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1 ADONINÉTA PINHEIRO MORAIS ANA PAULA SILVA DANIELA MEDEIROS DE OLIVEIRA DANIELE CASSIA VIEIRA GABRYELA SANTOS DE SOUZA ISABELLY MARIA DUARTE CABRAL MAYARA RÚBIA COSTA MARQUES VAZ GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Porto Velho 2020 2 ADONINÉTA PINHEIRO MORAIS ANA PAULA SILVA DANIELA MEDEIROS DE OLIVEIRA DANIELE CASSIA VIEIRA GABRYELA SANTOS DE SOUZA ISABELLY MARIA DUARTE CABRAL MAYARA RÚBIA COSTA MARQUES VAZ GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Projeto de Intervenção Apresentado à disciplina do Projeto Integrador no Curso de Enfermagem, 6° período do Centro Universitário São Lucas, como requisito Avaliativo de N1. Orientador(a): Profº Mestre Helton Camilo Teixeira. Porto Velho 2020 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 5 2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 5 2.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 5 3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 5 4 CRONOGRAMA ...................................................................................................... 6 5 METODOLOGIA .................................................................................................... 11 6 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 12 6.1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ...................................................................... 12 6.2 OS RISCOS DE IST’S ......................................................................................... 13 6.3 USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS DURANTE A GESTAÇÃO ............... 14 6.4 RISCOS PSICOSSOCIAIS E DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA .................................................................................................................................. 15 6.5 IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ADOLESCÊNCIA ................................... 17 7. RECURSOS FINANCEIROS ................................................................................ 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 4 1 INTRODUÇÃO A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a adolescência como a faixa etária de 10 a 19 anos, caracterizada pela transição da infância para a vida adulta, por violentas mudanças físicas, conflitos relacionados à incerteza, formação de identidade e autoestima, atribuídos à família e Instabilidade social e conhecimento da imagem corporal. É nesta fase que ocorre o comportamento sexual e muitas pessoas passam a ter relações sexuais, a ocorrência da gravidez irá causar suspeitas e vulnerabilidade nos indivíduos e famílias (SOUSA et al., 2018). No exemplo de Oliveira et al., (2015), somente em meados do século 20 é que a gravidez na adolescência passou a ser considerada um problema de saúde pública, e não recebeu a atenção dos pesquisadores como é hoje. No Brasil, esse fenômeno se acentuou com o aumento da proporção de nascimentos de mães menores de 20 anos observado ao longo da década de 1990, quando a proporção passou de 16,38% em 1991 para 21,34% em 2000 como afirma (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], 2002). De acordo com Pinheiro; Pereira; Freitas (2019), A gravidez na adolescência é um problema generalizado, o que aumenta muito o risco de morbidade materna e morte, e pode causar problemas para os recém-nascidos. Em países subdesenvolvidos, estima-se que 21 milhões de meninas de 15 a 19 anos estejam grávidas, principal causa de morte nessa faixa etária. No Brasil, de 2000 a 2010, 21% de todos os nascimentos foram de mães adolescentes. Como aponta Dias; Teixeira (2010 apud ARAÚJO et al., 2016), devido à alta incidência de morbidade vertical, as características físicas e psicológicas da adolescência farão com que esse período da gravidez seja classificado como de alto risco. Em relação às complicações biológicas que a gravidez nesta idade pode trazer, destacam-se: anemia, desnutrição, excesso de peso, hipertensão, pré-eclâmpsia, distúrbios pélvicos e depressão pós-parto. O psicológico também será afetada, neste caso, a gravidez reduzirá as chances, dificultando ou impossibilitando o aproveitamento da experiência que o