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CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO 
TRABALHO DE CASTANHAL-PA. 
 
 
 
IVANILSON S DE LIMA- CNPJ 27.240.038/0001-98, já qualificada nos autos 
em epigrafe, neste ato representada por seu sócio, IVANILSON SOUZA DE LIMA, 
brasileiro, casado, portador do RG sob o n° 7089400 inscrito no CPF sob o nº 
023.631.902-70, residente e domiciliado à rua Estevam Araújo de lima, n° 1109, bairro 
Jaderlândia. CEP: 68660-000, São Miguel do Guamá, Pará. Fone (91) 98335-1570, 
por seu advogado que junta neste ato instrumento de procuração com endereço 
profissional completo para receber notificações/intimações, vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, no prazo legal e com os documentos acostados, 
apresentar sua CONTESTAÇÃO, em ação trabalhista movida por FRANCISCO 
ROBERTO DA CUNHA, já qualificado nos autos, mediante os seguintes fatos e 
fundamentos: 
 
DA JUNTADA DA CONTESTAÇÃO E DOCUMENTOS EM SIGILO 
Em cumprimento ao disposto no art. 22, § 3º e 5º, da Resolução 185/2017 do 
Conselho Superior de Justiça do Trabalho, a parte Reclamada justifica que atribuiu 
sigilo à presente contestação e respectivos documentos em razão do disposto no 
parágrafo único do art. 773 do CPC. 
Ademais, procede a parte Reclamada desta forma, com esteio no art. 28, § 4ª 
da Resolução 185/2013 do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe: 
"Nos casos em que o rito processual autorize a apresentação de resposta em 
audiência, faculta-se a sua juntada antecipada aos autos eletrônicos, 
juntamente com os documentos, hipótese em que permanecerão ocultos para 
a parte contrária, a critério do advogado peticionante, até a audiência". 
Assim, informa a reclamada que é justificável a juntada da defesa e 
documentos de maneira sigilosa, o que se requer desde já. 
 
DOS FATOS 
 
 
 
O Reclamante alega ter sido admitido pela Reclamada em 01.04.2017, para 
exercer a função de Serviços Gerais, trabalhava no auxílio de alimento dos animais, 
carregamento de pedras, serviços de encarregado geral, cumprindo jornada de 
trabalho das 07h00 às 12h00 com retorno as 14h00 e término as 19h00 de segunda 
feira a sábado., percebendo como remuneração o montante de R$ 1. 125,44. 
Alega ainda que jamais recebeu o salário devido, pois sempre recebeu a menor 
e teve seu contrato de trabalho rescindido sem justo motivo em 20.01.2019. 
Postula o reclamante o pagamento de horas extras a 50%, diferença salarial e 
danos morais. 
A Reclamatória não merece procedência, conforme será demonstrado a seguir. 
 
DA REALIDADE DO FATOS 
Realmente, o reclamante foi admitido no dia 01 de abril de 2017 para trabalhar 
como serviços gerais na empresa reclamada. De fato, seu salário básico sempre foi 
de R$1.125,44 (UM MIL CENTO E VINTE E CINCO REAIS E QUARENTA E QUATRO 
CENTAVOS). A data da demissão é, com verdade, 28 de janeiro de 2019, conforme 
a CTPS do Reclamante com cópia nos autos. No entanto, com relação às demais 
informações contidas na petição inicial, a reclamada não concorda, passando a 
contestá-las a seguir. 
 
PREJUDICIAL DE MÉRITO 
PRESCRIÇÃO BIENAL TOTAL 
Se traduz no prazo de dois anos que o trabalhador dispõe para requerer 
pretensão, créditos trabalhistas, após rescisão de contrato de trabalho. O início para 
a contagem de tempo é a data de demissão. Assim, o empregado demitido tem dois 
anos para reivindicar direito previstos em lei, após se desligar da empresa. 
Conforme consta na anotação na CTPS do reclamante, o mesmo foi contratado 
em 01 de abril de 2017, e seu contrato foi rescindido em 28 de janeiro de 2019 e a 
presente ação só veio a ser iniciada em 12 de março de 2021, portanto, está prescrita 
a pretensão do reclamante em virtude do preceito do art. 11 da CLT. Desta forma, 
 
 
 
requer a extinção do processo, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, 
do NCPC. 
 Caso este douto juízo não acolha, por absurdo, esta tese passamos a 
impugnar especificadamente cada ponto da peça vestibular. 
 
