onda, intensidade e duração. Há dois tipos de radiação: Ionizante: raios gama, raio X e feixes de elétrons de alta energia Não ionizante: luz ultravioleta (UV) AGENTES FÍSICOS – RADIAÇÃO AGENTES QUÍMICOS São usados para controlar o crescimento de micróbios em TECIDOS VIVOS e OBJETOS INANIMADOS. Com poucos agentes se obtêm a esterilidade – somente há redução das populações microbianas em níveis seguros. Um problema é a seleção de um agente, pois nenhum desinfetante será apropriado para todas as circunstâncias. AGENTES QUÍMICOS PRINCÍPIOS DA DESINFECÇÃO EFETIVA: Ler o rótulo do produto: quais grupos microbiano é capaz de controlar e a concentração de uso; Natureza do material a ser desinfetado (pH e matéria orgânica); Contato microrganismo X desinfetante; Temperatura de ação (quanto maior melhor a ação). TIPOS DE DESINFETANTES FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS: Usada por Lister (Século XIX) cirurgia asséptica; Promovem ruptura de membrana plasmática, desnaturação de enzimas. Fenol é raramente usado (padrão de comparação). TIPOS DE DESINFETANTES BIGUANIDAS: Ruptura da Membrana Plasmática; Usada no controle microbiano na pele e membranas mucosas; Combinada a um detergente ou álcool, é utilizada para a escovação cirúrgica das mãos e preparo pré-operatório. TIPOS DE DESINFETANTES HALOGÊNIOS São agentes antimicrobianos efetivos, tanto isoladamente quanto como constituintes de compostos inorgânicos e orgânicos. Iodo: Antisséptico efetivo – tintura e iodóforos (bactericida, fungicida e efetivo para alguns esporos, irritante das mucosas). Cloro: Compostos de cloro na forma de hipoclorito (NaOCl) e cloraminas (cloro e amônia). Desinfecção de água e utensílios. TIPOS DE DESINFETANTES ÁLCOOIS: Ruptura da membrana; Desnaturação de proteínas; Dissolução de lipídeos; Matam efetivamente as bactérias e os fungos mas não os endósporos e os vírus não envelopados. Mais efetivo a 70%; Ação depende da retirada da sujidade. TIPOS DE DESINFETANTES ÁLCOOIS: Tem a vantagem de agir e então evaporar-se, sem deixar resíduos. Porém não são considerados antissépticos satisfatórios quando aplicados a feridas –causam a coagulação de uma camada de proteína, sob a qual as bactérias continuam a crescer. O etanol puro é menos efetivo que as soluções aquosas (etanol + água), pois a desnaturação requer água. TIPOS DE DESINFETANTES SABÕES E DETERGENTES NÃO IÔNICOS: • Remoção mecânica dos microrganismos; • Alguns podem ser antimicrobianos (Triclosan); Detergentes aniônicos: • Lauril sulfato de sódio, inativação ou ruptura de enzimas Detergentes catiônicos: • Quaternário de amônio, inibição enzimática, desnaturação proteica e ruptura da membrana plasmática. TIPOS DE DESINFETANTES ALDEÍDOS: Desnaturação proteica; Glutaraldeído e formaldeído – desinfecção de equipamentos médicos (2 % por 30 min) e esterilização (2% por 10 horas). TIPOS DE DESINFETANTES ESTERILIZANTES GASOSOS: Desnaturação protéica; Óxido de etileno (gás penetrante/carcinogênico) PEROXIGÊNIOS: H2O2 – antisséptico fraco, bom desinfetante. Ácido peracético – esterilização. TIPOS DE DESINFETANTES METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS Desnaturação proteica; São geralmente usados como antissépticos; Bacteriostáticos. PRATA: Utilizada como antisséptico em solução de Nitrato de Prata 1%. Curativos impregnados com prata liberam lentamente os íons demonstram serem úteis quando há problemas com bactérias resistentes à antibióticos. TIPOS DE DESINFETANTES MERCÚRIO: Uso como desinfetante – amplo espectro de atividade. Seu uso é limitado devido a sua toxicidade, alto poder de corrosão e ineficácia em contato com a matéria orgânica. COBRE: Usado para inibir algas verdes – utilizado em tintas para prevenir mofo. ZINCO: Soluções de bochecho possuem cloreto de zinco – antifungico de tintas possuem óxido de zinco. AGENTES QUÍMICOS - IDEAIS Atividade Antimicrobiana – capacidade de inibir ou preferencialmente matar os microrganismos; Solubilidade – Solúvel em solventes em quantidades necessárias ao seu uso efetivo; Estabilidade – Ação antimicrobiana deve permanecer durante armazenamento; Ausência de toxicidade – não deve prejudicar o homem e animais; AGENTES QUÍMICOS - IDEAIS Homogeneidade – Preparação uniformes em sua composição; Atividade em temperatura ambiente; Poder de penetração; Ausência de poderes corrosivos ou tintoriais; Capacidade detergente; Disponibilidade a baixo custo. AGENTES QUÍMICOS - IDEAIS Agente Químico Concentração (%) Aplicações Nível de Atividade Compostos Fenólicos 0.5-3.0 Desinfecção de objeto inanimado Intermediário Álcoois 70-90 Anti-sepsia da pele, desinfecção de instrumentos cirúrgicos Intermediário Iodo 1 Anti-sepsia da pele, pequenos cortes, desinfecção da água Intermediário Compostos Clorados 0.5-5.0 Desinfecção da água, superfícies não metálicas, equipamentos de laticínios, materiais domésticos Baixo Mercúrio 1 Anti-sepsia da pele, desinfecção de instrumentos Baixo Alta – Mata todas as formas de vida microbiana Intermediário – Mata o bacilo da Tuberculose, Fungos e vírus, mas não os esporos Baixo – Não mata o bacilo da tuberculose, nem os esporos e vírus em um tempo aceitável OBRIGADO!
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