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Aula 12 - Ativo Imobilizado

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Belo Horizonte, 9 de Dezembro de 2012 
 
Professor: Antônio Paulo Machado Gomes 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE 
Disciplina: CIC046 – Contabilidade I 
Ativo Imobilizado e Depreciação 
1 
Ativo imobilizado 
Conjunto de bens e direitos tangíveis utilizados na atividade-
fim da entidade, ou seja, necessários à manutenção das 
atividades da empresa, abrangendo também os custos de 
benfeitorias realizados em bens locados. 
 
 Supermercado? 
 Fabrica de tubos? 
 Hospital? 
 Escritórios? 
2 
Ativo imobilizado 
 Bens em operação; 
 Reavaliação; 
 (-) Utilização econômica (estoque): 
 Depreciação (desgaste ativo tangível uso / 
 obsolescência); 
 Amortização (extinção de direitos intangíveis); 
 Exaustão (esgotamento por exploração). 
 Imobilizado em Andamento; 
 Impairment test 
3 
Ativo imobilizado 
 
Bens em operação 
 Terrenos, edificações, instalações, máquinas, móveis, 
 benfeitorias e melhoramentos, etc. 
 
Imobilizado em andamento 
 Construções em andamento, etc. 
4 
Ativo imobilizado 
Critérios de avaliação 
 Custo de aquisição, bens construídos, bens recebidos por 
 doação, formação de capital social. 
 
Gastos de capital x gastos do período 
 Melhorias, manutenção e reparos, substituição. 
 
Retirada (baixa) de imobilizado 
5 
Ativo imobilizado - Depreciação 
A depreciação diz respeito à perda de valor dos bens (desgaste 
ou perda de utilidade) por uso, ação da natureza ou 
obsolescência. 
 
Base de cálculo 
 Estimativa de vida útil econômica e taxa de depreciação 
 
Métodos de depreciação 
 Método das quotas constantes (linear); 
 Método da soma dos dígitos dos anos; 
 Método do benefício gerado. 
6 
Exemplo - Métodos de Depreciação 
Aquisição de uma máquina em 1º de janeiro de X1 pelo valor de 
40.000. Tendo as seguintes características: (i) vida útil: 10 
anos; (ii) produção estimada: 100.000 unid; (iii) vlr residual: 
4.000; utilização: um turno de 8h. 
 
Vlr depreciável: 40.000 – 4.000 = 36.000 
 vlr orginal – vlr residual = vlr depreciável 
 
Método das quotas constante ou linear 
 Depreciação anual: 36.000 / 10 = 3.600 a.a ou 300 a.m 
 
7 
Exemplo - Métodos de Depreciação 
 
Depreciação pelo método das quotas constantes (linear)
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Ano
Vl
r. 
da
 d
ep
re
cia
çã
o 
an
ua
l
8 
Exemplo - Métodos de Depreciação 
Método da soma dos dígitos dos anos 
 Soma dos algarismos que compõem a vida útil: 
 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 = 55 
 
Ano Fração Depreciação anual ($) Taxa ano Depreciação mês ($)
1 (10 / 55) x 36.000 6.545 18% 545
2 (9 / 55) x 36.000 5.891 16% 491
3 (8 / 55) x 36.000 5.236 15% 436
4 (7 / 55) x 36.000 4.582 13% 382
5 (6 / 55) x 36.000 3.927 11% 327
6 (5 / 55) x 36.000 3.273 9% 273
7 (4 / 55) x 36.000 2.618 7% 218
8 (3 / 55) x 36.000 1.964 5% 164
9 (2 / 55) x 36.000 1.309 4% 109
10 (1 / 55) x 36.000 655 2% 55
36.000 100%
9 
Exemplo - Métodos de Depreciação 
 
Depreciação pelo método da soma dos dígitos dos anos
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Ano
Vr
l. d
a d
ep
re
cia
çã
o 
an
ua
l
10 
Exemplo - Métodos de Depreciação 
Método do benefício gerado 
 Produção estimada: 100.000 unid 
 
