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Aula de urinalise

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Curso de Aux. Técnico em Biodiagnóstico
Anna Eliza Pill Negocia
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EXAMES QUÍMICOS:
pH; PROTEÍNA; GLICOSE; CETONAS; BILIRRUBINA; SANGUE; UROBILINOGÊNIO; NITRITO; LEUCÓCITOS
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 Reação de pH :
A determinação do pH urinário é importante por ajudar a detectar possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória, também pode indicar algum distúrbio resultante da incapacidade renal de produzir ou reabsorver ácidos ou bases. 
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O conhecimento do pH urinário, é importante também na identificação dos cristais observados durante o exame microscópico do sedimento urinário, A reação da urina é verificada pelas fita-reagente 
Valores : 4,5 a 8,0 
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Urinas ácidas: dietas rica em proteínas, acidose metabólica ou respiratória, alguns medicamentos.
Urinas alcalinas: dieta rica em frutas e verduras, ingestão de medicamentos com caráter alcalino, após vômitos repetitivos, alcalose metabólica ou respiratória 
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PROTEÍNA :
A urina normal contém quantidades muito pequena de proteínas, em geral, menos de 10 mg/dl ou 150 mg por 24 horas. Esta excreção consiste principalmente de proteínas séricas de baixo PM (albumina ) e proteínas produzidas no trato urogenital ( Tamm – Horsfall 
RESULTADO: Negativo 
 Traços ( +1, +2, +3 )
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PROTEINÚRIA: Lesão da membrana glomerular (complexos imunes, agentes tóxicos), distúrbios que afetam a reabsorção tubular das proteínas filtradas, mieloma múltiplo, proteinúria ortostática, hemorragia, febre, fase aguda de várias doenças. 
Pessoas saudáveis podem apresentar proteinúria após exercício extenuante ou em caso de desidratação. Mulheres grávidas, podem apresentar proteinúria, nos últimos meses, podendo indicar uma pré – eclâmpsia. 
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CETONÚRIA:
Engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras : acetona (2%) , ácido acetoacético (20%) e ácido beta-hidroxibutírico (78%). A presença de cetonúria indica deficiência no tratamento com insulina no diabete melito, indicando à necessidade de regular a sua dosagem, e, provoca o desequilíbrio eletrolítico, a desidratação e se não corrigida a acidose, que pode levar ao coma 
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CETONÚRIA: diabete melitos , perda de carboidratos por vômitos, carência alimentar , redução de peso.
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BILIRRUBINA:
A bilirrubina, é um produto da decomposição da hemoglobina
 A presença de bilirrubina conjugada na urina sugere obstrução do fluxo biliar; a urina é escura e pode apresentar uma espuma amarela 
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BILIRRUBINÚRIA: obstrução do ducto biliar, lesão hepática ( hepatite, cirrose ), câncer, doenças na vesícula biliar. 
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GLICOSE:
Em circunstâncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo, e por isso a urina contém quantidades mínimas de glicose. O limiar renal é de 160 a 180 mg/dl.
Um paciente com diabetes mellitus apresenta uma hiperglicemia, que pode acarretar uma glicosúria quando o limiar renal para a glicose é excedido.
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RESULTADO: normal ( pode aparecer glicose em concentração de até 35mg/dl em 24 h. )
 traços ( +1, +2, +3 )
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UROBILINOGÊNIO:
Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. É produzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pela ação das bactérias intestinais 
Uma pequena quantidade de urobilinogênio, é absorvida pela circulação portal do cólon e é dirigida ao fígado onde é excretado novamente 
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UROBILINOGÊNIO NA URINA: hepatopatias, distúrbios hemolíticos
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NITRITO: 
Útil na detecção da infecção inicial da bexiga ( cistite ), pois muitas vezes os pacientes são assintomáticos, ou tem sintomas vagos, e quando a cistite não for tratada, pode evoluir para pielonefrite, que é uma complicação frequente da cistite
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PRESENÇA DE NITRITO : cistite, pielonefrite, avaliação da terapia com antibióticos, seleção da amostras para culturas 
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SANGUE:
O sangue pode estar na urina na forma de hemáceas íntegras (hematúria) ou de hemoglobina livre produzida por distúrbios hemolíticos ou por lise de hemáceas no trato urinário (hemoglobinúria). O exame microscópico do sedimento urinário, mostrará a presença de hemáceas íntregas, mas não de hemoglobina, portanto, a análise química é o método mais preciso para determinar a presença de sangue na urina 
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Quando for positivo para hemáceas, sua quantificação é realizada na câmara de Newbauer 
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HEMATÚRIA: cálculos renais, glomerulonefrite, tumores, traumatismos, pielonefrite, exposição a drogas.
