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DIETAS HOSPITALARES

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CENTRO DE ENSINO TÉCNICO EM SAÚDE 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
DOCENTE: NOELY RAYANE SANTOS SOUZA 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Refeições equilibradas, preparadas com alimentos de qualidade e em quantidades 
adequadas às necessidades energéticas, nutricionais e fisiológicas dos indivíduos 
são imprescindíveis ao bom funcionamento do organismo, sobretudo, dos pacientes 
hospitalizados que, por estarem debilitados, necessitam receber alimentação 
adequada para, além de evitar a desnutrição, recuperar e preservar a saúde, os 
serviços de nutrição e dietética dos hospitais têm como grande desafio conciliar as 
prescrições dietéticas, as particularidades alimentares e nutricionais dos pacientes e 
a produção de refeições com características organolépticas atraentes. 
 
CONSISTÊNCIAS DAS DIETAS HOSPITALARES 
 
Entre as alterações que costumam ocorrer nas refeições destinadas aos pacientes 
hospitalizados, estão aquelas de natureza física, que são caracterizadas pela 
alteração na consistência da comida. As dietas podem ser classificadas como dieta 
normal, geral ou livre, dieta branda, dieta pastosa, dieta líquido-pastosa, dieta líquida, 
dieta líquida completa e dieta líquida restrita. 
 
TIPOS DE DIETAS HOSPITARES 
 
- Dieta normal, geral ou livre: 
 
