Buscar

SOC 06 PERSPECTIVAS SOCIOLOGICAS CONTEMPORANEAS 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SOCIOLOGIA
PRÉ-VESTIBULAR 93PROENEM.COM.BR
PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS 
CONTEMPORÂNEAS06
NORBERT ELIAS
A obra Estabelecidos e Outsiders 
é o resultado de aproximadamente 
três anos de pesquisa no qual 
Norbert Elias (1897-1990) analisou 
uma pequena cidade da Inglaterra 
(Wiston Parva). Nesse local existia 
uma divisão entre dois grupos: os 
antigos moradores (estabelecidos) 
e os recém-chegados (outsiders).
Os estabelecidos se 
classificavam como superiores 
aos recém-chegados. Os outsiders 
passaram a ser estigmatizados, se 
sentindo muitas vezes inferiores 
e carentes de virtudes humanas, 
assim como aqueles que não 
estabelecem a interdependência 
com a sociedade, se desprezam 
e não se reconhecem. Aqueles 
que estão fora do contexto de funcionalidade interpessoal são 
chamados de outsiders, segundo Elias.
Dessa forma os estabelecidos acabaram excluindo os novos 
residentes do seu convívio social, com exceção do relacionamento 
profissional. Todo esse incômodo contra os outsiders era reforçado 
através de fofocas elogiosas e depreciativas.
Através desses apontamentos, Norbert Elias investiga 
sistematicamente os motivos que levaram um grupo a manter a 
crença de superioridade perante o outro que era marginalizado. 
Segundo Elias, “um grupo só pode estigmatizar o outro com 
eficácia quando está bem instaurado em questões de poder dos 
quais o grupo estigmatizado é excluído”.
Dessa forma os estabelecidos retaliam quando qualquer ato 
que faça sentir que os seus poderes estão sendo ameaçados. 
Sendo assim, os mesmos ofendem e humilham os outsiders por 
não compartilharem dos mesmos valores daquela ordem vigente. 
O uso dessa pequena cidade poderia ser utilizado como forma de 
entendimento diante de uma sociedade mais abrangente, mas 
desde que fossem feitos os devidos ajustes do método aplicado.
Na verdade, a exclusão e coesão eram causadas como 
forma de os estabelecidos preservarem sua identidade e manter 
o status quo. O autor relata que não se trata exclusivamente de 
um preconceito de caráter individual, mas principalmente de um 
preconceito social.
Os outsiders são estigmatizados pelos grupos dominantes, 
esses considerados civilizados. Por “civilizado” entendem-se 
os considerados estabelecidos, segundo análise de Norbert 
Elias. Eles são comumente conhecidos como mais cultos, mais 
civilizados, mais decentes e que enxergam os outsiders dentro de 
uma categoria geral. Essa generalização por vezes provoca, em 
contrapartida, a repulsa por parte das próprias minorias em aceitar 
seus rótulos e estereótipos. “Os civilizados” se legitimam a partir 
de uma história em comum, memórias, parentescos e políticas de 
favores, onde estabelecem uma consistente articulação global.
O livro trata de ver como o grupo “estabelecido” na aldeia, o 
grupo que se encontrava há mais tempo naquele lugar, relacionava-
se com o grupo dos que chegaram mais tarde e eram vistos pelos 
antigos moradores do lugar como outsiders, isto é, como gente de 
fora e, por essa razão, sem direitos de plena cidadania na vida local.
Os outsiders, portanto, sempre foram vistos como aqueles 
de comportamento desviante. Entende-se por desviante o sujeito 
que não age, comporta-se ou veste aquilo que a maioria aceita ou 
entende como padrão.
Como vimos nesse módulo, mulheres, idosos, portadores de 
necessidades especiais, homossexuais são vistos, cada um no seu 
contexto como outsiders, e grupos que vivem “como se tivessem 
chegado depois”, como se seus direitos fossem mais limitados, 
ou muitas vezes quase sem direitos, e, por isso, necessitam de 
reconhecimento.
ANTHONY GIDDENS
O sociólogo inglês Anthony Giddens (1938- ) busca entender 
como se dá a relação entre o indivíduo e a sociedade no contexto da 
modernidade. Giddens vai apontar que os agentes (os indivíduos) 
e as estruturas estabelecem entre si uma relação de correlação, 
em outras palavras, as duas partes são capazes de gerar influência 
uma sobre a outra. 
O sociólogo entende que as estruturas com suas regras, leis, 
normas e práticas exercem cotidianamente influência sobre o 
indivíduo. Entretanto, e aqui é o centro de sua análise, o indivíduo na 
modernidade, através da reflexividade é capaz de pensar e refletir 
sobre suas práticas, e mais, dessa forma, transformar as estruturas 
que agem sobre ele. Giddens vai destacar que a frequente evolução 
das tecnologias de informação reforça esse movimento reflexivo.
