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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS RSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM II AUTORES DANILO DE MOURA CAMARGO B5415G - 0 ELTON RAFAEL BASÍLIO DE SOUZA B568AD - 9 INGRID CAROLINE DE AGUIAR B54BGD - 4 LETÍCIA SILVA TRAVASSO B56480 - 6 MAYUMI YAMAZAKI B353BI - 0 ROBERTA FERNANDA DE SOUZA B568AC - 0 PADARIA JD LTDA ME. Projeto apresentado ao Curso de Gestão em Logística do Instituto de Ciências Sociais e Comunicação, da Universidade Paulista – UNIP, como requisito para aprovação na disciplina Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM II SOROCABA 2012 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM II Prof. Regis Bastida Profª. Lígia Bardou de Carvalho Prof. Gláucio Menoni Honorato Prof. Fernando André Nogueira Profª. Sandra Quaresma de Jesus Prof. José Francisco Serpa Profª. Lisiane Paulon Prof. Anderson Machado Profº. Valmir Cunha Prof. Waldemar Bellia Júnior Prof. José A Camargo Prof. José Geraldo Garcia Profº. Giovani de Arruda Campos Prof. Nilton José Pereira Prof. Marcelo F. Leão Prof. Élcio Galioni Profª. Maria Elizabete Vergílio Profª. Micaela Pincinato Prof. Walter César J. de Faria Prof. Paulo Talacchia Prof. Sandro Almeida Prof. William Pugliese Prof. Marcos Antonio Salmazi Prof. Sérgio Mendes Profª. Renata São Leandro Profª Mariana Domitila P. Martins Prof. Élcio Vergara Profª. Suzelaine Mendes Profª Edméa Medeiros Lavor Prof. Alex Sandro Benetti Dias Prof. Roberto Wagner Christiano Profª. Aparecida Roseli S dos Santos Prof. Richard Flink (Coord.) Sorocaba, 2º semestre de 2012 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a cada membro de nosso grupo e a nossos professores que colaboraram para a elaboração deste trabalho. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por ser nosso alicerce, por nos dar condições de obter todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento deste trabalho. Aos professores, pela dedicação e colaboração em suas orientações para o desenvolvimento do mesmo. Agradecemos também a colaboração de cada membro do grupo os quais foram responsáveis pela elaboração deste trabalho. RESUMO A empresa escolhida como objeto de estudo deste Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) é a PANIFICADORA JD LTDA ME. Situada na cidade de Sorocaba, é uma empresa comércio e prestadora de serviços, que disponibiliza serviços Alimentícios como, Pão, Frios, Bolos, Salgados, Doces, Confeitaria, Bebidas em geral. A responsabilidade com a estrutura operacional e com sua equipe experiente e bem treinada torna a Panificadora JD LTDA ME, uma empresa diferenciada e é o que assegura a posição privilegiada do mercado. A Panificadora busca permanentemente aperfeiçoar sua estrutura operacional e de atendimento ao cliente, buscando melhorias contínuas em seus processos e investimentos, mantendo assim seu compromisso com os seus Clientes. Neste projeto, buscaremos explanar como funcionam algumas das atividades que envolvem o processo de desenvolvimento de uma empresa, como o planejamento e movimentação de estoques, categorização de produtos, dinâmicas interpessoais e dados estatísticos, além de explorar conceitos logísticos estudados até hoje. Palavras-chaves: Padaria JD LTDA ME, ABSTRACT The company chosen as target of this multidiscipline Integrate project is PADARIA JD LTDA ME. Witch takes place on Sorocaba city, is a service company, that supplies nutritive services as, bread, milk-food, cake, snacks, candy, sweetshop, drinks, beverage, etc... The structural operational responsibility plus very well trained and experienced team turns PADARIA JD ME into a singular company witch ensure it’s out market advantage. The baker’s shop chase the constantly improvement in it’s operational and customer relations structure, chasing continuously improvements in it’s process and investments, keeping in this way it’s commitment with the customer. On this project, we’ll exemplify how work some activities that involve a developing process of any company, like the financial department, interpersonal dynamics and statistics, beside explore the logistic concepts we’ve studied until today. Key-Words: PADARIA JD LTDA ME. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 11 2. A EMPRESA ................................................................................... 12 2.1. Denominação e forma de constituição ................................... 12 2.2. Dados e fatos relevantes da origem da organização ............. 13 2.3. Natureza e ramo de atuação ................................................ 13 2.4. Informações sobre o porte da empresa ................................. 14 2.5. Principais equipamentos ....................................................... 15 2.6. Composição da força de trabalho, incluindo quantidade de pessoas, percentuais por nível de escolaridade, por níveis de chefia ou gerenciais, por regime jurídico de vínculo ......... 22 2.7. Principais produtos ................................................................ 23 2.8. Principais fornecedores, insumos (...) ................................... 23 2.9. Principais mercados e, nos ramos de atuação, principais segmentos desses mercados onde se encontram os clientes alvo ........................................................................... 25 2.10. O segmento de mercado do grupo no âmbito internacional. .. 25 2.11. O segmento do mercado do grupo no âmbito nacional ......... 26 2.12. Principais concorrentes da organização e aspectos relevantes de cada um .......................................................................... 26 2.13. Organograma: destacar quem faz parte da alta direção e os diferentes elementos da estrutura organizacional ................. 27 3. FUND. E IMP. DA LOGÍSTICA ...................................................... 29 4. ESTATÍSTICA APLICADA .............................................................. 35 4.1. População ............................................................................. 36 4.2. Amostra ................................................................................ 36 4.3. Dados Quantitativos .............................................................. 37 4.4. Dados ou variáveis qualitativas ............................................. 37 4.5. Media Aritmética ................................................................... 38 4.6. Mediana ................................................................................ 39 4.7. Moda ..................................................................................... 40 5. PLANEJ. E OP. POR CAT. DE PRODUTOS .................................. 45 6. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE ............................ 49 7. DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ............................ 53 8. CONTABILIDADE ............................................................................ 59 8.1. Conceito de Contabilidade .................................................... 59 8.2. A Prática da Contabilidade e seus Usuários ......................... 59 8.3. Conceito de Patrimônio ......................................................... 60 8.4. Representação do Patrimônio de uma Empresa ................... 61 8.5. Revisão de Conceitos ........................................................... 61 8.6. Conceito de Bens, Direitos e Obrigações.............................. 62 8.7. Patrimônio Líquido = Situação Líquida .................................. 64 8.8. Fazendo Demonstrações Financeiras ................................... 65 8.9. Fazendo o Balanço Patrimonial ............................................. 65 8.10. Ativo ...................................................................................... 66 8.11. Ativo Circulante ..................................................................... 66 8.12. Direitos e Obrigações Realizáveis a Longo Prazo ................. 67 8.13. Ativo Permanente ................................................................. 68 8.14. Passivo ................................................................................. 69 8.15. Passivo Circulante ................................................................ 69 8.16. Exigível a Longo Prazo ......................................................... 70 8.17. Resultados de Exercícios Futuros ......................................... 70 8.18. Patrimônio Líquido ................................................................ 71 8.19. Demonstração do Resultado do Exercício ( D R E ) .............. 71 8.20. Receita Bruta ........................................................................ 72 8.21. Despesas Operacionais ........................................................ 72 8.22. Análise das Demonstrações Financeiras .............................. 74 8.23. Índices de Liquidez ............................................................... 75 9. CONCLUSÃO .................................................................................. 77 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 78 LISTA DE IMAGENS IMAGEM 1 – Batedeira Industrial ................................................................ 16 IMAGEM 2 – Cilindro ................................................................................. 