HEMOGLOBINÚRIA: lise das hemáceas no trato urinário, hemólise intravascular (transfusões, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções).
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LEUCÓCITOS:
Indica uma possível infeção do trato urinário.
INTERFERENCIAS: amostras com densidade específica alta, onde a crenação dos leucócitos pode impedir a liberação de suas esterases.
PIÚRIA: Todas as doenças renais e do trato urinário. Também podem estar aumentados transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos. 
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EXAME MICROSCÓPICO:
Exame Qualitativo do sedimento urinário e exame Quantitativo do sedimento urinário
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O exame microscópico do sedimento urinário, tem a finalidade de detectar e identificar os elementos insolúveis que acumulam na urina durante o processo de filtração glomerular e a passagem do líquido através dos túbulos renais e trato urinário inferior.Os elementos são : hemáceas, leucócitos, cilindros, células epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas, muco, espermatozoíde, cristais e artefatos 
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METODOLOGIA: 
as amostras examinadas, deve, ser recentes ou corretamentes conservadas;
após o exame físico-químico, medir 10,0ml de urina homogeneizada em um tubo cônico; 
centrifugar a urina a 1.500 rpm por 5 minutos;
retirar 9 ml do sobrenadante e reservar,( para as provas complementares);
após deixar l ml, agitar o sedimento vigorosamente.
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Componentes do sedimento urinário: 
HEMÁCEAS
Aparecem como discos incolores tendo cerca de 7um de diâmetro. Na urina concentrada, as células encolhem e aparecem como discos crenado 
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LEUCÓCITOS: Aparecem como esferas granulosas, com cerca de 12um de diâmetro, possuem grânulos citoplasmáticos e núcleos lobulados 
Piúria: infecções bacterianas (pielonefrite, cistite, prostatite, e uretrite), litíase, glomerulonefrite, lúpus eritrematoso sistêmico, tumores. 
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CÉLULAS EPITELIAIS: 
São vistos três tipos de células epiteliais na urina, classificados quanto ao seu local de origem no sistema genitourinário.
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células escamosas: revestimento interno da vagina e porções inferiores da uretra masculina e feminina. Quando aparece em grande quantidade, representa contaminação vaginal.
células epiteliais transicionais ou caudadas: originam-se do revestimento da pelve renal, da bexiga e da porção superior da uretra. deve-se suspeitar de carcinoma renal 
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células dos túbulos renais: são redondas, possuem um núcleo redondo e excêntrico. Aparecem em doenças que causam lesão tubular: pielonefrite, reações tóxicas, infecções virais, rejeição de transplantes, efeitos secundários da glomerulone 
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CILINDROS:
Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto coletor 
Nas doenças renais, eles estão presentes em grande quantidade e sob várias formas 
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Cilindros Granulosos: Os cilindros granulosos são observados em estase do fluxo urinário, infecção do trato urinário, estresse, e exercício severo 
Cilindros Adiposos são observados
na síndrome nefrótica.
Cilindros Hemáticos indica sangramento proveniente do interior dos nefróns, glomerulonefrite aguda, nefropatia pela Ig A, e infarto renal.