 
AGENTE ESTRUTURAS
RICHARD SENNETT
O sociólogo nascido nos Estados Unidos vai buscar 
compreender como a sociedade capitalista contemporânea vai 
influenciar no indivíduo, na sua relação com a sociedade, na sua 
sociabilidade e até na formação da sua identidade individual. 
Sennett (1943- ) vai construir sua análise apontando que a 
formação da sociedade atual passou por um processo no qual a 
dimensão do público foi fortemente valorizada e necessária. Foi 
preciso que os indivíduos se entendessem como parte de algo 
coletivo, de pertencimento a uma esfera pública com leis, normas, 
práticas e hábitos que alcançassem a todos.
Por outro lado, Sennett vai apontar que o mundo contemporâneo 
apresenta um fenômeno no qual cada vez mais aquela dimensão 
coletiva vai perdendo força e importância e, ao contrário, a 
dimensão individual vem sendo mais valorizada. 
Esse movimento de valorização da esfera individual tem como 
consequência a construção de uma sociedade de consumo. 
Nesse cenário, a formação da esfera individual passa de maneira 
muito forte pelo que esse indivíduo consome; a construção da 
identidade passa pelo que é consumido. E Sennett avança nesse 
debate apontando para algo muito concreto nos tempos atuais: 
é um consumo que se pauta na busca do novo, da novidade, em 
detrimento daquilo que é antigo.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
en/4/44/NElias.jpg
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR94
SOCIOLOGIA 06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Na obra de Norbert Elias, aponte as características dos 
chamados:
a) estabelecidos.
b) outsiders
02. Na obra de Norbert Elias, o que é a estigmatização?
03. Na obra de Giddens, aponte quem são:
a) Os agentes
b) As estruturas
04. Para Giddens, aponte a principal característica da chamada 
reflexividade.
05. Na obra de Richard Sennett, aponte as principais características 
da sociedade do consumo.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. Um amigo da área de RH de uma multinacional disse que não 
sabia onde enfiar a cara quando chamou um homem muito, muito 
simples para informar que ele seria descontinuado. “O senhorzinho 
não entendia nem por um decreto que estava sendo demitido'', 
diz ele – que teve que apelar para o método antigo, quando foi 
claramente compreendido.
Aliás, as empresas não falam mais em “empregados''. Agora são 
“colaboradores”. Há várias razões que explicam, muitas delas 
traçando um resgate da ação coletiva de sinergias voltadas à 
construção de um objetivo comum… Zzzzzz…
Prefiro a explicação mais simples que surgiu de outro colega, do RH 
de uma grande empresa brasileira: “isso foi para botar no mesmo 
pacote o pessoal que é contratado como CLT e quem é terceirizado 
ou integrado mas, na prática, também é empregado nosso''. Enfim, 
todos colaboram com o lucro do patrão, portanto faz sentido.
SAKAMOTO, Leonardo. Palavras podem cair em desuso. Mas “idiota” continuará 
sempre na moda. Blog do Sakamoto. 11 mar. 2014. Adaptado. Disponível em: <http://
blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/...na-moda/> Acesso em 11 mar. 2014.
A frase “Enfim, todos colaboram com o lucro do patrão, portanto 
faz sentido” revela uma adesão ideológica. Qual foi o sociólogo 
abaixo que desenvolveu a compreensão de mundo adotada pelo 
autor do texto acima?
a) Max Weber.
b) Anthony Giddens.
c) Émile Durkheim.
d) Karl Marx.
e) Pierre Bourdieu.
02. (ENEM PPL 2013) Imagine uma festa. São centenas de pessoas 
aparentemente viajadas, inteligentes, abertas a novas amizades. 
Você seleciona uma delas e começa um diálogo.Apesar do assunto 
envolvente, você olha para o lado, perde o foco e dá início a um novo 
bate-papo. Trinta segundos depois, outra pessoa desperta a sua 
atenção. Você repete a mesma ação. Lá pelas tantas você se dá 
conta de que não lembra o nome de nenhuma das pessoas com 
quem conversou. A internet é mais ou menos assim, repleta de coisas 
legais, informações relevantes. São janelas e mais janelas abertas.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado).
Refletindo sobre a correlação entre meios de comunicação e vida 
social, o texto associa a internet a um padrão de sociabilidade que 
se caracteriza pelo(a) 
a) isolamento das pessoas.
b) intelectualização dos internautas.
c) superficialidade das interações.
d) mercantilização das relações.
e) massificação dos gostos.
03. (UEL) Leia o texto a seguir.
A sociedade, com sua regularidade, não é nada externa aos 
indivíduos; tampouco é simplesmente um “objeto oposto” ao 
indivíduo; ela é aquilo que todo indivíduo quer dizer quando diz 
“nós”. Mas esse “nós” não passa a existir porque um grande número 
de pessoas isoladas que dizem “eu” a si mesmas posteriormente 
se une e resolve formar uma associação. As funções e as relações 
interpessoais que expressamos com partículas gramaticais como 
“eu”, “você”, “ele” e “ela”, “nós” e “eles” são interdependentes. 
