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Aula 2 - Produtos Bancários

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SISTEMA DE ENSINO
CONHECIMENTOS 
BANCÁRIOS
Produtos Bancários
Livro Eletrônico
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Produtos Bancários
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Produtos Bancários ........................................................................................................4
Crédito Direto ao Consumidor - CDC .............................................................................24
Crédito Rural ................................................................................................................32
BB é o Operador Financeiro do Crédito Rural ............................................................... 40
Caderneta de Poupança ................................................................................................53
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Prezado(a) aluno(a),
Tudo bem contigo?
Espero que sim. Que você esteja com saúde e que tenha gostado de nossa primeira aula.
Hoje teremos a 2ª aula: conhecimentos bancários para o concurso do Banco do Brasil. 
Nela, irei trabalhar os seguintes temas: Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e 
débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural e caderneta de poupança.
Desejo uma ótima aula para você.
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PRODUTOS BANCÁRIOS
Os bancos são empresas especializadas em prestar serviços relacionados à intermedia-
ção financeira, captando dinheiro de quem tem sobras e emprestando a quem precisa. Para 
operacionalizar as a captação e a concessão de créditos, os bancos utilizam seus produtos 
bancários.
Os produtos bancários são os instrumentos criados e os serviços ofertados pelos bancos aos 
seus clientes captando e emprestando dinheiro.
Por exemplo:
Quando um banco opera com conta poupança, ele está operando um produto de captação de 
recursos; ao pegar os recursos captados na poupança e financiar o crédito rural na sua região, 
o banco está operando um produto de concessão de crédito.
Buscando uma maior liquidez e garantia, o setor bancário brasileiro sofreu um processo 
de forte transformação e consolidação a partir da adoção do Plano Real em 1994, além da 
instituição do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Finan-
ceiro Nacional (PROER), em 1995, e da criação do Programa de Incentivo à Redução do Setor 
Público Estadual na Atividade Bancária (PROES) em 1996.
A partir destas datas, as instituições financeiras criaram o conceito de mesa de opera-
ções, em que centralizam a maioria das operações de suas áreas de mercado, ou seja, suas 
operações comerciais que envolvam a captação de recursos (operações passivas) e a con-
cessão de créditos (operações ativas).
Nas mesas de operações são definidas as operações comerciais que envolvam a defini-
ção de taxas de juros para captação e para concessão de créditos e, assim, é estabelecido o 
conceito de “Spread bancário”, que é a diferença entre o custo do dinheiro captado e o valor 
do dinheiro vendido na concessão de créditos. “Spread bancário” é o lucro da instituição fi-
nanceira na intermediação dos recursos em cada operação.
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Então, podemos entender que “produtos bancários” são os produtos que o banco disponi-
biliza aos seus clientes para exercer a sua finalidade básica, que é a intermediação de recur-
sos, buscando captar recursos para emprestar.
Os principais produtos ofertados pelos bancos são:
• conta-corrente;
• conta poupança;
• conta salário;
• CDB e RDB;
• talão de cheques;
• cheque especial;
• cartão de crédito e débito;
• empréstimos – CDC;
• financiamentos;
• crédito rural;
• cobrança e pagamento de títulos.
Qualquer cidadão brasileiro pode ter acesso aos serviços bancários criados. A forma de 
captação de recursos e da concessão de crédito vai depender das características de cada 
produto, pois os bancos oferecem muitas opções de poupança e de empréstimos e financia-
mentos a seus clientes, considerando as necessidades e disponibilidades de recursos.
Dentro do conceito de produto bancário ofertado, a captação de recurso é uma operação pas-
siva, e a concessão de crédito é uma operação ativa para a instituição financeira, sendo que 
as condições, as taxas, os prazos e os valores variam de acordo com cada situação ou cliente.
Noções de Cartões de Crédito e Débito
Os cartões de crédito e de débito são conhecidos como “dinheiro de plástico”, pois são 
usados para pagar contas ao invés do dinheiro em espécie ou papel moeda comum.
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A denominação de “dinheiro de plástico” se dá devido aos cartões serem feitos de plásti-
co e terem se tornado a principal forma de pagamento em vários tipos de estabelecimentos, 
sendo que o principal motivo da expansão desta ferramenta de movimentação financeira é a 
comodidade e segurança oferecidos pelo cartão.
No mercado há também os atrativos que as administradoras de cartões criam para incen-
tivar a utilização dos cartões: podem ser milhas e pontos para serem trocados por passagens 
em companhias aéreas, sorteios de prêmios, descontos em alguns estabelecimentos e até 
mesmo isenção da anuidade.