17 IMAGEM 3 – Modeladora de Pães ............................................................. 18 IMAGEM 4 – Forno para Massas ............................................................... 19 IMAGEM 5 – Geladeira de Bebidas ........................................................... 20 IMAGEM 6 – Máquina de Frango ............................................................... 21 IMAGEM 7 – Gôndola ................................................................................ 21 IMAGEM 8 – Fórmula de Média Aritmética Simples ................................... 38 IMAGEM 9 – Fórmula de Mediana Ímpar ................................................... 40 IMAGEM 10 – Fórmula de Mediana Par ..................................................... 40 IMAGEM 11 – Layout JD ............................................................................ 48 IMAGEM 12 – Pirâmide de Maslow ............................................................ 55 IMAGEM 13 – Balcão de Atendimento ....................................................... 58 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Percentuais por nível de escolaridade ................................. 22 GRÁFICO 2 – Moda salarial de funcionários .............................................. 42 GRÁFICO 3 – Análise semanal de valores em estoque ............................. 43 GRÁFICO 4 – Análise semanal de itens em estoque ................................. 44 GRÁFICO 5 – Relação Quantidade (Estoque) / Valor Agregado ................ 51 GRÁFICO 6 – Pesquisa de clima organizacional ....................................... 58 LISTA DE TABELAS TABELA 01 - Enquadramento de Porte da Empresa .................................. 15 TABELA 02 – Fornecedores ...................................................................... 24 TABELA 03 – Dados Brutos e Dados em Rol ............................................ 36 TABELA 04 – Horário médio de passagem ................................................ 39 TABELA 05 – Série de dados não ordenados ............................................ 39 TABELA 06 – Série de dados ordenados ................................................... 39 TABELA 07 – Série de dados em porcentagem ......................................... 41 TABELA 08 – Planejamento de execução de serviços ............................... 46 TABELA 09 – Classificação de matérias primas ........................................ 50 TABELA 10 – Representação de Patrimônio ............................................. 61 TABELA 11 – Representação Gráfica do Patrimônio ................................. 63 TABELA 12 – Balanço Patrimonial ............................................................. 66 TABELA 13 – Demonstração de Resultados .............................................. 72 TABELA 14 – Quadro de Despesas ........................................................... 73 LISTA DE ORGANOGRAMAS ORGANOGRAMA 1 – Elementos da estrutura organizacional ................... 28 LISTA DE FLUXOGRAMAS Fluxograma 1 – Missão da Logística .......................................................... 29 Fluxograma 2 – Ciclo PDCA ...................................................................... 30 Fluxograma 3 – Fluxo Logístico ................................................................. 31 Fluxograma 4 - Representação de uma Cadeia de Suprimentos ............... 33 Fluxograma 5 – Categorização de produtos ............................................... 45 11 1. INTRODUÇÃO Este trabalho está focado no aprendizado e desenvolvimento dos alunos do curso de Gestão em Logística para que se possa conhecer a estrutura organizacional e seu desenvolvimento econômico dentro do âmbito do mercado da região, no que se diz respeito ao crescimento da empresa, desde a sua fundação até seus dias atuais. A empresa escolhida foi a Padaria JD, fundada no ano de 2010 e está localizada na cidade de Sorocaba. Atualmente a Padaria JD constitui, dentro do âmbito dos negócios na região de Sorocaba, como uma das Microempresas em plena expansão no setor Alimentício. O objetivo deste trabalho é apresentar dados relevantes sobre a descrição da organização, métodos aplicados no mundo contábil, fundamentos e importância da logística dentro da empresa, aplicações de análises estatísticas, planejamento e operações por categoria de produtos, planejamento e controle dos estoques, e por fim, dinâmicas de relações interpessoais aplicadas na Padaria JD. A Panificadora JD visa chegar aos próximos anos a investimentos ainda maiores, maximizando lucros e aprimoramento de novas técnicas, o que continuará a ser um marco na evolução da prestação de serviços aos nossos clientes. 12 2. A EMPRESA Primeiramente, este tópico será destinado para que se entenda e conheça toda a estrutura da Padaria JD. Nos pontos abaixo, iremos explanar todas as atividades, pessoas envolvidas e informações para que se forme uma base de conhecimento, visando o melhor entendimento possível do trabalho. Para que uma empresa tenha existência, ela necessita de um endereço físico, instalações físicas e necessita também de trâmites junto à órgãos municipais, estaduais e federais, onde o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), é utilizado para controle de diversas ações pelos órgãos competentes, entre outras atividades que necessitam deste número. A empresa Panificadora Jd Ltda Me é uma empresa situada na cidade de Sorocaba, Rua Marcolino Zacariotto, 91 - Jardim Califórnia. Atuando como prestadora de serviços no ramo do comércio na área Alimentícia, sendo uma gestão de um sistema de processos seja uma forma efetiva de garantir uma boa gestão da qualidade. 2.1. Denominação e forma de constituição. A Panificadora JD LTDA ME constituída sobre a forma de sociedade LTDA, ou seja, foi formada através de contratosocial, dividido cotas de capital, o que indica que a responsabilidade pelo pagamento das obrigações da empresa é limitada á participação dos sócios. Para um melhor entendimento das formas de constituição que uma empresa pode ter, segue abaixo uma relação com as principais formas de constituições: LTDA (Limitada) - Empresa cujo capital pertence a sócios conhecidos e está limitado a eles. S/S (Sociedade Simples) - Pequena empresa de prestação de serviços (escritório de contabilidade, corretora de seguros, consultório médico, etc.), cujo capital social é limitado a determinados sócios (LTDA.). S/A (Sociedade Anônima) - Empresa de capital aberto, geralmente de grande porte cujo capital social pertence, em grande parte, a um grupo de sócios 13 controladores, e os restantes a sócios desconhecidos (anônimos), que não figuram nominalmente em seu Estatuto Social. S/C (Sociedade Civil) - Pelo novo código Civil, essa natureza jurídica de empresa foi substituída por S/S (Sociedade Simples). 2.2. Dados e fatos relevantes da origem da organização. A Panificadora JD, foi inaugurada 08/03/2010 pelos então sócios Elton Rafael B. Souza e Juscélio P. Souza, que por acaso, ao saberem da venda de um ponto comercial tiveram a idéia de iniciarem o próprio negócio, que por influência de estarem trabalhando no ramo de panificação, do ponto estratégico, e notarem também que havia necessidade de um estabelecimento do ramo alimentício, iniciaram a sociedade com mínimo de capital próprio e a maior parte adquirido por capital de terceiros. Apesar das dificuldades e assaltos sofridos, a empresa hoje está em constante crescimento e conta com 9 funcionários e equipamentos de ultima geração para fabricação dos próprios produtos. (vale ressaltar que no inicio a empresa terceirizava os produtos, quais que hoje fabrica). No momento a panificadora fabrica cerca de 3.OOO ( três mil ) pães diários alem de bolos doces e salgados. 2.3. Natureza e ramo de atuação. A natureza de uma organização determina qual será o seu modo e método produtivo passando pelo canal que a matéria-prima sofrerá transformações, já o seu ramo de atuação diz em qual sentido serão direcionados os produtos, serviços e demais agregados oferecidos pela organização. A Prestação de Serviços é entendida como a realização de trabalho oferecido ou contratado por terceiros (comunidade ou empresa),(mão-de-obra física ou intelectual) e não resulta na posse de um bem. Natureza da Panificadora JD - Prestadora de Serviços Ramo de atuação – Prestação de serviços e Panificação 14 Atuando como prestadora de serviços, a Panificadora JD, iniciou seus serviços em 2010, focada no ramo de panificação. Os serviços oferecidos são a venda de produtos alimentícios e fabricação de pães, bolos , doces e salgados. Segue abaixo, as metodologias utilizadas para os serviços oferecidos pela Panificadora JD. 2.4. Informações sobre o porte da empresa. A Panificadora JD. Ltda. me é considerada uma micro empresa, pois o faturamento anual de até R$ 240.000,00 (Duzentos e quarenta mil reais), e também porque no ramo de comércio e serviço possui até 9 empregados. Basicamente são dois os critérios para a classificação do porte de empresas no Brasil. De acordo com a Lei Complementar de N° 123/2006 que trata do porte da empresa tanto por números de funcionários, quanto por Renda Operacional Bruta (ROB). Microempresa - Faturamento anual até R$ 240.000,00. Empresa de Pequeno Porte - Faturamento anual de R$ 240.000,00 até R$ 2.400.000,00. Empresa de Grande Porte - Faturamento anual acima de 2.400.000,00. Indústria Micro - com até 19 empregados. Pequena - de 20 a 99 empregados. Média - 100 a 499 empregados. Grande - mais de 500 empregados. Comércio e Serviços Micro - até 9 empregados. Pequena - de 10 a 49 empregados. Média - de 50 a 99 empregados. 