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NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
 
AULA 1 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
MDIC divulga material histórico sobre os 200 anos do 
comércio exterior brasileiro. 
Está disponível no site do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 
para acesso livre, o conteúdo comemorativo dos 200 
anos do comércio exterior brasileiro, lançado pelo 
ministério em comemoração ao bicentenário do 
comércio exterior brasileiro, completado dia 28 de 
janeiro. Nessa data, foram abertos os portos brasileiros 
às nações amigas, por determinação de D. João VI. 
 
Resumo histórico 
No material produzido pela Secex, a narrativa dos 200 anos 
das relações comerciais brasileiras com diversos países do 
mundo foi dividida em 20 décadas: 
1808-1820 
A corte portuguesa se estabeleceu no Brasil, em 1808. Em 
28 de janeiro daquele ano, foi publicada a Carta Régia de 
Abertura dos Portos brasileiros às Nações Amigas. Com isso, o 
Brasil passou a exercer autonomia inédita sobre seu próprio 
comércio exterior. 
1821-1830 
O principal fato histórico desse período para os brasileiros 
foi a independência do país em 1822. O Brasil assinou o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratado de Comércio com a Inglaterra, ato que revalidou os 
termos do Tratado de Comércio firmado entre Portugal e a Grã-
Bretanha em 1810. 
1831-1840 
A terceira década do século XIX foi marcada, no Brasil, pelo 
aumento da demanda mundial pela borracha produzida na 
região amazônica. Entretanto, a balança comercial registra 
sucessivos déficits. Nesta década, o café começou a se 
destacar na pauta das exportações brasileiras. 
1841-1850 
No ano de 1844 o governo brasileiro extinguiu o Tratado 
Comercial com a Grã-Bretanha. Esta medida aumentou o custo 
dos produtos importados, estimulando a instalação de algumas 
indústrias no país. As exportações de café aumentaram, mas a 
balança comercial ainda é desfavorável para Brasil. 
1851-1860 
Pela primeira vez o Brasil conseguiu diversificar os destinos 
de suas exportações, mas as importações continuaram 
concentradas na Grã-Bretanha. O primeiro saldo positivo da 
balança comercial foi obtido em 1860 graças ao café, que 
nesta década correspondia a 48,8% das exportações, seguido 
pelo açúcar (21,2%), algodão (6,2%), fumo (2,6%) e cacau (1%). 
1861-1870 
Nesta década, o café e o algodão são os principais produtos 
exportados pelo Brasil. O total das exportações entre 1851 e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1860 são de 150 milhões de libras esterlinas, equivalentes a 
11,8% do PIB e as importações somam 132 milhões de libras. O 
superávit comercial do período foi de 18 milhões de libras. 
1871-1880 
Entre os anos de 1871 e 1880, os embarques brasileiros de 
café, açúcar, algodão, couros, borracha, cacau, mate e fumo, 
continuavam crescendo e representavam 95% de toda a pauta 
exportadora. 
1881-1890 
A balança comercial brasileira registrava sucessivos saldos 
positivos, contribuindo para um acúmulo de capital, que parte 
era direcionado para a expansão das atividades 
manufatureiras. Em maio de 1888, a Lei Áurea aboliu a 
escravidão no Brasil e em 15 de novembro de 1889 houve a 
proclamação da República. 
1891-1900 
O comércio exterior continua dependente do café, que 
constituía o setor mais dinâmico da economia e responde por 
mais de 60% das exportações brasileiras. Na região Amazônica 
intensificou-se a exploração da borracha, valorizada pela 
nascente indústria automobilística nos Estados Unidos. 
1901-1910 
Nesta década, iniciou-se uma longa fase de expansão do 
comércio exterior brasileiro. A Região Norte viveu o auge do 
ciclo da borracha e o Brasil respondia por 97% da produção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mundial. Em 1906, foi colocado em prática o Acordo de 
Taubaté, para manter em alta o preço internacional do café e 
garantir os lucros dos cafeicultores. 
1911-1920 
O acontecimento histórico que marca a segunda década do 
século XX é a Primeira Guerra Mundial. A entrada do Brasil na 
guerra coincide com uma crise no setor cafeeiro, que obrigou o 
governo a colocar em prática o segundo plano de valorização 
do produto. Os principais produtos de exportação eram café, 
açúcar, cacau, mate, fumo, algodão, borracha, couros e peles. 
1921-1930 
A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, provoca uma 
crise que se alastra pelo mundo e atinge fortemente a 
economia cafeeira brasileira. Isso coincide com uma 
extraordinária expansão das lavouras de café e o resultado foi 
uma oferta superior à demanda internacional. A solução 
encontrada pelo governo é a destruição dos estoques 
excedentes do produto. 
1931-1940 
Os efeitos da quebra da bolsa de Nova York e da crise do 
setor cafeeiro comprometem o desempenho do comércio 
exterior brasileiro. No início desta década, grande parte da 
safra do grão se acumula em armazéns. A oferta continua 
muito maior que demanda mundial e para contornar a crise do 
setor, o governo destruiu milhões de sacas de café. O algodão 
brasileiro desponta como o segundo principal produto de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
exportação. A política de substituição de importações 
favorece o desenvolvimento da indústria nacional. Nesta 
década, houve o início da Segunda Grande Guerra. 
1941-1950 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o intercâmbio comercial 
brasileiro era feito principalmente com os Estados Unidos. Com 
a guerra, os preços internacionais do café se tornam mais uma 
vez atrativos. A produção e a exportação desse produto voltam 
a sua posição de destaque na economia nacional. 
1951-1960 
Neste período, houve a diversificação da pauta exportadora 
brasileira e também dos destinos desses produtos. No início 
dos anos 50, a normalização das trocas internacionais já tinha 
feito com que o café voltasse a concentrar a maior parte das 
exportações nacionais, tendo os Estados Unidos como seu 
principal mercado. 
1961-1970 
Os anos JK foram bastante proveitosos para a indústria 
nacional, com sucessivos aumentos da produtividade, mas não 
houve avanços do comércio exterior brasileiro. Café, açúcar, 
algodão e minérios ainda são responsáveis por 70% da pauta 
exportadora do país. Na segunda metade da década, a 
participação de produtos manufaturados nas exportações 
brasileiras passou de 7% em 1965 para 30% em 1974. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1971-1980 
Nesta década, a economia brasileira conseguiu crescer de 
forma considerável. O milagre econômico, iniciado em 1967, 
chegou a seu auge, com taxas de crescimento anual acima de 
11%. A participação dos produtos manufaturados na pauta 
exportadora brasileira aumenta em 47% de 1974 a 1979 e o 
Brasil conquistou novos mercados no Oriente Médio e na 
África. 
1981-1990 
Brasil e Argentina assinaram a Ata de Buenos Aires, que 
fixou a data de 31 de dezembro de 1994 para início das 
atividades do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e, no 
âmbito da Associação Latino-americana de Integração (Aladi), 
foi firmado o Acordo de Complementação Econômica N.º 14, 
que consolidou os protocolos de natureza comercial e propôs 
uma redução tarifária a partir de 1990. 
1991-2000 
No início da década de 90, o Brasil iniciou a abertura 
comercial com redução de tarifas de importação e 
reformulação dos incentivos às exportações. Os fluxos 
comerciais se intensificaram e foi criado o MERCOSUL. Nesta 
década também foi instituída a Organização Mundial de 
Comércio (OMC), organismo multilateral responsável pela 
regulamentação do comércio. 
2001-2010 
A partir de 2000, o comércio exterior brasileiro aumentou 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
num ritmo mais vigoroso. O crescimento econômico mundial, o 
aumento dos preços internacionais de produtos básicos, a 
diversificação dos mercados importadores e a maior 
produtividade da indústria nacional são fatores que 
favoreceram o dinamismo das exportações brasileiras, que 
passou a atingir sucessivos recordes". (Reportagemde Miguel 
Carmo, especialista em Comércio Exterior – disponível em: 
https://administradores.com.br/artigos/mdic-divulga-material-historico-
sobre-os-200-anos-do-comercio-exterior-brasileiro) 
 
Até a aula! 
 