jovem pode proporcionar. De modo geral, a gravidez na adolescência pode estar relacionada a fatores pessoais e de formação, como: baixa escolaridade dos pais, falta de informações 5 sobre anticoncepcionais e fertilização, residentes da família que usam drogas ilegais, baixo poder aquisitivo, baixa escolaridade, local de residência, etnia, falta de estrutura familiar e Mudanças nos hábitos sexuais (costume de ficar Portanto, considera-se que a gravidez na adolescência é um evento que envolve múltiplas influências, portanto, deve ser discutida em sua construção subjetiva e representação social. Nesse momento, identificar e compreender as condições habitualmente associadas a esse evento é necessário para aprofundar sua realidade nos serviços de saúde, promovendo assim um movimento consciente, dinâmico e efetivo no cuidado a essas pessoas.) (PINHEIRO; PEREIRA; FREITAS, 2019). 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Apresentar através de redes sociais informações, a respeito dos riscos da gravidez na adolescência e métodos contraceptivos e as IST’s aos adolescentes e comunidade. 2.2 Objetivos específicos Esclarecer quanto os riscos da gravidez na adolescência; Explicar sobre o uso de métodos contraceptivos e IST’s; Orientar sobre a importância da comunicação familiar. 3 JUSTIFICATIVA A escolha do tema deste projeto foi de fundamental importância para o desenvolvimento acadêmico, uma vez que a promoção da saúde e prevenção de agravos são primordiais para os profissionais da área da saúde. Para este trabalho realizamos pesquisas nas redes sociais, artigos e em reportagens que tratam sobre o 6 assunto. Este projeto visa a promoção a saúde dos adolescentes e busca a prevenção da gravidez e IST’s, devido ao crescente número de adolescentes grávidas, que necessitam de orientações e acompanhamento que devido à vulnerabilidade do período da adolescência onde passam por várias transformações em seu corpo, e sua mente, sua vida social, e principalmente as das adolescentes jovens do gênero feminino. E este projeto facilitará a compreensão sobre os assuntos que iremos abordar, utilizaremos as redes sociais para fortalecer as ações educativas com o auxílio das tecnologias nesse momento, pois com o início da pandemia houve restrições para que esse projeto fosse realizado presencialmente e também o público alvo possui maior facilidade para o uso de tecnologias, e acesso as informações com maior facilidade e rapidez sendo a internet e redes sociais um recurso abrangente e crescente perante a sociedade e assim procuramos elucidar as dúvidas relacionadas a prevenção, da gravidez orientando sobre os métodos contraceptivos e a prevenção de IST’s. O material utilizado para divulgação do assunto será através do aplicativo “INSTAGRAM” onde foi criada uma página pelas acadêmicas do 6º período do curso de enfermagem e orientado pelo professor do curso Helton Camilo Teixeira, onde semanalmente serão postados informações pertinentes aos conteúdos abordados. 4 CRONOGRAMA Para realização do projeto procuramos abordar a importância do Setembro amarelo, que está voltado para a prevenção do suicídio,segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria com o Conselho Federal de Medicina no Brasil são registados anualmente cerca de 12 mil suicídios, principalmente entre os jovens, que está relacionado com transtornos mentais, depressão, transtorno bipolar e uso de substâncias psicoativas. Relacionaremos cada semana um assunto voltado para o público adolescente. MÊS: SETEMBRO Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado 7 01 02 03 04 * Apresentação da proposta do Projeto de Intervenção. 05 06 07 Feriado 08 09 10 11 * Entrega e apresentação da 1ª parte do projeto de intervenção; * Alteração dométodo de divulgação do projeto para Redes Sociais (Instagram) 12 13 * Criação da Pagina Social no Instagram: Vivendo a Adolescênc ia. 14 * Escolhas dos conteúdos que irão ser abordados pelo grupo e escolha da foto do perfil da página. 15 * Divulgação da página pelos membros do grupo. 16 1ª postagem na página: Tema: Conhecendo a adolescência: abordaremos assuntos relacionados as mudanças que ocorrem no corpo e na mente durante este período. 17 18 2º postagem: As preocupações na adolescência. 