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Processo de Consulta em Floralterapia

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Floralterapia Avançada
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Gisele Damian Antonio Gouveia
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Processo de Consulta em Floralterapia
Processo de Consulta em Floralterapia
 
 
• Conhecer o processo de consulta em floralterapia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• A Consulta de Terapia Floral;
• Abordagem Clínica em Floralterapia Centrada na Pessoa (MCCP).
UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
Contextualização
Consiste na inserção do conteúdo em um contexto referente ao cotidiano do aluno 
ou da prática profissional futura, demonstrando e ressaltando a importância do estudo 
da unidade para a sua formação pessoal e profissional. A contextualização pode ser 
apresentada por meio de uma narrativa descritiva, uma situação-problema, um exemplo 
de aplicação, vídeos, reportagens, cases, entre outros.
Assista ao vídeo “Floral de Bach – como fazer a indicação on-line” e conheça um exem-
plo de como pode ser feita a indicação floral com técnica relacionada às práticas integrativas 
que permite identificar desequilíbrios energéticos e fazer a melhor combinação de florais 
para você e seus pacientes. Disponível em: https://youtu.be/C_Mu6n276e4
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A Consulta de Terapia Floral
A consulta de terapia floral tem um caráter de aconselhamento e de troca de conhe-
cimento, com um contrato (o plano terapêutico) pactuado entre o terapeuta e a pessoa. 
É fundamentada no fortalecimento do processo de autoconhecimento da verdadeira 
causa da doença e ampliação da consciência para quem procura um atendimento. 
Mediante essa prática, o terapeuta e a pessoa buscam aprender sobre os problemas de 
saúde, refletir sobre suas repercussões, suas relações e a possibilidade de uma prática 
pessoal e social coerente com os novos valores mobilizados por meio das essências 
florais (BACH, 2014). 
Para a consulta ser bem-sucedida, o terapeuta e a pessoa devem trabalhar juntos, 
dividindo as informações a respeito das possibilidades e das consequências do seu estado 
atual e da sua personalidade. A afetividade na relação clínica faz a diferença para que a 
pessoa se sinta melhor e aderida ao plano terapêutico, construindo vínculo e cumplici-
dade ao longo do tempo (LOPES, 2019). 
As razões que motivam a pessoa a procurar uma consulta de terapia floral podem 
variar, desde agravos clínicos, administrativos e sociais até aqueles casos complexos e 
poliqueixosos. Entretanto, muitas vezes as pessoas procuram os florais porque estão mal 
física, emocional ou mentalmente e, depois que se sentem bem, param o tratamento. 
Contudo, também há aquelas que iniciam a terapia floral, tomam consciência de que 
estão se transformando para melhor e, desse modo, continuam o tratamento porque 
sentem que estão rumo à autotransformação (BACH, 2011). 
O tempo e o número de consultas de terapia floral para promover o equilíbrio ener-
gético integral da pessoa é variável e depende das causas que levam a pessoa a procurar 
ajuda. Em média, dura em torno de 45 a 90 minutos para uma primeira consulta e de 
15 a 30 minutos para uma consulta de retorno, após 30 dias. A ampliação do tempo de 
consulta deve estar condicionada à necessidade da pessoa. Por isso, recomenda-se que 
o terapeuta crie estratégias, levando em consideração princípios como longitudinalidade
e vínculo (STARFIELD, 2002), para planejar o plano terapêutico sem a necessidade de 
resolver tudo em um único momento (LOPES, 2019). 
Longitudinalidade: Existência de uma fonte continuada de atenção ao longo do tempo 
(STARFIELD, 2002).
Para isso, o profissional deve ter controle técnico sobre a consulta. Alguns aspectos são 
essenciais para uma consulta bem organizada pelo terapeuta, tais como (LOPES, 2019):
• Ter controle do tempo, ambiente etc.;
• Estimular a pessoa a falar de forma orientada;
• Encorajar a pessoa a falar sobre seus propósitos e suas metas;
• Enfatizar aspectos fortes apresentados ou identificados durante o relato da sua 
história de vida.
9
UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
Importante!
Independentemente da abordagem clínica, é essencial que o terapeuta, ao atender, tenha 
consciência das suas habilidades semiológicas para organizar a consulta, interrogar, cole-
tar a história, examinar adequadamente os fatos e criar vínculo.
Semiologia: meio e modo de se examinar um doente, de se verificarem os sinais e sintomas 
(ICTQ, 2021). 
Vejamos um exemplo prático: 
Terapeuta Joana: Bom dia, Dona Cláudia, em que posso ajudá-la hoje?
Cláudia: Bom dia, doutora. Então, eu estou sem dormir há dias, com palpitação, 
angústia e muita dor de cabeça;
Terapeuta Joana: Vamos lá, pode falar... por que não dorme há dias?
Cláudia: É o seguinte: estou desempregada e procurando emprego, e me pediram 
um tal de currículo. Não tenho a menor ideia do que seja, mas fiquei com vergonha 
de perguntar. A senhora sabe o quanto sou tímida e perfeccionista. Até agora era só 
mostrar a carteira de trabalho e fazer uma conversa para conseguir emprego. E ainda 
tenho que fazer uma entrevista e nunca passei por isso;
Terapeuta Joana: Não se preocupe, vou lhe dar umas dicas com relação à entre-
vista, e tive uma ideia sobre quem pode ajudá-la com o currículo: está ocorrendo 
na escola um curso de informática para inclusão digital, aberto à comunidade, e 
podes aprender lá como fazer. E, agora, vamos aproveitar para ver um floral para 
sua situação atual?