Gabriele Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Andrade é Administradora, professora e especialista em int finanças e mercado financeiro 
https://administradores.com.br/artigos/mdic-divulga-material-historico-sobre-os-200-anos-do-comercio-exterior-brasileiro
https://administradores.com.br/artigos/mdic-divulga-material-historico-sobre-os-200-anos-do-comercio-exterior-brasileiro
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
 
AULA 2 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS E 
PORQUE CONHECE - LOS? 
São muitos os indicadores econômicos e a seguir iremos 
conhecer um pouco sobre os principais indicadores para 
calcular taxa de juros, inflação, valores contratuais como 
aluguéis e outros. Tais indicadores são, normalmente, 
coletados do Banco Central do Brasil (BCB), Fundação Getúlio 
Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). 
1. PNAD 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua é 
realizada pelo IBGE. O Instituto produz inúmeros indicadores 
mensalmente, trimestralmente e anualmente sobre o mercado 
de trabalho brasileiro, que são importantes para o 
planejamento socioeconômico do Brasil. 
A PNAD, especificamente, fornece dados sobre a quantidade 
de pessoas empregadas, desempregadas, taxa de ocupação e 
taxa de desemprego. Também traz a média dos rendimentos 
dos trabalhadores. 
2. Produção Industrial 
Torna-se muito difícil avaliar o desenvolvimento de uma 
região sem uma indústria que seja forte, competitiva e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
diversificada. A indústria, dentre todos os setores 
produtivos, é o setor que mais exerce influência no crescimento 
do produto agregado. E por isso há um indicador que pede a 
produção industrial do país. 
Felizmente, a produção industrial é considerada 
relativamente diversificada. Contudo, é imatura, pois ainda está 
em processo de especialização em diversos setores, bem 
como avançou pouco no fortalecimento de cadeias produtivas 
com produtos mais avançados tecnologicamente. 
Caso esse cenário não mude, a contribuição da indústria 
para o crescimento da economia poderá reduzir no futuro. E, 
com isso, diminui o potencial de crescimento da economia. 
3. Taxa Referencial (TR) 
A Taxa Referencial (TR) foi instituída no Brasil durante o 
Governo Collor. O cálculo da TR é realizado a partir da Taxa 
Básica Financeira, que consolida informações dos juros 
praticados pelos maiores bancos do país. Este indicador é 
importante para calcular o rendimento da caderneta de 
poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 
4. Salário Mínimo 
Considera-se salário mínimo o menor valor a ser pago em 
uma relação de trabalho que a lei permite que os empregadores 
paguem aos seus empregados pelo tempo e mão de obra na 
produção de bens e serviços. Também é o menor valor que 
alguém pode vender sua força de trabalho. Por isso, o salário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mínimo é um dos principais indicadores econômicos do 
nosso país. 
5. Balança Comercial 
A Balança Comercial é um indicador econômico referente à 
relação entre o total de exportações e importações de bens e 
serviços de um país em um determinado período. O total de 
exportações de bens e serviços precisa ser superior ao de 
importações para que possa ter um superávit no saldo da 
balança comercial. Caso o contrário ocorra, registra-se um 
déficit. 
6. INPC 
Outro indicador produzido pelo IBGE, o Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor (INPC) é um dos principais do país 
sobre a variação mensal dos preços. O INPC mede o quanto 
que varia o custo de vida das famílias com integrantes 
assalariados e com rendimento mensal de 1 a 5 salários 
mínimos mensais, o que corresponde a cerca de 50% das 
famílias brasileiras. 
7. PIB 
O Produto Interno Bruto é um importante e um dos mais 
utilizados indicadores na macroeconomia. O objetivo é 
metrificar a atividade econômica de uma região (pode ser 
cidade, estado ou país). 
Se uma determinada região apresenta declínio no valor de 
seu PIB por dois trimestres consecutivos, é sinal de que sua 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 economia está em uma recessão técnica. 
Mesmo que seja um bom indicador de crescimento, o PIB 
não pode ser considerado um índice de desenvolvimento. 
Afinal, não são incluídos no seu cálculo dados como 
distribuição de renda, expectativa de vida, nível de escolaridade 
da população, desigualdade social e outros aspectos. 
8. INCC 
O Índice Nacional de Custo da Construção é produzido pela 
Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é usado para medir a 
evolução dos custos das construções habitacionais nas 
capitais dos dezoito principais estados brasileiros. 
9. Taxa SELIC 
Muito conhecida pelos investidores, a taxa SELIC é a taxa 
básica de juros da economia brasileira. Utilizada como 
referência para calcular as demais taxas de juros que são 
cobradas pelo mercado e para decidir a política monetária do 
governo federal. A Selic, inclusive, é um indicador bastante 
utilizado para referenciar a rentabilidade de alguns 
investimentos de renda fixa. 
10. IGP-M 
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é utilizado 
para medir o movimento dos preços do mercado nacional. É 
calculado mensalmente pela FGV e divulgado no final de cada 
mês. O IGP-M é utilizado para o reajuste dos aumentos da 
energia elétrica e dos contratos de aluguel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. INPCA/IPCA 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (PCA) é 
produzido pelo IBGE. Trata-se de um indicador oficial do 
Governo Federal para conferir metas inflacionárias. O IPCA 
mede a variação do custo de vida das famílias brasileiras com 
assalariados que têm renda mensal de 1 a 40 salários mínimos 
mensais. Assim como a Selic, o IPCA é um dos principais 
indicadores econômicos para referenciar a rentabilidade de 
investimentos, especialmente no âmbito da renda fixa. 
Há outros indicadores econômicos? 
No site oficial do Banco Central do Brasil é possível conferir 
diversas outras informações sobre outros indicadores 
econômicos importantes. Veja alguns deles encontrados no 
site do BACEN: 
 Índice do nível de emprego formal – Brasil; 
 Aplicações financeiras; 
 Fundos de Investimento; 
 Arrecadação do IPI por setores – Regime de 
competência; 
 Previdência Social – Fluxo de caixa; 
 Banco Central do Brasil – Operações cambiais; 
 Valor da cesta básica em 17 capitais (municípios). 
São muitos os indicadores econômicos e financeiros, mas 
vale a pena conferir alguns deles e ir conhecendo aos poucos 
estas informações. Afinal, os indicadores econômicos são 
importantes para entender como a economia do país está se 
comportando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É essencial que investidores entendam e saibam os 
principais indicadores do mercado, a fim de ter maior 
assertividade na hora de investir. (Artigo de André Bonna, especialista 
em educação financeira – Disponível em: https://andrebona.com.br/11-
principais-indicadores-economicos-que-voce-precisa-conhecer/) 
 
 
 Até a aula! 
 