15 Grande - mais de 100 empregados. Classificação da Empresa Faturamento Anual Comprovação de Porte Grupo I – Grande Superior a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), de acordo com a Medida Provisória nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001. Dispensa comprovação Grupo II – Grande Igual ou inferior a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais) e superior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais), de acordo com a Medida Provisória nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001. Declaração de Imposto de Renda Grupo III – Média Igual ou inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) e superior a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), de acordo com a Medida Provisória nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001. Grupo IV – Média Igual ou inferior a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) de acordo com a Medida Provisória nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001. Pequena Igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) e superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), de acordo com a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. (vide observação abaixo) . Certidão da Junta Comercial em que conste a condição de ME ou EPP Microempresa Igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), de acordo com a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. (vide observação abaixo). Tabela 1 - Enquadramento de Porte da Empresa Fonte - http://www.anvisa.gov.br/servicos/arrecadacao/porte.htm 2.5. Principais equipamentos. Um equipamento ou vários equipamentos são ferramentas utilizadas por alguém para executar determinada tarefa planejada, onde será necessário o equipamento correto para obter sucesso na execução da tarefa já planejada. Para a execução da Fabricação dos pães, assamento, exposição dos produtos fabricados, a Panificadora JD dispõe de equipamentos específicos que auxiliam nos processos. Segue abaixo, uma relação com os principais equipamentos utilizados nos processos da Padaria. 16 Batedeira: Equipamento utilizado no processo de fabricação de confeitaria, pães,cremes,massas etc.É um equipamento silencioso na operação e é dotado de rele de proteção,evita sobrecarga descontrolada sobre o motor,protegendo o motor e evitando o super aquecimento.Este tipo tem duas velocidades,a primeira velocidade mistura os ingredientes,formando a massa e a outra velocidade sova a massa,requer o uso de água gelada,pois o atrito aumenta a temperatura da massa. Imagem 1 – Batedeira Industrial Fonte – Padaria JD. 17 Cilindro - São utilizados no processo de afirmar as massas,onde complementa a ação da masseira.É empregada para cilindrar ou sovar a massa,desenvolvendo o glúten,tomando a massa homogênea,além de permitir melhor retenção dos gases da fermentação. Imagem 2 – Cilindro Fonte – Padaria JD. 18 Modeladora de Pães – Serve para modelar os pedaços de massa que saem da divisória, dando-lhes a forma de pão. Imagem 3 – Modeladora de Pães Fonte – Padaria JD. 19 Forno: Serve para assar as massas, cada um com sua temperatura para que fique no ponto ideal. Imagem 4 – Forno para Massas Fonte – Padaria JD. 20 Geladeira Bebidas: Este equipamento serve para mantê-las bebidas refrigeradas,pronta para consumo. Imagem 5 – Geladeira de Bebidas Fonte – Padaria JD. 21 Máquina Frango: Este equipamento é utilizado para assar frango,comporta 50 frangos é giratória onde facilita o assamento de todos os lados,é necessário o uso de gás para o funcionamento. Imagem 6 – Máquina de Frango Fonte – Padaria JD. Gôndola: É uma forma de expor o produto final para os clientes. Imagem 7 – Gôndola Fonte – Padaria JD. 22 2.6. Composição da força de trabalho, incluindoquantidade de pessoas, percentuais por nível de escolaridade, por níveis de chefia ou gerenciais, por regime jurídico de vínculo. A força de trabalho de uma empresa pode ser entendida pelo número de pessoas com capacidade de participar e cooperar nas atividades envolvidas nos processos de produção de bens e serviços. Se enquadrando como pequena empresa no ramo de prestação de serviços, a Panificadora JD dispõe de uma quantia de 6 funcionários, tendo a seguinte divisão por níveis de escolaridade: Gráfico 1 – Percentuais por nível de escolaridade Fonte – Padaria JD. 4% 96% Ensino Médio Ensino Médio 23 2.7. Principais produtos Segundo o Código da Propriedade Industrial, Artigo 174.o, um produto pode ser considerado como qualquer item, entre outros. São também considerados produtos, componentes para montagem de outro produto complexo, embalagens, elementos de apresentação, símbolos gráficos e caracteres tipográficos, excluindo os programas de computador. Como Comércio e prestadora de serviços, a Panificadora JD tem como principal “produto” os pães. Tais produtos podem variar de acordo com o clima,por exemplo, como nos dias frios a fermentação é mais lenta, deve-se colocar uma quantidade maior de fermento na massa,para que a mesma haja no ponto necessário e nos dias mais quentes é colocado uma quantidade menor de fermento para que o mesmo não cresça demasiadamente e não acidar a massa.Sendo assim, o produto final carregará o serviço prestado pela empresa. 2.8. Principais fornecedores, insumos, matérias-primas e serviços. Visando um melhor entendimento do tópico, segue uma breve descrição do que é um fornecedor, o que são insumos e matérias primas. Fornecedor– É denominado fornecedor toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (Código de Defesa do Consumidor no art. 3º) Insumos - São todas as despesas e investimentos que contribuem para a formação de determinado resultado, mercadoria ou produto/serviços até o acabamento ou consumo final.Segundo o dicionário Aurélio é o que entra como matéria prima, força de trabalho ou consumo de energia para se conseguir um produto final. De acordo com a Instrução Normativa do Secretário da Receita Federal Nº 247, de 21 de novembro de 2002 no artigo 66, os insumos utilizados na fabricação 24 ou produção de bens destinados à venda são as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações e que não estejam incluídas no ativo imobilizado e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto. Já os insumos utilizados na prestação de serviços são os bens aplicados ou consumidos desde que não estejam inclusos no ativo imobilizado e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. Matéria Prima - Pela Decisão Normativa CAT Nº 2, de 04/06/82, matéria- prima é definida como toda substância com que se fabrica alguma coisa e da qual é obrigatoriamente parte integrante. Para os processos de panificação, a Padaria JD utiliza alguns produtos especiais. Segue abaixo uma tabela que irá relacionar as principais matérias primas com os respectivos fornecedores: Material Fornecedor Farinha Mirella,Belarina,Trigudi,Nadine Fermento Leve Safra,Flashenann,Amauri Sal Casa Confeiteiro,Mariussu Óleo Fortificante TTF,Amauri Química Amauri Açucar Casa do Confeiteiro,Mariusso Tabela 2 – Fornecedores dos principais insumos e matérias primas Fonte – Padaria JD. 25 2.9. Principais mercados e, nos ramos de atuação, principais segmentos desses mercados onde se encontram os clientes alvo. Devemos entender por mercado, todo grupo externo que irá adquirir os seus serviços finais. O mercado de atuação da Panificadora JD é de Ramo Alimenticio, tendo como clientes alvo, as seguintes empresas: Mariussu – Sal, Açucar Amauri – Fermento, Óleo Fortificante e Química Ambev, Schin, Cristal, Coca-Cola – Cerveja Nadine, Mirella, Belarina – Farinha 2.10. O segmento de mercado do grupo no âmbito internacional. Segundo CASTRO, Antonio e LESSA, Carlos (2003),mediante trocas externas,as diversas economias funcionam de maneira a complementar-se,cabendo a cada uma produzir,em excesso sobre sua utilização ordinária,certos bens e serviços que são trocados por produtos de que carece e que,por sua vez correspondem as sobras relativas de outras economias. A primeira implicação do comércio internacional é,pois, que o fluxo real proveniente do aparelho produtivo em cada sistema isolado não mais terá que refletir nos requisitos da demanda interna.Produzem-se certos artigos além do correspondente á utilização interna,outros não se produzem ou são obtidos em montante insuficiente – as trocas internacionais constituem mecanismos indiretos de ajuste. Com o seu mercado alvo situado no Brasil, especificamente na região de Sorocaba, a Panificadora JD ainda não possui vínculos com filiais ou empresas que solicitam seus serviços no mercado internacional. 26 2.11. O segmento do mercado do grupo no âmbito nacional: como surgiu o negócio no Brasil e como vem sendo a sua evolução até os dias atuais. Nestes 2 anos e meio de existência, o mercado da Panificadora JD vem crescendo e gerando resultados cada vez mais satisfatórios para a receita da empresa. Tendo o negócio iniciado em 2010,adquirindo uma confiança considerável de clientes. Nos dias atuais, com o fornecimento de produtos alimentícios, a Panificadora JD procura expandir seu negócio visando atender clientes que necessitam de lotes consideravelmente numerosos e em um determinado período de tempo, para que hajam vantagens entre custo/benefício para ambos os lados. 