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Tumores no Trato Genital Masculino PÊNIS TUMORES BENIGNOS CONDILOMA ACUMINADO • Verruga sexualmente transmissível. • Causado pelo HPV tipo 6 e t • Pode ocorrer em qualquer superfície cutâneo-mucosa úmida da genitália externa. • Lesões: o Sulco coronal e superfície interna do prepúcio. o Excrecências papilares vermelhas. • Microscopicamente: o Estroma conjuntivo ramificado, viloso ou papilar com hiperceratose superficial e acantose com coilocitose. DOENÇA DE PEYRONIE • Doença que ocorre devido a bandas fibroses que envolvem o corpo cavernoso do pênis. TUMORES MALIGNOS CARCINOMA IN SITU (CIS) • Lesões com aspectos histológicos: o Doença de Bowen. o Papulose Bowenoide. DOENÇA DE BOWEN • É um tipo de carcinoma in situ provocado pelo HPV tipo 16. • Lesos genitais em homens e mulheres acima de 35 anos. • Macroscopicamente: o Placa opaca, branco-acinzentada, espessada e solitária. o Ou placas vermelho-brilhantes, únicas ou múltiplas e aveludadas. • Microscopicamente: o Hiperproliferativa com numerosas mitoses e atipias. o Células displásicas com núcleos hipercromáticos e maturação não arranjada. o Borda dermoepidérmica bem delineada por uma membrana basal intacta. PAPULOSE BOWENOIDE • Ocorre em adultos sexualmente ativos. • Pacientes com idade mais nova. • Múltiplas lesões papulares marrom- amareladas não solitárias. • Nunca progride para carcinoma invasivo. • Na maioria dos casos regride espontaneamente. CARCINOMA INVASIVO • Carcinoma escamoso do pênis: o Falta de higiene genital. o Infecção por HPV de alto risco. • Pacientes de 40 a 70 anos. • Prevenção: o Circuncisão: ▪ Reduz exposição a carcinógenos e diminui probabilidade de infecção por tipos oncogênicos do HPV. o Vacina; • HPV tipo 16 e 18. • Fator de risco: tabagismo. MORFOLOGIA • O carcinoma começa na glande ou na superfície interna do prepúcio, próximo ao sulco coronal. • 2 padrões macroscópicos: o Papilar: lesões simulam o condiloma acuminado e podem produzir uma massa vegetante com aspecto de couve-flor. o Plana: aparecem uma massa vegetante com aspecto de couve- flor. • Progressão: pápula ulcerada. • Os 2 padrões macroscópicos evidenciam carcinomas escamosos com graus variáveis de diferenciação. • Carcinoma verrucoso: variante muito diferenciada exofítica do carcinoma escamoso. o Localmente invasiva. o Não gera metástase. ASPECTOS CLÍNICOS • Lesão localmente infiltrativa de crescimento lento. • Reside por um longo período antes de chegar à atenção do médico. • Lesões indolores até o período de ulceração e infecções secundarias. • A taxa de sobrevida é maior quando não há comprometimento dos linfonodos. TESTÍCULO E EPIDÍDIMO TUMORES DO CORDÃO ESPERMÁTICO E PARATESTICULARES BENIGNOS • Lipomas: lesões que envolvem o cordão espermático proximal. • Tumor adenomatoide: tumor paratesticular benigno mais comum. o Nódulos pequenos próximos ao polo superior do epidídimo. ▪ Minimamente invasivos para o testículo adjacente. MALIGNOS • Rabdomiossarcomas: em crianças. • Lipossarcomas: em adultos. TUMORES TESTICULARES • 2 categorias: o Tumores de células germinativas: tipos de câncer agressivos de disseminação ampla e rápida. ▪ Seminomas. ▪ Não seminomas. o Tumores do estroma gonadal e dos cordões sexuais. TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS • Faixa etária: 15 a 34 anos. • Tipo de tumor mais comum em homens. CLASSIFICAÇÃO • Tumores seminomatosos: compostos por células que lembram as células germinativas primordiais ou os gonócitos primordiais. • Tumores não seminomatoso: compostos por células não diferenciadas que lembram células-tronco embrionárias. PATOGENIA • Os tumores de células germinativas testiculares se originam da neoplasia de células germinativas intratubulares. • Surge na vida intrauterina e fica dormente até a puberdade. • Lesão de núcleos grandes e citoplasma claro. • Alterações genéticas: o Duplicação do braço curto do cromossomo 12 na forma de um isocromossomo. o Mutações ativadoras do gene que codifica o receptor tirosina-cinase KIT. SEMINOMA • Tipo mais comum de tumor de células germinativas. • Incidência: 30 anos. • Contêm um isocromossomo 12p e expressam OCT3/4 e NANOG. • Morfologia: o Massas volumosas. o Superfície de corte lobulada, cinza- esbranquiçada, homogênea e isenta de hemorragia ou necrose. • Microscopicamente: o Lençóis de células uniformes divididos por septos de tecido fibroso, contendo infiltrado linfócito e formando lóbulos pouco delimitados. o Células: grandes, redondas, membrana células nítida, citoplasma claro ou hidrópico e núcleo central volumoso. SEMINOMA ESPERMATOCÍTICO • Tumor raro. • Crescimento lento. • Afeta homens mais velhos. • Não produz metástases. • Prognóstico excelente. • Morfologia: o Superfície de corte mole, acinzentada e pálida. o Cistos mucoides. o Possui células de tamanho médio, pequeno e células gigantes dispersas. o Não possuem linfócitos ou granulomas. CARCINOMA EMBRIONÁRIO • Faixa etária: 20 a 30 anos. • Tumor mais agressivo que o seminoma. • Morfologia: o Ocorre extensão para o epidídimo ou cordão. o Variegado, com margens pouco demarcadas e pontilhado por focos de hemorragia ou necrose. o Células em padrão alveolar