19 20 21 3º Postagem: * A adolescência e o Bullyng Convite para participação da página, indicando para 3 amigos e compartilhament o, concorre ao sorteio de uma cesta de doces, sorteada no final do mês de Setembro 22 23 4ª Postagem: * Drogas 24 25 5º Postagem: * Obesidade na adolescência. 26 8 27 28 6º Postagem: * Preconceito e inclusão 29 30 7º Postagem: * Exposição na internet e respeito próprio. Sorteio da cesta de doces, horário as 18hs. MÊS: OUTUBRO No mês de Outubro, pesquisamos nas redes sociais, jornais, em reportagens e artigos assuntos de maior interesse entre os jovens, e enfatizamos para os riscos da gravidez, IST’s e métodos contraceptivos. Para chamarmos a atenção do público, realizaremos um quiz de 2 perguntas voltados para o assunto da semana, e observaremos a interação do público e a compreensão das postagens nas redes sociais. Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado 01 02 8º Postagem: 03 A gravidez na adolescência. 04 05 9º Postagem: Os riscos gravidez adolescência: abandono Escolaridade da na da 06 07 10º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: Riscos obstétricos 08 09 11º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: IST’s Quiz sobre IST’s 10 9 11 12 12º Postagem: Os riscos gravidez adolescência: Métodos contraceptivos: Camisinha e pilula da na 13 14 13º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: Métodos contraceptivos: DIU e diafragma 15 16 14º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: Métodos contraceptivos: adesivos, injeções e espermicidas. Quiz: quais os métodos contraceptivos? 17 18 19 15º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: riscos psicossociais 20 21 16º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: A importância do pré natal. 22 23 17º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: impactos sociais. 24 25 26 18º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: Conversa sobre sexualidade com a família. 27 28 19º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: O aborto 29 30 20º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: A responsabilidade paterna. Quiz: Causas do aborto? 31 MÊS: NOVEMBRO No mês de novembro realizaremos o sorteio de um vale no valor de setenta reais para o consumo de produtos em um estabelecimento gourmet, em forma de agradecimento pela divulgação da página social. Abordaremos os assuntos de maior gravidade entre os adolescentes, como o consumo de entorpecentes, sexualidade, namoro, tecnologia, e saúde mental e principalmente os cuidados de enfermagem para promoção da saúde. Relembraremos 10 assuntos já vistos, e faremos o quiz para observamos a participação e conhecimento dos assuntos abordados desde o início das postagens sociais. Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado 01 02 21º Postagem: Os riscos da gravidez na adolescência: O uso de substâncias psicoativas durante a gestação. 03 04 22º Postagem: A adolescência e as responsabilidades da fase adulta. 05 06 23º Postagem: A alimentação na adolescência, alimentos saudáveis e não saudáveis. Convite para sorteio de um vale no valor de 70 reais de consumo em um estabelecimento gourmet. 07 08 09 24º Postagem: O adolescente e a vida profissional. 10 11 25º Postagem: Preconceitos 12 13 26º Postagem: Namoro X Casamento Quiz: Qual sua preocupação na adolescência? 14 15 16 27º Postagem: Drogas lícitas e ilícitas. 17 18 28º Postagem: Sexualidade e IST’s 19 20 29º Postagem: Bebidas alcoólicas e tabagismo. Quiz: O que são 21 Drogas lícitas? O que são drogas ilícitas? 11 22 23 30º Postagem: Ansiedade X Depressão 24 25 31º Postagem: Qual a diversão do jovem em meio a pandemia. Dicas de lazer. 26 27 32º Postagem: Acessibilidade tecnológica diante da pandemia. Quiz: quais os sintomas da depressão e da ansiedade? O que você faz para se divertir durante a pandemia? 