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Hemograma

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Hemograma
Introdução
O hemograma é o nome dado ao conjunto de
avaliações das células do sangue que
reunido aos dados clínicos, permite conclusões
diagnósticas e prognósticas de grande número de
patologias.
O hemograma consiste na avaliação da parte
sólida (celular) do sangue periférico.
Hemograma completo é um exame utilizado para
avaliar as três linhagens sanguíneas, sendo elas: os
glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as
plaquetas, permitindo conclusões diagnósticas e
prognósticas de grande número de patologias. É um
dos exames de sangue mais útil e mais solicitado na
prática médica.
O hemograma é solicitado quando o objetivo é
ter informações sobre as células do sangue,
nomeadamente, leucócitos, plaquetas e
hemácias.
A contagem de sangue completo é um teste que
avalia as células que circulam no sangue; também é
conhecido como um hemograma completo (FBC),
exame de sangue completo (FBE) ou painel de
sangue. Ele consiste de contagem de células, tais
como os glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos
brancos (leucócitos) e plaquetas; medida da Hb;
estimativas do volume das células vermelhas; e
estimativa de subtipos de glóbulos brancos
(neutrófilos, linfócitos, basófilos, eosinófilos e
monócitos).
Valores de referência
Os atuais valores de referência do hemograma
foram estabelecidos na década de 1960, após
observação de vários indivíduos sem doenças.
considerado normal é, na verdade, os valores que
ocorrem em 95% da população sadia. 5% das
pessoas sem problemas médicos podem ter valores
do hemograma fora da faixa de referência (2,5%
um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima).
Portanto, pequenas variações para mais ou para
menos não necessariamente indicam alguma
doença. Obviamente, quanto mais afastado um
resultado se encontra do valor de referência, maior
a chance disto verdadeiramente representar alguma
patologia.
Para se realizar o hemograma temos dois meios
de se fazer a contagem e avaliação de células,
sendo eles, da forma automatizada através de
computador e equipamentos eletrônicos ou
através da forma não automatizada (forma
manual) pela contagem através de microscópio.
Cada grupo de pessoas (homens, mulheres,
gestantes e crianças) têm valores diferentes de
referência tidos como essencial para ser
considerado normal, tendo esse valor base
conseguimos identificar quando um hemograma
nos dá um valor alterado, sendo o valor baixo,
moderado ou alto em relação ao normal.
Os valores de referência do hemograma
completo, geralmente, variam de acordo com o
sexo e idade do paciente.
Valores de referência do hemograma feminino
Parâmetros Valores de
referência da
mulher
Valores de
referência da
mulher grávida
Eritrócitos
(1012/L)
3,9 a 5,3 3,9 a 5,6
Hemoglobina
(g/dL)
12 a 16 11,5 a 16
Hematócrito (%) 35 a 45 34 a 47
Volume
Corpuscular
médio (fL)
78 a 94
Concentração de
hemoglobina
corpuscular
média (g/dL)
32 a 37
Plaquetas
(1019/L)
150 a 450
Leucócitos
(1019/L)
4,5 a 11
Neutrófilos (%) 40 a 80
Eosinófilos (%) 0 a 5
Basófilos (%) 0 a 2
Linfócitos (%) 20 a 50
Monócitos (%) 0 a 12
Valores de referência do hemograma masculino
Parâmetros Valores de referência do
homem
Eritrócitos (1012/L) 4,3 a 5,5
Hemoglobina (g/dL) 13,5 a 18
Hematócrito (%) 40 a 50
Volume Corpuscular médio
(fL)
78 a 94
Concentração de
hemoglobina corpuscular
média (g/dL)
32 a 37
Plaquetas (1019/L) 150 a 450
Leucócitos (1019/L) 4,5 a 11
Neutrófilos (%) 40 a 80
Eosinófilos (%) 0 a 5
Basófilos (%) 0 a 2
Linfócitos (%) 20 a 50
Monócitos (%) 0 a 12
Eritrograma
O eritrograma é o exame que avalia a série
vermelha do sangue pela quantificação de valores
de hematócrito (VG), hemoglobina (Hb), volume
corpuscular médio (VCM), hemoglobina
corpuscular média (HCM), concentração de
hemoglobina corpuscular média (CHCM), e red
cell distribution width (RDW). É o exame usado
para identificação e avaliação de anemias.