Nenhuma delas existe sem as outras e a função do “nós” inclui 
todas as demais. Comparado àquilo a que ela se refere, tudo o que 
podemos chamar “eu”, ou até “você”, é apenas parte.
ELIAS, N. A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.57.
O modo como as diferentes perspectivas teóricas tratam da noção 
de identidade vincula-se à clássica preocupação das Ciências 
Sociais com a questão da relação entre indivíduo e sociedade.
Com base no texto e nos conhecimentos da sociologia histórica, de 
Norbert Elias, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a 
noção de origem do indivíduo e da sociedade.
a) O indivíduo forma-se em seu “eu” interior e todos os outros 
são externos a ele, seguindo cada um deles o seu caminho 
autonomamente.
b) A origem do indivíduo encontra-se na racionalidade, conforme 
a perspectiva cartesiana, segundo a qual “penso, logo existo”.
c) A sociedade origina-se do resultado diretamente perceptível 
das concepções, planejamentos e criações do somatório de 
indivíduos ou organismos.
d) A sociedade forma-se a partir da livre decisão de muitos 
indivíduos, quando racional e deliberadamente decide-se pela 
elaboração de um contrato social.
e) A sociedade é formada por redes de funções que as pessoas 
desempenham umas em relação às outras por meio de 
sucessivos elos.
04. (UERJ) O capitalismo do século XIX tropeçou de desastre em 
desastre nas bolsas de valores e nos investimentos empresariais 
irracionais. Após a Segunda Guerra Mundial, essa desordem foi 
de algum modo posta sob controle na maioria das economias 
avançadas: sindicatos fortes, garantias trabalhistas e empresas de 
grande escala combinaram-se e produziram uma era, de mais ou 
menos trinta anos, de relativa estabilidade.
Adaptado de SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do 
trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2010.
A estabilidade mencionada no texto foi proporcionada pela 
condição socioeconômica e pelo modelo de organização do Estado 
identificados em:
a) implantação dos sistemas de crédito – moderno
b) estruturação dos impérios coloniais – corporativista
c) organização das redes produtivas globais – autocrático
d) formação das sociedades de consumo de massa – de bem-
estar social
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
95
SOCIOLOGIA
05. (UEL) Leia o texto a seguir:
O sistema Linux é um artesanato público. O kernel (núcleo de 
software) do código Linux está disponível a todos, pode ser 
utilizado e adaptado por qualquer um: as pessoas se oferecem 
voluntariamente e doam seu tempo para aperfeiçoá-lo. O Linux 
contrasta com o código utilizado na Microsoft, cujos segredos até 
recentemente eram entesourados como propriedade intelectual 
de uma só empresa. [...] Ao ser criado na década de 1990, o Linux 
tentava resgatar um pouco do espírito de aventura dos primeiros 
dias da informática na década de 1970. Ao longo dessas duas 
décadas, a indústria de software metamorfoseou-se em pouco 
tempo num conjunto de poucas empresas dominantes, adquirindo 
o controle de concorrentes menores ou expulsando-os do 
mercado. Nessa dinâmica, os monopólios pareciam fabricar em 
série produtos cada vez mais medíocres.
(SENNET, R. O Artífice. Rio de Janeiro: Record, 2009, p.35.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto 
afirmar:
a) As configurações dos processos de invenção no mercado 
da informática não dependem da lógica de acumulação 
capitalista, pois se miram nos princípios de liberdade e de 
simetria nas formas de apropriação.
b) Os processos de criação e produção de conhecimentos e 
produtos na era da revolução microeletrônica não são neutros, 
pois podem ocorrer segundo a lógica da acumulação privada 
ou da lógica da apropriação pública.
c) Os modos de apropriação dos softwares e seus códigos 
passam pela garantia de inovação, revolução e acumulação de 
conhecimentos que eles comportam, pois são esses elementos 
que determinam seu uso social.
d) As formas de circulação e de acesso aos produtos diretamente 
ligados aos progressos da informática não estão subordinadas 
aos processos e engenharias que hierarquizam os detentores 
e não detentores do capital.
e) Os sistemas de elaboração de técnicas e mecanismos no meio 
virtual são indiferentes em suas formas de aplicação seguindo 
lógicas distintas, mas que convergem para a apropriação 
pública dos processos e resultados.
06. (ENEM) Um trabalhador em tempo flexível controla o local do 
trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A 
essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho 
é muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para 
os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder 
sobre o trabalhador, mais direto.
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do novo capitalismo. Rio de 
Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
Comparada à organização do trabalho característica do taylorismo e 
do fordismo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe que
a) as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar 
as relações laborais.
b) as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para 
o espaço doméstico.
c) os procedimentos de terceirização sejam aprimorados pela 
qualificação profissional.
d) as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização 
da especialização funcional.
e) os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos 
para os resultados do trabalho.