28 29 30 33º Postagem: Os cuidados de enfermagem para os adolescentes. Realização do sorteio do vale. 5 METODOLOGIA O Planejamento Estratégico Situacional (PES) foi o meio utilizado para se fazer o diagnóstico situacional em saúde para esta intervenção. Neste método, o futuro não é determinístico e a realidade é continuamente acompanhada, como afirma Meneses et al., (2019): O Planejamento Estratégico Situacional (PES), foi concebido na década de 80 por Carlos Matus (1993) e segundo Riviera e Artmann5, trata- se de um instrumento de planejamento pautado em problemas abordando sobretudo, os problemas mal estruturados e complexos, para os quais não existe resolução regulamentada ou previamente estabelecida, como no caso daqueles bem estruturados. No modelo de Matus (1997 apud SILVA, A. et al., 2017), “no PES, o destaque é assentado na ação e explora o futuro como recurso para dar racionalidade à mesma. Assim, o planejamento é o cálculo que precede e preside a ação, pois cálculo e ação são inseparáveis e recorrentes.” 12 Inicialmente foi discutido com o grupo os problemas mais recorrentes da atualidade apresentado com grande interesse a gravidez na adolescência, pois é perceptível o aumento no número de adolescentes grávidas. De acordo com os objetivos sugeridos no presente projeto, escolheu-se o método virtual através do Instagram com o seguinte nome no perfil “Vivendo a Adolescência”. Foi realizado uma revisão bibliográfica nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo, para trazer indicativos reais sobre o tema em estudo. Para que o projeto tenha maior resultado, as intervenções acontecerá através de publicações com temas divididos por mês. 6 REFERENCIAL TEÓRICO 6.1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA O modelo de Davim (2009 apud ARAÚJO et al., 2016), para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência é um processo biológico em que o desenvolvimento cognitivo e a estrutura da personalidade são acelerados, sendo considerada pré-adolescência, entre 10 e 14 anos, e a adolescência entre os 15 Entre as idades de 19. A adolescência é o período de transição da infância para a idade adulta. Muitas mudanças biológicas, sociais e psicológicasocorreram durante esse período. Durante essas transições, a adolescência se tornou uma fase crítica da vida e causou muitos conflitos. A gravidez transforma uma mulher em todos os aspectos pelas modificações hormonais, da aparência e do psicológico, provocando alterações no comportamento, nas atitudes e nas decisões, e essa fase de alterações tão complexas e incisivas no início da puberdade, a qual se desenvolve características específicas a cada sexo, tais como alterações nos órgãos reprodutivos, separação da figura materna e paterna e o início da busca de uma identidade própria, por este modo a adolescência é marcada como sendo uma faixa etária de mudanças tem sido o desfecho do conto de fadas de muitas meninas, que no auge da inexperiência se vêm encarregadas de gerar e cuidar de outro ser, o que pode acarretar sérias alterações de caráter psicossocial, além de limitações que trazem sequelas a longo prazo e infeção de HIV/AIDS, IST´s, gravidez indesejada, abortos inseguros e violência sexual (SILVA, Q. et al., 2018). 13 De acordo com Silva, M. J. et al., (2019), o planejamento da gravidez é frequentemente considerado sinônimo de intenção e vontade de engravidar, levando a um entendimento impreciso. No entanto, o desejo e a intenção da gravidez são os elementos que constituem um plano de gravidez, pois a concretização do plano está no âmbito da conduta, que inclui a tomada de outras medidas, incluindo a tomada de medidas conceituais. No desenvolvimento de competências de prevenção e educação na adolescência, o enfermeiro formula estratégias de prevenção da gravidez na adolescência, constitui grupos de promoção da saúde e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis / gravidez precoce e desempenha um papel nos grupos de sensibilização dos jovens para a sua importância. É de grande importância participar ativamente das ações de educação em saúde para que possam lidar com suas próprias decisões, e elencar atitudes positivas para enfrentar o papel do autocuidado. Portanto, as estratégias de saúde da família devem estabelecer parcerias com escolas e comunidades para proporcionar aos adolescentes um atendimento integral e multidisciplinar, a fim de desenvolver ações de informação aos adolescentes, aumentando a consciência das pessoas sobre a prevenção da gravidez precoce e os métodos contraceptivos (RIBEIRO, V. et al., 2016). Porém a gravidez na adolescência geralmente ela não é planejada, como afirma Silva, M. J. et al., (2019): Uma gravidez não planejada (GNP) é aquela que aconteceu por um acidente ou erro, que não foi programada para certo período da vida, não foi pensada antecipadamente. Do mesmo modo, como aquela que ocorreu sem querer em decorrência da falha da contracepção ou pela não utilização de Método Anticonceptivo (MAC). A ocorrência desta pode repercutir em diversos âmbitos da vida, tais como estudo, trabalho, finanças, saúde pessoal e perspectivas sobre trajetórias de vida, entre outros. 