ou tubular. Aspecto epitelial, grandes, anaplásicas e com núcleos hipercromáticos. o Lençóis celulares. o Figuras mitóticas. o Células gigantes tumorais. • Marcadores: o OCT3/4. o PLAP. TUMOR DO SACO VITELINO/SEIO ENDODÉRMICO • Tumor testicular mais comum em lactentes e crianças de até 3 anos. • Tumor encapsulado de aspecto mucinoso, branco-amarelado e homogêneo. • Prognóstico muito bom. CORIOCARCINOMA • Forma mais maligna de tumor testicular. • Morfologia: o Detectados como um nódulo palpável. o Hemorragia e necrose. o Contêm sinciciotrofoblastos e citotrofoblastos. TERATOMA • Tumores testiculares com vários componentes celulares ou organoides reminiscentes dos derivados normais de mais de uma camada germinativa. • Podem ocorrer em qualquer idade. • Macroscopia: o Grandes. o Aspecto heterogêneo. o Áreas solidas. o Áreas císticas. • Microscopia: o Células diferenciadas ou estruturas organoides. o Ambiente de estroma fibroso ou mixoide. o Elementos podem ser maduros ou imaturos. TUMORES MISTOS • Tumores com mais de um padrão. • Incluem: teratomas, carcinomas embrionários e tumores do saco vitelino; seminoma com carcinoma embrionário; e carcinoma embrionário com teratoma (teratocarcinoma). ASPECTOS CLÍNICOS DOS TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS TESTICULARES • Os tumores testiculares possuem um modo de disseminação característico. • A disseminação linfática é comum a todas as formas de tumores testiculares. • linfonodos para-aórticos retroperitoneais: primeiros envolvidos. • A disseminação hematogênica ocorre primariamente para os pulmões. • A histologia das metástases pode diferir daquelas da lesão testicular. CATEGORIAS • Seminoma. • Tumores de células germinativas não seminomatosos. SEMINOMA • As metástases dos seminomas envolvem os linfonodos. • A extensão hematogênica ocorre mais tarde no curso da disseminação. TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS NÃO SEMINOMATOSOS (NSGCTS) • Biologicamente mais agressivos. • Pior prognóstico. • 3 estádios clínicos: o I: tumor confinado ao testículo, epidídimo ou cordão espermático; o II: Disseminação à distância confinada a linfonodos retroperitoneais, abaixo do diafragma. o III: metástases além dos linfonodos retroperitoneais e acima do diafragma. TUMORES DO CORDÃO SEXUAL -ESTROMAGONADAL • Subclassificados com base em sua suposta histogênese e diferenciação. • Principais: o Tumores de células de Leydig. o Tumores de células de Sertoli. TUMORES DE CÉLULA DE LEYDIG • Elaboram andrógenos. • Faixa etária: 20 a 60 an0s. • Tumefação testicular. • Morfologia: o Nódulos circunscritos. o Superfície de corte homogênea e marrom-dourada. • Histologicamente: células de Leydig neoplásicas grandes com abundante citoplasma eosinófilo composto por gotículas lipídicas. TUMORES DE CÉLULAS DE SERTOLI • Hormonalmente silencioso. • Massa testicular. • Nódulos pequenos, firmes, om uma superfície de corte de branco-acinzentada a amarelada, homogênea. • Histologicamente: o Células tumorais organizadas em trabéculas nítidas. • Maioria é benigno. PRÓSTATA TUMORES MALIGNOS ADENOCARCINOMA/CÂNCER DE PRÓSTATA • Forma mais comum de câncer em homens. CARCINONGÊNESE • Os andrógenos desempenham um papel importante no câncer de próstata. o Manutenção do crescimento e sobrevida das células do câncer de próstata pode ser observada no efeito terapêutico da castração ou do tratamento com antiandrogênicos, que geralmente induzem regressão da doença. o Em comparação aos homens sem história familiar, aqueles que possuem parentes de primeiro grau com câncer de próstata apresentam o dobro de risco e aqueles com dois parentes de primeiro grau possuem cinco vezes o risco de desenvolver câncer de próstata. o Uma mudança genética estrutural muito comum no câncer de próstata são os rearranjos cromossômicos que justapõem a sequência de codificação do gene de um fator de transcrição da família ETS (mais comumente ERG ou ETV1) próximo ao promotor TMPRSS2 regulado por androgênio. MORFOLOGIA • Tecido neoplásico é granuloso e firme. • Extensão local envolve o tecido periprostático, as vesículas seminais e a base da bexiga urinária. • As metástases se disseminam via linfática, inicialmente para os linfonodos obturadores, e eventualmente para os linfonodos paraaórticos. • A disseminação hematogênica ocorre principalmente para os ossos, em particular para o esqueleto axial HISTOLOGIA • Padrão glandular bem definido. • Glândulas menores e revestidas por uma camada única de epitélio cuboide ou colunar baixo. • A camada de células basais externas típicas de glândulas benignas está ausente. PSA • A maioria dos cânceres localizados é clinicamente silenciosa e é detectada por monitoramento de rotina das concentrações de PSA em homens mais velhos. • A medição do PSA sérico é um teste de rastreamento útil, mas imperfeito, para a detecção do câncer, com taxas significativas de resultados falso-negativos e falso- positivos. • A avaliação das concentrações de PSA após o tratamento tem um grande valor no acompanhamento de doença progressiva ou recorrente. LÂMINAS DOENÇA DE BOWEN/CARCINOMA IN SITU DA EPIDERME SEMINOMA CORIOCARCINOMA
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