2.12. Principais concorrentes da organização e aspectos relevantes de cada um. Segundo KOTLER (1984) concorrentes são partes do sistema central de marketing porque influenciam ativamente a escolha dos objetivos de mercado da empresa, dos intermediários, fornecedores, do composto do produto e do composto de marketing. Concorrentes são empresas que atendem as mesmas necessidades dos clientes, sendo que o conceito de competição no mercado abre um amplo leque para tal modalidade real e potencial. A partir do momento em que uma empresa identifica seus concorrentes, ela deve procurar descobrir suas estratégias, objetivos, forças e fraquezas. Para compor o grupo de concorrentes da Padaria JD, temos as seguintes empresas atuando na região de Sorocaba: Padaria Califórnia; Treviso; Padaria Aeroporto; Padaria Padrão; 27 2.13. Organograma: destacar quem faz parte da alta direção e os diferentes elementos da estrutura organizacional. Para um melhor entendimento do organograma abaixo, segue uma rápida descrição sobre o que é um organograma e os tipos de organogramas existentes. O organograma é uma espécie de diagrama usado para representar as relações hierárquicas dentro de uma empresa, ou simplesmente a distribuição dos setores, unidades funcionais e cargos e a comunicação entre eles. Acredita-se a criação dos primeiros organogramas ao norte-americano Daniel C. McCallum, administrador de ferrovias, no ano de 1856. Os órgãos ou departamentos são unidades administrativas com funções bem definidas, que possuem um responsável, cujo cargo poder ser chefe, supervisor, gerente, coordenador, diretor, secretário, governador. Existem alguns tipos de organogramas mais usuais, sendo eles: Organograma vertical - (também chamado de clássico) É maisusado para representar claramente a hierarquia na empresa. Organograma circular - (ou radial), É exatamente o contrário, usado quando se quer ressaltar o trabalho em grupo, não há a preocupação em representar a hierarquia. É o mais usado em instituições modernas ou do terceiro setor onde o se quer ressaltar a importância do trabalho em grupo; Organograma horizontal - Também é criado com base na hierarquia da empresa, mas tem essa característica amenizada pelo fato dessa relação ser representada horizontalmente, ou seja, o cargo mais baixo na hierarquia não está numa posição abaixo dos outros (o que pode ser interpretado como discriminação, ou que ele tem menos importância), mas ao lado; Organograma funcional - É parecido com o organograma vertical, mas ele representa não as relações hierárquicas, e sim as relações funcionais da organização; 28 Organograma matricial - Usado para representar a estrutura das organizações que não apresentam uma definição clara das unidades funcionais, mas grupos de trabalhos por projetos que podem ser temporários (estrutura informal). Organograma em barras - Representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da autoridade que o representa. Organograma em setores - (setorial, setograma) - São elaborados por meio de círculos concêntricos, os quais representam os diversos níveis de autoridade a partir do círculo central, onde se localiza a autoridade maior da empresa. Organograma 1 – Elementos da estrutura organizacional Fonte – Padaria JD. Administração Gerência Padeiro Atendentes Ajudante de Padeiro Serviços Gerais 29 3. FUNDAMENTOS E IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA Sendo uma área de atuação e conhecimento humano existente a muito tempo, a Para que haja um melhor entendimento dos conceitos e missões da logística, iremos descrever ambos os itens abaixo. 2.1. Conceito de Logística – Ao decorrer do tempo, vários conceitos foram elaborados para tentar explicar da melhor forma possível, o que a logística realmente é. Dentre os conceitos elaborados, temos o conceito do CLM (Councilof Logistics Management), que é o órgão regulador das atividades e logísticas. Abaixo, temos o conceito original elaborado e aprimorado pelo CLM: A logística é a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento,à jusante e reverso, eficientes e eficazes dos bens e serviços , bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes (CLM, 1998) Com o conceito de Logística firmado, a Logística também tem uma missão dentro de qualquer empresa, sendo expressa pela seguinte ilustração: Fluxograma 2 – Missão da Logística Fonte – Adaptada de Logística (MINORU, Celso) Editora Alínea2011 Na busca pela competitividade e credibilidade no mercado, a Panificadora JD porta um importante selo de qualidade, o ISO 9001/2000. Este selo consiste em agregar uma série de processos estratégicos e operacionais, visando à qualidade do serviço/produto para o seu consumidor final. O ISO 9001 inclui uma metodologia PDCA (“Planejar-Fazer-Checar-Agir”) que pode ser aplicada a todos os processos sendo brevemente descrita como segue a ilustração e o texto abaixo: 30 Fluxograma 1 – Ciclo PDCA Fonte - www.ecnsoft.net/wp-content/plugins/downloads manager/upload/ISO%209000%202000.pdf Planejar - Estabelecer os objetivos e processos necessários para gerar resultados de acordo com os requisitos dos clientes e com as políticas da organização. (Tais objetivos e processos são traçados no momento em que é feito o pedido, onde a empresa irá analisar quais serão os resultados possíveis e quais deverão ser os processos utilizados para aquele tipo de material.) Fazer - Implementar os processos. (Após de planejar, serão executadas as operações de acordo com o material recebido, onde o planejamento contribui numa melhor execução do processo já que o mesmo foi planejado na etapa anterior.) Verificar - Monitorar e medir os processos e produtos em relação às políticas, objetivos e requisitos para o produto e relatar os resultados. (Momento em que são executadas análises minuciosas no produto final e processo de produção, visando maximizar a qualidade do processo de e produto final.) Agir - Tomar ações para melhorar continuamente o desempenho dos processos. (Realizar pesquisas de satisfação com os clientes, a fim de melhorar os serviços prestados.) Planejar Fazer Verificar Agir 31 Dentro do fluxo logístico da Panificadora JD, temos como principal foco a obtenção, preparação e execução dos serviços realizados nas superfícies recebidas pela empresa. Este fluxo será mais bem representado na seguinte ilustração: Fluxograma 3 – Fluxo Logístico – Padaria JD Fonte – Padaria JD. Etapas apresentadas no ciclo acima são em quase sua totalidade, executadas na própria Panificadora JD, Segundo Ballou, o transporte é definido como um elo essencial entre a expedição da empresa e o cliente. Reúne as matérias-primas para a produção de commodities comercializáveis e distribui os produtos da indústria no mercado. (Ballou, 1993). Na Panificadora JD, o transporte dos pães é de total responsabilidade da mesma, sendo despachadas na própria Panificadora, tendo agendamento prévio para que não ocorram futuros ruídos entre a empresa e os clientes. Com base nos estudos realizados na JD, o ciclo acima apresenta boa eficiência, mas ainda não sofrerá alterações consideráveis por não existir um setor logístico específico. EFETUAR PEDIDO FIDELIZANDO FORNECEDOR CONFER~ENCIA\ PREÇO ARMAZENAGEM\PREPRAR PRODUTO CLIENTE FINAL RECEBIMENTO DO PEDIDO 32 Outra importante ferramenta logística é a análise e compreensão da Cadeia de Suprimentos adotada pela organização. Também conhecida como Supply Chain, a Cadeia de Suprimentos é um item de suma importância, pois engloba o conjunto de empresas e organizações que mantêm vínculos desde o início como, por exemplo, a obtenção de matéria prima, chegando até o final, com o produto em mãos do cliente. Também é definida como responsável por alinhar as empresas envolvidas por levar o produto ou serviço até o mercado. Ao decorrer do tempo, a Cadeia de Suprimentos vêm atraindo interesses múltiplos pelas organizações e pela própria academia, pois buscar o entendimento de todo os processos e componentes envolvidos na obtenção de um bem ou serviço final é essencial para que uma empresa ganhe competitividade no mercado tão acirrado nos dias de hoje. Devido a tal interesse, diversos autores definiram a Cadeia de Suprimentos de acordo com estudos realizados nas organizações, onde podemos destacar algumas das definições estabelecidas por órgãos e profissionais interessados pela Cadeia de Suprimentos. Para o Supply Chain Council, uma Cadeia de Suprimentos abrange todos os esforços envolvidos na produção e liberação de um produto final, desde o (primeiro) fornecedor do fornecedor até o (último) cliente do cliente. Quatro processos básicos definem esses esforços, que são: o Planejar (Plan), o Abastecer (Source), o Fazer (Make) e o Entregar (Delivery). Para Quinn (1997), uma Cadeia de Suprimentos pode ser definida como todas as atividades associadas com o movimento de bens desde o estágio de matéria prima até o usuário final. Para Lee e Billington (1993), uma Cadeia de Suprimentos representa uma rede de trabalho (network) para as funções de busca de material, sua transformação em produtos intermediários e acabados e a distribuição, varejistas e clientes finais. Cristopher (1998) define Cadeia de Suprimentos como uma rede de organizações que estão envolvidas através das ligações a jusante (downstream) e a montante (upstream) nos diferentesprocessos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços liberados ao consumidor final. Lambert ET AL (1998) lembram que, mais estritamente falando, uma Cadeia de Suprimentos não é apenas uma cadeia de negócios com relacionamentos “um a um”, mas uma rede de múltiplos negócios e relações. 