6.2 OS RISCOS DE IST’S A adolescência é uma fase da vida caracterizada por inúmeras mudanças físicas, psicológicas, emocionais e sociais. Nesse período, os adolescentes costumam se envolver em atividades sexuais sem orientação, o que pode levar à gravidez. Os adolescentes costumam não usar preservativo, essencial para evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (RODRIGUES et al., 2018). 14 Segundo Ribeiro, W. et al., (2019), diante da Estratégia Saúde da Família (ESF), é cada vez mais difícil a formação desses adolescentes por meio do Programa Saúde do Jovem (PROSAD), pois é difícil trabalhar e ter a cooperação dos jovens no quesito cuidar. O nível de adolescentes grávidas e com certas doenças sexualmente transmissíveis (DST), também está aumentando e essas doenças incluem: AIDS, clamídia, candidíase, sífilis, gonorréia, herpes genital, entre outras. Já Rodrigues et al., (2018), cita que em relação às informações recebidas pelos jovens sobre a transmissão e prevenção da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, o conhecimento adquirido não reflete o aprimoramento das medidas de prevenção. Foi demonstrado que o conhecimento por si só não é suficiente para mudar o comportamento protetor. As políticas públicas devem ser utilizadas para definir a compreensão da faixa etária sobre o assunto, fortalecer o conhecimento e intervir no campo da saúde sexual e reprodutiva, pois são as populações vulneráveis a essas doenças. A interação entre família, escola e sociedade é necessária para desenvolver estratégias que garantam o suporte, a segurança e a qualidade de vida dos jovens. Para Silva, M. J. et al., (2019), a iniciação sexual geralmente ocorre durante a adolescência e esse evento coloca a população em risco de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), gravidez não planejada (GNP) e aborto espontâneo. Isso mostra que essa população é objeto de atenção na saúde sexual, principalmente no planejamento reprodutivo e na contracepção. A baixa escolaridade do adolescente e seus pais, violência doméstica, bem como a ausência de um dos progenitores ou ambos, está associada à atividade sexual precoce e casos de gravidez na adolescência. A falta de apoio dos pais e parceiros gera quadros depressivos seguidos de crescimento intrauterino deficiente, ausência de acompanhamento pré-natal, partos prematuros e até mesmo abortos executados por pessoas não qualificadas pondo em risco a saúde da adolescente. Crianças fruto de gravidez precoce e indesejada têm maior probabilidade de desenvolver problemas comportamentais e mentais, agressividade, baixo desenvolvimento cognitivo e também é grande a possibilidade de serem pais ou mães precoces (RODRIGUES et al., 2018). 6.3 USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS DURANTE A GESTAÇÃO Diante de todas as mudanças, a vivência da gravidez leva a um aumento da sensibilidade e das emoções na mulher, o que a torna vulnerável a diversas mudanças 15 emocionais. Acredita-se que mesmo durante a gravidez, mesmo mulheres em boas condições físicas podem vivenciar momentos de tensão física e mental. Esses momentos são exacerbados quando as gestantes são acompanhadas por situações em que a mãe coloca o bebê em risco (como o uso de álcool e outras drogas) (MOTA et al., 2019). Na opinião de Kassada et. al (2013 apud NASCIMENTO et al., 2017), “o uso de álcool, crack e/ou outras drogas por mulheres vem ganhando maiores proporções, principalmente pela iniciação e contato precoce, influenciadas por contextos sociais e econômicos.” Segundo Santos; Gavioli (2017 apud NASCIMENTO et al., 2017), esse comportamento tem um impacto negativo, pois quanto maior o