07. (ENEM) Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido 
para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A 
maioria desses estudos diz respeito a crianças - o que é bastante 
compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente 
ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento 
para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o 
impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza 
das notícias exibidas na televisão.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
O texto indica que existe uma significava produção científica sobre 
os impactos socioculturais da televisão na vida do ser humano. 
E as crianças, em particular, são as mais vulneráveis a essas 
influências, porque
a) codificam informações transmitidas nos programas infantis 
por meio da observação.
b) adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo 
de interação social.
c) interiorizam padrões de comportamento e papéis sociais com 
menor visão crítica.
d) observam formas de convivência social baseadas na tolerânciae no respeito.
e) apreendem modelos de sociedade pautados na observância 
das leis.
08.(FUVEST) O local e o global determinam-se reciprocamente, umas 
vezes de modo congruente e consequente, outras de modo desigual 
e desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se singularidades, 
particularidades e universalidades. Conforme Anthony Giddens, “A 
globalização pode assim ser definida como a intensificação das 
relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes 
de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos 
ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa. Este é um processo 
dialético porque tais acontecimentos locais podem se deslocar numa 
direção inversa às relações muito distanciadas que os modelam. A 
transformação local é, assim, uma parte da globalização”.
Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP. São Paulo, 1994. Adaptado.
Neste texto, escrito no final do século XX, o autor refere-se a um 
processo que persiste no século atual. A partir desse texto, pode-se 
inferir que esse processo leva à
a) padronização da vida cotidiana.
b) melhor distribuição de renda no planeta.
c) intensificação do convívio e das relações afetivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retração do ambientalismo como reação à sociedade de consumo.
09. (ENEM PPL 2016) Uma fábrica na qual os operários fossem, 
efetiva e integralmente, simples peças de máquinas executando 
cegamente as ordens da direção pararia em quinze minutos. O 
capitalismo só pode funcionar com a contribuição constante 
da atividade propriamente humana de seus subjugados que, ao 
mesmo tempo, tenta reduzir e desumanizar o mais possível
CASTORIADIS, C. A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
O texto destaca, além da dinâmica material do capitalismo, a 
importância da dimensão simbólica da sociedade, que consiste em 
a) elaborar significação e valores no mundo para dotá-lo de um 
sentido que transcende a concretude da vida. 
b) estabelecer relações lúdicas entre a vida e a realidade sem a 
pretensão de transformar o mundo dos homens. 
c) atuar sobre a vivência real e modificá-la para estabelecer 
relações interpessoais baseadas no interesse mútuo. 
d) criar discursos destinados a exercer o convencimento sobre 
audiências, independentemente das posições defendidas. 
e) defender a caridade como realização pessoal, por meio de 
práticas assistenciais, na defesa dos menos favorecidos. 
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR96
SOCIOLOGIA 06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
10. (UEL) Leia o texto a seguir.
O homem ocidental nem sempre se comportou da maneira que 
estamos acostumados a considerar como típica ou como sinal 
característico do homem “civilizado”. Se um homem da atual 
sociedade civilizada ocidental fosse, de repente, transportado para 
uma época remota de sua própria sociedade, tal como o período 
medievo-feudal, descobriria nele muito do que julga “incivilizado” 
em outras sociedades modernas. Sua reação em pouco diferiria 
da que nele é despertada no presente pelo comportamento 
de pessoas que vivem em sociedades feudais fora do Mundo 
Ocidental. Dependendo de sua situação e de suas inclinações, 
sentir-se-ia atraído pela vida mais desregrada, mais descontraída 
e aventurosa das classes superiores dessa sociedade ou repelido 
pelos costumes “bárbaros”, pela pobreza e rudeza que nele 
encontraria. E como quer que entendesse sua própria “civilização”, 
ele concluiria, da maneira a mais inequívoca, que a sociedade 
existente nesses tempos pretéritos da história ocidental não era 
“civilizada” no mesmo sentido e no mesmo grau que a sociedade 
ocidental moderna.
Adaptado de: ELIAS, N. O processo civilizador. v. 1. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p. 13.