A análise da série vermelha contempla a
quantificação de eritrócitos, hematócrito, dosagem
de hemoglobina e índices hematimétricos (VCM,
HCM, CHCM, RDW), bem como o exame
microscópico da morfologia eritrocitária.
A quantificação dos eritrócitos dará subsídios
para a “classificação laboratorial das anemias” e,
a seguir, a análise morfológica dos eritrócitos
que auxilia na “classificação das causas e dos
tipos de anemias”.
Parâmetros do eritrograma
- Eritrócito (HE) está relacionado com o
número de hemácias contadas em
determinado volume de sangue.
- Hemoglobina (HB) é responsável pelo
transporte de oxigênio para as células e
está diretamente relacionada à função e
coloração dos eritrócitos (porção proteica
e porção com ferro).
Hemoglobina é o pigmento de transporte de
oxigênio dos eritrócitos, que é formado pelos
eritrócitos em desenvolvimento na medula óssea. É
uma proteína conjugada contendo quatro grupos
heme e globina, tendo a propriedade de oxigenação
reversível.
- O hematócrito (HT) é um índice,
calculado em porcentagem, definido pelo
volume de todas as hemácias de uma
amostra sobre o volume total desta
amostra (é o percentual de sangue
ocupado pelas hemácias 40%-50%).
Hematócrito
- Baixo: Menor quantidade de glóbulos
vermelhos;
- Elevado: Aumento de glóbulos
vermelhos (Poliglobulia) ou
desidratação (Redução do volume do
plasma)
- Volume corpuscular média (VCM) é o
índice que ajuda na observação do
tamanho das hemácias e no diagnóstico da
anemia: se pequenas são consideradas
microcíticas, se grandes consideradas
macrocíticas e se são normais,
normocíticas.
- Hemoglobina corpuscular média (HCM)
mede a quantidade média de hemoglobina
dentro das hemácias.
- Concentração de hemoglobina corpuscular
média (CHCM) indica a concentração da
hemoglobina dentro de uma hemácia.
Como a coloração da hemácia depende da
quantidade de hemoglobina elas são
chamadas de hipocrômicas (para baixas
concentrações de hemoglobina),
hipercrômicas (para elevada concentração
de hemoglobina) e hemácias
normocrômicas (no intervalo de
normalidade).
O CHCM difere do HCM pelo fato de que a
concentração leva em conta o volume celular e o
HCM apenas relaciona a hemoglobina total com
o número de eritrócitos.
- Variação no tamanho (volume) dos
eritrócitos (RDW) é um índice que indica
a anisocitose (variação de tamanho das
hemácias).
Dosagem de eritrócitos e plaquetas
- Os analisadores que realizam contagem
completa do sangue foram automatizados
pelo uso do “princípio de Coulter”, que se
baseia na condutividade celular, na
dispersão da luz e na citometria de fluxo.
- A dosagem de eritrócitos e plaquetas é
realizada pelo método de impedância
elétrica com foco hidrodinâmico ou
dispersão da luz (branca para leucócitos e
laser para hemácias e plaquetas).
- Na impedância elétrica, as células
sanguíneas são contadas e medidas a partir
dos impulsos elétricos gerados quando são
imersas em um meio condutor (solução
eletrolítica); as células também são
orientadas em um fluxo laminar e
interceptadas uma a uma por uma corrente
elétrica (mesmo sendo más condutoras de
energia, quando imersas em um meio
condutor podem ser contadas e medidas a
partir dos impulsos elétricos gerados). O
número de pulsos obtidos durante o ciclo
de contagem é correspondente ao número
de células contadas. Quanto maior a
corrente elétrica, ou seja, a intensidade do
pulso elétrico, maior é o tamanho da
célula. Por esse método são contados
eritrócitos, e em diferente diluição após
sua lise, contam-se os leucócitos e as
plaquetas.
- O sistema de impedância elétrica aplicado
à contagem celular, é também designado
por corrente direta e tem como base o
princípio de “Coulter”. Esta metodologia
tem como base a medição de alterações
numa corrente elétrica durante a passagem
de partículas, neste caso células
sanguíneas (suspensas numa solução
salina, isotónica, boa condutora), através
de um pequeno orifício situado entre dois
eletrodos. Como as células não são
condutoras de corrente elétrica, a
passagem de cada célula através da
abertura causa uma diferença de potencial
entre os dois eletrodos. Desta alteração da
corrente gera-se umpulso elétrico
proporcional ao volume da célula que lhe
deu origem.