33 Mentzer ET AL (2001) definem uma Cadeia de Suprimentos como o conjunto de três ou mais entidades (organizações ou indivíduos) diretamente envolvidas nos fluxos a montantes ou a jusante de produtos, serviços, financeiro e de informação, desde a fonte primaria até o cliente final. A ilustração abaixo reforçará a idéia do que é e como é organizada uma cadeia de suprimentos. Fluxograma 4 - Representação de uma Cadeia de Suprimentos Fonte – Adaptado de Gestão da Cadeia de Suprimentos 2 a edição, (PIRES, Sílvio), Editora Atlas 2009 Visto que a Panificadora JD é uma empresa de micro porte, a mesma faz parte de uma Cadeia de Suprimentos composta pelos seguintes elementos: Fornecedores Secundários – Empresas que disponibilizam a matéria prima para que a mesma seja manufaturada pelo fornecedor primário. Fornecedores Primários – São os fornecedores responsáveis pelas relações e negociações diretas com a JD, disponibilizando as matérias primas nas condições desejadas pela empresa. Clientes Primários – São os clientes que requisitam de forma direta os serviços da JD. Clientes Secundários – Clientes que compram os produtos dos Clientes Primários. 34 Cliente Final – Consumidor responsável por adquirir o bem sem fazer qualquer alteração física. Outro importante fator a ser analisado, é a Logística Reversa. Para Leite (2003), a Logística Reversa é a área da Logística Empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. Devido ao seu porte, a Panificadora JD ainda não utiliza de um sistema logístico reverso, para bens que, por exemplo, fossem executados os serviços, enviados ao cliente, para que fossem realizados outros serviços, encaixando-se no conceito da Logística Reversa. 35 4. ESTATÍSTICA APLICADA Dentro de uma empresa, a estatística se torna um importante instrumento para a avaliação de índices e desenvolvimento de projeções, também indicando possíveis ações negativas que podem e devem ser melhoradas. Para que o assunto seja absorvido da melhor forma possível, primeiramente iremos descrever toda a função e origem da estatística, seguido de suas principais aplicabilidades e fórmulas utilizadas. A palavra Estatística é de origem latina e significou por muito tempo “Ciência dos negócios do Estado”. Os que governavam, sentindo necessidade de informações, organizavam departamentos que tinham a responsabilidade de fazer essas investigações. Sendo composta por um conjunto de técnicas e métodos científicos, aplicáveis a um campo de estudos. Tem a finalidade de oferecer seus recursos para o progresso do conhecimento da área a qual auxilia.Seus métodos e técnicas serão uniformes, mas sua aplicação dependerá totalmente dos objetivos do estudo e do tipo de fenômeno estudado. Qual o procedimento e a forma a ser utilizado será uma decisão que o pesquisador, gestor, seja quem for, deverá tomar levando em consideração sua proposta e seus objetivos. Assim, os recursos estatísticos assumem sua validade a partir da viabilidade e adequação de sua aplicação. Eles poderão, portanto, ser utilizados em qualquer área, cientifica ou não, desde que seja convenientemente aplicável.Afirma-se, que a Estatística pode ser dividida em duas partes: Estatística Descritiva- que trata da organização, apresentação e analise preliminar dos dados. Inferência Estatística- que cuida da análise mais elaborada e interpretação dos dados obtidos pela parte descritiva. Em resumo, pode-se definir a Estatística Descrita como sendo “A forma de planejar, coletar, apresentar, e analisar dados numéricos”. Dentre as ferramentas e fórmulas utilizadas na Estatística, devemos também nos atentar sob as maneiras de coleta de dados para que os dados estatísticos 36 possam fluir e gerar resultado. Abaixo, temos os dois tipos mais utilizados para coleta de dados públicos, sendo elas: 4.1. População Como exemplo de população, podemos utilizar o CENSO, que consiste em coletar dados de todas as famílias brasileiras. Quando utilizamos o termo população, estamos nos referindo a todos os pertencentes a um determinado espaço. No exemplo, podemos entender claramente o sentido de População, pois neste caso, engloba todos os que habitam o território brasileiro.As pesquisas que envolvem população sofrem a desvantagem de ter um alto custo. Em contrapartida, permite uma confiabilidade acima de 98%, tendo uma margem de erro consideravelmente baixa. 4.2. Amostra Ao se trabalhar com amostras, a busca por dados será destinada a uma pequena parcela representativa de uma população. Para exemplificar, podemos utilizar a época eleitoral. Em tal época, diariamente são reveladas pesquisas de popularidade, onde são analisadas pequenas quantidades de pessoas, criando índices genéricos. A vantagem de se trabalhar com amostras, é o seu baixo custo, economia de tempo e encurtamento de distâncias, mas de outro lado, sua confiabilidade não é tão alta quanto a pesquisa com populações.Se a amostra é confiável e proporciona inferir sobre a população chamamos isso de Inferência estatística.Após a coleta de dados pelos tipos de pesquisa citadas acima, a Estatística utilizará de ferramentas para classificar, organizar, calcular e retornar informações valiosas para quem está por de trás da análise. Em sua fase inicial de coleta, os dados estatísticos podem ser organizados ou desorganizados.Quando organizados recebem o nome de Dados Estatísticos em Rol e quando desorganizados Dados Estatísticos Brutos. Dados Brutos – U = (9,5,1,7,5,3,3,6,9,7,8) Dados em Rol – U = (1,3,3,5,5,6,7,7,8,9,9) Tabela 3 – Dados Brutos e Dados em Rol Fonte – Curso básico de Estatística, NAZARETH, Elenalda, Editora Atica 1999. 37 Após a obtenção e organização dos dados, os mesmos são divididos em classificações, para que se possam aplicar os dados em alguma área. Tais classificações são: 4.3. Dados Quantitativos Dados contínuos - São aqueles onde as variáveis podem assumis qualquer valor dentro de um intervalo de valores. Dados descritos - quando as variáveis só podem assumir determinados valores num determinado intervalo de valores,ou seja, a menor diferença não nula entre dois valores dessa variável é finita. 4.4. Dados ou variáveis qualitativos A variável será qualitativa quando resultar de uma classificação por tipos de atributo. Podemos classificar a variável qualitativa como: nominal ou ordinal (por postos). Variável Nominal - Ocorre quando são definidas categorias. Exemplo: Sexo (masculino/feminino) Cor dos olhos (pretos, castanho, verdes, etc.) Grau de escolaridade, campo de estudo como engenharia, medicina, etc. Religiões (católica, espírita, protestante, etc.) Variável ordinal (por postos) - São qualitativos porque estão sujeitos a avaliações subjetivas como preferência ou desempenho. Exemplo: Estágio de doenças (ruim, regular, bom). Classe social (A, B, C, etc.). Concurso de moda, beleza, etc. 38 4.5. Média aritmética Sendo um instrumento de análise muito utilizado, a média aritmética é responsável por retornar valores a partir da soma de valores e divisão pela quantidade dos mesmos somados. A média aritmética simples é a mais utilizada em nosso dia-a-dia. É obtida dividindo-sea soma das observações pelo número delas. É um quocientegeralmente representado pelo símbolo . Se tivermos uma série de n valores de uma variavel x, a média aritmética simples será determinada pela expressão: Imagem 8 – Fórmula de Média Aritmética Simples Fonte –Base de Estudos – UNIP Sorocaba Como instrumento de análise, a Média aritmética simples permite, por exemplo, retornar valores médios de estoque, salário, desenvolvimento, enfim, muitas aplicabilidades dentro da empresa. Seu uso se torna interessante, pelo fato de poder dar uma visão geral de uma série de valores diferentes. Como exemplo, podemos utilizar a freqüência de ônibus em determinado ponto durante 5 dias úteis. Ao observar os horários disponíveis para os ônibus, temos o horário de 15:00h, onde a cada dia, o ônibus tem um atraso em relação ao seu horário de partida. Suponhamos que na segunda feira, o ônibus passe 15:05h, na terça 15:10h, na quarta, 15:07h, na quinta 15:01h e na sexta 15:03. Se nos perguntassem qual o horário ideal para se pegar tal ônibus, ficaria complicado retornar uma informação concreta, pois a cada dia, seu horário sofre uma oscilação. Com a Média aritmética, podemos obter um tempo médio de espera, expresso pela seguinte tabela: 39 Dia Hora de Passagem Tempo médio de passagem Segunda 15h05min 15h05min Terça 15h10min Quarta 15h07min Quinta 15h01min Sexta 15h03min Tabela 4 – Horário médio de passagem Fonte – Base de Estudos – UNIP Sorocaba 4.6. Mediana É o conjunto de valores, dispostos segundo uma ordem crescente ou decrescente. É o valor situado de tal forma no conjunto que o separa em dois subconjuntos de mesmo número de elementos.Dada uma série de valores como por exemplo: Série de dados não ordenados 5,2,6,13,9,15,10 Tabela 5 – Série de dados não ordenados Fonte – Base de