Neste tipo de dieta, não há qualquer restrição alimentar ou nutricional, podendo ser 
empregados, na sua composição, diferentes consistências, técnicas de cocção, modos 
de preparo e alimentos. Costumam ser ofertadas às pessoas cujas refeições não 
precisem sofrer modificações dietoterápicas específicas. 
Objetivo: Manter o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações 
metabólicas significativas ao risco nutricional. 
Indicação: A Dieta Livre ou Geral é uma das dietas hospitalares indicadas para 
pacientes que não necessitam de restrições específicas e que representam funções de 
mastigação e gastrintestinais preservadas. 
Características: Dieta suficiente, harmônica, consistência normal, distribuição e 
quantidades normais de todos os nutrientes, ou seja, normoglicídica, normoprotéica, 
normolipídica, balanceada e completa. 
Alimentos recomendados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas e seus 
produtos integrais, pobres em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo 
com pouca gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e gordura); e 
gorduras, óleos e açúcares com moderação. 
Alimentos evitados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas ricos em gorduras e 
açúcar; hortaliças e frutas enlatadas com sal e óleo, e conservas com calda de açúcar 
respectivamente; leite, iogurte, queijo ricos em gordura e sal; carnes, aves, peixes e 
ovos ricos em gordura e sal, como os frios em geral; e gorduras, óleos e açúcares em 
excesso. 
CENTRO DE ENSINO TÉCNICO EM SAÚDE 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
DOCENTE: NOELY RAYANE SANTOS SOUZA 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
- Dieta branda: 
Etapa de transição entre a dieta pastosa e a dieta normal, a dieta branda é 
caracterizada pelo abrandamento, mecânico ou por cocção, das fibras alimentares, 
como celulose e tecido conjuntivo das carnes, a fim de facilitar o processo digestivo. É 
indicada para pacientes com baixa dificuldade de mastigação e de deglutição, com 
doenças gastrointestinais e aqueles em período pós-operatório. Os alimentos a serem 
evitados são os condimentados, picantes, gordurosos, hortaliças e legumes crus, 
flatulentos, alimentos duros e bebidas gaseificadas. 
Objetivo: Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de 
melhorar a mastigação, deglutição e digestão. 
Indicação: A Dieta Branda é uma das dietas hospitalares indicadas para crianças e 
idosos, com alterações e/ou perturbações orgânicas e funcionais do trato 
gastrointestinal. 
Características: Normoglicídica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e 
completa; consistência branda; 5 a 6 refeições diárias; tempo indeterminado; pobres 
em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo, modificados por cocção e/ou subdivisão. 
Alimentos recomendados: Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, 
grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou 
quente; frutas (sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); 
torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); pastel de forno, bolo simples, 
sorvete simples; sopas, óleos vegetais; margarina; gordura somente para cocção, não 
para frituras. 
Alimentos evitados: Cereais e derivados integrais; frituras em geral; frutas 
oleaginosas; vegetais do tipo A, exceto em sucos em cremes; frutas de tipo A, exceto 
em sucos; leguminosas inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes; 
queijos duros e fortes. 
- Dieta pastosa: 
Transição entre a dieta líquido-pastosa e a dieta branda, nesta etapa, os alimentos 
passam por abrandamento da textura, com o intuito de facilitar os processos de 
mastigação e de deglutição. Também é indicada para pessoas acometidas por 
doenças neuromotores, distúrbios gastrointestinais e estado grave de doenças 
crônicas. Como os alimentos precisam estar bem cozidos e serem de fácil mastigação 
e deglutição, as preparações devem estar nas formas liquidificadas, de purês, cremes, 
papas, massas bem cozidas, suflês, carnes moídas ou desfiadas, ovos, mingau, 
pudins, gelatinas e sorvetes, pães, biscoitos e bolo. 
Objetivo: Fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou 
nenhum esforço. 
Indicação: A Dieta Pastosa é uma das dietas hospitalares indicadas para os casos em 
que haja necessidade de facilitar a mastigação, ingestão, deglutição; e de se permitir 
certo repouso gastrointestinal; e em alguns pós-operatórios. 
Características: Normoglicídica, normoprotéica e normolipídica; consistência pastosa 
ou abrandada pela cocção e processos mecânicos. 
CENTRO DE ENSINO TÉCNICO EM SAÚDE 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
DOCENTE: NOELY RAYANE SANTOS SOUZA 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
Alimentos recomendados: Todos os alimentos que possam ser transformados em 
purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou 
pele, moídos, liquidificados e amassados. 
Alimentos evitados: Alimentos duros, secos, crocantes, empanadas, fritos, cruas, 
com semente, casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (outras 
frutas oleaginosas), coco e bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com polpas, 
hortaliças folhosas cruas, com sementes; biscoitos amanteigados e pastelarias. 