Vamos imaginar que essa pessoa citada anteriormente tenha personalidade Mimulus. 
O trabalho dessa pessoa na vida é modificar e suavizar a intensidade de sua timidez, 
preocupação e medo sobre situações do cotidiano. Assim, se o terapeuta focar mais 
sua atenção nas características de personalidade e estado emocional atual da pessoa e 
menos nas queixas físicas, ficará mais fácil entender as influências externas para sele-
cionar floral de personalidade ou tipo mais apropriado para a ocasião.
Para ajudá-lo a aprimorar suas competências e habilidades de comunicação, raciocí-
nio e prática clínica baseada em evidências para organizar uma consulta de terapia floral 
bem-sucedida, foi tomado como principal subsídio teórico o Método Clínico Centra-
do na Pessoa (MCCP), desenvolvido por Stewart et al. (2017), sobretudo seus quatro 
componentes: explorar a saúde, a doença e a experiência da doença; entender melhor 
a pessoa; elaborar um plano terapêutico conjunto de resolução dos problemas; e forta-
lecer a relação entre a pessoa e o terapeuta (WENCESLAU et al., 2020). Tal estratégia 
foi adaptada para o contexto da floralterapia, vejamos a seguir. 
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Abordagem Clínica em Floralterapia 
Centrada na Pessoa (MCCP)
As queixas apresentadas na consulta podem ser definidas, vagas, indiferenciadas e, 
muitas vezes, inexplicáveis sob o ponto de vista do corpo físico (BACH, 2011). Avaliar 
a pessoa em uma consulta é um procedimento importante, já que permite exercitar a 
escuta ativa para uma correta interpretação dos sinais e sintomas relacionados à ver-
dadeira causa da doença. N esse sentido, a abordagem clínica centrada na pessoa é 
um recurso auxiliar fundamental para a compreensão dos motivos reais que levam uma 
pessoa a se consultar (WENCESLAU et al., 2020).
C onforme mencionado anteriormente, Stewart et al. (2017) explicam que o MCCP é 
composto de quatro componentes, são eles: 
• E xplorando a saúde, a doença e a experiência da doença: a doença possui ob-
servações objetivas para explicá-la. Por sua vez, o adoecimento t raz, na experiência 
pessoal de quem tem a doença, a explicação subjetiva desse acontecimento. Nes-
te componente, é importante a valiar a história, exames físicos e complementares 
(quando houver) e a dimensão da doença (sentimentos, medo, culpa, raiva, tristeza, 
serenidade, ideias para explicar a doença, prejuízo funcional no trabalho ou nas 
atividades diárias, expectativa da pessoa) ;
• E ntendendo melhor a pessoa: neste componente, o terapeuta d eve f ocar a busca 
da integral compreensão do indivíduo e os contextos – como família, comunidadee trabalho – em que está inserido, incluindo sua história de vida, aspectos pessoais, 
lazer, crenças, religião, relações amorosas, rotina, sono, atividade física, hábitos de 
vida, ambiente, moradia, costumes e momento econômico ; 
• E laborando um plano terapêutico: este componente propõe encontrar um pro-
pósito comum, um acordo para e laborar um contrato conjunto, ou seja, um plano 
terapêutico de resolução positiva dos problemas, avaliando os propósitos e motivos 
de vida, objetivos do tratamento, bem como estabelecendo os compromissos, com 
definição de metas e prioridades e dos papéis da pessoa e do terapeuta no plano ;
• V ínculo entre a pessoa e o terapeuta: este componente trata do a primoramento 
contínuo da relação entre terapeuta e pessoa (compaixão, autoconhecimento, vínculo, 
longitudinalidade, cuidado), a cada encontro, para ir incorporando a prevenção de 
doenças e a promoção da saúde, reduzindo complicações, evitando ou diminuindo 
riscos e identificando precocemente agravos de saúde futuros.
A consulta de terapia floral nos mostra que as flores podem ser nossas parceiras, que, 
por meio da força da natureza, nos fortalecem na busca de um contato maior com o 
que realmente somos de melhor, com a nossa missão na Terra e com a energia criadora 
dentro de nós (BACH, 2014; BACH, 1990).
A seguir, destacamos e analisamos alguns aspectos centrais do roteiro para organização 
de uma consulta de terapia floral.
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UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
Compreendendo a Doença e a 
Experiência da Pessoa com a Doença
Para entender melhor a experiência da pessoa com relação à doença, o terapeuta 
deve estar atento a sinais verbais e não verbais dados pela pessoa durante a consulta. 