Gabriele Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Andrade é Administradora, professora e especialista em finanças e mercado financeiro. 
https://andrebona.com.br/11-principais-indicadores-economicos-que-voce-precisa-conhecer/
https://andrebona.com.br/11-principais-indicadores-economicos-que-voce-precisa-conhecer/
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
LEITURA PRÉVIA 
AULA 03 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
O CAMINHO “LONGO E IRREGULAR” ATÉ A RETOMADA DA 
ECONOMIA GLOBAL APÓS A COVID-19, NA PREVISÃO DO FMI 
Sob forte impacto da pandemia do coronavírus, a economiamundial deverá encolher 4,4% em 2020, segundo a projeção mais 
recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgada em 
13/10/2020. A contração é menor do que a estimada pelo Fundo 
em junho/2020, quando a projeção era de queda de 4,9% no PIB 
(Produto Interno Bruto) global. 
Mas o FMI salienta que, apesar de ser "menos severa" do que o 
esperado anteriormente, a recessão ainda assim é profunda, e a 
recuperação será "longa, irregular e incerta". A projeção para 2021 
é de crescimento de 5,2% no PIB mundial, um pouco abaixo dos 
5,4% previstos em junho/2020. 
As novas projeções fazem parte do relatório World Economic 
Outlook ("Perspectivas da Economia Mundial"), divulgado em 
Washington. Para a economia brasileira, o FMI projeta recuo de 
5,8% em 2020, desempenho melhor do que a queda de 9,1% 
prevista em junho/2020, mas ainda mais pessimista do que as 
projeções do mercado e do governo brasileiro. 
O relatório Focus, do Banco Central, feito a partir de pesquisa 
semanal com analistas de mercado, projeta retração de 5,02% em 
2020. O Ministério da Economia prevê queda de 4,7%. O Banco 
Mundial também revisou suas projeções para a economia 
brasileira, prevendo queda e 5,4%, menor do que o recuo de 8% 
projetado em junho/2020. 
Para 2021, o FMI projeta crescimento de 2,8% no PIB brasileiro, 
abaixo dos 3,6% previstos no relatório de junho/2020. 
 
 
 
 
"A economia global está emergindo das profundezas nas quais 
despencou durante o Grande Lockdown em abril/2020. Mas com a 
pandemia de covid-19 continuando a se espalhar, muitos países 
reduziram a velocidade da reabertura e alguns estão voltando a 
estabelecer medidas parciais de lockdown para proteger 
populações vulneráveis", diz o relatório. 
"Enquanto a recuperação da China foi mais rápida do que o 
esperado, a longa ascensão da economia global de volta a níveis 
de atividade pré-pandemia permanece suscetível a reveses." 
A China, primeiro país afetado pela pandemia, deverá crescer 
1,9% em 2020 e 8,2% em 2021, segundo o FMI. 
REVISÃO 
A pandemia deixou mais de 1 milhão de mortos e mais de 38 
milhões de infectados ao redor do mundo, até a primeira quinzena 
de outubro 2020. O Brasil é o segundo país com o maior número 
de mortos, com mais de 150 mil óbitos, e o terceiro em número de 
casos, com mais de 5 milhões de infectados. 
Muitos países adotaram medidas de lockdown para tentar 
conter o avanço do coronavírus, entre elas o fechamento de 
escolas, bares, restaurantes, comércio e lazer. Alguns governos 
impuseram isolamento rigoroso por determinado período, 
proibindo os moradores de saírem de casa, a não ser para 
atividades como ir ao supermercado ou ao médico. 
Os impactos da pandemia na economia mundial foram 
devastadores. Segundo o FMI, "nenhum país foi poupado", e houve 
retração no PIB tanto em economias avançadas quanto em países 
emergentes e em desenvolvimento. 
Os economistas do Fundo dizem que a revisão nas projeções 
mundiais foi motivada principalmente por resultados do segundo 
 
 
 
trimestre no PIB de grandes economias avançadas, que não foram 
tão negativos como projetado inicialmente, assim como 
indicadores de uma recuperação mais forte no terceiro trimestre 
de 2020. Ressaltam ainda que a China voltou a crescer de maneira 
mais vigorosa do que o esperado. 
O FMI salienta que os resultados "teriam sido muito mais 
fracos" não fosse pela considerável resposta fiscal, monetária e 
regulatória, "rápida e sem precedentes", que garantiu renda 
disponível para a população e protegeu o fluxo de caixa para 
empresas. Ações como essas evitaram até agora uma "catástrofe 
financeira" como a ocorrida em 2008 e 2009, diz o relatório. 
Com a reabertura a partir de maio ou junho de 2020, depois do 
período de lockdown, muitas economias começaram a se 
recuperar em um ritmo mais acelerado do que o antecipado, 
segundo o FMI. 
Mas os economistas advertem que as perspectivas pioraram 
desde junho / 2020 para alguns mercados emergentes e em 
desenvolvimento onde o número de casos está crescendo 
rapidamente. 
DESEMPREGO E POBREZA 
Segundo o relatório, as economias ao redor do mundo terão um 
caminho difícil até atingirem níveis de atividade pré-pandemia. 
Apesar das medidas de apoio adotadas por vários governos, o 
FMI diz que o nível de emprego continua "bem abaixo dos níveis 
pré-pandemia", e outros vários milhões de postos de trabalho 
estão em risco se a crise continuar. Para o Brasil, o FMI vê taxa de 
desemprego de 13,4% em 2020 e 14,1% em 2021. 
A pandemia também deverá reverter o progresso verificado 
desde os anos 1990 na redução da pobreza global e aumentar a 
desigualdade. Segundo o FMI, muitas economias vão enfrentar 
 
 
 
um retrocesso no padrão de vida em comparação ao que era 
esperado antes do coronavírus. 
O FMI diz que 90 milhões de pessoas ao redor do mundo 
poderão ser levadas à extrema pobreza (definida como renda 
diária de até US$ 1,90, ou cerca de R$ 10) neste ano em 
consequência da crise. 
"Não apenas a incidência de extrema pobreza vai aumentar 
pela primeira vez em mais de duas décadas, mas a desigualdade 
(também) deve aumentar, já que a crise afetou 
desproporcionalmente mulheres, trabalhadores do setor informal 
e aqueles com grau de instrução mais baixo", diz o relatório. 
O Banco Mundial já havia previsto que a pandemia iria empurrar 
115 milhões de pessoas para a pobreza extrema somente em 
2020. O relatório do FMI não cita especificamente o avanço da 
pobreza no Brasil. Mas, mesmo antes da pandemia, o país já 
registrava aumento da pobreza extrema nos últimos cinco anos. 
Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios), divulgados pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 o número de brasileiros 
em pobreza extrema era de 13,88 milhões, um aumento de 170 mil 
em relação ao ano anterior. 
Em 2020, durante à pandemia, o auxílio emergencial ajudou a 
amortecer o efeito da crise, com quase R$ 200 bilhões 
desembolsados pelo governo desde abril/2020. Mas há risco de 
que os indicadores voltem a piorar, ainda mais com a redução 
recente do valor do auxílio, de R$ 600 para R$ 300. 
INCERTEZAS 
O FMI ressalta que há grandes incertezas e riscos na retomada 
da economia global, inclusive o de que o crescimento seja menor 
do que o projetado. 
 