Para os bancos, é duplamente lucrativo que os clientes usem os cartões de crédito e dé-
bito, pois os comerciantes pagam taxas administrativas e os caixas eletrônicos e agências 
bancárias ficam com menos pessoas precisando sacar dinheiro.
Os serviços de pagamentos vinculados a cartão de crédito emitidos por instituições finan-
ceiras ou instituições de pagamento estão sujeitos à regulamentação baixada pelo Conselho 
Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
CARTÃO DE CRÉDITO é um meio de pagamento eletrônico que possibilita ao portador a 
aquisição de bens e/ou serviços, pelo preço à vista, nos estabelecimentos credenciados e re-
alizar saques de dinheiro em equipamentos eletrônicos habilitados. O cartão pode ser emitido 
para pessoas físicas ou para pessoas jurídicas. No caso de pessoa jurídica, os cartões serão 
emitidos em nome dos sócios e/ ou funcionários, podendo constar o nome da empresa que 
assume a responsabilidade perante o EMISSOR.
CARTÃO DE DÉBITO é um meio de pagamento vinculado a uma conta bancária que, entre 
outras funções, é utilizado para aquisição de bens e/ou serviços com a utilização de senha. O 
valor da transação é debitado na conta bancária, no ato da compra, mediante disponibilidade 
de saldo.
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O cartão de débito permite acessar os terminais de autoatendimento (caixas eletrônicos), 
para realizar saques, depósitos, transferências, pagamentos de contas, consultas a extratos, 
entre outras funções.
No comércio, o uso do cartão de débito permite a realização de pagamentos em locais 
credenciados, debitando o dinheiro diretamente da conta-corrente do proprietário do cartão, 
mediante a digitação de uma senha pessoal, e transferindo o mesmo valor para a conta-cor-
rente do vendedor ou do prestador do serviço.
CARTÃO MÚLTIPLO é um meio de pagamento que contém as funções de débito e crédito, 
habilitando seu portador a ter acesso aos serviços disponibilizados pelas Instituições Finan-
ceiras e pela rede de estabelecimentos credenciados.
Cartão de crédito é um cartão que pode ser utilizado para “comprar agora, mas pagar depois”, 
enquanto o cartão de débito é meramente para utilização tipo “comprar agora e pagar agora”.
Em suma, o cartão de débito está associado à uma conta bancária e, consequentemente, 
ao dinheiro que lá estiver, e por isso o cliente apenas pode utilizá-lo até o montante que tiver 
disponível na conta.
Em contrapartida, um cartão de crédito é uma forma de pagar por empréstimo (a crédito), 
ou seja, uma instituição financeira adianta o dinheiro ao vendedor no ato do pagamento com 
o cartão, tendo o cliente dinheiro disponível na conta ou não. Assim, ao utilizar o cartão de 
crédito, o cliente terá direito a um período de crédito gratuito para poder pagar a dívida sem 
juros.
As operações de cartões de crédito envolvem 5 participantes: o portador, o estabelecimento 
aceitante, a empresa adquirente, a bandeira e o emissor do cartão.
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Portador: é a pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando através 
do cartão de crédito. Pode ser o titular da conta de cartão de crédito ou apenas portador do 
cartão adicional.
Estabelecimento: é a empresa interessada em vender ou prestar serviço recebendo o pa-
gamento feito pelos seus clientes através do cartão de crédito.
Adquirente: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o estabele-
cimento e a bandeira. Para isso, aluga e mantém os equipamentos usados pelos estabeleci-
mentos. As maiores adquirentes no Brasil são Redecard, Cielo (antiga Visanet Brasil), Hiper-
card e Getnet.
Bandeira: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o adquirente e 
o emissor do cartão de crédito. As maiores bandeiras no Brasil são Visa, MasterCard, Elo e 
Hipercard. Para identificar qual é o emissor do cartão, as bandeiras usam os 6 primeiros nú-
meros do cartão, chamados de “bin-number”.
Emissor: é a empresa administradora do cartão. Normalmente, é uma instituição financei-
ra – em especial, os bancos. É essa empresa administradora que emite o cartão de crédito, 
define limite de compras, decide se as transações são aprovadas, emite fatura para pagamen-
to, cobra os titulares em caso de inadimplência e oferece produtos atrelados ao cartão como 
seguro, cartões adicionais e plano de recompensas.