As pessoas emitem dicas e movimentos corporais, que podem explicar o real motivo 
da doença, por exemplo (ODOUL, 2003; WEIL, TOMPAKOW, 2015):
• Expressões (verbal ou corporal) de emoções, sentimentos, gestos das pessoas a 
respeito de seus problemas, linhas de expressão, movimento com as mãos e pernas 
(ex.: muitas vezes, preocupação, medo, angústia ou temor de os sintomas manifes-
tados poderem indicar uma doença mais séria);
• Tentativa de entender ou explicar os sintomas e as suas ideias sobre o que está er-
rado com o corpo. Embora às vezes a ideia que uma pessoa faz de um sintoma seja 
bastante objetiva, às vezes outros encaram problemas de saúde como punição ou até 
oportunidade (LOPES, 2019);
• Tom de voz que salienta preocupações ou ansiedades pessoais;
• Histórias pessoais: personalidade ou estado emocional;
• Fatores de risco: fatores climáticos relacionados com o adoecimento, co-morbida-
des, alergias, etc;
• Reações do corpo: transpiração, sono, menstruação, sede, sexualidade, desejos, 
aversões e agravações alimentares; 
• Comportamentos: como a forma de andar, o movimento, o repouso, caracterís-
ticas físicas, questões pessoais ou profissionais não resolvidas (ex.: resistência a 
aceitar recomendações, busca de segunda opinião, solicitação repetida de consulta 
a curto prazo, fanatismo, vontade de controlar todos, impaciência etc.).
Segundo Lopes (2019) e Wenceslau et al. (2020), uma consulta pode ter um bom 
início com perguntas abertas, como:
• Em que posso ajudá-lo(a)?
• O que trouxe você aqui hoje?
• O que motivou esta consulta?
Partindo de uma pergunta aberta e deixando a pessoa falar sem interrupção por cerca 
de dois minutos, obtém-se quase a totalidade das informações necessárias para analisar a 
verdadeira causa da doença para compreender o problema manifestado no corpo físico 
que a trouxe para consulta (LOPES, 2019). Durante o relato da pessoa, utilize técnicas 
não verbais de estímulo à fala dela (mão no queixo ou na têmpora, mobilização afirmativa 
da cabeça, rosto, olhar e tronco voltados para a pessoa, “peito aberto” e sem objetos 
entre vocês) (WENCESLAU et al., 2020).
Quadro 1 – O que o terapeuta deve ou não fazer na consulta floral
O que o terapeuta 
deve fazer
• Permitir que o paciente fale livremente;
• Esgotar cada grupo de perguntas;
• Fazer perguntas gerais, amplas, vagas, indiretas;
• Buscar modalidades, concomitantes, alternantes, causalidades.
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O que o terapeuta 
não deve fazer 
• Interromper ;
• Fazer perguntas dirigidas;
• Fazer perguntas diretas;
• Fazer perguntas alternantes;
• Insistir.
Nesse primeiro contato, é importante também realizar a identificação inicial da pes-
soa. A identificação deve ser um momento breve que levante nome e idade para confirmar 
a identidade do indivíduo. Ela pode ser complementada por uma segunda identificação, 
realizada em outro momento da entrevista, ou mesmo outra consulta, em que outras 
questões de caráter social e demográfico podem ser levantadas para entender melhor as 
queixas trazidas pela pessoa (WENCESLAU et al., 2020) .
A Terapeuta Joana recebe Dona Cláudia:
Terapeuta Joana: Bom dia, Dona Cláudia, entre e sente-se, em que posso ajudá-la hoje? 
[silêncio, escuta ativa sem interrupção por cerca de dois minutos...]
Dona Cláudia: Doutora, vim me consultar, pois eu tenho me sentido muito mal, 
irritada, sem forças, não consigo realizar as atividades de casa. Desânimo total. As 
coisas não saem como eu determino. Eu costumava trabalhar dez horas por dia, seis 
dias por semana, precisei parar porque fiquei doente. Acho que é a idade ou a meno-
pausa chegando, doutora. Sinto-me culpada por tudo. Será que é algo mais grave? 
Quem sabe preciso mudar algo na minha rotina?
Dra. Joana: Qual a sua idade? Então, vamos falar sobre cada uma dessas questões.
Trocando Ideias...
A primeira etapa da entrevista clínica centrada na pessoa tem por objetivo estabelecer 
contato, explorar e avaliar os problemas trazidos pela pessoa, ou seja, entender os con-
flitos que existem entre a personalidade e a alma. Lembre-se: a doença não é má, ela 
avisa quando a pessoa erra sua direção para alcançar o propósito de vida. O caminho 
para a felicidade não é reto, existem curvas. Essas curvas são chamadas de equívocos. 
A chave para esse primeiro componente da consulta é prestar atenção em “dicas” da 
pessoa relacionadas ao seu estado emocional e à sua personalidade, por exemplo: 
• Suas ideias sobre o que está errado com ela: “Acho que é a idade ou a menopau-
sa; Eu estou muito velha; Eu sou um adolescente rebelde”, etc. ;
• Seus sentimentos, principalmente medos sobre estar doente: “(...) Eu tenho 
me sentido muito mal, irritada (...). Sinto-me culpada por tudo. Será que é algo 
mais grave?” (possibilidades – Impatiens, Pine) ;
• O impacto de seus problemas na ocupação: “(...) Não consigo realizar as ativida-
des de casa. Desânimo total. (...). Eu costumava trabalhar dez horas por dia, seis 
dias por semana, precisei parar porque fiquei doente” (possibilidade – Oak) ;
• Suas expectativas sobre o que deve ser feito: “Quem sabe preciso mudar algo 
na minha rotina?” (possibilidade – Walnut).