 
 
"Se o vírus ressurgir, o progresso em tratamentos e vacinas for 
mais lento do que o antecipado, ou o acesso a eles permanecer 
desigual, a atividade econômica poderá ser menor do que o 
esperado, com renovado distanciamento social e lockdowns mais 
restritivos", diz o relatório. 
Os economistas observam que, além do impacto das medidas 
de lockdown obrigatórias no início do ano, as economias também 
foram afetadas negativamente pelas ações de distanciamento 
social adotadas voluntariamente pela população, por medo de 
contrair o vírus. 
Segundo o FMI, isso faz com que a suspensão de medidas de 
lockdown não resulte necessariamente em recuperação rápida, 
especialmente em países que levantam as restrições 
prematuramente, enquanto ainda há volume relativamente alto de 
novos casos. 
Vários países que haviam conseguido reduzir os níveis de 
transmissão do coronavírus registraram novo aumento no número 
de casos, o que levou à suspensão da reabertura da economia. O 
relatório diz que, para evitar retrocessos, as políticas de apoio não 
podem ser retiradas prematuramente. 
Os economistas do Fundo consideram provável que, enquanto 
houver riscos à saúde, a atividade econômica continue reduzida. 
"A recuperação não é garantida enquanto a pandemia continuar 
a se propagar", diz o relatório. (Matéria de Alessandra Corrêa, 
jornalista – Escrito em Washington (EUA) para a BBC News Brasil) 
– disponível no link a seguir: LEIA AQUI 
Até a aula! 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54525220
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
LEITURA PRÉVIA 
AULA 04 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
 
POLÍTICAS FISCAL, MONETÁRIA E CAMBIAL: CRISE 
ECONÔMICA BRASILEIRA DE 2017No dia 29 de novembro de 2016, foi aprovada pelo Senado a 
PEC 55 – antes PEC 241. O texto estabelece um limite de 
gastos do governo pelos próximos 20 anos, a ser corrigido pela 
inflação do ano anterior. Essa é uma medida de política fiscal 
que tem como o objetivo equilibrar as contas públicas, para que 
o país possa superar a crise econômica. 
Mas o que significa política fiscal? E quais outros tipos de 
políticas econômicas podem ser utilizados pelo poder público? 
Muito se discute nos meios de comunicação sobre uma 
variedade de indicadores econômicos – inflação, déficit 
primário, carga tributária, taxa de câmbio, entre outros – que 
sinalizam possíveis períodos de recessão e crescimento, mas 
pouco se elucida sobre a dinâmica econômica e os efeitos das 
medidas tomadas pelo estado. 
POLÍTICAS ECONÔMICAS 
Toda ação tomada pelo governo através de instrumentos 
econômicos parte da premissa de formular propostas para 
resolver ou minimizar os problemas econômicos presentes, 
zelando pelos interesses e bem-estar da população. A função 
do governo é, portanto, atuar sobre determinadas variáveis e, 
através dessas, alcançar resultados positivos no campo 
econômico, como redução da inflação ou equilíbrio da balança 
de pagamentos. 
As políticas econômicas dependem de um diagnóstico 
correto de quais são os problemas econômicos existentes e da 
visão que os governantes têm sobre o papel do Estado na 
 
 
 
sociedade. Logo, as principais divergências existentes na 
condução dessas políticas são na esfera do pensamento 
econômico. Mas a macroeconomia, de uma forma geral, segue 
uma lógica intuitiva. Em outras palavras, pode existir 
discordância em relação a assuntos como o aumento da taxa 
de juros ou se seria coerente aumentar os tributos, mas é 
indiscutível o efeito que cada ação possui. A modificação da 
taxa de juros altera a propensão dos agentes econômicos a 
tomar empréstimos e a alteração da carga tributária afeta a 
arrecadação do Estado. 
Exatamente nesse ponto importante que entram em 
conjunto as diferentes políticas econômicas, ao tentar corrigir 
distorções ou promover crescimento em determinadas 
variáveis sem comprometer o desempenho de outras. É preciso 
existir um equilíbrio entre as políticas fiscal, cambial e 
monetária. E os principais indicadores utilizados como padrão 
de equilíbrio são inflação, equilíbrio das contas externas e 
crescimento da produção e do emprego. 
POLÍTICA FISCAL 
Este é o principal instrumento de política econômica do 
setor público. Resumidamente, a política fiscal pode ser 
definida como o planejamento orçamentário do Estado. O 
orçamento nada mais é que a diferença entre as receitas e 
despesas em um período. Quando as receitas são maiores que 
os gastos, tem-se um superávit e quando as receitas são 
menores, um déficit. A receita é obtida através da arrecadação 
de impostos, enquanto as despesas são mais variadas, 
contabilizando os gastos com pagamentos de funcionários, 
construção e manutenção de escolas, hospitais, pagamentos 
de juros da dívida, etc. 
 
 
 
As alterações de receita e gastos podem ser feitas em 
inúmeros segmentos da economia. Pode-se diminuir a 
tributação para setores específicos da indústria de forma a 
incentivar o investimento daquele segmento, pode-se aumentar 
os gastos com infraestrutura (rodovias, portos, sistema de 
transmissão de energia, etc.), e assim por diante. 
E a dinâmica da política fiscal é mais ou menos a seguinte. 
Quando se tem um superávit, existe a sinalização de que as 
contas estão sendo pagas e de que está sobrando dinheiro, que 
pode ser utilizado para reduzir o estoque da dívida pública, por 
exemplo. Além disso, o setor público teria uma folga para 
investir em áreas precisam de impulso, ou então para reduzir 
impostos e estimular a economia. Com a redução de impostos, 
sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou 
investirem, o que aumenta o Produto Interno Bruto (PIB) – 
soma de tudo que foi produzido no país. Da mesma forma que 
o aumento de investimento direto por parte do governo tem a 
tendência de promover crescimento do PIB. 
Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões 
inflacionárias, principalmente se for puxado pelo crescimento 
do consumo, pois o aumento da demanda (procura) por 
produtos leva a um aumento do nível de preços (inflação). Por 
isso, é necessária uma boa percepção da dinâmica econômica 
para entender o que cada movimento do mercado ou do 
governo pode ocasionar. 
É o conjunto de medidas que o governo adota para controlar 
a oferta de moeda conforme os interesses econômicos do país. 
Entende-se como oferta de moeda a liquidez do ativo, a 
facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro. Alguns 
tipos de investimentos financeiros têm datas pré-estabelecidas 
para se retirar a aplicação, tornando a sua liquidez menor. Uma 
 