- Dieta leve, semilíquida ou líquido-pastosa: 
É recomendada para pacientes na fase pós-operatória, com função gastrointestinal 
comprometida e dificuldade na mastigação e deglutição de alimentos mais sólidos. No 
ciclo de progressão alimentar, é a etapa de transição entre as dietas líquida e pastosa. 
Aqui, os alimentos devem ser líquidos ou liquidificados, cremosos e homogêneos, com 
a finalidade de favorecer a ingestão e a digestão. Devem ser evitados bebidas 
gasosas, alimentos sólidos, especiarias e condimentos fortes. E, são permitidas as 
sopas cremosas, alimentos na consistência de papa, purês, mingaus, cremes, 
alimentos liquidificados e sorvetes. 
Objetivo: Fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar o trabalho do trato 
gastrointestinal e a presença de resíduos no cólon. 
Indicação: A Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada é uma das dietas 
hospitalares indicadas para pacientes com problemas de mastigação, deglutição e 
digestão, com trato gastrointestinal com moderadas alterações; e para o pós-
operatório de cirurgias do TGI. 
Características: Dietas normolipídicas, normoglicídicas, normoprotéicas com 
consistência semilíquida; volume de 200 a 400ml por refeição; por tempo 
indeterminado; 5 a 6 refeições. 
Alimentos recomendados: Preparações com alimentos liquidificados e amassados. 
Alimentos evitados: Leguminosas e grãos, alimentos crus e inteiros. 
- Dieta líquida ou líquida completa: 
Nestaetapa de transição entre a dieta líquida restrita e dieta líquido-pastosa, as 
refeições devem ser ofertadas na forma integralmente líquida ou conter alimentos que 
liquefazem na boca, podendo conter lactose e sacarose, tendo como objetivo hidratar, 
facilitar a deglutição e a digestão. A indicada para pacientes que realizaram cirurgia de 
cabeça e pescoço, no pós-operatório, em casos graves de infecção, no 
comprometimento gastrointestinal, preparo de exames e que apresentam dificuldade 
na mastigação e deglutição. Trata-se de uma alimentação nutricionalmente 
incompleta, dado quando maior o abrandamento, maior é a perda de nutrientes, como 
as fibras. São alimentos permitidos nessa fase, leite, bebidas lácteas, iogurte, chá, 
consomê, sopa liquidificada, caldos, suco, gelatina, batida de frutas, sorvetes, mingau 
e vitamina ralos. 
Objetivo: Hidratar e nutrir os tecidos; repousar o trato gastrointestinal e amenizar a 
sintomatologia. 
Indicação: A Dieta Líquida Completa é uma das dietas hospitalares indicadas para 
pacientes que apresentam alterações na mastigação, deglutição, digestão ou 
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DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
disfagias; com anorexia, que estão preparando para exames ou em pós-operatórios; 
em casos de graves infecções; transtornos gastrointestinais. 
Características: Hipocalórica (1000 a 1500 kcal/dia), normoglicídica, normoprotéica e 
normolipídica; consistência líquida com volume de 200 a 300ml por refeições; de três 
em três horas. 
Alimentos recomendados: Mingaus a 3% (arroz, milho, mucilon, maisena); caldos 
e sopas liquidificadas; sucos diluídos e/ou coados; leite, iogurte, creme de leite, queijos 
cremosos; gelatina, geleia de mocotó, pudim, sorvetes; chá, café, chocolate, mate, 
bebidas não gasosas, sucos de frutas e de vegetais coados; mingau de cereais, sopa 
de vegetais peneirados, cremosas e caldos de carnes; óleos vegetais. 
Alimentos evitados: Cereais integrais, sementes, farelos, sementes oleaginosas, 
hortaliças, frutas inteiras com casca, queijos ricos em gorduras, embutidos, 
condimentos picantes. 
- Dieta líquida restrita, cristalina ou líquidos claros: 
Esta dieta costuma serem administradas pacientes nas fases pré e pós-operatória, 
com trato gastrointestinal debilitado, com infecções e diarreia graves e em preparação 
para realização de exames, com o propósito de fornecer nutrientes e eletrólitos, 
prevenir a desidratação e reduzir a quantidade de resíduos no intestino. Caracteriza-se 
por ser uma dieta líquida límpida, sem a presença de alimentos que contenham 
lactose, fibras, lipídeos e proteínas fibrosas. Nesta fase são permitida água, chás 
claros, caldo de sopa, água de coco, isotônicos e polímero de glicose. 
Objetivo: Saciar a sede, hidratação dos tecidos, evitar acidose, manter função renal, 
repousar o TGI, amenizar a sintomatologia. 
Indicação: A Dieta Líquida Restrita é uma das dietas hospitalares indicadas para pré-
preparo de determinados exames (colonoscopia e endoscopia) e pré e pós-operatório. 
Características: Hipocalórica (500 a 600 kcal/dia), hiperglicídica, hipoprotéica e 
hipolipídica; consistência líquida com volume de 200 a 300ml por refeições; de três em 
três horas. Isenta de fibras. 
Alimentos recomendados: Água, infusos adocicados com açúcar e dextrosol e 
bebidas carbonatadas; caldos de legumes coados; sucos de frutas coados; geleia de 
mocotó, gelatina, sorvetes a base de frutas coadas (sem leite). 
Alimentos evitados: Cereais integrais com exceção do caldo; leguminosas; 
condimentos com exceção do sal; sucos de frutas que contêm polpa, hortaliças com 
exceção caldo, carnes de todos os tipos e os respectivos caldos, leite e derivados. 
 
