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Revisão de penal

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Revisão –Direito Penal
Direito Penal – Finalidade – Seleconar e definir aquilo que é proibido de ser feito;
Fato – Valor – Norma
Limitar, conter, frear a atuação punitiva do Estado
Interdisciprinariedade 
Demais ramos da ciência
Precisa dialogar com outras disciplinas baseado na complementariedade
Conceitos
Causalismo – Causa/Consequência
Finalismo - Intenção
Direito penal do Autor – Visa atribuir aquilo que a pessoa aparenta ser, é hostil e descriminatório.
Diretiro penal do Fato – Visa atribuir aquilo que foi feito, julga pelo fato e não pela pessoa.
Conceito de crime
Conceito Formal – Violação de uma lei penal previamente estabelecida
Conceito Material – É a violação de uma lei mediante a conduta de uma pesoa com consequência jurídico social.
Conceito Analítico - Fato Típico (é o que a lei define como crime) + Ilícito (Prática do fato típico contrário ao direito) + Culpavel (Fato típico, contrário ao direito e praticado por uma pessoa passivel de pena = Crime)
Conceito Social – Quando o Estado tenta combater a criminalidade co o Direito Penal.
Características do Direito Penal
Visa atribuir regras de conduta social, estipulando aquilo que não pode ser praticado, como também protegendo o cidadão de todo e qualquer arbitrariedade estatal.
O ordenamento jurídico é o conjunto organizado de normas jurídicas.
Praticar um fato típico, é realizar aquilo que a lei define e que é proibido pelo ordenamento jurídico.
Estado Totalitário e Democrático de Direito
Estado Totalitário – Estado e pessoa se confundem, as leis são avaliadas e estipuladas conforme quem dita as regras.
Estado Democrático – O estado cria as leis e se submete a elas. As pessoas são tratadas como sujeitos de Direito, mesmo que esses Direitos contrariem os direitos estatais.
Controle Social
Enquanto o Estado combater a criminalidade com o Direito Penal nada vai funcionar.
Princípios
Regras de conduta estabelecida em determinada sociedade.
mandamentos que não estão descritos na lei, porém, fundamentam e justificam a própria lei.
Princípios não são revogados pois não estão tipificados em lei.
Regra – Quando se questiona conflito de regras a solução se dá pela prevalência de outra.
Princípio: Em caso de conflito entre dois princípios, deverá ser usado um terceiro princípio (a ponderação) mantendo a vigência de ambos os princípios conflitantes, sendo que, dependendo do caso concreto haverá a opção de aplicação de um ou outro princípio.
Divergência : Regras e princípios não se confundem, tendo vidas autônomas sem hierarquia umas com as outras. Toda regra surge de um princípio, logo, o princípio é a alma que habita um corpo que é a lei.
Lei específica não revoga lei genérica.
O princípio não necessariamente está descrito na lei, nada impedindo que esteja. O princípio antecede a lei.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – Artigo 1º do Código Penal.
Exercendo duas funções: 
Definir as condutas que o Estado entenda como crime.
Garantir ao cidadão o conhecimento de que suas condutas somente serão consideradas criminosas quando a lei assim disser.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE - A lei que define a conduta criminosa, e estipula a pena a ser aplicada deve anteceder o fato.
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA – Duas finalidades:
Evitar a utilização de penas cruéis
Busca também impedir processos degradantes
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE, INTRANSCENDÊNCIA OU INTRANSCEDENTALIDADE DA PENA – A pena é pessoal e intransferivel, a sanção penal é pessoal e personalíssimo, não podendo afetar qualquer outra pessoa além do condenado
O PRINCÍPIO DA TRANSCEDÊNCIA OU DA TRANSCEDENTALIDADE – Para que seja considerada criminosa a conduta de uma pessoa, é necessário que esta conduta afete algo ou terceiros alheios ao autor.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA – Se adapta melhor no momento da criação da lei onde o legislador deve criminalizar o mínimo de condutas possíveis para não inviabilizar as relações humanas.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E BAGATELA – Utiliza-se no momento da prática do crim, onde embora a conduta seja criminosa a violação do bem jurídico tutelado é de ínfima relevância. Não é aplicavel aos crimes praticados mediante violência ou grave ameaça contra a pessoa.
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE – O Direito penal é apenas uma parcela de todo o ordenamento jurídico.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE – Associa ao princípio da personalidade da pena.
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE – Associa ao princípio da personalidade da pena.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE DA PENA – Decorre a dignidade da pessoa humana. A pena deve ser proporcionalmente equivalente a gravidade do crime praticado.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL – Determinadas condutas consideradas como crime podem deixar de ser criminosas de acordo com a aceitabilidade em âmbito social. Forma de descaracterizar o crime.
NÃO SE PODE CASTIGAR AQUILO QUE A SOCIEDADE CONSIDERA CORRETO.
ABOLITIO CRIMINIS – É um instituto do Direito penal, que deixa de considerar como crime, determinada conduta humana, a ocorrência da Abolitio Criminis possui como característica 2 consequências:
Incide sobre o fato, ou seja, a conduta até então proibida passa a serconsiderada, com um indiferente penal.
No direito penal a todo crime correspondente a uma pene, logo, em caso de cumprimento de pena, pela prática de determinado crime alcançado pela Abolitio Criminus deixará de surtir efeito. Exemplo: Quem está preso, será posto em liberdade.
Existiem dois momentos distintos de incidência da Abolitio Criminis. Uma sobre o fato e a outra sobre a consequência.
Novatio Legis in mellius – É o surgimento de uma nova lei, com a finalidade de alterar a regulamentação de determinado fato, que já possui lei anterior porém essa nova lei tem como característica amenizar o tratamento dado anteriormente.