 
 
liquidez menor ainda vale para imóveis, por exemplo, que 
demandam maior tempo para venda, tornando mais demorado 
o processo de ter aquela quantidade de dinheiro 
correspondente ao valor do imóvel em mãos. 
POLÍTICA MONETÁRIA 
O que o governo faz é controlar a quantidade de dinheiro 
circulando de forma “mais líquida” na economia. O Banco 
Central (BACEN), uma autarquia federal, vinculada ao Ministério 
da Fazenda, é o responsável por esse controle. A famosa Selic, 
que frequentemente aparece nos noticiários, é a taxa básica de 
juros. O Bacen ao alterar a Selic altera a meta de taxa de juros 
que deseja alcançar, e para isso, utiliza de alguns mecanismos 
para alterar os meios de pagamentos (oferta de moeda). Na 
teoria, menor oferta de moeda circulando significa que esse 
ativo está ficando mais escasso, consequentemente a 
demanda por empréstimos sobe e então, as instituições 
financeiras aumentam os juros por estarem oferecendo um 
produto que está sendo mais procurado pelo mercado (o 
empréstimo). Vale a mesma regra para o processo inverso. 
Como dito anteriormente, existem algumas ferramentas 
utilizadas pelo BACEN no controle de oferta de moeda, que são: 
operações de mercado aberto (open market), depósitos 
compulsórios, redescontos bancários e controle e seleção de 
crédito. Não se faz necessário detalhar cada instrumento, pois 
seria material para um novo texto, mas o importante aqui é 
perceber que a oferta de moeda controlada pelo banco central 
altera a taxa de juros para próximo da meta Selic. 
Os juros por sua vez, influenciam na atividade econômica e 
na inflação. Aqui no Brasil, aplica-se o sistema de metas de 
inflação, em que o governo promove esforços para atingir uma 
meta para a inflação anual. A taxa de juros tem papel 
 
 
 
importante nesse sistema. Um aumento dessa taxa afeta as 
decisões de investimento do empresariado e de consumo das 
famílias. Com taxas maiores para se tomar empréstimos e 
arcar com custos de “carregar” seu estoque, o empresário 
diminui seu investimento. As famílias, por sua vez, têm uma 
tendência de preferir a poupança ao invés do consumo, uma 
vez que está mais caro parcelar suas compras e pode estar 
sendo mais vantajoso deixar seu dinheiro aplicado rendendo a 
juros altos (aplicações vinculadas aos juros são mais atrativas 
quando estes estão altos, pois o retorno no futuro será maior). 
A combinação de redução de investimentos e de consumo 
ocasiona uma redução da atividade econômica do mercado. 
Com a redução da demanda, os preços caem e a inflação, que é 
o índice geral de preços, também cai. 
Portanto, esse é um mecanismo que controla o nível de 
preços para que fique dentro da meta. Porém, taxas de juros 
elevadas por um longo período podem deixar de elevar o 
crescimento econômico (redução do crescimento do PIB 
devido à redução da atividade econômica). O Estado, por sua 
vez, sofre com o aumento do custo de rolagem da dívida, pois 
os juros altos aumentam o saldo devedor da dívida interna ao 
longo do tempo, aumentando os gastos do governo – 
moderados pela política fiscal – e pressionando o déficit 
público. 
Para controlar a ofertade moeda, o BACEN pode também 
emitir papel moeda. Mas essa não é uma prática utilizada, pois 
tende a aumentar a inflação, já que não existiria um 
crescimento da oferta de produtos e serviços que justificasse 
um aumento da oferta de moeda. Em outras palavras, como 
não existiu um aumento da riqueza do país, não há motivo para 
que se emita moeda. 
 
 
 
POLÍTICA CAMBIAL 
A política cambial, que por sua vez difere da política fiscal e 
da política monetária, é baseada na administração das 
operações cambiais e da taxa de câmbio. São utilizadas para 
controle das relações comerciais e financeiras entre os agentes 
de um determinado sistema econômico com outro externo, em 
outras palavras, de seu país com outros países. No âmbito 
comercial, a situação de equilíbrio é avaliada pela balança 
comercial, ao gerar saldo positivo ou negativo entre a 
exportação e importação de bens e serviços. Já no âmbito 
financeiro, o equilíbrio é mensurado entre a quantidade de 
recursos (dólares) atraídos para o mercado interno para 
pagamento das contas em dólares. A soma dos dois fatores 
resulta em superávit ou déficit da chamada Balança de 
Pagamentos. 
Quanto maior a oferta de dólares em circulação na 
economia, mais o preço do dólar será pressionado para baixo, 
por causa do excesso de oferta. Portanto, o real ganha uma 
valorização frente ao dólar. O câmbio sinaliza quantos reais 
são necessários para comprar um dólar. Em uma situação 
hipotética em que um dólar custe R$ 2,00, e ocorra um excesso 
de oferta, como descrito acima, o dólar pode passar a valer 
R$1,90. Nessa situação, diz-se que o câmbio foi valorizado, ou 
que o real se valorizou. 
A maioria dos países desenvolvidos adotam um regime de 
câmbio flutuante, onde a taxa de câmbio é determinada 
exclusivamente pela interação entre oferta e demanda. Já no 
câmbio fixo, uma taxa de câmbio é estipulada e o Banco 
Central deve se virar para vender ou comprar dólares, a fim de 
manter o câmbio inalterado. No caso brasileiro, utiliza-se de um 
regime híbrido: o governo atua quando as oscilações ocorridas 
 
 
 
no mercado cambial podem comprometer determinados 
objetivos da política econômica. Assim, se o dólar atinge um 
patamar considerado muito elevado ou muito baixo, o Banco 
Central intervém. Esse regime assemelha-se muito ao regime 
de bandas cambiais ou flutuação suja. 
Em uma situação hipotética, em que durante certo período 
as exportações foram maiores que as importações, significa 
que entrou uma maior quantidade de dólares no país do que 
saiu. Nesse caso, a tendência é uma pressão para a queda do 
dólar frente ao real, valorizando o real e aumentando as 
reservas de dólares. Numa situação contrária, onde se importa 
mais que se exporta, os dólares saem mais do que entram do 
país. A oferta de dólares cai e então o real se desvaloriza. O 
BACEN pode atuar comprando dólares, a fim de manter um 
equilíbrio desejado no câmbio. 
Do ponto de vista das empresas brasileiras, o câmbio 
valorizado pode não ser muito favorável. A baixa taxa de 
câmbio oferece maior facilidade para importar produtos e 
serviços. Dessa forma, a balança comercial fica em déficit. Isso 
também atinge a competitividade do mercado nacional. No 
longo prazo, isso pode significar uma desvalorização da 
moeda, combinada com uma tendência de queda do PIB por 
causa da queda da produção interna. 
CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA DE 2017 
A política fiscal foi a principal ferramenta utilizada contra a 
crise econômica brasileira em 2017, porque afetou diretamente 
a demanda agregada (soma de consumo, investimento, gastos 
públicos e exportações) e o nível de produto da economia, pois 
o gasto público foi a única variável dessa equação que foi 
mudada com ações diretas, e não através de medidas que 
 