Em uma transação com cartão de crédito, o estabelecimento passa o cartão em um equi-
pamento eletrônico, que pode ser um POS (comum em pequenas lojas, restaurantes e postos 
de gasolina) ou um equipamento integrado com o sistema do estabelecimento (usado em 
supermercados e lojas de departamentos). Nesse momento, um funcionário do estabeleci-
mento digita a opção de crédito ou débito, o número de parcelas e o tipo de parcelamento 
(com ou sem juros). Esse aparelho se comunica com o adquirente, que envia a transação para 
a bandeira, que, por sua vez, direciona para o emissor. O emissor decide se a transação será 
aprovada ou não e envia a decisão de volta para a bandeira, que envia para o adquirente e, 
então, para o equipamento do estabelecimento.
No caso de transação aprovada, o equipamento do estabelecimento emite duas vias de 
comprovante. Uma delas fica com o portador e a outra fica com o estabelecimento. Atualmente, 
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devido a necessidade de senha pessoal e intransferível, não é mais preciso assinar o recibo 
do estabelecimento. Contudo, faz-se necessária a apresentação de um documento de identi-
dade que identifique o proprietário do cartão.
O dono do cartão recebe mensalmente a fatura, pelo correio ou por meio eletrônico, para 
conferir e pagar as compras efetuadas. É possível optar pelo pagamento total, pelo valor mí-
nimo ou por algum valor intermediário, sendo que o banco pode debitar na conta-corrente 
os valores relativos à fatura do cartão de crédito, desde que o cliente tenha, previamente, 
solicitado ou autorizado por escrito ou por meio eletrônico a realização do débito. A referida 
autorização é admitida no próprio instrumento contratual de abertura de conta de depósito.
O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No entanto, é im-
portante salientar que o cancelamento do contrato de cartão de crédito não quita ou extingue 
dívidas pendentes. Assim, deve ser buscado entendimento com o emissor do cartão sobre a 
melhor forma de liquidação da dívida.
É importante destacar que cabe ao administrador do cartão a relação comercial com o 
portador do cartão de pagamento quanto à:
a) habilitação;
b) identificação;
c) autorização;
d) liberação de limite de crédito ou saldo em conta-corrente;
e) fixação de encargos financeiros;
f) cobrança de fatura e
g) definição de programas de benefícios.
No Brasil, as administradoras de cartões de crédito não são obrigatoriamente instituições 
financeiras, elas são empresas prestadoras de serviço que fazem a intermediação entre os 
portadores de cartões, os estabelecimentos afiliados, as bandeiras (Visa, Mastercard, elo, ca-
bal etc.) e as instituições financeiras.
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Contudo, para contornar as dificuldades legais e fiscais envolvidas na cobrança das taxas 
de juros do parcelamento das vendas a prazo através do cartão, as administradoras estão se 
transformando em instituições financeiras e estão se vinculando a um banco.
Atualmente, no Brasil, dois tipos de instituição podem emitir cartões de crédito, quais se-
jam:
1) administradoras em sentido estrito, que são empresas não financeiras que emitem e 
administram cartões próprios ou de terceiros, mas não financiam os seus clientes.
2) instituições financeiras, que emitem e administram cartões próprios ou de terceiros e 
concedem financiamento direto aos portadores.
Quandoa administradora não for “IF”, ela não poderá parcelar a fatura. Assim, para financiar 
as dívidas de seus clientes, ela representará os portadores perante instituições financeiras 
(bancos), obtendo financiamentos, cujos encargos são pagos nas prestações.
Também é necessário destacar que existem duas categorias de cartão de crédito: o cartão 
básico e o cartão diferenciado.
O cartão básico é aquele utilizado somente para a função clássica de um cartão de cré-
dito, ou seja, para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados, não 
estando vinculado aos programas de vantagens do emissor. É de oferecimento obrigatório 
pelas instituições emissoras de cartão de crédito.
O valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do cartão 
diferenciado.
Já o cartão diferenciado é aquele cartão que, além de permitir a utilização na sua função 
clássica de pagamentos de bens e serviços, está associado a programas de benefício e/ou re-
compensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como programas de milhagem, seguro de 
viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado no exterior etc.
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Os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de cré-
dito: anuidade, emissão de segunda via do cartão, tarifa para uso na função saque, para uso 
do cartão no pagamento de contas e no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
Quanto ao pagamento da fatura, dependendo do que estiver pactuado em contrato, o 
cliente pode pagar valor inferior ao total.
Há contratos em que o cliente precisa pagar a totalidade da fatura no vencimento e outros 
em que ele pode pagar um valor inferior ao total da fatura, desde que efetue o pagamento do 
valor mínimo mensal estabelecido contratualmente.