- As plaquetas e os eritrócitos são
distinguidos com base no seu volume
celular, uma vez que as plaquetas têm
menor volume e que, como tal, originam
um pulso de menor amplitude. O número
de pulsos gerados indica o número de
células. O tamanho/amplitude do pulso
representa o volume/tamanho da célula.
Os pulsos são analisados e classificados
pelo tamanho por um analisador
específico.
O princípio de Coulter tem como base as
mudanças na impedância elétrica produzida por
partículas não condutivas suspensas em um
eletrólito, à medida que elas passam por uma
pequena abertura entre eletrodos. Na zona
sensória da abertura, o volume de eletrólito
deslocado pela partícula (célula) é medido como
uma mudança em voltagem que é proporcional
ao volume da partícula. Com controle cuidadoso
da quantidade de eletrólito absorvido através da
abertura, várias milhares de partículas por
segundo são contadas e mensuradas
individualmente. Células identificadas pelo
tamanho incluem hemácias, leucócitos e
plaquetas. A corrente alternada na faixa de
frequência de rádio gera um curto-circuito na
camada lipídica bipolar da membrana celular,
permitindo que a energia penetre a célula.
Informações sobre a estrutura celular, incluindo
a composição química e o volume nuclear, são
coletadas por essa técnica.
Hematócrito (HT)
- O hematócrito corresponde ao volume de
eritrócitos por volume total de sangue,
sendo expresso em L/L (U.I.) ou em
percentagem. Para um mesmo número de
eritrócitos podem corresponder valores de
hematócritos diferentes.
- No caso de desidratação, a diminuição do
volume plasmático gera valores mais
elevados de hematócrito; enquanto que no
caso de hipervolemia os valores são
menores.
- Para analisar o hematócrito utiliza-se a
técnica de microhematócrito, a qual
corresponde ao volume compacto dos
glóbulos vermelhos em relação ao volume
total de sangue em um capilar de vidro,
obtido após microcentrifugação de 11.000
rpm por 5 minutos.
- O microhematócrito é uma técnica manual
e complementar ao hemograma que
permite mensurar o volume que os
eritrócitos ocupam num determinado
volume de sangue total. Através desta
técnica é possível diagnosticar e monitorar
prováveis anemias resultantes da
deficiência de ferro ou sangramento
recente e também policitemias resultantes
de uma desidratação.
Técnica do microhematócrito
- Preencher um tubo capilar com sangue
até ¾ da sua altura.
- Fechar uma das extremidades na chama
de uma lamparina (massa de modelar
ou outros materiais podem ser
utilizados para a oclusão do capilar).
- Colocar o capilar em uma centrífuga
apropriada por 5 minutos em 10000 a
12000 rpm.
Hemoglobina (HB)
- A análise de hemoglobina é realizada pelo
método colorimétrico, no qual a
concentração de hemoglobina é
determinada espectrofotometricamente
nos autoanalizadores através da tecnologia
SLS-Hb. Nesta metodologia é utilizado
um reagente de lise dos eritrócitos
libertando a hemoglobina, que é oxidada a
metahemoglobina por ação do SLS
(laurel-sulfato-sódio) formando um
complexo estável e corado (SLS-Hb) cuja
absorvância é lida
espectrofotometricamente a um
comprimento de onda de 550nm,
(variando um pouco entre os aparelhos). O
valor de absorvância é proporcional à
concentração de hemoglobina na amostra.
Este método é influenciado pela
turbidimetria da amostra, que pode ser
alterada por lipemia ou por leucocitose.
- A determinação da hemoglobina é
importante para o diagnóstico de anemias,
pois o seu valor nestas situações está
diminuído.
Volume corpuscular médio (VCM)
- O volume corpuscular médio (VCM)
corresponde à média do volume dos
eritrócitos, expresso em fentolitros (fL). É
um parâmetro muito usado na
classificação de anemias, por estar
associado a alterações no tamanho dos
eritrócitos.
- A anemia classifica-se como normocítica
quando os valores de VCM estão dentro
dos valores de referência (80-100fl), como
macrocítica quando o valor de VCM é
superior a 100fL (eritrócitos macrocíticos)
e como microcítica quando o seu valor é
inferior a 80fL (eritrócitos microcíticos).
