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Curso: ENFERMAGEM. Professor: ANA CAROLINE Disciplina: NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM. Aluna: AMAIANE PICANÇO SANTOS. Turma: 207 UNIDADE II NUTRIÇÃO RESUMO (TIPOS DE DIETA) CONCEITO BÁSICOS DE DIETAS HOSPITALARES Uma alimentação adequada pode auxiliar na recuperação ou manutenção da saúde,sendo em alguns casos, a única opção de tratamento de algumas doenças,esse conjunto de procedimentos terapêuticos é definido como terapia nutricional.A terapia nutricional deve ser aplicada com base na avaliação do estado nutricional dos pacientes,na qual o enfermeiro e sua equipe têm um importante papel em identifica os pacientes em risco ou desnutrição,bem como aqueles com características relacionadas a problemas nutricionais.O encaminhamento para uma avaliação nutricional e médica deve ser realizado baseando-se na perda significativa de peso,índice de massa corporal (IMC) fora de normalidade ou fatores de risco nutricional. O processo de cuidado nutricional envolve a equipe multiprofissional com objetivo de restabelecer a saúde do paciente,contudo algumas etapas são atribuições específicas dos nutricionais.Pode-ser dividir esse processo em 5 etapas: • Avaliação de estado nutricional considerando recomendações para idade e gênero,utilizando os seguintes parâmetros: antropométricos (peso, altura, circunferências, dobras cutâneas); laboratoriais; clínicos(sinais e sintomas); dietéticos (avaliação da alimentação habitual e atual); • Identificação de alterações no padrão alimentar ou problemas nutricionais; • Planejamento de terapia nutricional de acordo com os dados obtidos - competência do nutricionista; • Execução da terapia e de orientações nutricionais, com auxílio da equipe multiprofissional; • Avaliação dos resultados do cuidado nutricional com frequência,no qual modificações e adequações poderão ser realizadas. O enfermeiro deve realizar o cuidado geral do paciente no contexto cultural, social e emocional com objetivo de melhora de suas condições, aplicando seu conhecimento técnico com humanização.Entretanto, algumas atribuições relacionadas à terapia nutricional são de responsabilidade do profissional de enfermagem,por exemplo: conhecer a prescrição da dieta do paciente e observar a sua aceitação; anotar na prescrição as alterações funcionais relacionadas à alimentação; auxiliar o paciente, ser necessário, na administração de suas refeições. As dietas hospitalares são padronizadas em cada serviço de nutrição e dietética com objetivo de atender ao estado clínico e fisiológico durante a internação, a fim de manter as reservas de nutrientes no organismo e possibilitar a recuperação no menor tempo possível,Elas podem ser modificadas em consistência, composição química (acréscimo ou redução de algum componente) ou teor de macronutrientes (dietas especiais). MODIFICAÇÃO NA CONSISTÊNCIA 1. DIETA GERAL A dieta geral e indicada para os pacientes que não exijam modificações dietéticas e que apresentam funções de mastigação e gastrointestinais preservadas.Nessa não há alteração na consistência e é normal em todos os nutrientes (carboidratos,proteínas e lipídios),atendendo assim a todas as recomendações nutricionais.São permitidos todos os alimentos e preparações,sendo sua permanência por tempo indeterminado. 2. DIETA BRANDA Prescrita a pacientes com problemas mecânicos de ingestão e digestão, em pós-operatório ou após procedimento invasivo para facilitar o trabalho digestivo, usada também como transição para dieta geral. Consiste em abrandar o tecido conjuntivo e celulose por cocção ou ação mecânica, utilizando alimentos macios ou picados ou moidos. Exclui-se hortaliças e frutas cruas (exceto mamão), frituras, especiarias, condimentos fortes, leguminosas (pode utilizar somente caldo), embutidos e conservas, bebidas gaseificadas e doces concentrados 3. DIETA PASTOSA A dieta pastosa é indicada a pacientes com dificuldades de mastigação, disfagia e/ou alterações