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UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
A sensação de fragilidade ou impotência trazida pelas doenças ou a formação pessoal 
podem, por vezes, levar algumas pessoas à dificuldade ou à impossibilidade de expres-
sarem claramente suas dúvidas e emoções. Com isso em mente, torna-se importante o 
exercício da escuta ativa e do ouvir na essência, como ferramenta para ajudar a desven-
dar a causa real da doença, eventualmente oculta pelas manifestações físicas. 
Escuta ativa: É uma técnica muito importante no diálogo entre o paciente e o terapeuta. 
A escuta consiste em uma pessoa transmitir a mensagem e a outra ouvir, compreendendo 
e interpretando, com atenção, as informações fornecidas, seja de forma verbal, seja não 
verbal (IBC, 2019). 
Ouvir na essência: É prestar real atenção não apenas no que está sendo dito mas também 
no que não está. É estar atento ao que o paciente fala, até mesmo com o corpo, para que 
assim seja possível entender o que ele quer dizer com profundidade (IBC, 2019).
A doença, segundo a filosofia dos florais, é o resultado do conflito que surge quando 
a personalidade (as característicaspróprias e particulares que definem uma pessoa) se 
recusa a manter o padrão evolutivo desejado pela alma (eu espiritual ou superior). En-
quanto as nossas almas e personalidades estiverem em harmonia, tudo será felicidade, 
paz e saúde (BACH, 1990).
Para Bach, as verdadeiras doenças fundamentais do homem são defeitos, tais como: o 
orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição. 
Sendo as causas reais de doenças os hábitos e sentimentos de controlar os outros, 
medo, inquietude, indecisão, indiferença, fraqueza de caráter, dúvida, excesso de 
entusiasmo, ignorância, impaciência, terror, tristeza (BACH, 2014).
Lembre-se sempre: é importante compreender a totalidade dessas causas, investigando 
sinais e sintomas, conforme quadro a seguir:
Quadro 2 – Sinais e sintomas
Tipo de pessoa e a 
queixa principal
• Personalidade; 
• Características bioenergéticas;
• Temporalidade da doença; 
• Queixa e sentimento predominante. 
Sintomas físicos, 
mentais, emocionais 
(situação atual)
• Mentais: medo, ansiedade, tristeza, preocupação,raiva;
• Gerais: clima, transpiração, sono, menstruação, sede, sexualidade;
• Locais e físicos: cabeça, abdômen, pé.
Como bem observa Zhu Zheng Hen (1280-1358), autor do DanXi Xin Fel, “Tudo o 
que está no Interior deve se manifestar no Exterior. Para conhecer o Interior, é preciso 
observar o Exterior”.
Assim, o terapeuta deve checar o máximo das demandas e explorar a experiência 
da pessoa com a doença, obtendo de quem está doente as respostas necessárias para 
compor sua análise global (LOPES, 2019; WENCESLAU et al., 2020). Use sempre 
perguntas centradas na pessoa, por exemplo: 
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• Conte-me mais sobre (citar o problema). 
• O que você acha que pode ter causado isso?
• Como isso começou?
• Como tem sido/tem estado nos últimos dias?
• O que mais está preocupando você? 
• Quanto o que você está sentindo afeta sua vida? 
• O que você pensa sobre isso? 
• Algo aconteceu com você, na sua vida, que acha que tem a ver/pode ter causado 
esse problema?
• Quanto você acredita que eu posso ajudar?
• E que mais?
• Você deseja uma avaliação sobre mais alguma questão hoje?
Regra geral: Escutar sempre com paciência, concentrar-se no que a pessoa diz, somente 
interrogar quando a pessoa terminar de falar espontaneamente. O terapeuta integrativo 
pode utilizar uma técnica pela qual fale menos, usando, com frequência, a questão “O que 
mais?”, assim que ela parar de falar.
Fazer perguntas certas: Consiste em fazer perguntas relevantes em relação a um paciente 
para uma condição específica. Quando fizermos uma pergunta à pessoa, deveríamos sempre 
nos perguntar o porquê de estarmos fazendo aquela pergunta.
Vejamos algumas dicas:
1ª Evitar toda pergunta direta: As perguntas diretas levam o paciente a responder apenas 
sim ou não. Por exemplo:
• Tem sede? (Sugestão: Como é sua sede?);
• Tem dor de cabeça? (Sugestão: Você sente alguma dor? Ou onde e como dói a sua cabeça?);
• Sente-se vítima das circunstâncias? Você é irritado? Guarda ressentimentos e mágoas? 
(Sugestão: Como suporta reprovações, contradições ou críticas?); 
• Os azares perseguem-no? (Sugestão: Como você se sente quando algo dá errado mais 
de uma vez em sua vida?);
• Sente-se doente ou sem energia? (Sugestão: Como está sua disposição?).
2ª Evitar sugerir respostas: As perguntas que sugerem resposta levam o paciente a respon-
der o que o terapeuta quer escutar! Por exemplo:
• Quando você ouve água correr, tem vontade de urinar? (Sugestão: Como se sente 
quando ouve o barulho de água?);
• Você suporta mal os banhos frios? (Sugestão: Como se sente com banhos frios?);
• Você não gosta de comida salgada? (Sugestão: O que você sente quando come 
comida salgada?);
• Sente-se triste ou deprimido? Sofre de ansiedade ou stress? Sente medo ou insegu-
rança? (Sugestão: Como se sente emocionalmente hoje?).