- O volume corpuscular médio é
determinado pelos aparelhos automáticos
mas pode também ser calculado pela
fórmula: hematócritos/ número de
eritrócitos x 10
Hemoglobina corpuscular média (HCM)
- A hemoglobina corpuscular média (HCM)
é um parâmetro correspondente ao
conteúdo de hemoglobina por eritrócito.
- Pode ser calculado pela seguinte fórmula,
expressando o resultado em picogramas
(pg ou 10-12 g): HCM = hemoglobina
(g/dL) / número de eritrócitos x 10
- Os valores normais para este parâmetro
são de 27-32 pg.
- Quando os valores estão acima de 32
picogramas no adulto, isso indica
hipercromia, de forma que a hemácia fica
mais escura que o normal devido à grande
quantidade de hemoglobina por hemácia,
o que pode acontecer devido ao consumo
elevado de álcool, uso de alguns
medicamentos ou alterações de tireoide.
- Quando os valores estão abaixo de 27
picogramas no adulto, é indicativo de
hipocromia, em que a hemácia apresenta
cor mais clara que o normal devido à
menor concentração de hemoglobina por
hemácia, o que pode ser devido à anemia
ferropriva devido a falta de ferro, e a
talassemia, que é um tipo de anemia
genética.
Plaquetograma
As plaquetas, também conhecidas por trombócitos,
são células sanguíneas formadas na medula óssea
derivadas da fragmentação dos megacariócitos.
Possuem forma discóide, são anucleadas (sem
núcleo) e têm um tempo de vida médio de nove a
doze dias.
As plaquetas são fundamentais no processo inicial
da hemostasia com participação na coagulação
sanguínea, ou seja, funcionam como tampões
formando os coágulos sanguíneos.
A atuação fisiológica das plaquetas é fundamental
no processo inicial da hemostasia, promovendo a
agregação dessas células e a adesividade delas com
as células endoteliais próximas às lesões. Durante
essas atividades hemostáticas, as plaquetas
funcionam como tampões e promovem o
desencadeamento da coagulação sanguínea. Por
essas razões a contagem total de plaquetas e a
análise da sua morfologia são muito importantes.
A quantidade total de plaquetas é determinada pelo
volume de sangue avaliado. O valor de referência
normal de plaquetas em crianças e adultos fica
entre 150.000 e 450.000 mm3.
- A trombocitose (plaquetoses) é indicada
pelo aumento do número das plaquetas
circulantes. Plaquetoses até 700000 mm3
podem ocorrer notadamente na anemia
ferropriva, hemorragias agudas,
inflamações e infecções crônicas, anemias
hemolíticas, leucemias e policitemia vera.
Entretanto há situações em que a
contagem de plaquetas é superior a
700.000 podendo chegar até 3.000.000
mm3, como é o caso da trombocitemia
essencial de doença mieloproliferativa que
desencadeia a formação descontrolada das
células precursoras das plaquetas, os
megacariócitos.
- A trombocitopenia (plaquetopenia) é
indicada pela redução do número de
plaquetas circulantes. As situações que
causam plaquetopenias induzem ao
sangramento (exemplo leucemias agudas,
púrpuras, hiperesplenismo e Lúpus
Eritematoso Sistêmico).
A contagem placentária pode ser realizada pelos
métodos: impedância/foco hidrodinâmico,
dispersão da luz, citometria de luxo com anticorpo
monoclonal específico para a superfície de
plaquetas (CD61, CD41).
Volume plaquetário médio
- O volume plaquetário médio (VPM) é
uma medida do tamanho médio das
plaquetas.
- Plaquetas novas são maiores, e um
aumento do VPM ocorre quando
aumenta a produção de plaquetas.
- O VPM dá ao médico uma indicação da
produção de plaquetas na medula óssea.
- O volume plaquetário médio (VPM) é
um marcador da função plaquetária.
Níveis elevados de VPM têm sido
identificados como fatores de risco
independentes para o IM em pacientes
com doença cardíaca coronariana. No
entanto, os valores biológico e
prognóstico de níveis elevados de VPM
ainda são controversos.