Ano Produção efetiva Cálculo da depreciação Depreciação anual Taxa ano Depreciação mês
1 13.000 (13.000 / 100.000) x 36.000 4.680 13% 390
2 14.000 (14.000 / 100.000) x 36.000 5.040 14% 420
3 16.500 (16.500 / 100.000) x 36.000 5.940 17% 495
4 11.000 (11.000 / 100.000) x 36.000 3.960 11% 330
5 15.000 (15.000 / 100.000) x 36.000 5.400 15% 450
6 9.500 (9.500 / 100.000) x 36.000 3.420 10% 285
7 7.500 (7.500 / 100.000) x 36.000 2.700 8% 225
8 4.000 (4.000 / 100.000) x 36.000 1.440 4% 120
9 5.000 (5.000 / 100.000) x 36.000 1.800 5% 150
10 4.500 (4.500 / 100.000) x 36.000 1.620 5% 135
100.000 36.000 100%
11 
Exemplo - Métodos de Depreciação 
 
Depreciação pelo método dos benefícios gerados
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Ano
Vl
r. 
da
 d
ep
re
cia
çã
o 
an
ua
l
12 
ATIVO INTANGÍVEL 
13 
ATIVO INTANGÍVEL 
No subgrupo ativo intangível devem ser registrados os bens 
incorpóreos destinados à manutenção da empresa. 
 
Podem ser classificados como intangíveis: 
 
 Softwares, marcas, patentes, direitos autorais, etc. 
 Ágio, goodwill, etc. 
14 
Reconhecimento de um Ativo 
Intangível 
A contabilidade somente reconhece o intangível adquirido em 
transações com terceiros independentes. 
 
A contabilidade não reconhece intangíveis gerados 
internamente. 
15 
Reconhecimento de um Ativo 
Intangível 
O intangível é avaliado por seu custo de aquisição, deduzido da 
provisão para perda por irrecuperabilidade do custo e da 
amortização acumulada, quando for o caso. 
16 
Amortização de um Ativo Intangível 
Um intangível somente será amortizado quando tiver vida útil 
finita, devendo ser amortizado por essa vida útil, sendo que o 
método de amortização pode variar entre linear ou benefícios 
gerados. 
17 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
LEASING 
18 
CONCEITO 
O arrendamento mercantil, também conhecido como leasing, 
é a operação em que o proprietário de um bem (Arrendador) 
cede a terceiro (Arrendatário) o uso desse bem por prazo 
determinado, recebendo por isso uma contraprestação. 
 
Contraprestação 
Arrendador Bem Arrendatário 
19 
MODALIDADES 
Arrendamento 
Financeiro 
Arrendamento 
Operacional 
Arrendamento 
Mercantil 
Subarrendamento 
Mercantil (Sublease) 
20 
ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO 
Conforme CPC 06 – “arrendamento mercantil 
financeiro é aquele em que há transferência 
substancial dos riscos e benefícios inerentes à 
propriedade de um ativo. O título de propriedade pode 
ou não vir a ser transferido.” 
 
 Venda Financiada 
 
 
 
 
 
Fundamentação: CPC 06 
21 
ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL 
“Arrendamento mercantil operacional é um 
arrendamento mercantil diferente de um 
arrendamento mercantil financeiro.” (CPC 06, p.3) E o 
CPC assim complementa: “Um arrendamento mercantil 
é classificado como operacional se ele não transferir 
substancialmente todos os riscos e benefícios 
inerentes à propriedade.” (CPC 06, p. 7) 
 
 Aluguel 
 
 
Fundamentação: CPC 06 
22 
ESSÊNCIA 
Arrendamento Operacional 
Arrendamento Financeiro 
Aluguel 
Financiamento 
23 
CONTABILIZAÇÃO E A DEDUTIBILIDADE DAS 
CONTRAPRESTAÇÕES - COMENTÁRIOS 
1. Antes da Lei 11.638/07 a economia tributária fazia 
com que as Entidades não registrassem o 
arrendamento financeiro no ativo imobilizado; 
 