 
 
favoreceram sua mudança, como ocorre com as outras 
variáveis. 
Em 2017, no Brasil, foi aplicada uma política de austeridade, 
de contenção de gastos públicos, que é considerada por 
neoliberais como saída para a redução do déficit orçamentário, 
de forma a organizar a casa. Mas parte dos economistas que 
adotam a perspectiva keynesiana acredita que o corte dos 
gastos pode levar ao agravamento da crise, afetando ainda 
mais as camadas desfavorecidas da população. 
Em suma, é fundamental entender que a política fiscal por si 
só pode não chegar a um equilíbrio que possa proporcionar 
crescimento do PIB, do emprego e a redução da inflação. Como 
foi visto, a própria taxa de juros, que é controlada pelo lado 
monetário, pode contribuir para um crescimento do déficit 
público. Por isso, as políticas econômicas têm que atuar 
sempre em conjunto. (Matéria de Bruno Gonçalves Rodrigues, 
Bacharel em Ciências Econômicas – Disponível no link a seguir: 
LEIA AQUI 
 
Até a aula! 
 
 
 
 
https://www.politize.com.br/politica-fiscal-monetaria-e-cambial/
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
LEITURA PRÉVIA 
AULA 05 
 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
EDI (INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO 
INDUSTRIAL) NA IMPRENSA - SINAIS POSITIVOS DO SETOR 
EXTERNO DÃO ALGUM ALENTO PARA PIB DO ANO DE 2017 
 
Diante da incerteza do cenário econômico e com a 
divulgação dos dados do primeiro trimestre, o setor externo é 
um dos poucos para o qual analistas convergem expectativas 
de contribuição positiva para o Produto Interno Bruto (PIB) de 
2017. A magnitude da contribuição, porém, é alvo de 
controvérsias. Para alguns analistas depende da evolução 
ainda incerta da taxa de câmbio e da recuperação da demanda 
doméstica. 
As exportações de bens e serviços dentro do PIB, que 
caíram sistematicamente ao longo de 2016 devido 
principalmente à apreciação cambial, voltaram a crescer no 
início deste ano, com alta de 4,8% no primeiro trimestre contra 
o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. A expansão 
foi superior às importações, que cresceram 1,8% no mesmo 
critério de comparação. A contribuição positiva do setor 
externo ajudou a compensar a retração da demanda doméstica, 
aponta boletim do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento 
Industrial (Iedi). 
"A relevância do setor externo para o resultado do primeiro 
trimestre de 2017 ficou bastante nítida no primeiro trimestre", 
avalia Rafael Cagnin, economista do Iedi. Na comparação 
 
 
 
anualizada, as exportações, depois de levar um tombo de 7,6% 
no último trimestre do ano passado, voltaram a crescer, com 
alta de 1,9% nos primeiros três meses de 2017, compensando 
parcialmente a forte elevação das importações, de 9,8% na 
mesma comparação. A taxa de crescimento dos 
desembarques, diz boletim do Iedi, reflete tanto bases muito 
baixas de comparação, como um estágio menos agudo da 
crise, favorecendo a importação de alguns bens, como de 
intermediários. 
Para Cagnin, há todos os elementos para que o setor externo 
traga contribuição positiva para o ano dada a reação das 
exportações no primeiro trimestre. Ele pondera, porém, que o 
resultado depende do que vai acontecer com o preço das 
commodities, que alavanca o volume no embarque de básicos, 
e com o câmbio e seus efeitos no esforço do setor 
manufaturado em ocupar a capacidade ociosa com produção 
para exportação. 
Em 2015, o setor externo contribuiu de forma positiva com 
2,6 pontos percentuais para o total da riqueza produzida no 
país. No ano passado essa ajuda foi positiva ainda, mas caiu 
para 1,7 ponto percentual. 
Para Livio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de 
Economia (Ibre/FGV), as importações e exportações 
caminharam conforme esperado no primeiro trimestre, mas o 
"imbróglio político" resultante das denúncias envolvendo o 
presidente Michel Temer pode tornar a contribuição do setor 
externo maior que a esperada anteriormente. Isso porque, diz 
ele, a crise deflagrada em maio pode ter efeitos ainda incertos 
na taxa de câmbio e na absorção doméstica. 
O que se esperava para 2017 antes das denúncias era uma 
contribuição para o PIB do setor externo bem menor do que a 
 
 
 
do ano passado e tendendo a zero. A evolução no primeirotrimestre, diz ele, contribuiu para reforçar a avaliação. A 
perspectiva era de que as taxas de exportação e de importação 
não seriam mantidas no nível do primeiro trimestre, explica 
Ribeiro, mas o vetor que alavancava a importação parecia mais 
forte do que o que puxava as exportações. 
A crise política, porém, diz ele, pode afetar a taxa de câmbio 
e a absorção doméstica. "Abre-se agora nova incerteza nesses 
dois vetores que impactam exportações e importações." Com 
isso, explica, é possível que o setor externo tenha contribuição 
maior que a esperada inicialmente, mas ainda não é possível 
avaliar quanto. Até meados de maio, diz, o cenário era de 
recuperação lenta e gradual da atividade e de câmbio mais 
apreciado do que o passado recente. "Não é mais possível 
saber para onde vai o câmbio, afetado primordialmente pelo 
cenário doméstico. E também não se sabe que impacto a crise 
terá sobre a atividade. ” 
Fabio Silveira, sócio da Macro Sector Consultores, diz que as 
importações do primeiro trimestre vieram bem mais fortes do 
que se imaginava, por conta da reativação de alguns setores no 
mercado doméstico que demandam insumos e do câmbio 
valorizado. Para ele, as exportações devem manter bom ritmo 
agora com câmbio mais depreciado. Os preços das 
commodities, diz ele, apesar da queda na evolução dos últimos 
meses, ainda deve ter ganho em relação ao ano passado. Ele 
estima preços médios do petróleo e do minério de ferro neste 
ano 13% e 17% maiores, respectivamente, que a média de 2016, 
o que deve favorecer aumento de volume de embarques. 
A MacroSector projeta para 2017 alta de 6,5% nas 
exportações de bens e serviços dentro do PIB. Para as 
importações, a alta estimada é de 3,5%. 
 
 
 
Poderá ler a reportagem completa com Marta Watanabe, 
jornalista do Valor Econômico no link a seguir: 
 
 LEIA AQUI 
 
 
Até a aula! 
 