Interferentes pré-analíticos/analíticos
- Idade: Criança X Adultos (eritrócitos,
hematócrito, hemoglobina e volume
corpuscular médio)
- Sexo:mulheres X homens (eritrócitos,
hematócrito e hemoglobina)
- Horário da coleta: o valor do hematócrito
diminui ao longo do dia (até 5%)
- Jejum: não é necessário se dieta leve, mas
se lipemia (aumento da turbidez da
amostra) é necessário jejum de 4 horas,
pois resulta numa falta elevação de
hemoglobina (também ocorre se grande
lipemia uma elevação dos leucócitos).
Anemia
A anemia é definida como síndrome caracterizada
por diminuição de massa eritrocitária total.
Laboratorialmente, definimos anemia como
hemoglobina menor que 12 g/dl em mulheres ou 13
g/dl em homens.
A investigação laboratorial inicial consiste na
realização dos seguintes exames:
- Hematócrito, hemoglobina e contagem de
eritrócitos para avaliar o grau de anemia.
Índices hematimétricos (VCM, HCM e
CHCM) para determinar se os eritrócitos
são, em média, normocíticos, macrocíticos
(VCM > 100) ou microcíticos (VCM <
80) e se são hipocrômicos.
- O aumento da amplitude de distribuição
do volume dos eritrócitos (RDW) é uma
medida de anisocitose.
- Contagem de reticulócitos para estimar se
a resposta medular sugere incapacidade da
produção- ou hemólise-ou perda
sanguínea recente.
- Exame microscópico da distensão
sanguínea (lâmina de sangue periférico)
para avaliar o aspecto dos eritrócitos e as
alterações concomitantes dos leucócitos e
das plaquetas.
Quando um paciente com anemia (hemoglobina
abaixo do valor padrão) se apresenta com o
VCM e HCM diminuídos, denomina-se anemia
microcítica e hipocrômica; se o VCM e HCM
estiverem dentro dos valores da faixa de
normalidade, a anemia é normocítica e
normocrômica; e se o VCM estiver elevado (não
há HCM elevado) a anemia é do tipo
macrocítica.
Na anemia ferropriva, inicialmente ela se
apresenta como normocítica e normocrômica e
depois evolui para seu quadro característico
sendo microcítica e hipocrômica.
As anemias carências tendem a apresentar
anisocitose indicado pelo RDW elevado pela a
ocorrência da competição em relação ao
nutriente carente carente pelos diferentes clones
de eritroblastos
Possíveis causas da anemia
- Diminuição da produção de eritrócitos na
medula;
- Aumento da destruição de eritrócitos;
- Perda de Sangue.
A bilirrubina indireta é um marcador laboratorial
capaz de diferenciar anemias por perdas de
sangue e anemias por hemólise.
Leucograma
O leucograma é o exame que avalia os leucócitos,
células de defesa do organismo, sendo também
conhecidas por glóbulos brancos. É ele que
quantifica o número de neutrófilos, bastões ou
segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos e
basófilos encontrados no sangue.
O leucograma avalia as contagens total e
diferencial (valores relativo e absoluto) dos
leucócitos, bem como a morfologia dos
neutrófilos, linfócitos e monócitos,
principalmente.
A primeira análise do leucograma se suporta na
verificação da contagem total dos leucócitos.
Quando os valores dos leucócitos estão
aumentados, cientificamente isto se chama
leucocitose e, pode ser causada por uma infecção e
até uma leucemia e, quando os leucócitos estão
diminuídos, chama-se leucopenia, que pode ser
causada pelo uso de medicamentos ou
quimioterapia (especialmente a leucocitose deve
ser adjetivada em discreta ou leve, moderada e
acentuada, de acordo com os valores do
leucograma).
As leucocitoses ocorrem basicamente em três
situações
- Leucocitose fisiológica: geralmente de
grau leve é comum em gestantes, RN,
lactantes, após exercícios físicos e em
pessoas com febre;
- Leucocitose reativa: está notadamente
relacionada com o aumento de
neutrófilos e se devem às infecções
bacterianas, inflamações, necrose
tecidual e doenças metabólicas;
- Leucocitose patológica: está
relacionada a doenças
mieloproliferativas (leucemias
mielóides, policitemia vera,
mieloesclerose) e linfoproliferativas
(leucemias linfóides e alguns linfomas).