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Cilindro Leucocitário significa inflamação ou infecção dentro do néfron, porém podem estar presentes em razão do efeito quimiotático do complemento, aparecendo na glomerulonefrite e síndrome nefrótica 
Cilindro de Células Epiteliais observados em conjunto com cilindros de hemáceas e leucócitos, pois, tanto a glomerulonefrite quanto a pielonefrite, produzem lesão tubular. Aparecem também em doenças virais, exposição à várias drogas, intoxicação por metal pesado, e rejeição aguda de aloenxerto.
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Cilindro Celular Misto: quando dois tipos celulares distintos estão representados na matriz protéica do cilindro, o híbrido resultante é chamado cilindro misto.
Cilindro Largo: São encontrado na urina de pacientes com insuficiência renal crônica, e seu achado representa um mau prognóstico.
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BACTÉRIAS 
A presença de bactérias pode ou não ser significativa, dependendo do método de coleta urinária e quanto tempo se passou entre a coleta e a realização do exame 
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LEVEDURAS:
Célula de leveduras, Candida albicans, pode ser observada na urina de pacientes com diabetes melito, e mulheres com candidíase vaginal. Resultado é expresso objetiva de 40 x.
Resultado: 1 a 2 por campo ( + )
 3 a 5 por campo ( ++) 
 > 5 por campo (+++) 
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PARASITAS:
O parasita encontrado com mais freqüência é Trichomonas vaginalis, encontrado devido a contaminação vaginal 
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FILAMENTOS DE MUCO:
O muco é um material protéico ( mucina ou fibrina), produzido por glândulas e células epiteliais do trato urogenital. Na microscopia, aparecem estruturas filamentosas com baixo índice de refração, exigindo observação em luz de baixa intensidade. Não é considerado clinicamente significativo. 
Resultado: a quantificação de muco, é dada em cruzes 
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CRISTAIS:
É comum encontrar cristais na urina. Deve-se proceder à identificação para ter certeza de que não representam anormalidades. São formados pela precipitação dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura, ou concentração que afeta a solubilidade. Um pré-requisito para a identificação de cristais, é o conhecimento do pH urinário.
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Cristais encontrados na urina em pH ácido 
Uratos amorfos: aparecem como pequenos grânulos amarelo-castanhado.
Uratos cristalinos: pequenas esferas marrons ou agulhas incolores.
Ácido úrico: possuem quatro lados, são achatados, amarelos ou vermelhos-acastanhados. Pode-se apresentar com outra forma, mas não são incolores 
Oxalato de cálcio: são octaedros incolores que lembram envelope.
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Cristais encontrados na urina em pH alcalino 
Fosfato amorfo: grânulos amorfos incolores que aparecem aglomerados.
Fosfatos cristalinos (triplo): apresentam variação de tamanho, aparecem como prismas incolores com extremidade oblíquas, formas planas(samambaia), ou flocos incolores. 
Carbonato de cálcio: pequenos grânulos ou esferas incolores 
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Cristais encontrados na urina anormal: 
Deve-se verificar o tratamento medicamentoso que o paciente está fazendo, quando cristais incomuns são encontrados. 
Cistina: são lâminas hexagonais incolores e refringentes, encontrados em pH ácido. 
Tirosina: agulhas finas arranjadas em grumos ou feixes, especialmente após refrigeração.
Leucina: são raros, são esferas amarelas com aspecto oleoso e com estrias radiais e concêntrica.
Contraste radiográfico: observados em pH ácido, aparecem como lâminas achatadas incolores ou retângulos finos. Sua presença deve estar correlacionada com densidade específica alta.
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ARTEFATOS: 
Podem ser observados contaminantes de todos os tipos, principalmente em amostras colhidas em condições impróprias, ou em recipientes sujos. Pode-se observar: gotículas de óleo, grânulos de amido, grãos de pólen, pêlos ou outras fibras.
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O que mais causa dúvida, são as gotículas de óleo e os grânulos de amido, por se parecerem com hemáceas, contudo, são mais refringentes, e com adição de ácido acético diluído, as hemáceas se dissolvem, deixando as gotículas de óleo intactas. 
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Próxima aula:
Provinha de urinalise!
Estudem!

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