-Dieta Hipolipídica 
São retirados da dieta as gorduras de adição como manteiga, margarina, óleo e azeite, 
e também os alimentos ricos em gordura, como embutidos, queijos, abacate, frituras e 
gema de ovo. O leite administrado é do tipo desnatado. Frutas permitidas: todas, 
exceto abacate. Todos os vegetais são permitidos. 
Indicação: Patologias hepáticas, pancreáticas e de vesícula biliar. Aplicável no 
controle de hipercolesterolêmica, aterosclerose. Oferece alto teor de fibras insolúveis e 
lipídeos poli-insaturados, com restrição de lipídeos saturados. 
https://www.webcitizen.com.br/2020/10/dieta-da-sopa-do-hospital-do-coracao.html
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-Dieta Hipossódica 
 
Dieta de consistência normal, com restrição de sódio em sua composição e de 
alimentos que recebam adição de sal na sua produção. O paciente normalmente 
recebe 2 gramas de cloreto de sódio (sal de cozinha) por dia, podendo variar até 4 
gramas por dia. Todas as frutas e vegetais são permitidos. Alimentos não permitidos: 
bacon, salsicha, azeitonas, apresuntado, presunto, enlatados em geral e molho de 
soja. A ervilha e o milho verde enlatados poderão ser utilizados com moderação, ou 
seja, o per capita total não poderá ser superior a 5 gramas. 
Indicação: Hipertensão e edema por problemas renais/cardíacos. 
 
-Dieta Hipoglicídica 
 
Dieta de consistência normal, constituída principalmente de carboidratos complexos e 
rica em fibras solúveis. A sacarose é substituída por adoçante artificial à base do 
edulcorante aspartame, ciclamato e sacarina, esteviosídeo e sucralose. Todas as 
frutas e vegetais são permitidos. Suplementos alimentares não permitidos: ensure, 
sustacal, sustagem e sustain não podem ser utilizados pela presença de sacarose em 
sua formulação. O alimento achocolatado normalmente utilizado para substituir as 
farinhas não poderá ser utilizado. 
Indicação: Intolerância à glicose, obesidade e hipertrigliceridemia. 
 
-Dieta Hipoprotéica 
 
Dieta de consistência normal, hipossódica, hiperglicídica, hipoprotéica, com lipídeos 
para completar o valor calórico total/dia; com alto teor de alimentos formadores de 
resíduos intestinais. Oferece 2 gramas de NaCI de adição/dia. Oferece 60% de 
proteínas de alto valor biológico. Frutas permitidas: todas, exceto aquelas ricas em 
potássio, como o melão e abacate. Vegetais permitidos: todos, exceto verdes, batata, 
mandioca e macarrão, por ser rico em potássio. Farinhas permitidas: trigo, amido de 
milho, fubá, farinha de arroz ou de milho. 
Indicação: Utilizada como tratamento conservador em patologias onde ocorre a 
necessidade de diminuição dos produtos do catabolismo proteico como ureia, creatina 
e amônia. 
 
-Dieta HAS (Hipertensos) 
 
Alimentos ricos em sódio e gorduras saturadas devem ser evitados, ao passo que os 
ricos em fibras e potássio (4,7g de potássio ao dia) são permitidos. Deve-se consumir 
frutas (4 a 5 vezes por dia), verduras, alimentos integrais, leite desnatado e derivados 
(com menos de 25% de gordura), quantidade, maior quantidade de fibras, potássio, 
cálcio e magnésio. Substituir frituras por alimentos assados, crus ou grelhados. 
Os hipertensos devem reduzir a quantidade de sal na elaboração de alimentos, dando 
preferência aos temperos naturais como alho, cebola, limão, gengibre, alecrim, ervas, 
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salsa, cebolinha, hortelã e manjericão. Substituir doces e derivados do açúcar por 
carboidratos complexos e frutas, evitar sucos industrializados dando preferência aos 
sucos naturais de frutas. Incluir cereais integrais na dieta. 
É saudável uma pessoa ingerir até 6g de sal por dia (100 mmol ou 2,4 g/dia de sódio), 
correspondente a quatro colheres de café (4g) rasas de sal adicionadas aos alimentos. 
-Dieta DM (Diabéticos) 
 
A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 
15% de proteínas. Os carboidratos devem ser consumidos de 5 a 6 porções por dia. 
As gorduras devem incluir no máximo 10% de gordurassaturadas, o que significa que 
devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e 
cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. 
As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que 
corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve 
ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 
porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos 
integrais. Pode ser consumido uma ou duas vezes por semana, dois copos de vinho, 
uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez 
que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia). 
 