 
 
 
 
https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2017/
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
LEITURA PRÉVIA 
AULA 06 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS 
Compete à CAMEX, entre outros: 
1) Estabelecer as diretrizes para as negociações de 
acordos de comércio exterior bilaterais, regionais ou 
multilaterais; e 
2) Propor as medidas pertinentes para proteger os 
interesses comerciais brasileiros nas relações 
comerciais com países que descumprirem acordos 
bilaterais, regionais ou multilaterais, como, por 
exemplo, a abertura de procedimentos contenciosos. 
Nesse contexto, a CAMEX é o órgão competente no governo 
brasileiro para tomada de decisões relativas à: abertura de 
negociações comerciais, ampliação de acordos já existentes e 
autorização para a abertura de contenciosos na Organização 
Mundial de Comércio (OMC). Ressalte-se que a CAMEX 
também tem atribuição para decidir sobre questões pontuais 
durante o processo negociador de um acordo bilateral ou 
regional do qual o Brasil seja parte. 
Cabe ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) o papel de 
coordenar o processo de negociação de acordos comerciais 
em parceria com os outros Ministérios membros da CAMEX. O 
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) é o 
responsável pelas consultas junto ao setor privado para 
elaboração da oferta de bens industriais com os cronogramas 
de desgravação tarifária, bem como por preparar a posição 
 
 
 
brasileira em outros temas de sua competência como serviços, 
investimentos, regras de origem, entre outros. O Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o interlocutor 
do governo junto ao setor agrícola, negocia os textos dos 
capítulos de medidas sanitárias e fitossanitárias e prepara em 
conjunto com o MDIC a oferta de desgravação tarifária do setor 
agrícola. Há ainda a participação ativa do Ministério do 
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG) responsável 
pelas negociações em compras governamentais e do 
Ministério da Fazenda (MF) cujo interesse e participação, 
focada em impactos econômicos, perpassam todos os temas, 
sejam eles tarifários ou não tarifários. Dependendo da 
negociação e dos temas envolvidos, vários outros órgãos de 
governo são convidados a participarem do processo 
negociador. 
A Secretaria-Executiva da CAMEX, por meio de sua equipe 
técnica, participa das negociações dos acordos internacionais 
de comércio do Brasil e acompanha o relacionamento 
comercial do Brasil com outros países e órgãos internacionais. 
Além disso, coordena ou acompanha grupos técnicos 
intragovernamentais, a fim de preparar estudos e propostas 
sobre matérias de competência da CAMEX, para serem 
submetidos ao Conselho da CAMEX e ao Comitê Executivo de 
Gestão (Gecex). 
Seguem breves informações sobre negociações em curso e 
sobre fóruns internacionais de comércio dos quais o Brasil 
participa: 
 
 
 
 
 
MERCOSUL – UNIÃO EUROPEIA 
As negociações entre o Mercosul e a União Europeia foram 
lançadas com a assinatura do Acordo Quadro de Cooperação 
Inter-regional entre os dois blocos em dezembro de 1995, em 
Madri. Duas trocas de ofertas em bens foram realizadas em 
2004 (maio e setembro), as quais não foram consideradas 
satisfatórias pelas Partes, o que interrompeu o processo 
negociador. O Acordo Mercosul-UE ganhou novo impulso com 
o intercâmbio de ofertas de acesso a mercados em bens, 
serviços e compras governamentais, realizado em maio de 
2016 e, desde então, as negociações tem avançado por meio 
de reuniões do Comitê de Negociações Birregionais – CNB 
(Bruxelas, outubro de 2016; Buenos Aires, março de 2017, e 
Bruxelas, setembro de 2017), quer por reuniões intersecionais 
(Bruxelas, fevereiro de 2017; Buenos Aires, junho de 2017), ou 
videoconferências. As negociações têm acordado intenso 
calendário de reuniões com encontros todos os meses até o 
final de 2017, quando se espera que os blocos cheguem a um 
acordo político. 
 
Mercosul – Índia 
O Conselho da CAMEX autorizou em sua 107ª Reunião, 
realizada em maio de 2015, o aprofundamento do Acordo de 
Preferências Fixas entre o Mercosul e a Índia. O Mercosul e a 
Índia discutem a ampliação das atuais 450 linhas tarifárias 
para cerca de 2.000 novas linhas de cada parte. Está prevista 
reunião ainda em 2017 para dar seguimento às negociações 
com vistas à ampliação do APF. 
 
 
 
 
MERCOSUL E CANADÁ 
O Mercosul e o Canadá realizaram três reuniões do Diálogo 
Exploratório entre 2011 e 2012. O principal objetivo do Diálogo 
foi determinar a conveniência do lançamento de negociações 
formais para um Acordo de Livre Comércio entre as partes. As 
tratativas seguem avançando e as partes se reuniram duas 
vezes em 2017 para identificar os próximos passos para o 
lançamento oficial de negociações de um acordo comercial. 
Tanto os sócios do Mercosul quanto os canadenses têm 
envidado esforços para obter mandato para o lançamento das 
negociações. 
 
MERCOSUL-ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE LIVRE COMÉRCIO 
(EFTA) 
A fase relativa ao Diálogo Exploratório para a negociação de 
um acordo de livre comércio entre o Mercosul e EFTA (bloco 
formado por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) foi 
concluída em janeiro de 2017 e as Partes realizaram duas 
rodadas de negociações em junho e agosto de 2017. Os 
principais capítulos em negociação são: bens; regras de 
origem; facilitação de comércio; medidas sanitárias e 
fitossanitárias; serviços; barreiras técnicas ao comércio; 
propriedade intelectual; compras governamentais; 
investimentos e disposições horizontais, legais e institucionais. 
 
 
 
 
 
 
BRASIL-MÉXICO 
Lançada em maio de 2015, a negociação entre os dois 
países tem como objetivo expandir significativamente a 
cobertura tarifária do Acordo de Complementação Econômica 
nº 53 entre Brasil e México e atualizar as o arcabouço 
regulatório nas áreas sanitárias e fitossanitárias, serviços, 
compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras 
técnicas, propriedade intelectual, coerência regulatória, entre 
outras. Em agosto de 2017, ocorreu a sétima rodada de 
negociações para a ampliação do ACE 53. Parao Brasil, ainda é 
necessário avançar na definição da oferta agrícola mexicana 
por meio da inclusão de produtos de interesse ofensivo 
brasileiro. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC) 
A Organização Mundial do Comércio (OMC) possui 
atualmente 164 membros e nasceu como resultado de 
negociações da Rodada Uruguai (1986-1994). Em dezembro de 
2017 ocorrerá a 11ª Conferência Ministerial da OMC de Buenos 
Aires. Na oportunidade, é possível que os membros cheguem a 
consenso sobre novas disciplinas multilaterais, tais como 
subsídios à pesca, comércio eletrônico, facilitação de 
investimentos e agricultura. (CAMEX – Secretaria Executiva da 
Câmara do Comércio Exterior – Disponível no link: LEIA AQUI) 
 Até a aula! 
http://www.camex.gov.br/investimentos/98-assuntos/36-negociacoes-comerciais-internacionais
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
LEITURA PRÉVIA 
AULA 07 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
NOVAS FUNCIONALIDADES DO SISCOMEX FACILITAM 
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES 
Os usuários do Portal Único de Comércio Exterior – 
Siscomex estão encontrando novidades na ferramenta desde 
18/05/20. Foram implementadas melhorias em serviços 
referentes aos novos processos de importação e de 
exportação, sob a coordenação conjunta da Secretaria de 
Comércio Exterior (Secex) e da Receita Federal do Brasil (RFB), 
com apoio técnico do Serviço Federal de Processamento de 
Dados (Serpro). 
As mudanças fazem parte de uma rotina de entregas 
sucessivas e graduais de novas funcionalidades e sistemas de 
comércio exterior para facilitar as exportações e importações 
brasileiras. Dentre os aprimoramentos, destaca-se a 
possibilidade de registro de exportação consorciada, que 
permite a diferentes empresas prestarem a informação 
conjunta de uma mesma Declaração Única de Exportação (DU-
E). 
Também foi implantada uma evolução no sistema de 
controle logístico de carga. Agora, nas operações realizadas 
pelo modal terrestre, é possível emitir o Manifesto Internacional 
de Carga (MIC) diretamente pelo sistema, proporcionando 
maior segurança e controle dos manifestos de carga, o que 
facilita o processo para os operadores. 
Outro destaque é a simplificação das informações prestadas 
no vínculo entre uma DU-E e um Ato Concessório de Drawback 
na modalidade Isenção. Essa medida atende ao pleito de 
 