Caso o cliente opte por pagar um valor inferior ao valor total, ele estará contratando uma 
operação de crédito, chamado crédito rotativo, sujeita à cobrança de juros e IOF sobre o saldo 
não liquidado, e os juros são altíssimos.
Obs.: � Crédito rotativo é uma modalidade de crédito concedida quando não ocorre o paga-
mento integral da fatura até o vencimento. Ou seja, é a diferença entre o valor total da 
fatura de um mês e o valor efetivamente pago no seu vencimento e que é objeto de 
financiamento.
Antigamente, o cliente podia pagar o mínimo por diversos meses seguidos, acumulando ju-
ros exorbitantes referentes a esse tipo de utilização. Nas novas regras de uso do rotativo, os 
clientes podem pagar o mínimo por apenas um mês.
A partir de 3 de abril de 2017, com a entrada em vigor da Resolução n. 4.549, o saldo deve-
dor da fatura de cartão de crédito, quando não pago integralmente até o vencimento, somente 
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pode ser mantido em crédito rotativo até o vencimento da fatura subsequente (em geral, 30 
dias).
Assim, o cliente terá que liquidar o saldo devedor do crédito rotativo, acrescido dos juros 
do período, no máximo até o mês seguinte.
Como quem entra no rotativo normalmente não tem dinheiro para pagar a fatura total, o 
banco emissor do cartão pode oferecer uma linha de crédito que é denominada de “parcela-
mento do saldo devedor”.
A determinação deste procedimento está na Resolução n. 4.549 do Bacen, que apresento 
a seguir:
RESOLUÇÃO N. 4.549, DE 26 DE JANEIRO DE 2017
Dispõe sobre o financiamento do saldo devedor da fatura de cartão de crédito e de 
demais instrumentos de pagamento pós-pagos.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei n. 4.595, de 31 de dezembro de 1964, 
torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 26 de janeiro 
de 2017, com base no art. 4º, incisos VI e VIII, da referida Lei, e tendo em vista o disposto 
no art. 7º da Lei n. 12.865, de 9 de outubro de 2013,
R E S O L V E U:
Art. 1º O saldo devedor da fatura de cartão de crédito e de demais instrumentos de 
pagamento pós-pagos, quando não liquidado integralmente no vencimento, somente 
pode ser objeto de financiamento na modalidade de crédito rotativo até o vencimento da 
fatura subsequente.
Parágrafo único. O financiamento do saldo devedor por meio de outras modalidades 
de crédito em condições mais vantajosas para o cliente, inclusive no que diz respeito à 
cobrança de encargos financeiros, pode ser concedido, a qualquer tempo, antes do ven-
cimento da fatura subsequente.
Art. 2º Após decorrido o prazo previsto no caput do art. 1º, o saldo remanescente do cré-
dito rotativo pode ser financiado mediante linha de crédito para pagamento parcelado, 
desde que em condições mais vantajosas para o cliente em relação àquelas praticadas 
na modalidade de crédito rotativo, inclusive no que diz respeito à cobrança de encargos 
financeiros.
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§ 1º A previsão da linha de crédito de que trata o caput pode constar no próprio contrato 
de cartão de crédito e de demais instrumentos de pagamento pós-pagos.
§ 2º É vedado o financiamento do saldo devedor da fatura de cartão de crédito e de 
demais instrumentos de pagamento pós-pagos na modalidade de crédito rotativo de 
valores já parcelados na forma descrita no caput.
É importante destacar que a operação de crédito depende do interesse das duas partes 
(instituição financeira e cliente) e normalmente está explícita no contrato do cartão.
Mas, caso a instituição tenha interesse em oferecer o parcelamento do saldo devedor da 
fatura, as condições por ela oferecidas ao cliente devem ser mais vantajosas do que aquelas 
do crédito rotativo, inclusive no que diz respeito à cobrança de encargos financeiros.
Segundo o Bacen, a liquidação do rotativo poderá ser feita com recursos próprios ou com 
recursos obtidos em outra instituição, ou, caso a instituição ofereça, por meio de linha de cré-
dito parcelado em condições mais vantajosas em relação àquelas praticadas na modalidade 
de crédito rotativo, inclusive no que diz respeito à cobrança de encargos financeiros.
Se não houver liquidação do saldo devedor ou o parcelamento do seu pagamento, poderá se 
configurar situação de inadimplência do cliente, aplicando-se os procedimentos previstos no 
contrato para situações da espécie.
