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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA Marcos Vinícius da Silva Câmara Jainny Sthefanny Mendonça Wigna Rafaela da Silva RELATÓRIO PÓS EXPERIMENTO: SISTEMA MASSA-MOLA 10 de maio de 2022 INTRODUÇÃO A física caracteriza-se como uma ciência que busca entender e explicar em seus aspectos gerais como os fenômenos na natureza ocorrem. No estudo da ondulatória, um fenômeno muito importante que se deve conhecer é o movimento periódico, também conhecido como movimento oscilatório. Este tipo de movimento é caracterizado quando se tem que a posição de um corpo, a velocidade e também a aceleração do mesmo se repetem em intervalos de tempo iguais, e cada um desses intervalos de tempo entre uma repetição e outra é chamado de período. Uma forma bem simples de estudar esse tipo de movimento característico em muitos tipos de ondas que são estudadas, é através do sistema massa mola. OBJETIVO O relatório tem como objetivo relatar a respeito da experiência referente ao estudo do movimento periódico através do sistema massa-mola. MATERIAIS UTILIZADOS ● 03 discos de massa m = 0,05 Kg; ● Gancho para prender discos mg= 0,010Kg; ● Mola helicoidal; ● Régua; ● Cronômetro; ● Dinamômetro de 2N; ● Suporte universal. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Medindo a constante elástica da mola pelo método estático. Inicialmente, mediu-se o valor do peso do gancho utilizado para prender os discos (Pg), e em seguida, o peso dos conjuntos: ganho + 1 disco (Pc1), gancho + 2 discos (Pc2), gancho +3 discos (Pc3). Os valores obtidos foram: Pg (em N) Pc1 (em N) Pc2 (em N) Pc3 (em N) 0,06 0,56 1,06 1,54 Em seguida, foi feita a montagem do sistema, acoplando-se a mola ao suporte e colocou-se uma régua atrás da mola. Inicialmente, com apenas o gancho (sem os pesos) foi acoplado na mola e mediu-se a posição de equilíbrio X0, cujo valor encontrado foi de: X0 (em m) 0,125 Com o valor de X0 determinado, mediu-se em seguida a variação da deformação sofrida pela mola a medida que cada um dos discos era adicionado ao sistema (ΔX). Feito isto, mediu-se também a deformação da mola quando os pesos são retirados um a um, e calculou-se a razão ke entre o peso do sistema e a deformação da mola. ke=Pm / ΔX ke corresponde a constante elástica da mola ω= 𝑘𝑒𝑚 # Adicionando massa Retirando massa Pm (em N) 0,56 1,06 1,54 1,06 0,56 ΔX (em m) 0,029 0,059 0,088 0,059 0,029 Ke (em N/m) 19,31 17,97 17,50 17,97 19,31 Calcular kemedio= 18,26N/m ω100g= 13,51 rad/s Tabela 01 Em seguida, com a massa de 100g, deformou-se a mola a 1,5cm em relação a X0. Liberado o sistema, percebe-se que conforme o tempo passa, a amplitude A do sistema diminui. Isto se deve ao fato de que há forças dissipativas atuando no sistema, como a resistência do ar e a presença da força elástica, que resistem ao movimento e desaceleram o conjunto até que este volte ao ponto de equilíbrio X0. Medindo a constante elástica da mola pelo método dinâmico. Para medir a constante elástica no processo dinâmico, considerou-se apenas os primeiros momentos de período, pois o efeito de amortecimento não é tão alto. Para isso, a mola foi distendida cerca de 1,5cm além de X0 e liberado em seguida. Durante as oscilações, mediu-se os primeiros 04 períodos com um cronômetro e calculou-se a média aritmética. Os valores encontrados foram: T1 T2 T3 T4 TMédio 0,47 0,54 0,51 0,44 0,49 TABELA 2 Determinados os valores dos períodos, foi possível encontrar os valores da frequência angular e da constante elástica da mola com a seguinte fórmula: 𝑇 = 2πω = 2π 𝑚 𝑘𝑒 