Com base no texto e nos conhecimentos de Norbert Elias sobre 
as normas e as emoções disseminadas nas práticas cotidianas, 
especialmente no tocante à formação da civilização na sociedade 
moderna ocidental, assinale a alternativa correta.
a) A construção social do processo civilizador comprova que 
este é um fenômeno sem características evolutivas, dadas 
as sucessivas rupturas e descontinuidades observadas, por 
exemplo, em relação aos controles das funções corporais.
b) Os estudos do processo civilizador comprovam que as 
emoções são inatas, com origem primitiva, o que garante a 
empatia entre indivíduos de diversas sociedades e culturas, 
bem como de diferentes classes sociais.
c) Os mecanismos de controle e de vigilância da sociedade sobre 
as maneiras de gerenciar as funções corporais correspondem 
a um aparelho de repressão que se forma na economia política 
da sociedade, sendo, portanto, exterior aos indivíduos.
d) O modo de se alimentar, o cuidado de si, a relação com o corpo 
e as emoções em resposta às funções corporais são produtos 
de um processo civilizador, de longa duração, por meio do qual 
se transmitem aos indivíduos as regras sociais.
e) O processo civilizador propiciou sucessivas aproximações 
sociais entre o mundo dos adultos e o das crianças, favorecendo 
a transição entre etapas geracionais e reduzindo o embaraço 
com temas relativos à sexualidade.
11. (ENEM 2015) Na sociedade contemporânea, onde as relações 
sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a imagem de 
um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo, pode 
agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: 
amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então 
mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, 
a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena 
democraticamente para as massas com os supostos “ganhos 
distributivos” (a informação ilimitada, a quebra das supostas 
hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera 
pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, 
tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de 
“espelhamento”.
SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. 
Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).
A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza 
a) a prática identitária autorreferente.
b) a dinâmica política democratizante.
c) a produção instantânea de notícias.
d) os processos difusores de informações.
e) os mecanismos de convergência tecnológica.
12. (ENEM PPL 2018) De certo modo o toxicômano diz a verdade 
sobre nossa condição social atual, quer dizer, temos a tendência de 
tornarmo-nos todos adictos em relação a determinados objetos, 
cuja presença se tornou para nós indispensável. Todas as nossas 
referências éticas ou morais não têm nada de sério diante do 
toxicômano, porque fundamentalmente somos viciados como ele.
MELMAN, C. Novas formas clínicas no início do terceiro milênio. 
Porto Alegre: CMC, 2003.
No trecho, o autor propõe uma analogia entre o vício individual e as 
práticas de consumo sustentada no argumento da 
a) exposição da vida privada. 
b) reinvenção dos valores tradicionais. 
c) dependência das novas tecnologias. 
d) recorrência de transtornos mentais. 
e) banalização de substâncias psicotrópicas.
13. (ENEM 2013) 
O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e 
recebeu diversos prêmios por suas ilustrações.
Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua 
arte para 
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais. 
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade. 
c) provocar a reflexão sobre essa realidade. 
d) propor alternativas para solucionar esse problema. 
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.
14. (ENEM 2017) O comércio soube extrair um bom proveito da 
interatividade própria do meio tecnológico. A possibilidade de 
se obter um alto desenho do perfil de interesses do usuário, que 
deverá levar às últimas consequências o princípio da oferta como 
isca para o desejo consumista, foi o principal deles.
SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano:da cultura das mídias à cibercultura. 
São Paulo: Paulus, 2003 (adaptado).
Do ponto de vista comercial, o avanço das novas tecnologias 
indicado no texto está associado à 
a) atuação dos consumidores como fiscalizadores da produção. 
b) exigência de consumidores conscientes de seus direitos. 
c) relação direta entre fabricantes e consumidores. 
d) individualização das mensagens publicitárias. 
e) manutenção das preferências de consumo. 
15. (UEG 2017) A mercantilização é um dos fenômenos 
característicos da modernidade. O mercado foi tematizado pelas 
ciências humanas e cada vez mais vem sendo abordado por 
filósofos, especialmente o fenômeno que alguns denominam 
“idolatria do mercado”. 
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
97
SOCIOLOGIA
Partindo das análises sociológicas e fi losófi cas a respeito da 
relação entre mercantilização das relações sociais e consciência, 
verifi ca-se que 
a) a mercantilização é um produto da cultura moderna, pois 
o mundo de mercadorias no qual vivemos foi gerado pela 
consciência mercantil. 
b) a consciência humana foi totalmente mercantilizada e por isso 
as ideias se tornaram mercadorias que são vendidas sob a 
forma de direitos autorais. 
c) a mercantilização e a consciência são dois fenômenos paralelos 
que não possuem relação e são autônomos e independentes 
um do outro. 
d) o processo de mercantilização gera efeitos na consciência 
humana, desencadeando um processo de constituição de uma 
consciência coisifi cada. 
e) a consciência é cada vez mais um produto da indústria cultural, 
que vem se conscientizando e substituindo a mercantilização 
pela ética.
16. Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe 
média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa 
normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no 
fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e 
enche o tanque de gasolina com as próprias mãos.
SETTI, A. Disponível em: http://colunas.revistaepoca.globo.com. Acesso em: 21 maio 
2013 (fragmento).
A diferença entre os costumes assinalados no texto e os da classe 
média brasileira é consequência da ocorrência no Brasil de 
a) automação do trabalho nas fábricas, relacionada à expansão 
tecnológica. 
b) ampliação da oferta de empregos, vinculada à concessão de 
direitos sociais. 
c) abertura do mercado nacional, associada à modernização 
conservadora. 
d) oferta de mão de obra barata, conjugada à herança patriarcal. 
e) consolidação da estabilidade econômica, ligada à 
industrialização acelerada.