Citometria de fluxo fluorescente
- O método de contagem dos leucócitos é a
citometria de fluxo fluorescente; um
técnica que permite a detecção de
antígenos em células ou anticorpos do
sangue, a partir de uma marcação com
anticorpos conjugados a uma molécula
fluorescente (fluorocromos).
- A citometria de fluxo é uma metodologia
utilizada para o estudo morfológico,
fenotípico e funcional de células através
da detecção da dispersão da luz e da
fluorescência emitida por moléculas
(fluorocromos) ligadas às mesmas.
- A molécula ou função de interesse a ser
avaliada deve ser marcada com anticorpos
monoclonais (AcMo) acoplados à
fluorocromos ou com fluorocromos que
possuam a propriedade biológica de
interesse. Assim, quando as amostras
marcadas são adquiridas em citômetro de
fluxo, estes fluorocromos são excitados
por uma radiação laser, que intercepta
cada célula, e emitem um comprimento de
onda (cor) que é detectado por um sensor,
chamado de tubo fotomultiplicador
(photomultipliers tubes - PMTs). Quanto
maior o número de sensores em um
citômetro, maior o número de cores (e de
moléculas de interesse) que se pode
avaliar. Estes sensores são capazes de
converter a luz captada em sinais
eletrônicos, os quais são enviados ao
computador, possibilitando, através de
software específico, uma análise
multiparamétrica dos resultados. Esta
análise é realizada através de
representações gráficas da intensidade de
fluorescência emitida pelo fluorocromo e
as respectivas características morfológicas
das células.
A citometria de fluxo tipicamente usa células
marcadas com um corante supravital ou
fluorescente, que passam em suspensão uma por
uma à frente de uma fonte de luz laser (células
não marcadas também são medidas). A luz
dispersa e a luz emitida são coletadas à frente da
fonte luminosa e em ângulos retos,
respectivamente. A informação derivada da
medição da dispersão da luz quando uma célula
é atingida pelo feixe laser é então usada para
estimar a forma da célula, o tamanho da célula, a
granularidade celular, a lobularidade nuclear e a
estrutura da superfície celular. Alguns
contadores de células classificam os leucócitos
usando o princípio de Coulter, a condutividade
celular e a dispersão de luz de células não
marcadas para diferenciar os tipos celulares,
enquanto outros contadores celulares usam
múltiplos canais de citometria de fluxo ou uma
combinação de citometria de fluxo,
condutividade celular e dispersão da luz.
Como a citometria de fluxo auxilia na
quantificação de leucócitos
- A citometria de fluxo permite a medida de
múltiplas características de partículas
individuais que fluem em fila única em
uma corrente de fluido.
- A fluorescência permite que a luz emitida
por anticorpos conjugados a fluorocromos
identifique uma ampla variedade de
antígenos citoplasmáticos e de superfície
celular.
- A difração de luz (dispersão frontal e
dispersão lateral) promove uma dispersão
da luz em diferentes ângulos permitindo
uma distinção do tamanho e da
complexidade interna.
Um espelho dicróico permite a passagem de luz
de um determinado comprimento de onda,
enquanto a luz de outros comprimentos de onda
é refletida.
Quais células são avaliadas na contagem diferencial
da série branca
Glóbulos brancos
Neutrófilos
- São células sanguíneas mais abundantes
em relação ao sistema de defesa, sendo
responsável pelo combate a bactérias e,
quando os valores de neutrófilos estão
altos, isto pode indicar uma infecção
bacteriana.
- Os bastões são os neutrófilos jovens, que
foram lançados no sangue para combater
uma infecção aguda e, os neutrófilos
segmentados são os neutrófilos maduros.
Linfócitos
- Os linfócitos combatem vírus, tumores e
produzem anticorpos. Quando
aumentados, podem indicar uma infecção
viral, HIV, leucemia ou rejeição de um
órgão transplantado, por exemplo.
Monócitos
- São células de defesa responsáveis por
fagocitar microorganismos invasores,
sendo também chamados de macrófagos.
Atuam contra vírus e bactérias, sem
distinção.
Eosinófilos
- São células de defesa que são ativadas em
caso de alergia ou caso o indivíduo tenha
algum parasita.
Basófilos
- São as células de defesa que são ativadas
em caso de inflamação crônica oualergia
prolongada e, em um indivíduo normal, só
é encontrado até 1%.
Letícia Terruel

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