tempo de exposição, mais complicada é a recuperação. Portanto, muitas mulheres, mesmo grávidas, não conseguem interromper ou reduzir seu uso, principalmente se tiverem um relacionamento próximo com drogas No Brasil, a assistência pré-natal à mulher em uso de substâncias psicoativas (SPA) é caracterizada pela falta de acolhimento e informação, o que requer mudança na prática. As mulheres se sentem julgadas e sem apoio, sofrem discriminações, frustrações e violações de direitos, que são fonte de tensão, desconforto psicológico e físico (MARCOLINO et al., 2018). Para Rocha et al., (2016), uso de drogas lícitas, como álcool e cigarro, durante a gestação pode levar ao comprometimento, por vezes irreversível, da integridade da saúde da mulher e da criança. A gestante que costuma usar álcool pode ter abortamento e o feto pode apresentar lesões orgânicas e neurológicas, podendo a criança nascer com um conjunto de sinais e sintomas denominado síndrome alcoólica fetal (SAF), que é reconhecida como a maior causa de retardo mental no Ocidente. Já sobre o uso do tabaco na gestação, é reconhecido que os filhos de mães tabagistas apresentam menor peso ao nascerem, além disto, este comportamento é responsável por umaumento da mortalidade fetal e neonatal, maior frequência de abortos espontâneos e malformações fetais. 6.4 RISCOS PSICOSSOCIAIS E DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA A gravidez precoce e não planejada acarretará em cargas psicológicas, emocionais e sociais no desenvolvimento da adolescente, levando a mudanças em seus projetos de vida futura, à pobreza, mantendo uma educação instável, falta de 16 perspectiva de vida, lazer e emprego, procurando melhores condições de vida (RIBEIRO, W. et al., 2019). No padrão de Marques (2009 apud SILVA, Q. et al., 2018), as mudanças na gravidez vão além da condição física da mulher e fixam em um estado mental feminino, mas para as jovens de 12 a 17 anos, essas mudanças se somam à típica transição adolescente, que pode levar a mais problemas psicológicos. Mas esses efeitos são compreendidos e depois controlados, caso contrário, sem esclarecimento, as jovens mães que já pensam que não estão prontas podem encontrar o medo do desespero no desamparo e na incompreensão. Oliveira et al., (2015), declara: A gravidez na adolescência tem sérias implicações biológicas, familiares, emocionais e econômicas, além das jurídico-sociais, que atingem o indivíduo isoladamente e a sociedade como um todo, limitando ou mesmo adiando as possibilidades de desenvolvimento e engajamento dessas jovens na sociedade. Devido às repercussões sobre a mãe e sobre o concepto é considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS 1977, 1978), porém, atualmente postula-se que o risco seja mais social do que biológico. Não existe uma causa única para a depressão pós-parto (DPP), que tem grande influência nas alterações hormonais normais após o parto. Enfatizando este dado, Silva et al. (2010) elenca os aspectos psicológicos, sociais e hormonais diretamente relacionados ao desenvolvimento patológico, tais como: história de depressão, papéis familiares durante a gravidez e puerpério, eventos estressantes durante a gravidez, complicações na gravidez e parto de alto risco (PORTO; MARANHÃO; FÉLIX, 2017). Segundo Moraes (2006 apud TEMÓTEO et al., 2018), a prevalência de DPP é de 10% a 20% entre as novas mães. A diferença entre os resultados pode ser devido aos métodos diagnósticos utilizados, diferenças econômicas e culturais e à dificuldade de diagnóstico pelos profissionais de saúde. Figueira (2009 apud TEMÓTEO et al., 2018) declara: Quando este transtorno não é diagnosticado e tratado, pode aumentar sua gravidade e acarretar em repetidos episódios de depressão. O instrumento mais utilizado para identificação e tratamento da DPP é a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (Edinburgh Postnatal Depression Scale – EPDS), que avalia a intensidade dos sintomas depressivos observados no puerpério. 17 Os fatores de proteção do DPP incluem: apoio de outra mulher, detecção precoce de depressão, apoio social, bom relacionamento conjugal e apoio emocional do parceiro, estabilidade socioeconômica, sistema de apoio familiar, intervenção multidisciplinar, desde que os sintomas sejam encontrados e obtenha psicologia natural preventiva (ARRAIS; ARAÚJO, 2016). 