17. No pensamento sociológico clássico e contemporâneo, as 
dimensões igualdade, diferença e diversidade assumem importância 
para estudos relacionados à questão das desigualdades sociais.
Com base nos conhecimentos sobre as perspectivas sociológicas 
que explicam a desigualdade social, no cotidiano das sociedades 
capitalistas, assinale a alternativa correta. 
a) A sociologia weberiana, quando analisa as modernas 
sociedades ocidentais, demonstra que os fatores econômicos 
e os antagonismos entre as classes determinam as hierarquias 
de poder e os tipos de dominação. 
b) As análises de Marx defendem a ideia de que as mudanças 
mais recentes na ordem mundial capitalista alteraram a 
preeminência das classes na explicação das assimetrias 
sociais e diversidades culturais. 
c) Na sociologia de Bourdieu, os fatores econômicos, simbólicos 
e culturais, a exemplo da renda, do prestígio e dos saberes, 
incorporados pelos agentes em seu cotidiano e em sua 
trajetória de vida, são responsáveis pela diferenciação de 
posições nos campos sociais. 
d) No pensamento funcionalista, a origem da desigualdade social 
encontra-se nas contradições econômicas e políticas entre os 
agrupamentos, que mantêm relações uns com os outros para 
produzir e reproduzir a estrutura social. 
e) Para os pensadores críticos do neoliberalismo, a mobilidade 
dos indivíduos de um estrato social para outro, no Brasil, é 
acompanhada igualmente por mudanças na estrutura de 
classes sociais, na medida em que pobres e ricos se aproximam.
18.
A metamorfose
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num 
ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só tinha quatro, 
que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais 
antenas. Quis emitir um som de surpresa e sem querer deu um 
grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. 
Ela quis segui-las, mas não coube atrás do móvel. O seu segundo 
pensamento foi: "Que horror… Preciso acabar com essas baratas“
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela 
seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma espécie 
de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela 
casa e encontrou um armário num quarto, e, nele, roupa de baixo 
e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita para uma 
ex-barata. 
Maquiou-se. Todas as baratas são iguais, mas as mulheres 
precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. 
Mais tarde descobriu que só um nome não bastava. A que classe 
pertencia? … Tinha educação? … Referências?... Conseguiu a muito 
custo um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe 
dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente... Precisava comprar comida e o dinheiro não 
chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas, mas os 
seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as 
pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o dinheiro vai dar? 
Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e 
banho. Vandirene casou-se, teve fi lhos. Lutou muito, coitada. Filas 
no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco leite. O marido 
desempregado… Finalmente acertou na loteria. Quase quatro 
milhões! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz 
diferença. Mas Vandirene mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de 
bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer bem, a cuidar 
onde põe o pronome. Subiu de classe. Contratou babás e entrou na 
Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em 
barata. Seu penúltimo pensamento humano foi: "Meu Deus!… 
A casa foi dedetizada há dois dias! …". Seu último pensamento 
humano foi para seu dinheiro rendendo na fi nanceira e que o 
safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo 
pé da cama e correu para trás de um móvel. Não pensava mais em 
nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois, mas foram 
os cinco minutos mais felizes de sua vida.
(Luis Fernando Veríssimo)
(http://espirall-ltda.blogspot.com.br/2011/05/fome-depende-do-desperdicio.html.
 Acesso em 23/09/2014) 
Observe a charge a seguir para responder à questão:
Com base no texto e na charge acima, afi rma-se que: 
a) A distribuição de bens e renda é igualitária em todas as classes 
sociais brasileiras. 
b) não há falta de alimentos no Brasil e nem há diferenças sociais. 
c) não há desperdício, nem má distribuição de alimentos, bens e 
serviços no Brasil. 
d) a diferença de classes sociais é consequência da má 
distribuição de bens. 
e) as relações sociais ocorrem de forma harmônica e igualitária 
na sociedade.
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR98
SOCIOLOGIA 06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
19. Ao investigar a situação dos migrantes, o sociólogo Willians de 
Jesus Santos afirma que: 
A construção da identidade nacional brasileira através da ideologia 
do sincretismo criminalizou as populações africanas escravizadas 
e seus descendentes, bem como, por certo tempo, as asiáticas. 
E hoje influenciam políticas de governança que priorizam a 
securitização, criminalizam protagonistas específicos – sejam eles 
migrantes indocumentados, inclusive solicitantes de refúgio, assim 
como prostitutas que estão no mercado internacionalde trabalho 
–, ou, ainda, moradores de favelas e da periferia, além de que os 
imigrantes são tratados como raças perigosas. 