A partir das respostas às perguntas certas, evitam-se as interações típicas centradas 
na doença, é necessária uma abordagem na qual o terapeuta dê prioridade para a pessoa 
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UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
expor seu modo de vida como base para entender, diagnosticar e tratar os problemas. 
A história de uma doença é, inicialmente, a história da pessoa, tendo como protagonista 
o corpo e a pessoa (LOPES, 2019). Para isso, a sumarização dos problemas trazidos pela 
pessoa é essencial. Em uma consulta floral, em geral, sugere-se avaliar, de forma adequada, 
um ou dois problemas relacionados à personalidade e ao estado emocional atual, reforçan-
do a prioridade para a consulta do dia, além de programar a avaliação dos demais proble-
mas em novas consultas. Observe o exemplo (WENCESLAU et al., 2020):
• Então, veja se eu entendi bem. Você procurou a consulta de Terapia Floral hoje 
para... (usar as palavras da pessoa para enumerar e descrever os problemas);
• Certamente, vamos programar novas consultas para compreender todos os proble-
mas trazidos por você. Mas qual seria a sua queixa principal (prioridade) para esta 
nossa consulta de hoje?
Em um tratamento floral, sempre o terapeuta deverá tentar identificar as relações 
da personalidade e a virtude que a pessoa está esforçando-se em aperfeiçoar, assim 
como deverá indicar aquele floral que tenha o poder de auxiliá-la nesse seu esforço. 
É essencial perguntar quais as virtudes (amor, compaixão, paz, firmeza, prestati-
vidade, força, compreensão, tolerância, sabedoria, perdão, coragem e alegria) 
com que a pessoa mais se encanta quando observa outra pessoa e qual é, entre os 
defeitos, aquele ao qual ele tem mais aversão. Porque qualquer defeito do qual ainda 
temos algum vestígio e que estamos tentando erradicar é aquele que mais odiamos em 
outras pessoas. Essa é a maneira que a pessoa encontra para se encorajar e destruir 
a si mesma (BACH, 2011).
Para selecionar um floral, o terapeuta integrativo deve observar minuciosamente o estado 
emocional e a personalidade de cada pessoa, e não apenas as queixas físicas (sinais e sintomas) 
do corpo humano. Lembre-se sempre de que os florais não curam as doenças, eles elevam 
a vibração positiva da pessoa, harmonizando seu estado emocional para promover saúde e 
prevenir doenças.
Os florais podem ser aliados positivos na luta contra todas as desarmonias, pois 
ajudam a fortalecer o comprometimento e a responsabilidade com sua própria saúde, 
entre outros aspectos (MONARI, 1997). Eles estimulam o corpo a se curar, assim como 
auxiliam a pessoa a ter autocontrole, a sentir-se bem consigo e a usufruir daquilo que a 
vida lhe oferece de bom. 
Entendendo Melhor a Pessoa
“Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre” (HIPÓCRATES).
Este é, talvez, o componente mais importante da abordagem em floralterapia centrada 
na pessoa. Um melhor entendimento da pessoa facilita a interação do terapeuta com ela 
e pode ser muito útil quando os sinais e sintomas não apontam uma doença claramente 
definida, ou quando a resposta a uma experiência de doença parece exagerada ou fora 
de propósito (FUZIKAWA, 2013). 
16
17
Dra. Joana recebe Dona Cláudia 
Dra. Joana: Entre e sente-se, Dona Cláudia, o que motivou esta consulta?
Dona Cláudia: Olha, doutora, tenho tantas coisas para cuidar no momento que sinto 
que é demais para mim. Não tenho dormido bem, ando esquecida, vivo suspirando 
(possibilidade – Elm);
Dra. Joana: (usando o conhecimento prévio sobre Dona Cláudia): Bem, dona Cláu-
dia, se a menopausa vai bem, que outras questões estão lhe tirando o sono e cau-
sando suspiros? 
Dona Cláudia: Pois é, doutora, coisas da vida: filhos, marido, a COVID-19, que nos 
isola cada vez mais. Estou a cada dia com mais pavor, perdendo o controle (possibi-
lidades – Rock Rose – pânico, pavor);
Dra. Joana: Então, vamos falar sobre cada uma dessas questões.
Esse segundo momento é o entendimento integrado da pessoa inteira. É essencial 
traçar um retrato complementar da pessoa (nome completo, data de nascimento, 
local de residência, personalidade, estado emocionalatual, comorbidades e histórico 
familiar). Todo terapeuta precisa agir de forma muito simples: tudo que ele necessita 
é ser cuidadoso em observar o relato da história das queixas e ser fiel em anotar 
(HAHNEMANN, 2001). 
O segredo é a escuta ativa! O terapeuta observador deve ver, ouvir na essência
tudo que está alterado ou não no relato da pessoa e tomar nota de cada particularidade na 
sua ordem, de modo que possa formar um retrato acurado da enfermidade. Em qualquer 
contexto, a experiência de uma doença costuma vir associada com um grau de sofrimento 
significativo, e grande parte dele muitas vezes não é físico, e sim emocional e espiritual.
Observador: observare (latim) = conversar diante dos olhos, manter distante dos olhos 
e enxergando.
O terapeuta tem o importante papel de ajudar o outro a sentir o sofrimento da alma, 
buscando a essência que vai apoiar a transformação e libertação das suas virtudes. 
Para tudo isso, deve ter humildade, empatia e vínculo com a pessoa, além de sempre 
ser grato pela oportunidade de troca de saber (MONARI, 1997).