Estudos – UNIP Sorocaba De acordo com a definição da mediana, o primeiro passo a ser dado é a ordenação dos valores: Série de dados ordenados 2,5,6,9,10,13,15 Tabela 6 – Série de dados ordenados Fonte – Base de Estudos – UNIP Sorocaba O valor que divide a série acima em duas partes é igual 9, logo a mediana é igual a 9.A mediana sofre uma variação para que o cálculo seja feito em séries ímpares e em séries pares. No exemplo acima, foi utilizada uma série de dados 40 ímpares, onde temos a seguinte fórmula para encontrar a mediana de uma série ímpar: Imagem 9 – Fórmula de Mediana Ímpar Fonte – Base de Estudos – UNIP Sorocaba Da mesma forma que as séries podem ser ímpares, em outros casos a somatória dos dados pode ser par, onde, obedece a seguinte fórmula: Imagem 10 – Fórmula de Mediana Par Fonte – Base de Estudos – UNIP Sorocaba Após a obtenção do número de elementos e quais os elementos serão utilizados para o cálculo da média, é feita a média aritmética dos dois valores extraídos da série de dados. Ao contrário da mediana ímpar, a par nem sempre obtem um valor mediano contido em sua série, pois o mesmo é obtido através da média aritmética, que pode retornar valores agregados de casas decimais acima de zero. 4.7. Moda A moda pode ser obtida através do maior número de elementos repetidos contidos em uma série de dados. Também define-se moda como sendo o valor que surge com mais frequência entre os dados ou num intervalo de classe.Assim, a partir da representação dos dados, obtem-se imediatamente o valor que representa a moda ou a classe modal. Podemos ilustrar a moda com a seguinte tabela: 41 Série de dados em porcentagem 10%, 10%, 10% 20%, 20%,20%,2%,5%,3% = 100% Tabela 7 – Série de dados em porcentagem Fonte – Base de Estudos – UNIP Sorocaba No exemplo acima, podemos notar que na série de dados apresenta, em diversas vezes, vários grupos de valores que se repetem. Nestas ocasiões, a moda recebe algumas classificações em relação a quantidade de modas contidas na série, sendo classificadas como: Amodal - Série que não possui moda; Bimodal - Possui dois valores modais; Polimodal - Possui mais que dois valores modais. Dentro da Panificadora, as aplicações da estatística podem ser realizadas em diversas áreas, mas como foco, iremos nos atentar ao setor financeiro, administrativo e produtivo da empresa. Como base, iremos iniciar com o uso da moda, que será responsável por indicar na série Salário, a quantidade de salários repetidos dentro da empresa. Vale ressaltar que a moda não representa uma média salarial, ou qualquer outra área em que seja aplicada, e sim, a quantidade de valores ou elementos repetidos em uma série de dados. O gráfico abaixo busca representar a moda entre os salários da Panificadora JD, sendo expressos em seus valores e sua porcentagem dentro da folha de pagamento geral da empresa. 42 Gráfico 2 – Moda salarial de funcionários - JD Fonte – Padaria JD. No gráfico de linhas acima, podemos claramente identificar e visualizar a grande diferença entre os salários mais comuns, onde seus valores permanecem lineares e intactos em relação aos cargos de alta gerência, onde existe uma diferença exata de R$ 2339,68. Se formos analisar em percentual, onde acreditamos que seja uma indicação numérica mais propícia para comparações, podemos chegar a conclusão que um salário dos funcionários é equivalente a 27,25% do salário ganho pela alta gerência. Outra interessante aplicação da estatística na Panificadora JD é para a análise dos valores de produtos em estoque, onde a empresa é capaz de visualizar a quantidade em estoques, visando a praticidade para repor os itens de maior ou menor valor, e também se preparar para eventuais oscilações em relação ao seu estoque, procurando manter um valor em caixa para cobrir tal oscilação. O gráfico de pizza abaixo permite visualizar a divisão de tais valores: BALCONISTA BALCONISTA BALCONISTA BALCONISTA AUX BALCÃO CAIXA AUX PADEIRO PADEIRO GERENTE 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 1° Trim BALCONISTA BALCONISTA BALCONISTA BALCONISTA AUX BALCÃO CAIXA AUX PADEIRO PADEIRO GERENTE 43 Gráfico 3 – Análise semanal de valores em estoque – JD Fonte – Padaria JD. No gráfico acima, podemos analisar e chegar a conclusão que o item de maior valor agregado de estoque é a mercearia, chegando a uma marca de R$ 10.000,00. Na próxima análise feita, poderemos ver que nem sempre os itens de maior valor são os de maior quantidade em estoque. a Panificadora JD realiza análises semanais em relação à quantidade de produtos em seu estoque. Esta medida é adotada pelo motivo de a JD utilizar o sistema Just in Time para realizar seus serviços, procurando manter seus estoques nos níveis mais baixos possíveis. Segue abaixo o gráfico de tal relação: 68% 13% 7% 12% 0% Análise semanal de valores em estoque - JD Item - Merceária Geral Item - Farinha Trigo Item - Cigarro Item - Coca Cola 0 44 Gráfico 4 – Análise semanal de itens em estoque – JD Fonte – Padaria JD. A grande vantagem de se utilizar gráficos é que o administrador, gestor ou qualquer outro que esteja interessado em analisar e obter resultados de maneira dinâmica possa visualizar a situação de determinada área de sua empresa sem a necessidade inicial de analisar valores. Seria como se pudéssemos ver a situação sem analisar os valores, mas sim, suas representações gráficas. 0 20 40 60 80 100 120 Itens Quantidade em estoque uso semanal Análise semanal de itens em estoque - JD - Item - Bebidas Item - merceária Item - Cigarros Item - Farinha 45 5. PLANEJAMENTO E OPERAÇÕES POR CATEGORIA DE PRODUTOS A divisão em Categoria de Produtos é fundamental para uma empresa, pois permite que ela saiba e atue nas áreas corretas para a distribuição de seus produtosatravés de Canais de Distribuição para grupos distintos de consumidores. Diferentes categoriais desempenham papéis diferentes, que variam de acordo com a localização das lojas, armazéns, centros de distribuição e perfis de clientes. É importante que a empresa que esteja interessada em aumentar sua competitividade, saiba a grande importância das categorias para dispor o produto final nas condições ideais de consumo para seus clientes. Gerenciar as categorias de forma isolada faz com que as mesmas sejam entendidas e agreguem valor ao negócio central, seja em bens ou serviços. Para os serviços de Panificação, a Panificadora JD, procura estabelecer categorias simples, porém, eficazes, para que os materiais recebidos sejam tratados e entregues nas condições adequadas, criando um maior valor para o produto e redução dos custos de obtenção, produção, armazenagem e distribuição. Neste contexto, podemos ilustrar a forma em que os produtos são categorizados na Panificadora JD, de acordo com suas classificações e fornecedores. Fluxograma 5 – Categorização de produtos – JD Fonte – Padaria JD. Produtos para Fabricação Farinha de Trigo Fermento Água Gelada Química Matéria Prima Batedeira Cilindro Produtos para Preparaçã o/Máquin as Máquina de Corte Modelado ra Mão de Obra 46 Outro planejamento bastante importante realizado pela JD, é em relação aos seus pedidos e como os mesmos serão planejados. Este planejamento é vital para que o serviço atinja a melhor qualidade possível, ao mesmo tempo em que procura minimizar custos e otimizar seus lead times, procurando atender o cliente da melhor forma possível e contratar os melhores fornecedores ao alcance. Etapa Ação Expectativa Etapa 1 - Organizar o pedido de acordo com a sua necessidade. Verificar as condições da empresa no momento da solicitação, averiguando se é possível atender o cliente com a qualidade máxima do serviço. - Nesta etapa espera-se saber se a empresa será capaz de atender ao pedido, Etapa 2 - Informações sobre a quantidade da encomenda, visando preparar todo o material e maquinário necessário e tempo para a execução do pedido. Saber a quantidade de itens à receber e a utilizar, pois evitar desperdícios é fundamental Etapa 3 - Preparação dos estoques, Mão de Obra e divisão dos produtos para etapas específicas. - Aprontar todo o material necessário para os processos de Fabricação. Etapa 4 - Produzir de acordo com o pedido. - Desenvolver o produto e entregar nas condições desejadas. Tabela 8 – Planejamento de execução de serviços em relação aos pedidos Fonte – Padaria JD. Além do importante processo de planejamento e divisão por categorias os produtos e suas fontes que serão utilizadas em toda a Cadeia de Suprimento, outro importante fator a se analisar é o Picking da empresa. Basicamente o Picking analisa toda a parte de pedidos envolvidos em uma empresa. Dentro do contexto de pedidos, podemos citar a passagem na obra de BERTAGLIA (2009), a administração de pedidos está rapidamente se tornando um processo extremamente crítico dentro das empresas. Muitas delas estão procurando melhorar esse processo para competirem mais fortemente no mercado. O conceito de pedido perfeito, por exemplo, embora varie de denominação, é uma preocupação constante, uma vez que corresponde ao pedido entregue conforme o requerido pelo cliente e considerando prazos, quantidades, produtos corretos e especificações. 