-Dieta Nefropata (Insuficiência Renal) 
 
A dieta para a insuficiência renal deve ser sobretudo com pouca quantidade de 
potássio. Alguns alimentos não devem ser consumidos, como: carnes gordas, 
salsicha, fígado, língua e coração; peixes secos e salgados, frutos do mar; conservas 
e enlatados; cereais integrais e derivados; farinhas lácteas; leguminosas secas e 
verdes: ervilha, feijão, grão, milho e favas (tolera-se 1 vez/mês); frutos secos e 
cristalizados; sal; refrigerantes e sucos concentrados. 
Os rins são responsáveis pela eliminação dos resíduos provenientes da digestão dos 
alimentos depois que o organismo aproveitou-se de todos os seus elementos 
nutritivos. Quando os rins não estão trabalhando apropriadamente, é necessário fazer 
ajustes na dieta para que o organismo não se sobrecarregue com esses resíduos. A 
dieta prescrita para os pacientes com insuficiência renal crônica depende de vários 
fatores, como o estágio da doença renal (se é discreta com creatinina em torno de 
2mg%; se é pré-dialítica com creatinina em torno de 4mg% ou se o paciente já se 
encontra em programa de diálise). Outras doenças existentes, como o diabetes, 
hipertensão, dislipidemia, também precisam ser levadas em consideração, assim como 
o peso, a altura, o nível de atividade física e a quantidade de urina (volume urinário em 
24 horas). Desta maneira, cada pessoa deve ter sua dieta individualizada pelo seu 
nefrologista e por um nutricionista habilitado a lidar com pacientes com doença renal. 
Cada organismo tem diferentes necessidades baseadas no grau de doença, no 
resultado dos exames de laboratório, no peso do paciente, (se é necessário perda ou 
ganho de peso), na necessidade proteica e de outros elementos, como vitaminas e 
sais minerais. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_renal
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
DOCENTE: NOELY RAYANE SANTOS SOUZA 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
A “Dieta para Nefropata” não deve ser prescrita como se fosse uma fórmula única com 
“pouca” proteína (a quantidade varia de pessoa para pessoa), sem sal (nem todo 
paciente é hipertenso ou apresenta “inchaço” que é o edema; alguns até são 
perdedores de sal), pobre em potássio (existem pessoas mais tolerantes que outras à 
quantidade de potássio ingerido) e restrição hídrica (depende do volume urinário). 
Desta maneira não existe uma dieta padrão para o nefropata e dificilmente duas 
pessoas vão seguir a mesma dieta. Cada um deve ter uma dieta personalizada, 
adequada às suas necessidades. 
O paciente com algum grau de insuficiência renal deve acompanhar com seu 
nefrologista os resultados de seus exames de laboratório e entender o que eles 
significam. Esses exames são a chave para a elaboração da dieta para os rins. É 
extremamente importante, portanto, que se realize periodicamente esses exames e 
que o médico, o nutricionista e o paciente sejam capazes de traduzir os resultados em 
alimentos, vitaminas e sais minerais. De maneira geral, os nutrientes levados em 
consideração na dieta do indivíduo nefropata são os seguintes: cálcio e fósforo; sódio; 
líquidos em geral; potássio; proteínas e calorias. 
Com a personalização da dieta é possível obter-se cardápios variados, saborosos e 
com bom valor nutricional. O paciente e sua família devem ser reeducados em relação 
aos hábitos alimentares. A tradição alimentar brasileira é baseada em alimentos 
gordurosos, calóricos, com muito sal e que acabam provocando sede, com muita 
ingestão de líquidos. 
O nutricionista, geralmente, é o profissional responsável por esta reeducação 
alimentar, ensinando o paciente e sua família a elaborar um cardápio adequado e 
fornecendo receitas já testadas, que agradam ao paladar e são nutritivas. 
 