6.5 IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ADOLESCÊNCIA Normalmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), as consultas de pré- natal com enfermeiras e médicos são utilizadas para ajudar as adolescentes grávidas. Nas atividades de acompanhamento, existem algumas para orientar sobre todos os aspectos da gravidez, cuidar de si e do bebê, de forma a reduzir o risco de gravidez e parto. Por outro lado, estudos realizados em diferentes regiões do Brasil mostram que a atenção pré-natal ao público adolescente ainda está muito aquém do recomendado, principalmente no que se refere a orientações, acolhimento precoce e assistência contínua. Por excesso de atribuição de profissionais, demais exigências e limitação de tempo para consulta de pré-natal, atividades de orientação/educativas são ignoradas (QUEIROZ, et al., 2016). Em 2000, o Ministério da Saúde formulou um programa de humanização do pré-natal e parto de acordo com as recomendações sobre boas práticas obstétricas. O objetivo é garantir a saúde da mulher desde o período crítico da gravidez ao parto e puerpério, bem como a saúde do recém-nascido, como estratégia para melhorar e atentar para a qualidade da saúde da população (DOURADO; ARAÚJO; AGUIAR, 2019). De acordo com Queiroz et al., (2016), o cuidado pessoal na consulta de pré- natal pode fortalecer o vínculo entre o profissional e o adolescente, priorizando suas respectivas necessidades especiais. Porém, a educação em saúde apenas durante a consulta elimina as oportunidades de interação com a adolescente e a aprendizagem entre pares e em grupo. É de grande importância a participação paterna na consulta do pré-natal: Para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, "é necessário conscientizar os homens do dever e do direito à participação no planejamento reprodutivo". A paternidade não deve ser vista apenas do ponto de vista da obrigação legal, mas, sobretudo, como um direito do homem a 18 participar de todo o processo, desde a decisão de ter ou não filhos, como e quando tê-los, bem como do acompanhamento da gravidez, do parto, do pós- parto e da educação da criança. (HENZ; MEDEIROS, 2018). Para Santos et al., (2018), a presença do pai como acompanhante em trabalho de parto trouxe vários sentimentos ao casal, pois, neste momento, o casal havia passado por uma real transformação para o papel de mãe e pai, que só o nascimento pode gerar e estabelecer. Nesses momentos, as pessoas têm uma sensação inicial de ansiedade, medo do desconhecido, e incontroláveis, o que leva à dor e ao sofrimento, pois as emoções eternas superam essa dor em um instante, acompanhada do nascimento do filho e da separação pelo pai acompanhante do cordão umbilical. 7. RECURSOS FINANCEIROS Para realização do projeto utilizamos meio de transporte próprio para visita ao local, e abastecemos com gasolina; e para confecção do banner físico contratamos uma empresa especializada em artes visuais, o valor total das despesas será dividido em partes iguais para cada membro do grupo. Descrição do item Quantidade Valor Gasolina 5 litros 20,00 Confecção do banner 1 und. 50,00 Cesta de doces 1 und. 70,00 Total: 140,00 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Rayanne Dantas de et al. Gravidez na adolescência: consequências centralizadas para a mulher. Temas em Saúde. Volume 16, Número 2 ISSN 2447- 2131 João Pessoa, 2016. ARRAIS, Alessandra da Rocha; ARAÚJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de. Depressão pós-parto: uma revisão sobre fatores de risco e de proteção. Psicologia, Saúde & Doenças, 2017, 18(3), 828-845 ISSN - 2182-8407. DOURADO, João Vitcor Lira, ARAÚJO Perpétua Araújo, AGUIAR Francisca Alanny Rocha. Assistência ao trabalho de parto, parto e pós-parto de adolescentes. Rev enferm UFPE on line. 2019;13:242387. HENZ, Gabriela Sofia; MEDEIROS, Cássia Regina Gloter. Inclusão paterna durante o pré-natal. Centro Universitário UNIVATES, 2018. MARCOLINO, Taís Quevedo et al. Gestação e uso de substâncias psicoativas: qual é o cuidado em saúde desejado pelas mulheres?. 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