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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA E BIOMÉDICA INSTRUMENTAÇÃO BIOMÉDICA RELÁTORIO 1 AMPLIFICADOR OPERACIONAL – INVERSOR E NÃO INVERSOR ANDREW OLIVEIRA SILVA PAULO WICTOR BRAGA RICARDO DA CRUZ PEREIRA PROF.: Dra. MARIA DA CONCEIÇAO PEREIRA BELÉM – 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA E BIOMÉDICA INSTRUMENTAÇÃO BIOMÉDICA RELÁTORIO 1 AMPLIFICADOR OPERACIONAL – INVERSOR E NÃO INVERSOR ANDREW OLIVEIRA SILVA PAULO WICTOR BRAGA RICARDO DA CRUZ PEREIRA PROF.: Dra. MARIA DA CONCEIÇAO PEREIRA RELATÓRIO ENTREGUE À PROFESSORA Dra. MARIA DA CONCEIÇÃO PEREIRA, COMO AVALIAÇÃO PARCIAL DAS ATIVIDADES DO SEMESTRE LETIVO, DA DISCIPLINA DE INSTRUMENTAÇÃO BIOMÉDICA. BELÉM – 2017 AMPLIFICADORES OPERACIONAIS: Amplificadores operacionais ideais são amplificadores diferencias com: - Impedância de entrada infinita; - Impedância de saída nula; - Ganho de tensão infinito; -Resposta em frequência infinita; -Insensibilidade à temperatura. Suas principais aplicações são realizar operações matemáticas como integração, diferenciação, soma, multiplicação, amplificação e etc, quando operando na região linear (região ativa). O amplificador operacional utilizado tratado neste relatório é o TL081, figura 1. Figura 1. TL081 EXPERIENCIA 1: Montar um amplificador inversor de ganho 10 e resistência de entrada 10kΏ. Verificar o ganho para uma entrada senoidal de 1khz,1 Vpp. Aumentar a amplitude do sinal de entrada e verificar atenuação. 1) O amplificador inversor A configuração básica de um amplificador inversor é caracterizada pelo sinal de entrada sendo aplicado na entrada inversora do amplificador, que é sujeito à uma alta impedância de entrada, causada por um resistor, usualmente chamado de Ri. Além disso há a presença de um outro resistor, usualmente Rf, que é colocado entre o resistor Ri e a saída do amplificador. A interação entre Ri e Rf gera um ganho, ou seja, é o que garante à amplificação do sinal de entrada, que ligado à entrada inversora, por sua vez é invertido. A entrada não inversora é aterrada. Este relatório trata dos amplificadores inversores teórico e prático. O amplificador teórico foi montado e simulado computacionalmente através do software MULTISIM, que é uma plataforma que permite a simulação de circuitos analógicos e digitais utilizando componentes computacionais que simulam os elementos de circuitos encontrados na vida real, figura 2. Figura 2. Amplificador inversor computacional O amplificador inversor prático é aquele montado em laboratório, na protoboard, com elementos de circuitos, como resistores, utilizando o gerador de funções e osciloscópio, todos reais, disponibilizados no laboratório de circuitos, figura 3. Figura 3. Amplificador inversor prático 2) Memória de Cálculo 2.1) Cálculo considerando valores teóricos: A função de transferência do amplificador inversor é dada por: 𝑉𝑜 = −𝐺. 𝑉𝑖 Onde G é o ganho de tensão do amplificador inversor, que é dado por: 𝐺 = 𝑅𝑓 𝑅𝑖 = 100 10 = 10 Considerando Ri= 10 kΏ e Rf= 100 kΏ. Sendo assim a função de transferência do amplificador inversor simulado computacionalmente é dada por: 𝑉𝑜 = −𝐺. 𝑉𝑖 = −10. 𝑉𝑖 A equação acima indica que a saída deve ser 10 vezes maior do que a entrada e que o sinal deve ser invertido, ou seja, considerando o sinal de entrada como uma senoide à 1Vpp, nos instantes em que o sinal inicial estiver no semiciclo positivo o sinal de saída deve estar necessariamente no semiciclo negativo. 2.2) Cálculo considerando valores práticos: Ao fazer a simulação prática do circuito, ou seja, com o circuito montado em laboratório, o primeiro passo executado foi medir a resistência dos resistores Ri e Rf com o multímetro. Os valores obtidos foram: Ri= 9.98 kΏ e Rf= 96.7 kΏ, sendo fez-se necessário o cálculo de um novo ganho, o prático: 𝐺 = 𝑅𝑓 𝑅𝑖 = 96.7 9.98 ≅ 9.6 Sendo assim a função de transferência prática do amplificador inversor é: 𝑉𝑜 = −𝐺. 𝑉𝑖 ≅ −9.6 𝑉𝑖 A equação acima indica que a saída deve ser aproximadamente 9.6 vezes maior do que a entrada e que o sinal deve ser invertido, como explicado anteriormente. Contudo, o ganho do sinal de saída pratico observado no osciloscópio não é exatamente o ganho da equação acima, tal fato ocorre devido interferências vivenciadas por um circuito experimental, tal como a interferência das baterias, dos cabos que fazem as conexões com o osciloscópio, o próprio TL081, entre outros. 