-Dieta Hepatopata 
 
Os pacientes com doença hepática toleram uma dieta normal. A maioria dos pacientes 
não precisa de restrições dietéticas e podem até ser prejudicados por esta prática. Um 
padrão modificado de alimentação, com aumento do fracionamento e da redução do 
volume das refeições melhora a utilização de substratos em pacientes com cirrose 
hepática compensada. 
Pacientes com doença hepática crônica, principalmente de etiologia alcoólica, 
apresentam ingestão dietética inadequada, alterações dos indicadores 
antropométricos, bioquímicos e clínicos que evidenciam prejuízo nutricional. A 
avaliação nutricional clássica desses pacientes pode ficar comprometida se houver 
repercussões do dano hepático sobre o metabolismo hídrico e distribuição de líquido 
nos compartimentos corpóreos intrs e extracelulares. 
Ainda não existe método de avaliação nutricional para hepatopatas considerado 
padrão ouro. Portanto, o diagnóstico nutricional deve ser feito utilizando-se métodos 
antropométricos, bioquímicos e clínicos, levando-se em consideração vantagens, 
desvantagens e indicações de cada método. 
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DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
Cerca de 40% dos pacientes com doença hepática não alcoólica possuem deficiência 
de vitaminas lipossolúveis, sobretudo A e E, 8 a 10% apresentaram falta de vitaminas 
do complexo B (niacina, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina B12) e 17% tem 
deficiência de ácido fólico, relacionadas mais diretamente as alterações da função 
hepática e reservas reduzidas do que com a inadequação alimentar ou má absorção. 
Evitar sempre: Alimentos fritos, gordurosos e oleosos; alimentos de consistência 
endurecida, torrados, cortantes e volumosos; carne vermelha; frutas cítricas ou ácidas; 
leite animal in natura e derivados; refrigerantes e qualquer tipo de bebida alcoólica. 
Alimentos permitidos: Arroz branco ou integral; feijão preto, marrom, branco ou 
outros tipos; óleo de girassol, oliva (usar constantemente), milho; margarina sem sal, 
tipo Becel; carne branca (frango, peixe e peru); bacalhau sem sal; carne de soja; 
queijo de soja; qualquer tipo de farinha (tapioca, mandioca); qualquer tipo de verdura 
(crua ou cozida) e frutas. 
 
-Dieta Cardiopata 
 
Aconselhável o consumo de carnes brancas, peixes, claras de ovos, carnes vermelhas 
magras (sem gordura, e até 3x por semana), preferível preparações assadas, cozidas, 
ensopadas ou grelhadas, legumes e verduras em todas as refeições, arroz branco ou 
integral, batata cozida, mandioca cozida, feijão, lentilha, grão de bico, soja, ervilha, 
leite desnatado e derivados, óleos vegetais, água mineral, sucos naturais sem açúcar, 
frutas com a casca, frutas em calda e gelatina. 
REFERÊNCIA 
1. BRASIL. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços 
Hospitalares. Nutrição Clínica. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-
br/hospitais-universitarios/regiao-sul/husm-ufsm/saude/nutricao-clinica. Acesso em: 30 
de nov. de 2021. 
2. SOUZA, M. D.; NAKASATO, M. A gastronomia hospitalar auxiliando na redução dos 
índices de desnutrição entre pacientes hospitalizados. O Mundo da Saúde, São 
Paulo, v. 35, n. 2, p. 208-214, 2011. 
3. GARCIA, R. W. D.; LEANDRO-MERHI, V. A; PEREIRA, A. M. Estado nutricional e 
sua evolução em pacientes internados em clínica médica. Rev. Bras. Nutr. Clin., v. 
19, n. 2, p. 59-63, 2004. 
4. SIMON, M. I. S. S. et al. Manualde dietas hospitalares. 1 ed. São Paulo: Editora 
Atheneu, 2014. 
5. GARCÊZ, L. S. et al. Nutrição clínica. 2 ed. Salvador: Editora Sanar, 2020. 
(Coleção Manuais da Nutrição, v. 3). 
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/husm-ufsm/saude/nutricao-clinica
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/husm-ufsm/saude/nutricao-clinica

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