47 Existe uma ampla gama de sistemas desenvolvidos para a atividade de Picking e a sua escolha deve considerar as características específicas da operação (variedade de itens, tamanho das unidades de separação e velocidade de operação - Lead Time) e os itens manuseados (peso, forma e grau de fragilidade) além da tolerância a erros da separação e do orçamento disponível. Abaixo, poderemos entender os processos de Picking através de suas classificações, sendo elas: Picking Discreto - É aquele no qual cada operador coleta um pedido por vez, coletando linha por linha do pedido. Essa forma de organização é bastante utilizada pela sua simplicidade. A propensão a erros é relativamente pequena, por se manusear um pedido por vez. Sua grande desvantagem é a baixa produtividade, decorrente do tempo excessivo gasto com o deslocamento do operador; Pickingpor Zona- Nesse método o armazém é segmentado em seções ou zonase cada operador é associado a uma zona. Assim, cada operador coleta os itens do pedido, que fazem parte de sua seção, deixando-os em uma área de consolidação, onde os itens coletados em diferentes zonas são agrupados, compondo o pedido original. Este método é bastante empregado. Entre suas vantagens destaca-se a flexibilidade de permitir que diferentes equipamentos de movimentação e estocagem sejam utilizados. Assim, enquanto uma zona opera com a separação de paletes,a outra pode manusear caixas. Essa organização tende a ser mais produtiva que o Picking Discreto, uma vez que viabiliza um menor deslocamento dos operadores. Sua grande dificuldade é o balanceamento da carga de trabalho entre as diferentes zonas. Picking por Lote- Nesse método cada operador coleta um grupo de pedidos de maneira conjunta, ao invés de coletar apenas um pedido por vez. Assim, ao se dirigir ao local de estocagem de um determinado produto, o operador coleta o número de itens que satisfaça seu conjunto de pedidos. Esse método possibilita uma alta produtividade, quando os pedidos possuem pouca variedade de itens (até quatro itens) e são pequenos em termos de volume. Sua grande vantagem é minimizar o tempo de deslocamento do operador, pois em uma única viagem ele coleta um conjunto de pedidos, diminuindo o deslocamento médio por pedido. A desvantagem desse método concentra-se nos riscos de erros na separação e ordenação dos pedidos. 48 O Picking não é adotado pela Empresa Panificadora JD empresa procura atender cada solicitação de forma isolada. A forma que os pedidos são recebidos e separados é eletrônica, via telefone e via documentos impressos. O cliente emite uma nota de pedido, especificando as condições, processos e produtos a serem utilizados nos serviços para atender a necessidade do cliente. Geralmente, os pedidos são feitos com uma antecedência de cinco dias antes que chegue a zerar o estoque. Outro importante item a se analisar, é o layout da empresa. Segundo os estudos, os custos industriais dependem da maneira como estão localizados os departamentos ou centros de produção, bem como do arranjo dos equipamentos no interior de cada um deles. É lógico que a distribuição racional dos departamentos e a instalação adequada dos equipamentos possibilitam maior e melhor produção, o que significa, em última análise, o aumento da produtividade e a redução dos custos. A maneira como estão localizados os departamentos ou o interior das instalações industriais pode ser visualizada por meio de um layout. O layout adotado pela Panificadora JD, visa, a principio, otimizar os processos, para que tenham uma área de circulação ideal para que não hajam conflitos internos (de mercadorias,etc.).Na ilustração abaixo, podemos claramente ver esta divisão da empresa, onde seu layout é representado da seguinte forma: Imagem 13 – Layout JD Fonte – Padaria JD. 49 6. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE Planejar e controlar os estoques de uma empresa é fundamental para que o sucesso seja alcançado. Para Ballou (1993), o controle de estoques é a parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. O estoque em si, segundo Barbieri (2006), é constituído por todos os itens de matérias destinados à venda, ao processamento interno e ao consumo concernentes às atividades fins da organização. Em relaçãoà missão da logística de materiais, a Panificadora JD, procura por meio de sua metodologia, atender os clientes com as características citadas, como o item em estoque no tempo certo, na quantidade necessária, na qualidade requerida e no melhor preço de aquisição possível. Podemos citar, por exemplo, os contratos de parceria com seus fornecedores, onde os mesmos apresentam produtos de qualidade, no tempo correto (previamente informada sobre os pedidos), em quantidades necessárias, evitando sobras, que consequentemente, gerarão custos à empresa e também pelo melhor preço de aquisição, onde firma contratos de longo prazo, com preços reduzidos. Em relação aos seus estoques, a Panificadora JD necessita de uma gerência simples, pois neste estágio da empresa (pequena empresa), ainda não necessita de um grande sistema informatizado ou integrado para controlar seu estoque (planejamento minucioso de layout, movimentação automatizada, etc). Isso ocorre pelo fato de que a empresa trabalha com uma variedade baixa de itens, não tem um mix de produtos acabados ou matérias primas para uso em processos, e também como citado, pelo seu porte. Iremos descrever algumas das práticas mais comuns na gestão de estoques, onde a Panificadora JD atende a basicamente duas práticas: O uso da Curva ABC e a contagem de seu estoque. A primeira prática adotada pela Panificadora JD gestão de seus estoques é o uso da Curva ABC. A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; onde ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. 50 Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a sequência dos itens e sua classificação ABC, disso resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativa, conforme a importância dos itens.A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais nas empresas. Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A - Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção bem especial pela administração. Classe B - Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. Classe C - Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte de administração. Não sendo uma aplicação totalmente igual a da Curva ABC, a Panificadora JD procura priorizar os itens em estoque, classificar os de maior e menor valor, a fim de não obter prejuízos provenientes de desperdício, matérias primas danificadas, etc. Segue abaixo uma tabela representando a ordem dos produtos de maior até os de menor valor. Matéria prima Quantidade Valor Unitário Valor Total CONFEITARIA 21 R$ 25,00X7DIAS R$ 175,00 REFRIGERANTE VEDETE 50 R$ 2,50 R$ 125,00 FARINHA TRIGO 30 R$ 36,00 R$ 108,00 LEITE 40 R$ 1,90 R$ 76,00 NESCAU 18 R$ 2,50 R$ 45,00 MAIONESE 15 R$ 3,90 R$ 58,50 Tabela 9 – Classificação de matérias primas Fonte – Padaria JD. 51 Para complementar e permitir ao administrador de estoques uma melhor visualização, as informações acima podem ser expressas em um gráfico de linhas, onde poderemos observar a relação entre a sua quantidade armazenada em relação à seu valor agregado. Gráfico 5 – Relação entre quantidade em estoque e valor agregado. Fonte – Padaria JD. Além da Curva ABC, outro item que é analisado e trabalhado em um é o inventário físico da empresa. O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: periódicos ou rotativo. Ele é chamado de periódico quando em determinado períodos, normalmente no encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano, faz-se a contagem física de todos os itens do estoque. Nessas ocasiões coloca-se um número bem maior de pessoas com a função específica de contar os itens. É uma força-tarefa designada exclusivamente para esse fim, já que tal contagem deve ser feita no menor espaço de tempo possível (geralmente de 1 a 3 dias). 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 10 20 30 40 50 60 V al o r (r ea l) Q u an ti d ad e (l it ro s) Relação entre quantidade em estoque e valor agregado Colunas1 Colunas2 Colunas3 52 O inventário é rotativo quando permanentemente se contam os itens em estoque. Nesse caso faz-se um programa de trabalho de tal forma que todos os itens sejam contados pelo menos uma vez dentro do período fiscal ( normalmente de um ano ). Essa política exigirá certo número de pessoas exclusivamente dedicadas á contagem, em período integral, o ano todo. Na Panificadora JD o inventário não acontece e sim uma contagem mais básica por ser uma empresa pequena. Mais caso houvesse inventário, após tal contagem, os dados são enviados a um escritório de contabilidade (o mesmo responsável por realizar o Balanço Patrimonial). Onde os dados são organizados e cruzados com informações financeiras, procurando manter a direção e a administração bem informadas sobre a situação física e econômica de seu estoque. Por ser uma microempresa e ainda não ter um setor específico na gestão de estoques, alguns itens como giro de estoque, tempo de cobertura, gestão do ciclo operacional e acuraria de estoques não foram disponibilizadas informações, pois a empresa ainda não adota tais práticas de forma efetiva. 