DA DEFESA DE MÉRITO 
DA JORNADA DE TRABALHO – DA IMPROCEDÊNCIA DAS HORAS 
EXTRA 50%. 
Nobre Julgador, cumpri salientar que, a empresa é de pequeno porte e possui 
apenas 03 funcionários, de acordo com a relação a seguir. 
NOME DO FUNCIONÁRIO FUNÇAO 
ROBSON DA CONCEIÇAO LEMOS SERVIÇOS ERAIS 
EDAR TIAO OLIVEIRA LIMA SERVIÇOS ERAIS 
JOAO PAULO DA SILVA LIMA AUXILIAR DE PRODUÇAO 
 
Excelência, o Art. 74, § 2º, da CLT diz que: 
 Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. 
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será 
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, 
mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a 
pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 
13.874, de 2019). 
 Com base no dispositivo legal Nobre Julgador não há obrigatoriedade, por 
parte da empresa em possuir o livro de ponto, pois possui apenas 03 funcionários em 
seu quadro de trabalhadores. 
A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante em sua 
petição inicial relativa à jornada de trabalho. Na verdade, a jornada de trabalho do 
reclamante sempre foi de 08h00min às 12h00min e das 14h00min às 18h00min, com 
duas horas de intervalo para repouso e alimentação de segunda à sexta, e aos 
sábados o Reclamante laborava das 08h00min às 12h00min. 
Portanto, a jornada sempre foi a prevista em lei, que é de 8 (oito) horas diárias 
e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, não havendo que se falar em horas extras, 
ou, sequer, em reflexo destas sobre as demais verbas trabalhistas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15
 
 
 
 
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido. 
 
DA DIFERENÇA SALARIAL PRETENDIDA 
A reclamada sempre realizou adiantamentos salariais ao reclamante, assim 
como a todos os seus funcionários todo dia 15 de cada mês, todos os meses ao longo 
dos anos de vigência do contrato de trabalho, conforme comprovam os recibos em 
anexo. 
Tal qual exposto, anteriormente, esses adiantamentos salariais eram 
descontados no pagamento do final do mês dos funcionários, inclusive do reclamante. 
Desta forma não prospera a intenção do Reclamante em receber algo que não 
lhe é devido, já que o restante do seu pagamento era efetuado no final do mês, 
deduzido o valor do adiantamento. 
Portanto diante do exposto, requer a improcedência do pedido. 
 
DO DANO MORAL 
O mero ato da dispensa do empregado sem justa causa não dá origem a dano 
moral, porque a faculdade de rescindir motivada ou imotivadamente o contrato de 
trabalho está incluída nos direitos assegurados ao empregador. 
O dano moral alegadamente praticado pelo empregador, para ser configurado, 
deve ocasionar lesão na esfera personalíssima do empregado, violando sua 
intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos cuja violação implica 
indenização compensatória ao ofendido, conforme estabelece o 
artigo 5º da Constituição Federal . Não foi o que ocorreu no caso em discussão, julgou 
o magistrado. 
Excelência, inicialmente importante destacar que é ônus do Reclamante de 
demonstrar ter sofrido o constrangimento alegado, nos termos do art. 373, I, do CPC e 
art. 818, I, da Nova CLT, fato esse que não ocorreu, pois em momento algum, o 
Reclamante apresenta provas que a demissão ocorrida, lhe causou algum tipo de 
dano. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
Nobre Julgador, a simples demissão sem justa causa do reclamante não 
constituiu razão que provocasse dano moral, uma vez que pôr fim ao contrato de 
trabalho, com ou semjusta causa, faz parte dos direitos assegurados ao empregador 
no artigo 487 da CLT. 
 No que se refere ao fato do Reclamante relatar que estava com problema de 
saúde, e por isso não teria condições de realizar de sua rotina laboral, não é de 
conhecimento da Reclamada, pois a mesmo não foi informada de nenhum problema 
de saúde do Reclamante, tanto é que o ASO que está acostado aos autos, não aponta 
nenhum problema de saúde do reclamante, estando este apto a ser demitido a época. 
Ademais, no que tange à condenação de indenização por danos morais, 
necessário o preenchimento de todos os requisitos da responsabilidade civil, quais 
sejam: ato ilícito; dano; nexo causal e culpa. 
Sendo assim, analisando o presente fato, não foi demonstrado nenhum ato 
ilícito por parte da Reclamada que atingiu a honra do Reclamante para poder 
caracterizar o dano moral alegado. 
Conforme disposto no art. 5, X, da CF/88, para caracterizar a indenização por 
dano moral, necessário que o ato ilícito viole a intimidade, vida privada, honra, imagem 
do Reclamante, o que não restou demonstrado. 
Desta forma, não houve ato ilícito por parte da Reclamada, nem mesmo houve 
algum dano alegado pelo Reclamante. 
Portanto, não foram preenchidos os requisitos da responsabilidade civil, 
previstos no art. 186 e 927, ambos do Código Civil. 
Razão pela qual requer a improcedência do pedido. 
 