No momento da anamnese, o que importa é conhecer a pessoa mediante a sua história de 
vida. A consulta em floralterapia é o meio utilizado para se conhecer a história e os sintomas 
daquele que nos procura, em sofrimento e em busca da sua energia vital reequilibrada. 
Pontos-chave: O relato da história de vida da pessoa e/ou do acompanhante; a escuta ativa 
e o ouvir na essência; o terapeuta observador, ou seja, observa em silêncio, não interrompe 
e anota palavras da própria pessoa. 
Conforme propõe James T. Kent (1949-1916), “Não mudem nenhum sintoma, observem 
tudo. Recebam a mensagem sem perturbação e ponham-na no papel. Não há outro caminho 
para um profissional desempenhar sua função e seu dever”.
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UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
Para melhor entender a pessoa, deve-se compreender o contexto familiar, social e 
ocupacional também, obtendo respostas para perguntas como:
• Com quem mais você mora?
• Como estão as coisas em casa?
• Você participa de alguma atividade social (religião, esporte, grupo social ou político)? 
Se sim, essa participação é importante para você?
• Seus pais ou irmãos apresentam algum problema de saúde?
• Como a doença afeta as suas tarefas ou integrantes da família?
• Como é o seu relacionamento com seu pai, sua mãe e seus irmãos?
A partir das informações familiares, pode-se estabelecer as relações da doença a os 
diferentes contextos em que a pessoa vive. Assim, ao discutir com a pessoa aquilo que 
percebe como sendo um problema, é importante que o terapeuta utilize uma linguagem 
que ela possa entender, evitando termos técnicos complicados. As pessoas devem ter 
tempo e se sentir à vontade para esclarecer suas dúvidas, e não se sentir envergonhadas 
pela sua falta de conhecimentos acerca do seu estado de saúde. 
Para encontrar o floral que ajudará seu cliente ou você, deve encontrar tanto o propósito quanto 
o motivo da vida e entender as dificuldades do caminho. As dificuldades e os obstáculos da vida 
são nossas falhas ou nosso fracassos. Não devemos esquecer que tais falhas ou fracassos são a 
confirmação de que estamos realizando grandes feitos. Nesse sentido, os obstáculos da vida 
devem ser um incentivo para alcançarmos nosso propósito!
Elaborando um Plano Terapêutico 
Conjunto de Manejo dos Problemas
Trate a pessoa de acordo com seu estado interior, de acordo com sua personalidade, 
sua individualidade, seu estado de humor atual e você não errará (BACH, 2014; BACH, 
1990). Lembre-se sempre de que, esteja a pessoa doente ou tentando evitar a doença, 
seja esta aguda ou crônica, o princípio é sempre o mesmo: elabore seu plano tera-
pêutico centrado na pessoa, focando a personalidade e o estado emocional atual.
Nesse processo, a pessoa atendida e o terapeuta procuram alcançar um entendimento 
mútuo e estabelecer concordâncias em três áreas-chave: a definição da verdadeira causa 
da doença (problema), o estabelecimento de prioridades e metas para o processo de auto-
conhecimento e aceitação e a identificação dos papéis a serem assumidos por cada um. 
O processo deve responder aos seguintes questionamentos (LOPES, 2019):
• Qual vai ser o envolvimento da pessoa no plano terapêutico?
• Quais os desejos da pessoa e a sua disposição para lidar com o problema?
• Como cada parte (terapeuta e pessoa) define seus papéis na interação?
Após chegarem a um entendimento mútuo sobre os problemas, o próximo passo é 
avaliar as metas e prioridades do tratamento e pactuar os retornos. É importante o 
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terapeuta ter cuidado para definir o momento do retorno e o tempo do tratamento. Para 
isso, algumas questões devem ser observadas, por exemplo:
• Gostaria de saber seu ponto de vista com as nossas decisões sobre o seu tratamento.
• Você vê alguma dificuldade em seguir esta proposta?
• Há algo que possa ser feito para que este tratamento fique mais fácil de seguir? 
Muitas pessoas têm dificuldade em lembrar de tomar o floral quatro vezes ao dia;
• Você vê alguma dificuldade em fazer isso? 
• Você precisa de mais tempo para pensar sobre isso? 
• Quanto você costuma esquecer de tomar seus florais?
O desfecho da consulta de terapia floral será o aconselhamento de uma fórmula 
floral, pautando a seleção da essência tipo e situação ou emergencial. Em síntese, o 
terapeuta, para indicar deve (ALVES, 2020):
• Buscar a causa real dos sinais e sintomas relatados pela pessoa. Caso haja traumas 
não resolvidos, sugere-se ser receitado o Star of Bethlehem, enquanto se aguarda 
por uma segunda consulta e, consequentemente, por uma maior confiança e auto-
conhecimento daquela;
• Motivar a pessoa à introspecção, estimulando-a ao autoconhecimento, que agirá 
como uma reflexão de libertação, o que irá envolvê-la, definitivamente, no processo 
de cura;
• Proceder à hierarquização dos sinais e sintomas relacionados ao estado emocional 
e ainda às características da personalidade da pessoa, selecionando e graduando o 
conjunto da sintomatologia, o que conduzirá à escolha da essência floral adequada;
• Limitar o número de essências florais no mesmo frasco a seis ou sete. De prefe-
rência, indicar o menor número possível de essências florais, para acompanhar a 
evolução da cura, substituindo-as sempre que se alterarem os desequilíbrios emo-
cionais. Essa é uma questão que nunca deve ser esquecida; os casos devem ser rea-
valiados a cada 30 dias ou com menor frequência (7/7 ou 15/15 dias), já que alguns 
dos sintomas podem desaparecer ou intensificar, inclusive podem surgir novos, os 
quais exigem nova indicação.