gastrointestinais, ausência de dentição, em pós-operatório e doenças neurológicas. Os alimentos são oferecidos na forma de purè, suflè, papa ou mingau; e as carnes batidas, trituradas ou desfiadas Diversos alimentos são permitidos, como: leite e derivados (queijo cremosos, iogurte, coalhada), mingau; ovo cozido, poche, omeletes assados; frutas cozidas, amassadas, em purès ou sucos; vegetais na forma de puré ou bem cozidos ou amasados, arroz papa, macarrão bem cozido; bolo simple; pães macios; bolacha simples; caldo de leguminosas.A alimentação é fracionada em 5 a 6 refeições ao dia é normal em todos os nutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios). 4. DIETA LEVE (OU LÍQUIDA PASTOSA) Caracterizada pela presença de liquidos e alimentos semissonidos, abrindados pela cocção simples sendo indicada em repouso digestivo, situação de pré ou pós-operatório (fase de transição) função do sistema digestório moderadamente reduzida, dificuldade de mastigação e/ou deglutição.Inclui bebidas,lácteas, café, chá,sucos de frutas, iogurte sem frutas ou sementes, manteiga, margarina, gelatina, sorvete, pudim, açúcar, mel, sopas com pedaços, purés ou vegetais corzidos, carnes moídas ou desfiada,frutas cozidas ou picadas bem macias, bolachas.Devem ser evitados cereais secos, sobresas dos que contenham coco, nozes ou frutas inteiras. • DIETAS LÍQUIDAS • LÍQUIDA COMPLETA A dieta líquida completa constituida por alimentos de consistència liquida ou que se liquefazem na boca e de fácil absorção.A alimentação é fracionada em 5 a 6 refeições ao dia e è normal em todos os nutrientes (carboidratos, proteinas e lipidios), porém possui baixo valor calórico e deve ser utilizada por curto periodo. Tem baixo poder de saciedade e apresenta residuo minimo Indicada em casos de situação de dificuldade de mastigação e/ou deglutição, preparo de exames, pré ou pós-operatório e afecções do sistema digestório. São utilizados alimentos como papa, creme e mingau ralos, gelatina, suco de frutas não ácido e diluido, chá, café com leite bebidas lácteas, sorvete, caldo e sopas liquidificados. • LÍQUIDA RESTRITA Utilizada para repouso intestinal e hidratação, em preparação de exames, pre ou pós-cirúrgico e outras doenças. Não oferece resíduos pois não tem lactose e sacarose e é isenta de fibras, sendo altamente restritiva e com baxo valor calórico total, podendo ser usada por no máximo 36 horas. Inclui alimentos líquidos de fácil digestão, como água sem gás, chá claro, suco de frutas e caldo de sopa coados, caldo de carne sem gordura, gelatina sem coloração, devem ser excluidos leite, pão, bolacha, sucos e sopas não coados. MODIFICAÇÃO NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA 1. DIETA HIPOSSÓDICA A dieta hipossódica e prescrita aqueles pacientes que necessitam controlar o consumo de sódio devido à hipertensão (arterial ou pulmonar) ou por insuficiència cardiaca, renal ou hepática. Essa fracionada em cinco refeições ao dia e pode ter sua consistência modificada, conforme a necessidade do paciente. A alteração é feita limitando ou excluindo a quantidade de sal no cozimento, podendo em caso de restrição severa,não utilizar sal durante ou após a preparação dos alimentos.Na restrição leve ou moderada,por ser adicionado 1 ou 2 g de sal no prato pronto. 2. DIETA LAXATIVA Os pacientes que apresentam constipação intestinal devem receber uma dieta laxativa, rica em fibras totais (aproximadamente 40 g) sendo composto em sua maioria de fibras insolúver.A dieta e composta de mamão, pera madura, suco de laranja, mingau de aveia, verduras e legumes crus e são evitados alimentos como tubérculos e cereais refinados. 