3) Resultados 3.1) Resultado Teórico O resultado teórico é aquele advindo da simulação computacional, neste tipo de simulação os componentes são ideais, ou seja, eles possuem valores os exatos àqueles propostos pela proposta da experiência. Para a simulação em computador foi utilizado o software de desenvolvimento de circuitos MULTISIM, que apresenta uma plataforma de fácil acesso e manuseio. Considerando o circuito montado no MULTISIM, figura 2, onde através do gerador de funções foi aplicado um sinal de entrada de 1Vpp, à uma frequência de 1khz,o resultado sinal de saída, por simulação computacional, é o da figura 4. Figura 4. SIMULAÇÃO DO CIRCUITO INVERSOR Através do MULTISIM o amplificador inversor foi simulado com resistores, gerador de funções, osciloscópio, fios de ligação e um TL081 todos próximos do ideal, ou seja, o sinal obtido pelo simulador é o mais próximo possível do desejado. 3.1) Resultado Prático O resultado prático advém da montagem do circuito em laboratório, onde os componentes não são ideais, e há diferentes tipos de interferência que podem influenciar no resultado final da experiência. O circuito foi montado em uma protoboard, figura 3, utilizando os componentes fornecidos pelo laboratório, resistores, cabos de conexão, gerador de funções, osciloscópio e amplificador operacional TL081.O circuito foi alimentado por duas baterias de 9V (±9V) e o gerador de funções e osciloscópio pela rede elétrica, ambos geradores de ruído. Aplicado um sinal senoidal de 1Vpp, a uma frequencia de 1.03khz, considerando os valores das resistencias Ri= 9.98 kΏ e Rf= 96.7 kΏ, o sinal de saída experimental, figura 5, está dentro do previsto, com um ganho de 9,4 considerando os ruídos do sistema, ou seja, próximo ao calculado pela equação (), além do sinal apresentar semiciclos invertidos, quando comparados aos do sinal de entrada, sendo assim a experiência do amplificador inversor foi bem sucedida. Figura 5. AMPLIFICADOR INVERSOR, RESULTADO PRÁTICO 4) Verificação da saturação O circuito do amplificador inversor é alimentado por duas baterias de 9V, oferecendo um limite de 18V teoricamente. Contudo, na pratica as baterias oferecem uma tensão menor do que os 18V desejados, e quando aumentamos a amplitude do sinal de entrada acima deste limite é possível notar a saturação do sinal, figura 6. Figura 6. SATURAÇÃO DO AMPLIFICADOR INVERSOR EXPERIENCIA 2: Montar um amplificador não inversor de ganho 11. Com uma entrada senoidal de 1Vpp, medir o ganho do amplificador, levantando a curva de ganho (em db) da resposta em frequência para 500Hz, 1kHz, 5kHz, 10kHz, 50kHz, 100kHz e 500kHz. 1) O amplificador não inversor O amplificador não inversor é caracterizado pelo sinal de entrada sendo ligado diretamente à entrada não inversora do amplificador, ou seja, o sinal de saída é igual ao sinal de entrada, porém com um ganho. O ganho é dado pela interação dos resistores Ri e Rf, sendo Ri ligado diretamente à entrada não inversora do amplificador e ao terra e Rf ligado entre Ri e a saída do amplificador. Este relatório trata dos amplificadores não inversores teórico e prático. Assim como no experimento 1, o amplificador teórico foi montado e simuladono software MULTISIM, figura 7. Já o circuito prático foi montado em uma protoboard, alimentado à ±9V, utilizando elementos de circuitos reais e simulado em laboratório com auxílio do gerador de funções e osciloscópio, figura 8. Figura 7. AMPFIFICADOR NÃO INVERSOR COMPUTACIONAL Figura 8. AMPLIFICADOR NÃO NVERSOR PRÁTICO 1) Memória de Cálculo 2.1) Cálculo considerando valores teóricos: A função de transferência do amplificador não inversor é dada por: 𝑉𝑜 = 𝐺. 𝑉𝑖 Onde G é o ganho de tensão do amplificador não inversor, dado por: 𝐺 = 𝑅𝑓 𝑅𝑖 + 1 = 100 10 + 1 = 11 Considerando Ri= 10 kΏ e Rf= 100 kΏ. Logo, a função de transferência do amplificador não inversor simulado em computador é dada por: 𝑉𝑜 = 𝐺. 𝑉𝑖 = 11. 𝑉𝑖 A equação acima indica que o sina de saída Vo é igual ao sinal de entrada, porém com um ganho de tensão igual à 11. 