Frequência angular: ≅ 13 rad/s𝑇 = 2πω ω = 2π 𝑇 ω = 2π 0,49 ω=13 rad/s Constante elástica ke: 𝑇 = 2π 𝑚𝑘𝑒 𝑇 2π = 𝑚 𝑘𝑒 𝑇 2π( ) 2 = 𝑚𝑘𝑒 𝑘𝑒 = 𝑚 𝑇 2π( ) 2 𝑘𝑒 = 0,1𝐾𝑔 0,49 2π( ) 2 𝑘𝑒 = 0,1𝐾𝑔 6,08.10−3 ke= 16,45 rad/s Comparando os valores da constante elástica da mola e considerando os métodos utilizados em cada caso para a determinação da mesma, pode-se afirmar que o método estático para determinação da constante elástica é mais confiável, pois o sistema está em equilíbrio e não há a atuação de forças dissipativas que possam influenciar no resultado. QUESTIONÁRIO 1 – Com a massa m na condição de equilíbrio, determine a elongação que se faz necessária para ocorrer um depósito energético de 0,3 J na energia elástica da mola. OBS.: Utilize o valor da constante encontrada pelo método estático. Energia potencial elástica: Epe= 0,3 J Constante elástica: ke= 28,26 N/m Deformação da mola: x= ? 𝐸𝑝𝑒 = 12 𝑘𝑒. 𝑥 2 𝑥 = 2.𝐸𝑝𝑒𝑘𝑒 X = 0,18m ou 18cm 𝑥 = 2 . 0.3𝐽18,26 𝑁/𝑚 2 – Se uma massa de 200g é presa a uma mola de constante k= 0,5 N/m oscila entre os valores 6 e 10 cm, qual a amplitude da oscilação, a frequência angular e a energia mecânica do sistema? Massa do objeto: m=200g Constante elástica: k = 0,5 N/m Amplitude da oscilação: A= ? Frequência angular ω = ? Energia mecânica: E = ? Amplitude: A amplitude é distância média até o ponto mais extremo, logo: A= 2cm Velocidade angular: ω= ω= ω=𝑘𝑒𝑚 0,5 𝑁/𝑚 0,2 𝐾𝑔 2, 5 𝑁/𝐾𝑔. 𝑚 ω= 1,58 rad/s Energia mecânica: E= E= E= 1x10-4 J 𝑘 𝑒 . 𝐴 𝑚 2 2 0,5𝑁/𝑚. 0,0004𝑚 2 3 – No problema 2, qual o valor da velocidade máxima atingida pela massa e em qual posição isto ocorre? Velocidade máxima: A velocidade será máxima quando a massa passar pela posição de equilíbrio x0 e nesse momento, a energia mecânica será igual a energia cinética, pois não haverá energia potencial elástica nesse instante. E = Ec + Epe E = Ec + 0 E = Ec v ≅ 0,032 m/s1. 10−4 𝐽 = 𝑚 . 𝑣 2 2 𝑣 = 2 . 1.10−4 𝐽 𝑚 Posição de equilíbrio: x0 = 8cm 4 – Se alterarmos a amplitude de oscilação de um sistema massa-mola, quais grandezas serão mantidas invariáveis? Se alterarmos a amplitude de oscilação de um sistema massa-mola, a única grandeza que permanecerá invariável é a constante elástica da mola, pois ela depende única e exclusivamente do tipo de mola que está sendo utilizada. 5 – Cite algumas aplicações que envolvem o sistema massa-mola. Sistemas massa-mola aparecem muito frequentemente em nosso cotidiano. Como exemplos simples temos amortecedores de automóveis e dinamômetros para medidas de força. Quando nos pesamos na farmácia, por exemplo, estamos fazendo de fato uma medida de força. 6 – É possível medir a constante elástica de uma borracha? Por quê? A constante elástica depende principalmente da natureza do material de fabricação e suas dimensões. Todos já brincamos com um elástico de borracha e vimos que à medida que o esticamos precisamos de exercer mais força. Sendo assim, é possível medir a constante elástica de uma borracha, pois é um parâmetro físico que quantifica a deformação do objeto em relação ao seu comprimento inicial, conforme o esforço o qual ele está sendo solicitado. CONCLUSÃO Concluímos que que o experimento referente ao sistema massa-mola, onde cronometramos o tempo para obtenção do período, e com as massas devidamente pesadas, que é possível calcular a constante k da mola, comprovando assim, a teoria que diz que o período depende apenas da massa e da constante da mola. BIBLIOGRAFIA [1] Sears & Zemansky, Young & Freedman, Física II, Ondas e Termodinâmica, 12a Edição, Person 2008.
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