Vejamos a seguir um exemplo de estrutura de anamnese para abordagem clínica 
em floralterapia centrada na pessoa; é apenas uma sugestão. Você pode sentir-se à 
vontade para adotar uma de acordo com sua preferência e expertise. Esperamos que 
este texto seja um guia para todos os que estão iniciando na floralterapia!
Estrutura da anamnese para abordagem clínica em floralterapia centrada 
na pessoa :
• Identificação : Nome, endereço, naturalidade, procedência, idade, data de nascimen-
to, gênero, escolaridade, profissão/emprego, estado civil, religião, data da consulta ;
• Motivo da consulta : Queixa principal que possibilite uma conclusão a respeito dos 
problemas que envolvem o paciente ;
• História do adoecimento (deverá conter temporalidade, intensidade, sinais/
sintomas associados): Perspectiva do paciente/família sobre o “adoecer” (medos, 
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UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
anseios, impacto, expectativas, compreensão do que está acontecendo). Estimular 
o paciente a falar sobre as doenças, os desejos e os interesses, assim como o traba-
lho, a cultura, a família e a rede social. Ou seja, tentar entender o que o paciente vê 
no problema/queixa, o que está por trás das suas queixas;
• Avaliação sistêmica (registrar outras queixas que não estão relacionadas ao 
motivo da consulta): Assim que o paciente entra: olhar o movimento (lento ou 
rápido); a compleição/corfacial; a forma do seu corpo; o som da voz, a respira-
ção, a presença de tosse ou odores; e sentir seu cheiro para avaliar o estado dos 
centros bioenergéticos;
• História pregressa: Passado clínico e cirúrgico;
• História familiar: Em situações que se faça necessária;
• História social: Quando necessária;
• Exame clínico e exames complementares: Copiar os resultados de todos os exa-
mes que o paciente trouxer;
• Lista de problemas contemplando as seguintes dimensões: Biológica, psicoló-
gica, social, fatores de risco e fatores protetores encontrados;
• Plano terapêutico: Elencar ações de promoção da saúde, florais selecionados e 
descrever o compartilhamento das decisões sobre a conduta de curto, médio e 
longo prazo. Divisão de responsabilidades: é importante definir as tarefas de cada 
um com clareza tanto do terapeuta quanto do paciente. Reavaliação: momento em 
que se discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo do tratamento, 
avaliação da satisfação e medidas.
Não é incomum querer lidar com todos os problemas da pessoa em uma única 
consulta. Mas é necessário reconhecer quando a pessoa necessita de mais tempo, 
assim como acordar possibilidades de atendimentos de retorno que satisfaçam ambas 
as partes. Na maioria das vezes, mesmo aquelas pessoas com múltiplas queixas numa 
consulta concordarão em abordar as prioritárias num momento, desde que fique claro 
que existirão momentos posteriores em que terão oportunidade de tratar das demais 
queixas. Cada pessoa tem um timing, ou seja, o momento correto para abordar deter-
minada questão, bem como a prontidão em compartilhar certas preocupações e experi-
ências. Em síntese, a elaboração de um plano terapêutico parte da relação do terapeuta 
com a pessoa que busca atendimento. Essa relação ocorre a cada encontro e tende a se 
fortalecer ao longo do tempo (LOPES, 2019).
Intensificando o Relacionamento 
Entre a Pessoa e o Terapeuta: Retornos
O propósito do terapeuta deve ser sempre de ajudar a pessoa no processo de autoco-
nhecimento ou mesmo cura, desde que bem trabalhado (LOPES, 2019; BACH, 2011). 
O terapeuta é o facilitador do processo de autoconhecimento, ele apoia e incentiva 
a pessoa no caminho de tomada de consciência, de aceitação, de descoberta, de reen-
contro e de compreensão e reflexão “dos por quês” e identificação da causa principal do 
desequilíbrio (adoecimento). Também vai ajudar a pessoa a buscar força para abandonar 
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os maus hábitos e pensamentos negativos que a desviam do padrão evolutivo desejado 
pela alma e estimulá-la a mobilizar a vida dentro dela própria (BACH, 2011). 
Portanto, cada terapeuta deve ser como um espelho limpo e claro, para que a pessoa possa 
se ver e interiorizar, promovendo o processo de autoconhecimento, aceitação e consciência. 
Por essas razões, devemos evitar todas as crenças, limitações, preconceitos, abandonando 
opiniões pessoais e sugestões. 
Atributos como a empatia, a compaixão e o cuidado devem ser cultivados nos rela-
cionamentos entre pessoas e terapeutas, pois aumentam as chances de que a relação 
contribua para o plano terapêutico acordado entre eles. 
Modelo de retorno
• Motivo do retorno;
• Evolução desde a última consulta:
» Descrever a evolução dos sinais e sintomas desde a última consulta;
» Verificar se realizou os exames e tratamentos solicitados;
» Avaliar o impacto do tratamento sobre os sinais e sintomas;
» Avaliar a evolução dos sentimentos/sofrimento do paciente.