53 7. DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Diariamente mantemos contato com chefes, colegas, clientes, amigos, parentes, etc. A espécie de relação ou contato que estabelecemos com essas pessoas afetas, de maneira sensível, os resultados que esperamos obter de nossas atividades diárias. Qualquer atividade que exercemos, profissionalmente ou não, implica inevitavelmente em relações com pessoas. Com algumas pessoas mantemos boas relações, com outras, relações fracas e, com outras, más relações. Os resultados obtidos a partir desses contatos também serão bons, fracos ou maus. Quando marcamos uma consulta dependemos do horário do médico, este por sua vez depende do horário em outras instituições, etc. Isso nos mostra a interdependência que nos prende aos nossos semelhantes e nos leva a admitir que a nossa atividade diária é inseparável da atividade de outros indivíduos. Para Bergamini (1992), a convivência entre as pessoas é um fato marcante em termos de destino da vida de cada um. O sucesso ou insucesso na formação de vínculos interpessoais é ser um poderoso determinante dos níveis dos sentimentos de auto-estima de cada um. Com base nesta teoria, Schutz enuncia o que se chama de postulado das necessidades interpessoais: Todo individuo tem três necessidades interpessoais: Inclusão, Controle e Afeição. Inclusão, Controle e Afeição constituem um conjunto de áreas que dizem respeito ao comportamento interpessoal, suficientes para explicar o fenômeno interpessoal. A necessidade interpessoal de inclusão é definida de forma comportamental como a necessidade de estabelecer e manter relacionamento satisfatório com as pessoas, tendo em vista sua interação e associação. Um relacionamento satisfatório inclui uma relação psicologicamente confortável com as pessoas em um ponto de uma escala onde o comportamento é o de iniciar o relacionamento com todas as pessoas, até aquele no qual não se procura iniciar interação com ninguém e uma relação psicologicamente confortável 54 com as pessoas a suscitar um comportamento de sua parte no sentido de iniciar interação consigo, até o extremo de nunca iniciarem relações para consigo. Ao nível de sentimento, a necessidade de inclusão é definida como a necessidade de estabelecer e manter um sentimento de muito interesse com as pessoas. Este sentimento inclui ser capaz de ter interesse por outras pessoas em um nível satisfatório e conseguir também que as outras pessoas tenham interesse por si ao mesmo nível satisfatório. Schutz também diz que existem três tipos de comportamento de inclusão, que são: Supersocial- É chamada a pessoa que desenvolve muita atividade, principalmente no sentido de tomar grandes iniciativas de incluir pessoas no grupo. Social - Assim são chamados aqueles que estão moderadamente preocupados em serem incluídos e incluir os outros no grupo, portando, desempenham uma atividade pouco pronunciada. Hipossociais - Assim são chamados os indivíduos que esperam que os demais tomem toda iniciativa de incluí-los, desenvolvendo por si mesmo pouca atividade nesse sentido. Desse modo relação interpessoal é algo do qual não podemos fugir, a não ser na hipotética idéia de que fosse possível viver isolado, fechado em um recinto sem nenhum contato humano. Mesmo sem querer, de qualquer forma (bem ou mal) estamos nos relacionando uns com os outros, a toda hora. A esse contato entre as pessoas, seja ele verbal ou não, damos o nome de relação interpessoal. Na empresa a teoria motivacional que mais se encaixa é a de Maslow. A teoria da hierarquia das necessidades (Teoria de Maslow) é a teoria mais Conhecida sobre motivação. Para Maslow existem cinco níveis para atender às necessidades humanas e seus meios de satisfação, sendo elas: 55 Necessidades Fisiológicas - Conforto físico, alimentação. Necessidades de Segurança - Segurança e proteção contra danos físicos e emocionais. Necessidades Sociais - Amizade, filiação a grupos, amor e afeto. Necessidades de Estima - Respeito próprio, autonomia, auto-estima, autoconfiança. Necessidades de auto-realização – Crescimento e auto-desenvolvimento. Imagem 12 – Pirâmide de Maslow Fonte – Adaptado de Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações.CHIAVENATO, Idalberto. RIO DE JANEIRO 2006 A PADARIA JD procura aplicar seguir alguns dos níveis da pirâmide de Maslow, tendo sua devida aplicabilidade da seguinte forma: 1) Encaixar alguns pontos d funcionário em seu horário de almoço, tendo assim um local próprio para descanso com ar puro e refrescante. (Necessidades fisiológicas). 56 2) Realização de eventos entre funcionários o que nos leva a crer que haja uma forte participação da empresa na vida social do funcionário. (Necessidades sociais). O Trabalho dentro da empresa é feito de modo a facilitar a vida profissional do operário, onde o encarregado está sempre presente e dando apoio aos seus subordinados de modo a fazer o melhor para a empresa, assim como solucionando problemas que possam gerar conflitos mais graves, procurando aperfeiçoar cada vez mais o trabalho em grupo. Isto nos leva a crer que são totalmente democráticos. Bergamini (1992) diz que Schutz define autocrático como aquele que procura sobremaneira estar no inicio do controle de todos os participantes do grupo. Já o democrático ele diz ser aquele individuo que quando necessário, assume o controle, mas sente-se também confortável quando deve deixar-se controlar. Como podemos ver, a empresa trabalha de forma democrática, dando o direito ao funcionário de se expressar, e faz isso através de um programa implantado, chamado de pesquisa de clima organizacional, pois é de aplicação prática para solução de problemas específicos da empresa pesquisada, se encaixando como uma pesquisa quantitativa, pois se utiliza dados numéricos para obter os dados necessários provenientes de respostas do questionário elaborado para mensuração do clima organizacional. Segundo Luz (2006) a pesquisa de clima é um método formal de se avaliar o clima de uma empresa e de acordo com ele, a técnica de coleta de dados através de questionários é a mais utilizada. A Panificadora JD utilizou um questionário, tendo como universo 100% dos funcionários. A técnica utilizada tem como vantagem garantir o anonimato, conferindo maior credibilidade. Baseado na metodologia de Luz foi elaborado um questionário com 30 questões, com as variáveis sugeridas pelo autor e deixou-se claro a todos os participantes o objetivo da pesquisa. Uma das questões inseridas foi: “De modo geral, você está satisfeito em trabalhar na Panificadora JD?”, para entender se existiria discrepância e assegurar a adequação do questionário. Segundo Luz, toda pesquisa deve incluir essa pergunta para verificar a abrangência 57 dos assuntos pesquisados, pois pode ocorrer a falta de alguns temas considerados críticos. O autor comenta que quanto menor for a discrepância entre essa pergunta e o índice de satisfação geral, maior será a certeza de que o instrumento utilizado foi bom para medir o grau de satisfação. Os assuntos pesquisados foram divididos em blocos contemplando as seguintes variáveis: remuneração e benefícios, relacionamento, orgulho, respeito, crescimento e reconhecimento. Após aprovação e apoio da direção da empresa, realizou-se a aplicação da pesquisa com funcionários de todas as áreas para assegurar a compreensão de todos. Após a aplicação, divulgou-se para todos os detalhes da pesquisa, garantindo que a compreensão estava satisfatória, fazendo a entrega dos questionários. Os questionários foram depositados, por cada um, em uma urna que ficou localizada numa área em que todos freqüentam dentro da empresa. (Cabe ressaltar que os questionários foram analisados pela direção da empresa).Após os resultados da pesquisa de clima organizacional, a empresa teve subsídio para elaborar projetos a partir das opiniões dos funcionários, fazendo com que eles percebam que são parte do negócio, melhorando assim seu relacionamento com a empresa. Quanto à tabulação geral da pesquisa, considerando todas as variáveis, a satisfação corresponde a 85,33%, a insatisfação corresponde a 12,12% e 2,55% não opinaram na referente pesquisa. 58 Gráfico 6 - Pesquisa de clima organizacional – JD Fonte – Padaria JD. Imagem 13 – Balcão de Atendimento Fonte – Padaria JD. 85,3% 12,1% 2,6% Pesquisa de clima organizacional - PADARIA JD Satisfeitos Instatisfeitos Não Opinaram 59 8. CONTABILIDADE 4.1. Conceito de Contabilidade. A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a controlar seus patrimônios e tomarem decisões. Todas as movimentações que houver no patrimônio de uma empresa são registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados, através destes relatórios, analisam os resultados obtidos e tomam as decisões em relação aos fatos futuros. Segundo Gomes (2000,p.5), em resumo, podemos dizer que o conhecimento sobre os conceitos contábeis por parte das pessoas com formação em áreas não relacionadas à Contabilidade é importante para: análise e interpretação de dados financeiros; planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação, coordenação e comunicação com outras áreas da empresa. 4.2. A Prática da Contabilidade e seus Usuários. O enfoque deste texto é a Contabilidade Geral que pode ser aplicada a diversos ramos de atividade. Atividades Comerciais Contabilidade Comercial Atividades Industriais Contabilidade Industrial Atividades Públicas Contabilidade Pública Atividades Bancárias Contabilidade Bancária 60 Atividades Hospitalares Contabilidade Hospitalar Atividades Agropecuárias Contabilidade
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