Disponível em: <http://diplomatique.org.br/intimidacao-racismo-e-violencia-contra-
imigrantes-e-refugiados-no-brasil>. Acesso em: 20 abr. 2017
De acordo com o trecho, é possível concluir que: 
a) O Estado brasileiro sempre respeitou as diferenças culturais da 
população migrante, garantindo o acolhimento e o direito desta 
população. 
b) A ideologia da democracia racial tem garantido a integração 
de migrantes e pobres no Brasil, dando continuidade a uma 
tradição do Estado brasileiro. 
c) Os fluxos migratórios atuais no Brasil são tratados como um 
problema de segurança pública, o que explicita a influência do 
racismo científico. 
d) A criminalização de determinados tipos raciais no Brasil 
fundamenta-se no princípio do respeito à diversidade cultural.
20. (UEL 2017) Leia a tirinha a seguir e responda à questão.
Leia o texto a seguir
Moldado pelo contexto social e cultural em que o ator se insere, 
o corpo é o vetor semântico pelo qual a evidência da relação 
com o mundo é construída: atividades perceptivas, mas também 
expressão dos sentimentos, cerimoniais dos ritos de interação, 
conjunto de gestos e mímicas, produção da aparência, jogos sutis 
da sedução, técnicas do corpo, exercícios físicos, relação com a 
cor, com o sofrimento etc.
LE BRETON, D. A sociologia do corpo. Petrópolis: Vozes, 2007. p. 7.
A tirinha e o texto evocam referências do lugar socialmente 
ocupado pelo corpo. O físico e a estética corporal são temas da vida 
cotidiana na sociedade moderna e, enquanto tais, são suscetíveis 
de ressignificações, como também de uma multiplicidade de 
representações.
Com base nos conhecimentos contemporâneos sobre o corpo e 
as corporalidades, produzidos pelas ciências sociais, considere as 
afirmativas a seguir.
I. Os usos que homens e mulheres fazem de seu físico e a 
construção dos julgamentos sobre as aparências dependem 
de um conjunto de sistemas simbólicos, cujas significações 
fundamentam a existência individual e coletiva.
II. O processo de socialização da experiência corporal é uma condição 
social de homens e mulheres que se conclui na adolescência, 
sendo este um momento final da formação identitária.
III. Nos anos 1960, a emergência dos novos sujeitos sociais 
produziu fortes críticas à importância social atribuída aos 
corpos e representou um retorno às lutas materialistas, 
preocupadas com a estrutura econômica.
IV. Na sociedade atual, o poder é exercido por meio da produção 
de corpos dóceis, configurando, assim, as sociedades 
disciplinares, tanto na dimensão econômica quanto na política.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
05. APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UFPR) Segundo Anthony Giddens e Phillipe Sutton, no contexto 
da globalização emergiu um “novo individualismo”, caracterizado 
pela necessidade de cada indivíduo construir sua própria 
identidade. Para os autores, “códigos sociais” que antigamente 
ditavam as escolhas e as ações individuais perderam sua 
importância. Neste contexto, explique como a internet contribuiu 
para o desenvolvimento desse “novo individualismo”.
02. (UFPR) “A participação em realidades virtuais, através de 
jogos eletrônicos, conversações on-line, comunidades virtuais, 
são modalidades e partes da cibercultura, cujos processos são 
interativos e permitem a integração potencial de texto, imagem e 
som no mesmo sistema. Interagindo a partir de pontos múltiplos em 
rede global, tais processos têm mudado o caráter da comunicação 
e esta tem moldado a cultura.”
(ARAÚJO, S. M. de; BRIDI, M. A.; MOTIM, B. L. Sociologia. Um Olhar Crítico. São Paulo: 
Contexto, 2009. p. 123.)
Aponte e justifique três aspectos pelos quais a Internet mudou a 
vida cotidiana das pessoas. 
03. (UDESC) Comente a diversidade dessas formas familiares no 
contexto brasileiro e pense no modo que vem sendo tratada essa 
questão nas escolas brasileiras.
“Durante o século XX, a predominância do núcleo familiar 
tradicional sofreu um gradual desgaste na maioria das sociedades 
industrializadas. Uma grande diversidade de formas familiares 
existe atualmente.”
(GIDDENS, Antony. 2005, p. 16.
04. (UFPR) “Não é possível analisar o mundo, sob quaisquer 
dimensões, sem referência ao fenômeno da globalização. De tão 
difundido e repetido, não é de estranhar que o conceito nem sempre 
seja claro, pela dificuldade de distinguir o que são os componentes 
econômicos do processo daqueles sociais e culturais”. 
(CASTRO, Iná. Geografia e Política – Território, escalas de ação e instituições. Bertrand 
Brasil, Rio de Janeiro, 2005, p. 215.) 
Levando em consideração o problema acima exposto, escreva 
um texto que defina globalização e trate dos seus impactos nas 
relações políticas, econômicas e sociais.