Exemplo: Lei que reduz a pena de crime já existente essa nova lei terá efeitos retroativos, ou seja, alcançando fatos preteridos como também terá efeitos ultrativos, ou seja, alcançando situações que ainda virão.
Novatio Legis in pejus – É o surgimento de uma nova lei que regulamenta matéria já regulamentada majorando as circunstâncias ou consequênciasda conduta proibida. A nova legislação majorante atribui consequências apenas para fatos futuros (efeitos ultrativos). Tem das vertentes:
Regulamentadora
Incriminadora (É o surgimnto de uma nova lei que passa a considerar criminosa determinada conduta que até então, é considerada como um indiferente penal/ criação de um crime)
Lei temporária/ Lei excepcional 
Normalmente toda lei ao entrar em vigorsomente deixa de ter validade quando outra lei a revogar, seja expressa ou tacitamente, salvo duas ipóteses.
Lei temporária – Ocorre quando uma lei entra em vigor já estabelecendo a data limite para a sua duração.
Lei excepcional – Por conta de determinada circunstância é criado uma lei que existirá enquanto permanecer em vigor a circunstância que a gerou.
A Abolitio Criminis não incide sobre lei temporária nem em lei excepcional, independente da condenação ser durante ou após a vigência das respectivas leis.
Não responde por, ato em reflexo. Descrimina ação criminosa. Só é crime quando há ato humano voluntário direcionado para esse fim.
Conduta humana
Comissiva
Omissiva
Teorias que regulam tempo/momento do crime
Atividade - É a teoria adotada no artigo 4º do CP considerando-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, pouco importando o momento da consumação.
Resultado – Considera tempo do crime o momento do resultado, pouco importando o momento da prática da conduta.
Ubiquidade – É uma junção das duas teorias anteriores, considerando como tempo do crime o momento da conduta como também do resultado.
Lugar do crime – Artigo 6º CP – Teoria da ubiquidade pois uma parte adota a atividade enquanto a outra o resultado.
Ordenamento Jurídico tem uma função seletiva, ou seja, elege determinados bens tratados como de maior importância para que incida a proteção penal.
Infração Penal – Gênero que dele se extrai duas espécies.
Definição de Infração – Preceito Primário
Consequência da prática da infração (Pena) – Preceito Secundário.Reclusão – Regime aberto, semi aberto e fechado
Detenção – Aberto, semi aberto
Delito é sinônimo de crime
Infração penal “Sui Generis”. Hibrido que carece de complemento, exclusivamente para drogas lei 113443/06 artigo 28.
A distinção entre crime e contravenção se dá com base no preceito secundário
Crime
Reclusão - Multa
Detenção – Multa
Contravenção
Multa
Prisão Simples
Objeto jurídico é o bem jurídico tutelado, é aquilo que o direito visa proteger e está protegendo. É o bem juridicamente protegido, como por exemplo, a vida, a propriedade.
Objeto Material é a pessoa ou coisa sobre a/o qual recai a conduta proibida descrita no preceito primário. Pessoa ou coisasobre a qual incide a ação delituosa do agente.
CLASSIFICAÇÃO DE CRIME
Comum – É aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa.
Próprio - É aquele que pode ser praticado apenas por determinado grupo de pessoas. Ex: Crime contra a administração pública.
Mão Própria – Somente aquela pessoa específica pode praticar infração penal. Ex: Infanticídio
Material – É aquele que exige um resultado no mundo naturalístico para a consumação hevendo possibilidade de separar conduta de resultado.
Formal – Também conhecido como de consumação antecipada, ou seja, a consumação/resultado se dá sempre concomitante à pratica da conduta. Não existindo a possibilidade de destacar a conduta da consumação, caso esse resultado ocorra será tratado como mero exaurimento.
Mera Conduta – Idêntico ao formal, porém não existe qualquer previsão de resultado. Omissão de Socorro.
Mono Subjetivo – É o crime que pode ser praticado exclusivament por uma única pessoa não cabendo co-autoria. Exemplo: auto-aborto, ocultação de algo essencial para o casamento.
Pluri Subjetivo – É aquele que pode ser praticado por uma, duas ou mais pessoas. Exemplo: Homicídio.
Habitual – É a pratica reinterada de atos que isoladamente são considerados como um indiferente penal, porém, o conjunto das práticas deses atos forma um crime.
Existe duas correntes: A primeira diz que não cabe flagrante delito decorrente da própria definição; a segunda corrente , se conseguir no momento do “flagrante” elementos que apontem para a reincidência/reinteração do ato, será admitido flagrante delito.
Permanente – É aquele cuja consumação se prolonga no tempo, ou seja, enquanto a conduta estiver sendo praticada o crime estará se consumando. Exemplo: Sequestro.
Complexo – É a junção de doius crimes autônomos formando um terceiro crime, também autônomo
NORMAS PENAIS EM BRANCO – Nas normas penais em branco o preceito primário é indeterminado. E pode ser complementado por norma de mesma hierarquia (Código Penal e Código Civil – impedimentos para o casamento). Neste caso se tem a norma penal em branco em sentido amplo (ou homogênea ou imprópria).
Quando o preceito primário é complementado por norma de hierarquia diferente, ele recebe a denominação de norma penal em branco em sentido estrito ou heterogênea ou própria. Nestes dois casos não há nenhuma inconstitucionalidade porque o detalhamento do fato típico é feito pelo ordenamento jurídico ainda que todos os seus efeitos não defluam do preceito primário.
O PRL precisa ter um conteúdo material. Seus apsectos formais e prévios devem recair sobre bens jurídicos de relevância e importantes para a sociedade. O DP deve ser veiculado através de uma visão que justifique e legitime a norma penal incriminadora. Este conteúdo material traz mais DOIS PRINCÍPIOS: O PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL E O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.

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