3. DIETA OBSTIPANTE Caracterizada pelo baixo teor de fibras (aproximadamente 10 g) e indicada em casos de diarreia ou obstrução do trato gastrointestinal, secundària a outras doenças ou por efeito de medicamentos Devem ser excluidos leites, leguminosas, verduras e frutas cruas e servidos alimentos pobres em fibras como batata, arroz, gelatina, polenta, carnes, pães e bolachas 4. DIETA HIPOCALÊMICA Pacientes que apresentam elevação no nivel de potássio sérico devem receber uma dieta hipocalèmica,na qual são restritos os alimentos considerados fonte desse mineral. Portanto, devem ser evitados: leguminosas, sucos, refrigerantes, frutas, verduras e legumes crus e, utilizar leite, pão, arroz, carnes, bolacha, vegetais e frutas cozidos em água. • DIETAS ESPECIAIS 1. DIETA PARA DIABETES MELLITUS O paciente diabético deve receber uma dieta equilibrada em calorias e macronutrientes durante sua internação hospitalar com objetivo de controle glicêmico. A consistència dessa alimentação pode ser adaptada à necessidade do paciente nesse perioda. O teor calórico è padronizado de acordo com a realidade do hospital e público atendidos, podendo ser entre 1800 a 2500 calorias. 2. DIETA HIPOPROTEICA E HIPOSSÓDICA A prescrição da dieta hipoproteica e hipossodica é feita a pacientes com insuficiència renal não dialitica, ou seja, em tratamento conservador. Nessa fase a restrição proteica é realizada de acordo com a taxa de filtração glomerular, que é o indicativo do grau de comprometimento renal. Podem ser oferecidas dietas com 20 a 60 g de proteinas por dia, sendo que a definição de qual o teor adequado de proteinas a cada paciente deve ser realizado pelo nutricionista, considerando o peso atual e grau da doença. São utilizadas porções menores de alimentos proteicos e restringidos outros alimentos fonte. 0 sal também é restrito para não deteriorar mais a função renal, utilizando alimentos preparados com pouco ou nenhum sal. 3. DIETA HIPERCALÓRICA E HIPERPROTEICA Pacientes desnutridos e ou em risco nutricional devem receber um maior aporte calórico protéico pela dieta hospitalar,podendo assim suprir as necessidades aumentadas pelo hipermetabolismo.Essa dieta devem ser hiperproteica utilizando alimentos de fácil digestão e pouco volume e, se necessário pode ser acrescida de suplementação. 6. NUTRIÇÃO EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 1. OBESIDADE A organização Mundial da saúde (OMS) a obesidade pode ser definida como "o grau de armazenamento de gordura no organismo associado a riscos para a saúde". 2. DESNUTRIÇÃO A desnutrição pode ser definida como o desequilíbrio produzido pela ingestão insuficiente ou excessiva perda de substratos pelo organismo são considerados fatores de risco para a instalação. 3. ALERGIAS E INTOLERÂNCIA ALIMENTARES Alergia alimentar é uma entidade Clínica resultante de reações imunológicas após a ingestão de proteínas alimentares,em indivíduos previamente sensibilizados.Os alimentos mais envolvidos são leite de vaca,ovo,trigo e soja. A intolerância alimentar pode ser definida como qualquer resposta diferente a um aditivo ou alimentos,sem que haja intervenções imunológicas.A intolerância à lactose é maisfrequentemente encontrada em crianças,sendo caracterizada pela incapacidade de sua absorção. 4. DOENÇA CELÍACA É uma doença autoimune caracterizada com uma intolerância permanente ao glúten,que geralmente se manifesta na infância entre entre o primeiro e o terceiro ano de vida. 5. DIABETE MELLITUS E DOENÇAS CARDIOVASCULARES Diabetes mellitus é um grupo de distúrbios metabólicos caracterizadas pela hiperemia,resultante de defeitos na secreção de insulina,Essa doença demanda cuidados médicos contínuos e automonitorização para prevenir complicações agudas e/ou reduzir risco de complicações ao longo do prazo.O controle glicêmico é uma importante medida de prevenção e controle de diabetes.As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte Mundial,sendo que a aterosclerose é a base fisiopatológica para eventos cardiovasculares.As placas de ateroma formadas na parede dos vasos sanguíneos estão associadas com fatores de risco cardiovascular como hipercolesterolemia,hipertrigliceridemia,diminuição do HDL -c,hipertensão arterial,diabetes mellitus,obesidade,fatores genéticos e raciais.
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