05. (UFPR) Segundo Anthony Giddens e Phillipe Sutton, em 
algumas partes da África, as nações e os Estados nacionais ainda 
não estão formados. Em outras áreas do mundo, os Estados 
detêm menos poder do que costumavam ter, pois são afetados 
pelo desenvolvimento do mercado global. Para o escritor japonês 
Kenichi Ohmae, a globalização produziu um “mundo sem fronteiras” 
que pode resultar no “fim do Estado-nação”. É possível concordar 
com a afirmação do escritor japonês? Justifique sua resposta.
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
99
SOCIOLOGIA
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. D
02. C
03. E
04. D
05. B
06. E
07. C
08. A
09. A
10. D
11. A
12. C
13. C
14. D
15. D
16. D
17. C
18. D
19. C
20. B
04. As disputas políticas nas cidades gregas se davam mediante a retórica, utilizada para que os 
homens pudessem convencer os outros a respeito de seus argumentos. A retórica é criticada 
por Sócrates, considerada como uma forma de enganar as pessoas, por ser descomprometida 
com a verdade e utilizada somente para buscar o poder e convencer as pessoas
05. 
a) O homem para Sócrates é entendido como um ser dotado de uma alma, sendo que sua 
alma é o que lhe confere diferenciação entre todas as outras coisas. O corpo para Sócrates 
representa um instrumento pelo qual utilizamos para promover o enobrecimento desta 
alma, por meio de nossas ações, portanto deve possuir saúde e harmonia física e ser capaz 
de possuir condições para desempenhar funções na cidade que se revertam em condições 
materiais que garantam o seu sustento. A inteligência é o instrumento da alma e tem por 
finalidade promover condições para o homem aprimorar-se, a reflexão. Desta forma, o 
homem deve buscar ampliar seu conhecimento, controlar suas emoções, desenvolver 
suas potencialidades agindo por meio da conduta virtuosa. A reflexão realiza a união entre a 
reflexão e a ação virtuosa, com isto ocorre o aprimoramento moral que aperfeiçoa o caráter 
e enobrece a alma.
b) Sócrates expõe em sua filosofia que o homem somente pode cuidar de si na medida 
em que conhece sua própria natureza. Para isto o homem deve buscar na ciência 
(conhecimento) a capacidade de refletir para poder desenvolver-se em plenitude. Uma 
vez posta em ação o conhecimento de si, o homem pode então partir para a ação refletida, 
ou seja, uma vez que o homem possui conhecimento de sua essência ele pode então 
melhorar sua vida através da ação virtuosa na qual ocorre a coerência entre a reflexão 
e a ação, produzindo um melhor estado de vida. Por meio do próprio conhecimento o 
homem é capaz de conhecer seu semelhante e com isto é capaz de agir corretamente no 
intuito de buscar a verdade em todas as ações que realiza. Com este autoconhecimento 
de si e dos outros, o homem pode atingir a verdadeira felicidade.
ANOTAÇÕESEXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. A internet contribui para que as relações sociais sejam mais fluidas. Assim, há menos 
rigidez nos padrões culturais, que podem ser modificados de forma mais acelerada. 
Se antigamente os padrões definiam a identidade dos indivíduos (filho de alfaiate seria 
alfaiate, por exemplo), hoje isso não acontece. Desta maneira, os indivíduos possuem mais 
autonomia e possibilidades para tomarem suas decisões sobre o que ser e o que fazer.
02. 
a) Segundo Platão, Sócrates foi acusado de corromper a juventude, mas o que fez 
realmente foi ter provado que todos fingem saber alguma coisa, quando na verdade 
pouco ou nada sabem.
b) Pode ser extraído o seu método dialético, caracterizado pela ironia (“Quando se lhes 
pergunta por quais atos ou ensinamentos, não têm o que responder”) e que leva as 
pessoas à aporia, ou seja, ao estado de saberem que nada sabem.
c) Dentre as acusações, Platão considera como não tendo fundamento dizer que 
Sócrates não crê nos deuses, que faz prevalecer o discurso e a razão mais fraca e 
que corrompe a juventude. Segundo Platão, todas essas acusações somente provam 
a tese de que eles fingem saber alguma coisa, mesmo sem nada saber.
03.
a) A filosofia socrática tem como temas principais a verdade, a moral, a política, a 
virtude e o conhecimento.
b) A refutação socrática opera mediante a atividade dialética. Fazendo perguntas ao 
seu interlocutor e refutando cada uma de suas crenças (procedimento que se chama 
ironia) Sócrates faz como que ele chegue ao estado de aporia, que significa dar-se 
conta de que nada sabe. A partir disso, o interlocutor está apto para a maiêutica, que 
significa dar à luz novas ideias.
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR100
SOCIOLOGIA 06 PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
ANOTAÇÕES
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
 A
rt.
 1
84
 d
o 
C
P.

Continue navegando