• Florais em uso: Listar os florais em uso;
• Novas queixas: Caso o paciente apresente novas queixas, verificar se estão relacio-
nadas com as queixas da última consulta. Se estiverem, incluir na primeira parte do 
retorno. Se as novas queixas não estiverem relacionadas com as da consulta anterior, 
fazer uma pequena avaliação, seguindo o exemplo do roteiro da primeira consulta;
• Lista de problemas: Como na primeira consulta;
• Conduta: Como na primeira consulta.
A consulta floral implica estar presente, conversar, ter sensibilidade, agir no melhor 
interesse do outro, analisar os sentimentos e a resiliência, ter paciência e capacidade de 
reflexão, reciprocidade e envolvimento do terapeuta com a pessoa. Com isso, uma das 
características que irão favorecer a avaliação de questões complexas e pessoais é a possi-
bilidade de acompanhar a pessoas em várias consultas ao longo do tempo (LOPES, 2019). 
A abordagem clínica centrada na pessoa pretende sistematizar um modo de atendimento 
que privilegia a compreensão integral da pessoa, melhorando os resultados e a satisfação 
de todos. A sua aplicação depende de uma maneira de atuar sistemática e reflexiva, lan-
çando mão dos diversos componentes conforme a necessidade/espaço, em momentos 
diferentes da interação com as pessoas que buscam atendimento, e não de uma sequência 
rígida preestabelecida (FUZIKAWA, 2013). 
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UNIDADE Processo de Consulta em Floralterapia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Organon da Arte de Curar
HAHNEMANN, S. Organon da arte de curar. 286 p. São Paulo: Robe, 2001
Diga-me onde dói e eu te direi por quê
ODOUL, M. Diga-me onde dói e eu te direi por quê. 208 p. São Paulo: Elsevier
O corpo fala: linguagem silenciosa da comunicação não verbal
WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala: linguagem silenciosa da comunicação 
não verbal. 288 p. São Paulo: Vozes, 2015.
 Leitura
A História dos Viajantes e as de Outros Remédios
https://bit.ly/3x43qqn
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Referências
 BACH, E. Os Remédios Florais do Dr. Bach. Incluindo Cura-te a ti mesmo: uma 
explicação sobre a causa real e a cura das doenças e Os doze remédios. 19. ed. São 
Paulo: Pensamento, 1990.
________ . Liberte-se. Wallingford: The Bach Centre, 2014. E-book. Disponível em: 
<https://www.bachcentre.com/wp-content/uploads/2019/10/free_thyself_es.pdf>. 
Acesso em: 18/02/2021.
________ . Os doze curadores e outros remédios. Wallingford: The Bach Centre, 2011. 
Disponível em: <https://www.bachcentre.com/new/wp-content/uploads/2019/10/Por-
tuguese_Doze_Curadores_1941.pdf>. Acesso em: 18/02/2021.
FUZIKAWA, A. K. O método clínico centrado na pessoa: um resumo. Belo Horizonte: 
[s. n.], 2013. Disponível em: <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/ima-
gem/1684.pdf>. Acesso em: 10/01/2021.
HAHNEMANN, S. Organon da arte de curar. Robe, 2001. 286 p.
 LOPES, J. M. C. Consulta e abordagem centrada na pessoa. In: GUSSO, G.; LOPES, J. 
M. C.; DIAS, L. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, 
formação e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
MONARI, C. Participando da vida com os Florais de Bach: uma visão mitológica e 
prática. São Paulo: Editora C. Roka, 1997. 664 p.
ODOUL, M. Diga-me onde dói e eu te direi por quê. São Paulo: Elsevier, 2003. 
STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidade de saúde, serviços e tec-
nologia. Brasília: Unesco: Ministério da Saúde, 2002. 726 p. Disponível em: <http://bvs-
ms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_primaria_p1.pdf>. Acesso em: 18/02/2021.
STEWART, M. et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 
3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala: linguagem silenciosa da comunicação não 
verbal. São Paulo: Vozes, 2015. 
WENCESLAU, L. D. et al. Um roteiro de entrevista clínica centrada na pessoa para a 
graduação médica. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Rio 
de Janeiro v. 15, n. 42, p. 2.154, jan.-dez. 2020. Disponível em: <https://rbmfc.org.br/
rbmfc/article/view/2154/1529>. Acesso em: 10 /01/2021.
Sites Visitados
ALVES, J. M. Florais de Bach: prescrição e posologia. Homeopatas Sem Fronteiras. 
2020. Disponível em: <https://homeoesp.org/artigos/florais-de-bach/prescricao-e-po-
sologia>. Acesso em: 18/02/2021.
ESCUTA ativa: entenda o que é e como desenvolvê-la no ambiente de trabalho. IBC. 
2019. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/escu-
ta-ativa-entenda-como-desenvolve-la-ambiente-de-trabalho/>.Acesso em: 10/01/2021.
SEMIOLOGIA: estudo dos sinais e sintomas. ICTQ – Instituto de Ciência, Tecnologia e 
Qualidade. 2021. Disponível em: <https://www.ictq.com.br/varejo-farmaceutico/909-
-semiologia-estudo-dos-sinais-e-sintomas>. Acesso em: 16/02/2021.
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