2.2) Cálculo considerando valores práticos: Na simulação prática, o primeiro passo foi medir a resistência dos resistores Ri e Rf com o multímetro. Como os componentes utilizados foram os mesmo do experimento 1, os valores obtidos também foram: Ri= 9.98 kΏ e Rf= 96.7 kΏ, assim ganho prático é dado pela equação abaixo: 𝐺 = 𝑅𝑓 𝑅𝑖 = 96.7 9.98 + 1 ≅ 10.6 Sendo assim a função de transferência prática do amplificador inversor é: 𝑉𝑜 = 𝐺. 𝑉𝑖 ≅ 10.6 𝑉𝑖 A equação () indica que a saída deve ser aproximadamente 10.6 vezes maior do que a entrada e que o sinal deve ser invertido, contudo considerando as interferências do sistema, o valor no osciloscópio provavelmente está próximo e não exatamente igual a este valor. 2) Resultados 3.1) Resultado Teórico O resultado teórico é simulado em computador, com componentes ideais. Para a simulação foi utilizado, assim como na experiência 1, o software de desenvolvimento de circuitos MULTISIM. Considerando o circuito montado no MULTISIM, figura 7, foi aplicado um sinal de entrada de 1Vpp, à uma frequência de 500Hz, 1kHz, 5kHz, 10kHz, 50kHz, 100kHz e 500kHz. As simulações nessas faixas de frequências podem ser evidencias da figura 9 à 15. Figura 9. RESPOSTA à 500Hz Figura 10. RESPOSTA à 1kHz Figura 11. RESPOSTA à 5khz Figura 12. RESPOSTA à 10kHz Figura 13. RESPOSTA à 50kHz Figura 14. RESPOSTA à 100kHz Figura 15. RESPOSTA à 500kHz O circuito simulado no MULTISIM, como pode ser evidenciado nas figuras acima, está de acordo com o esperado na maioria das faixas de frequência, ou seja, com um ganho de tensão igual à 11, contudo há algumas particularidades. A análise de diferentes frequências é feita devido ao fato que todo amplificador ter uma banda de passagem, ou seja, admite sinais até uma determinada faixa de frequência. Como pode ser observado, o ganho se mantem próximo à 11 nas faixas mais baixas, contudo quando a frequência alcança faixas mais elevadas o ganho diminui discretamente, nas frequências de 50-100Khz, já quando este se aproxima de 500kHz o ganha diminui bruscamente, revelando os limites da banda de passagem, que será analisado posteriormente através da resposta em frequência do sistema. 3.1) Resultado Prático O resultado da montagem do circuito não inversor deve levar em consideração as interferências do sistema. O circuito assim como na experiência 1 foi alimentado por duas baterias de 9V (±9V) e simulado com o gerador de funções e osciloscópio do laboratório. Aplicando um sinal senoidal de 1Vpp na entrada não inversora do TL081, a uma frequencia de 500Hz, 1kHz, 5kHz, 10kHz, 50kHz, 100kHz e 500kHz, e considerando os valores das resistencias Ri= 9.98 kΏ e Rf= 96.7 kΏ, o sinal de saída experimental, é dado pelas figuras 16 à 22. Figura 16. RESPOSTA à 500Hz Figura 17. RESPOSTA à 1KHz Figura 18. RESPOSTA à 5kHz Figura 19. RESPOSTA à 10KHz Figura 20. RESPOSTA à 50KHz Figura 21. RESPOSTA à 100KHz Figura 22. RESPOSTA à 500KHz Analisando as figuras acima, nota-se que a largura de banda do TL081 real é menor do que a do computacional. Tal fato é evidenciado a medida que quando o sinal atinge frequência mais altas o ganho diminui, neste caso já nas frequências de 50-100kHz há uma diminuição mais acentuada no ganho, e na faixa de 500kHz o sistema ao invés de amplificar começa a atenuar o sinal de entrada, como é possível notar na figura 22. 4) Curva de ganho (em dB) A curva de ganho em dB foi gerada a partir da análise da resposta em frequência do circuito não inversor, no MUILTISIM. A figura 23, representa esta curva, onde é possível analisar o ganho do circuito em decibéis. Figura 23. CURVA EM GANHO dB Analisando a curva é possível confirmar que o ganho depende da faixa de frequência em que o circuito é exposto, no caso do TL081 computacional, o ganho se mantem estável até aproximadamente a faixa de 50kHz, a partir desta faixa até 100kHz o circuito sofre uma pequena queda em seu ganho. A partir de 100kHz essa queda se torna cada vez mais acentuada, à medida que quando analisamos o sinal na faixa de 500Khz o ganho é tão pequeno que o sinal de saída se assemelha ao de entrada, e se considerarmos o TL081 real o sinal é atenuado. Sendo assim, analisando as simulações e a resposta em frequência do circuito podemos inferir que a experiência do amplificador não inversor foi bem sucedida.
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