 
 
diversos setores da iniciativa privada que utilizam o referido 
regime especial, com destaque para os casos em que o 
beneficiário não é quem realiza a exportação. 
Por fim, foram adotados processos totalmente digitais, além 
do uso de documentos eletrônicos. Essa melhoria desvincula o 
local físico em que se encontram as cargas da equipe de 
fiscalização da Receita Federal do Brasil para as declarações 
de exportação. Com isso, permite-se maior especialização das 
equipes de fiscalização, controles aduaneiros mais eficientes e 
melhor aproveitamento dos recursos públicos. 
 
O QUE É O PORTAL ÚNICO DE COMÉRCIO EXTERIOR? 
O Programa Portal Único de Comércio Exterior é uma 
iniciativa do Governo Federal para reduzir a burocracia, o tempo 
e os custos nas exportações e importações brasileiras, a fim de 
atender com mais eficiência às demandas do comércio 
exterior. 
Os principais objetivos do Programa são reformular os 
processos de exportações e importações, tornando-os mais 
eficientes e harmonizados, e criar um guichê único para 
centralizar a interação entre o governo e os operadores 
privados atuantes no comércio exterior. (Publicada em 
21/05/2020 na página do Ministério da Economia) 
 
Até a aula! 
 
 
 
NEGÓCIOS 
INTERNACIONAIS 
LEITURA PRÉVIA 
AULA 08 
 
 
 
LEITURA PRÉVIA 
 
DOCUMENTOS NA IMPORTAÇÃO: QUEM GERENCIA ESTA 
ETAPA? 
A decisão de importar nasce com a oportunidade existente, 
no mercado interno, de produtos que você encontrou no 
exterior, com preço acessível, qualidade superior, e a certeza de 
lucratividade. 
Porém, importar no Brasil não é para amadores, sobretudo 
em momentos de variação da moeda internacional. E a 
documentação exigível na importação é a etapa que mais gera 
problemas, se não controlado adequadamente. E ela precisa 
ser gerenciada por especialista. Qualquer erro, falta de 
informações ou assinatura, pode atrasar a liberação (no menor 
dos problemas) ou gerar uma multa e inviabilizar a transação. 
No Brasil, a importação para comercialização só pode ser 
feita por empresas, que chamamos de Importação Empresarial. 
O processo formal de habilitação é uma exigência da Receita 
Federal do Brasil para toda as empresas e pessoas físicas que 
desejam importar ou exportar. É um registro feito pela Receita 
Federal do Brasil, chamado RADAR (Registro e Rastreamento 
da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), que já foi 
extremamente burocrático no passado, mas desde 2015 que 
tem etapas diferentes, para empresas de experiência e portes 
diferentes. 
A documentação na importação tem papel fundamental em 
todas as etapas do processo. Existem documentos diferentes, 
em etapas distintas, que requer muita atenção de quem está 
conduzindo a operação. A regra de ouro é: pesquise tudo que 
será exigido, principalmente quais são os documentos na 
 
 
 
importação exigidos, antes da carga embarcar. Há exigências 
de licenças prévias, registros da empresa e do produto, e até 
cotas de quantidade e valor mínimo. Qualquer erro ou deslize, 
pode gerar multas, atrasos ou apreensão da mercadoria. 
A importação brasileira não segue uma ‘regra universal’, em 
as obrigações são as mesmas para tudo. Pelo contrário, as 
exigências são feitas produto a produto. Quer um exemplo? Se 
você deseja importar relógio de pulso, e a pulseira for de aço, 
não existirá nenhuma obrigação adicional. Mas se este 
produto tiver pulseira de couro silvestre, então terá a anuência 
do Ibama. Assim, ao sentar à mesa para negociar a sua 
operação, coloque para o exportador que ele precisará cumprir 
algumas regras para o Brasil, quanto à emissão documental. 
Após já ter decidido pelo produto, com preço ajustado, 
forma de pagamento, e prazo de entrega, é preciso cuidar 
gestão dos documentos na importação. O exportador já está 
sabendo que deverá ter atenção especial para os documentos 
exigidos pela legislação brasileira, e que o importador vai 
precisar instruir como isto acontecerá. 
O importador é responsável pela gestão da documentação 
para a importação, ou internamente, através de um analista de 
importação, ou externamente, através de um despachante 
aduaneiro. 
O que não pode ser é deixar isto nas mãos do exportador. O 
departamento operacional da empresa precisa checar cada 
documento exigido e identificar se ele está dentro do exigido. É 
preciso ter um roteiro e um checklist poderoso, para não deixar 
passar nada. 
Estima-se que aproximadamente 84% dos processos 
atrasam por algum tipo de erro com a documentação na 
importação. E este erro está ligado a falta de conhecimento 
 
 
 
prévio daquilo que as autoridades aduaneiras irão exigir. E para 
não errar nesta fase, é preciso construir e utilizar a Instrução de 
Embarque detalhada. Por não ser um documento aduaneiro, 
muitas empresas o ignoram. Porém, sem ele, as chances de 
erros aumentam, e os atrasos acontecerão (sem falar nas 
multas geradas pelo descuido com a legislação). 
A título de exemplo, no Brasil somos obrigados a apresentar 
via original, assinada de próprio punho. Além disso, temos que 
colocar o número do CNPJ em um dos documentos, e a falta 
disto pode até gerar uma multa de R$5.000,00. 
Via de regra, toda importação exige os seguintes 
documentos: Fatura Comercial, Packing List e Conhecimento 
de embarque. 
Dependendo do tipo de produto ou da origem, também será 
exigido: Certificado de Origem, Certificado de Análise, 
Certificado Fitossanitário e Certificado de Fumigação. Os 
problemas mais comuns nestes documentos são o 
preenchimento errado, a falta de informação, falta de 
assinatura ou envio de documentos apenas cópia. 
O checklist é uma lista de itens que foi previamente 
estabelecido paracertificar o que deve ser conferido naquele 
documento. O propósito é atestar que todas as etapas ou itens 
da lista foram cumpridas de acordo com a legislação 
aduaneira. 
 
Até a aula!

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