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Imobilizações Finalidade e funções das Imobilizações - Tratar lesões traumáticas músculo-esqueléticas - Auxilia no tratamento de processos infecciosos (regressão de inflamação de forma mais rápida) - Impedir atitudes viciosas (ex: antiálgicas, paralisias) - Corrigir deformidades ósteoarticulares Imobilizações na Emergência - Coluna —> Pode ser imobilizada com prancha, tábua e maca de madeira. - MMSS —> Pode ser imobilizado por tipoia, 8 para clavícula, Velpau, Dessault, talas de cartolina, papelão e madeira (obs: antes de imobilizar deve-se lembrar de retirar anéis e outros acessórios) - MMII —> Pode ser imobilizado por aparelho de Thomas (tala) para joelho e coxa, tala de Jones para joelho e tornozelo e gesso podre Tipos de Materiais - Talas improvisadas: São os travesseiros, cartolina, madeira, etc - Imobilizações comerciais: São as talas de propilenos, talas pneumáticas infláveis, órteses para pernas, joelhos, tornozelos ( brace ), tornozeleira, etc Tipos de Imobilizações - Enfaixamentos simples: • indicado em lesões de partes moles e imobilizações provisórias • Poucas vezes é utilizado como tratamento definitivo. - Enfaixamento tipo Jones: • Usado para imobilização em "8" para fraturas de clavícula. - Enfaixamentos associados a gessos: • Pinça de confeiteiro: Usadas para fraturas de diáfise de úmero. - Talas, goteiras ou calhas gessadas: • É o tratamento provisório de fraturas e o tratamento definitivo em fraturas sem desvio ou lesões articulares sem fraturas - Aparelhos gessados circulares: • É o tratamento definitivo de fraturas • Oferece maior contenção mas tem mais risco de compressão e deficiência circulatória distal - Tração contínua: • Pode ser por tração cutânea e a tração esquelética Princípios Gerais - Toda imobilização em membro traz como consequência transtornos de inervação e circulação, atrofia muscular e óssea, edema de partes moles e rigidez articular - A lesão não é só óssea, mas de todo envoltório de partes moles do osso - Dor intensa após imobilização sugere alguma complicação. O osso fraturado, se bem imobilizado não deve doer. - A posição da imobilização das articulações deve ser na posição funcional (posição em que se mais utiliza o membro). Exceto para manter redução de fraturas ou relaxar ação muscular ou tendinosa. - Nas fraturas deve-se imobilizar articulação proximal e distal. Imobilizações por Tração Cutânea e Esquelética - Tração cutânea: • É usada para controlar os espasmos musculares e imobilizar uma área antes da cirurgia • A tração cutânea é realizada usando-se um peso para puxar uma fita adesiva de tração ou sobre uma bota de espuma presa à pele. (tração a Tillaux). • Usado em Tratamento incruento de fraturas de fêmur em crianças - Tração esquelética: • Diz respeito a qualquer aparato de tração no qual a força é aplicada diretamente sobre o esqueleto por meio de pinos, fios, parafusos e/ou braçadeiras que são inseridos na área apropriada do osso. Gesso - O material: • O pó do gesso é desidratado em fornos para formar o pó de gesso anidro que em contato com a água faz uma reação química, que libera calor e da origem a forma cristalina sólida de gesso • O gesso está disponível na forma algodoada e inalgodoada - Técnica de confecção do gesso: • A engessagem pode ser mais justa ou mais frouxa, depende da indicação e do momento. • A espessura ideal do gesso é de 3-10 mm, geralmente 0,5cm ( 6-7 camadas ) • O engessamento pode ser circular ou utilizar tala gessada • Materiais utilizados na engessagem: malha tubular, algodão ortopédico laminado ou feltro. • A engessagem pode ser próxima para diastal ou distal para proximal - Imobilização gessada: • Deve-se ter uma técnica de confecção adequada e com cuidados na confecção. • Cuidados depois da confecção: Orientação ao paciente como cuidar • Compressão do gesso, sinais de alarme para sequelas vasculonervosas: dor, edema, déficit circulatório na extremidade. Nesses casos o médico deve inicialmente orientar o paciente como conduzir, se não adiantar deve-se fendar o gesso, o tornando bivalvar com a serra de gesso (ferramenta oscilante e vibratória) - Tipos de gesso conforme a localização: • MMSS: luva, braquiopalmar, toracobraquial (espica gessada ), Velpau. • Coluna: Colete gessado, minerva gessado (para lesões da coluna cervical), gesso de Risser (usado para escoliose). • MMII: Pelvi-pédico, toraco-pédico, calção gessado, inguino-pédico, inguino- maleolar, bota gessada, gesso tipo Sarmiento - Acessórios do gesso: • São objetos como talas, madeiras, salto, estribos, calçados para deambular. • Janelas no gesso: São usadas para fazer a manutenção de curativos. • Cunha no gesso: Usada para corrigir deformidades. Substitutos modernos do gesso - São derivados a base de fibra de vidro que são mais caros e não se utilizam para fraturas recentes. - Vantagens: São mais leve, mais resistente, não desmancham com água, e são de múltiplas cores. - Desvantagens: É mais difícil de fazer, mais difícil de moldar, causa mais irritação de pele e não deve molhar porque maceram a pele. - Técnica: Tem reação química na água, deve-se usar luva e vaselina, com 2-3 camadas já se atinge a espessura alvo e uniforme.
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