2. As empresas se valiam, inclusive, da Resolução CFC 
nº 732/91, a qual preconiza que na hipótese de 
conflito entre a norma contábil e a legal, esta deve 
prevalecer, para não registrar o arrendamento 
financeiro no ativo imobilizado 
 
3. Esse procedimento não guardava sintonia, 
entretanto, com a Resolução CFC nº 921/01 que já 
previa o registro do arrendamento financeiro no 
ativo imobilizado; 
 
24 
RECONHECIMENTO INICIAL 
 
 
 Reconhece-se um ATIVO e um PASSIVO 
 
 Valor do registro será o menor entre: (i) valor presente 
dos pagamentos mínimos e (ii) valor justo 
 
 A taxa de desconto deverá corresponder à taxa de juros 
implícita no contrato. Senão, será usa a taxa incremental 
(taxa do mercado) 
 
 Os custos diretos iniciais são adicionados ao valor 
reconhecido como um ativo 
25 
RECONHECIMENTO INICIAL 
Balanço Patrimonial Arrendatária T0 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
 Arrendamentos Financeiros 12.982,28 
Bancos 30.000,00 Encargos Financeiros a Transcorrer (1.164,00) 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Imobilizado Arrendamentos Financeiros 3.245,57 
Maquinas Arrendadas 15.000,00 Encargos Financeiros a Transcorrer (63,85)Capital Social 30.000,00 
 
Total Ativo 45.000,00 Total Passivo 45.000,00 
 
26 
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE 
 
 
 Os pagamentos mínimos do arrendamento serão 
distribuídos entre o encargo financeiro e a redução do 
passivo pendente 
 
 O encargo financeiro será alocado a cada período durante o 
prazo do arrendamento (Regime de Competência) 
 
 As despesas não esperada ou que dependa de evento futuro 
serão tratadas diretamente no resultado 
 
 Haverá cálculo da despesa de depreciação 
 De acordo com a vida útil 
 Na falta de certeza da compra será o prazo do contrato 
 
 Os ativos arrendados também serão submetidos a testes de 
recuperabilidade (impairment) 
27 
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE 
Demonstração do Resultado Arrendatária T1 
Despesas Financeiras com arrendamento mercantil financeiro (1.164,00) 
Despesas com Depreciação de maquinas arrendadas (1.500,00) 
Resultado do Exercício (2.664,00) 
Balanço Patrimonial Arrendatária T1 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
 Arrendamentos Financeiros 3.245,57 
Bancos 17.017,72 Encargos Financeiros a Transcorrer (63,85) 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Imobilizado 15.000,00 Arrendamentos Financeiros - 
Maquinas Arrendadas (1.500,00) Encargos Financeiros a Transcorrer - 
 
 Capital Social 30.000,00 
 Resultado do Exercício (2.664,00) 
 
Total Ativo 30.517,72 Total Passivo 30.517,72 
 
28 
ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS DO ARRENDATÁRIO - Operacional 
 
 
 O valor pago como aluguel deverá ser classificado 
como DESPESA 
 
Demonstração do Resultado Arrendatária T1 
Despesas com arrendamento mercantil operacional (12.982,28) 
Despesas com Depreciação de maquinas arrendadas - 
Resultado do Exercício (12.982,28) 
Balanço Patrimonial Arrendatária T1 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
 Arrendamentos Financeiros - 
Bancos 17.017,72 Encargos Financeiros a Transcorrer - 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Imobilizado - Arrendamentos Financeiros - 
Maquinas Arrendadas - Encargos Financeiros a Transcorrer - 
 
 Capital Social 30.000,00 
 Resultado do Exercício (12.982,28) 
 
Total Ativo 17.017,72 Total Passivo 17.017,72 
 
29 
OBRIGADO! 
30 
Referências Bibliográficas 
• SZUSTER, Nata et al. Contabilidade Geral. 3ª. ed. São Paulo: 
Atlas, 2011. Cap. 8. 
 
• BORINELLI, Márcio e PIMENTEL, Renê. Curso de Contabilidade 
para Gestores, Analistas e Outros Profissionais. São Paulo: Atlas, 
2010. Cap. 8

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