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
Da simples leitura da exordial apresentada, em cotejo com os fatos e 
fundamentos expostos pela reclamada na presente defesa, tem-se claro que o 
reclamante se valeu de afirmativas dissonantes com a realidade dos fatos, 
especialmente quanto às alegações lançadas para “fundamentar” seus pedidos. 
Ressalta-se que alegações indevidas, infrutíferas e sem nenhum respaldo 
jurídico ou embasada por documentação hábil comprobatória, apenas tratando-se de 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708130/artigo-487-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
 
 
 
alegações vãs, aleatoriamente formuladas com intuito de macular a ilibada honra da 
parte que pleiteia judicialmente apenas a percepção daquilo que lhe é devido, 
configura a denominada litigância de má-fé. 
Neste sentido, corroborando com o requerido pela Reclamada, é o 
jurisprudencial do TRT 12 AP, conforme ementa que segue: 
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ. APLICAÇÃO AO PROCESSO DO TRABALHO. A 
parte que produz insurgências acerca de matéria já devidamente julgada e 
esclarecida deve sofrer a punição prevista para a litigância de má-fé. (TRT12 
- AP - 0000162-98.2019.5.12.0024 , Rel. ROBERTO LUIZ GUGLIELMETTO 
, 1ª Câmara , Data de Assinatura: 21/07/2020) 
 
(TRT-12 - AP: 00001629820195120024 SC, Relator: ROBERTO LUIZ 
GUGLIELMETTO, Data de Julgamento: 08/07/2020, Gab. Des. Roberto Luiz 
Guglielmetto)Da análise da conduta do reclamante, tem-se que o mesmo 
deve ser condenado nas penas por litigante de má-fé. 
Complementando o entendimento acima, temos que a reforma trabalhista 
trouxe quem são os litigantes de má-fé, senão vejamos: 
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato 
incontroverso; 
II – alterar a verdade dos fatos; 
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI – provocar incidente manifestamente infundado; 
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
Assim, aquele que se enquadrar em um dos incisos acima, deverá responder 
as penas de litigância previstas no art. 793-C da CLT, senão vejamos o dispositivo 
citado: 
Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-
fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 
10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária 
pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e 
com todas as despesas que efetuou. 
Sendo assim, requer seja o Reclamante reputado como demandante de má-fé, 
condenando-o ao pagamento de multa no percentual de 10% do valor corrigido da 
causa, indenização, honorários e custas, em conformidade com o art. 793-C, II, da 
CLT. 
 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS 
 
 
 
Improcede quaisquer das pretensões postuladas pelo Reclamante, 
requerendo a Reclamada, desde já, seja o Autor condenado ao pagamento da 
sucumbência recíproca, consoante artigo 791-A, caput e §3º da CLT. 
Conforme o que dispõe o art. 791-A da CLT, é cabível os honorários 
advocatícios da sucumbência, de modo que, em havendo a IMPROCEDÊNCIA DOS 
PEDIDOS, deverá o RECLAMANTE ser condenada no ônus da sucumbência. 
 
REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante do exposto, requer: 
a) O acolhimento da prescrição bienal/total, bem como a extinção do processo 
com resolução do mérito, nos termos do art. 269, IV, do CPC; 
b) A improcedência de todos os pedidos formulados pelo Reclamante, 
condenando-o ao pagamento de custas processuais. 
c) Que seja condenado o Reclamante ao pagamento de honorários 
sucumbenciais no valor de 10%, diante da improcedência dos pedidos; 
d) Caso a ação não seja liminarmente julgada improcedente, e haja a 
continuidade da ação, pedimos a produção de todos os meios de provas em direito 
admitidos, incluindo principalmente o depoimento do reclamante. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
São Miguel do Guamá, 18 de abril de 2021. 
 
 
ANTONIO PEREIRA SILVA 
OAB/PA 30.958

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