O Bacen estabelece na Resolução n. 4.655, de 26 de abril de 2018, que, no caso de atraso 
no pagamento ou na liquidação de obrigações relacionadas com faturas de cartão de crédito 
e de demais instrumentos de pagamento pós-pagos, podem ser cobrados, exclusivamente, 
os seguintes encargos:
I – juros remuneratórios, por dia de atraso, sobre a parcela vencida ou sobre o saldo de-
vedor não liquidado, observado o disposto no art. 2º;
II – multa, nos termos da legislação em vigor; e
III – juros de mora, nos termos da legislação em vigor.
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Assim, para caracterizar a transparência e dar as informações claras e de forma tempes-
tiva aos clientes, as instituições devem fornecer demonstrativos e/ou faturas mensais de 
cartão de crédito, explicitando informações, no mínimo, a respeito dos seguintes aspectos:
• limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito passí-
vel de contratação;
• gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando parcelados;
• identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores;
• valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma segregada de acordo 
com os tipos de operações realizadas por meio do cartão;
• valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte no caso de o cliente optar pelo pa-
gamento mínimo da fatura; e
• custo efetivo total (CET), para o próximo período, das operações de crédito passíveis de 
contratação.
O BACEN, em seu site oficial, apresenta as seguintes perguntas e respostas quanto à uti-
lização do cartão de crédito:
1. O Banco Central regula e fiscaliza os serviços de pagamentos vinculados a cartão de 
crédito?
Sim. Os serviços de pagamentos vinculados a cartão de crédito emitidos por instituições 
financeiras ou instituições de pagamento estão sujeitos à regulamentação baixada pelo Con-
selho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos arts. 4º e 10 da Lei 
n. 4.595, de 1964, e da Lei n. 12.865, de 2013.
2. Existem diferentes tipos de cartão de crédito?
Sim, existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado. O cartão básico 
é aquele utilizado somente para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos cre-
denciados. Já o cartão diferenciado é aquele cartão que, além de permitir a utilização na sua 
função clássica de pagamentos de bens e serviços, está associado a programas de benefí-
cio e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como programas de milhagem, 
seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado no 
exterior etc.
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Toda instituição emissora de cartão de crédito deve possuir oferta de cartão de crédito 
básico. O valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do 
cartão diferenciado.
3. Quais tarifas podem ser cobradas sobre o cartão de crédito?
Os bancos podem cobrar basicamente cinco tarifas referentes à prestação de serviços de 
cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda via do cartão, pelo seu uso no saque em es-
pécie, pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de cobranças 
de produtos e serviços) e no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
4. As instituições podem cobrar alguma outra tarifa no fornecimento de serviços vincula-
dos a cartão de crédito?
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contratação de serviços de envio de mensagem 
automática relativa à movimentação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao 
cartão de crédito, pelo fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personaliza-
do, e ainda pelo fornecimento emergencial de segunda via de cartão de crédito. Esses servi-
ços são considerados “diferenciados” pela regulamentação.
5. É permitido pagar um valor inferior ao valor total da fatura? Existe um pagamento mí-
nimo obrigatório?
Sim, você pode pagar um valor inferior ao valor total da fatura. É importante saber que ao 
não realizar o pagamento total da fatura, você estará contratando uma operação de crédito, 
chamada crédito rotativo, sujeita à cobrança de juros sobre o saldo não liquidado.
Atualmente, para fins de concessão de crédito associado a cartão de crédito e a demais 
instrumentos de pagamento pós-pagos, devem ser considerados limites de crédito compatí-
veis com o perfil dos clientes, assim, o valor mínimo é acordado entre a instituição e o cliente; 
sendo que a definição ou a alteração do percentual de pagamento mínimo mensal da fatura de 
cartão de crédito e de demais instrumentos de pagamento pós-pagos deve ser comunicada 
ao cliente, com, no mínimo, trinta dias de antecedência. (Resolução n. 4.655, de 26 de abril de 
2018)
6. As instituições emissoras de cartão de crédito são obrigadas a fornecer extrato ou fa-
tura mensal aos clientes?
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Sim, as instituições devem fornecer aos seus clientes demonstrativos e/ou faturas men-
sais de cartão de crédito, explicitando informações, no mínimo, a respeito dos seguintes as-
pectos:
I – limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito pas-
sível de contratação;
II – gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando parcelados;
III – identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores;
IV – valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma segregada de acordo 
com os tipos de operações realizadas por meio do cartão;
V – valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte no caso de o cliente optar pelo 
pagamento mínimo da fatura; e
VI – Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período, das operações de crédito passíveis 
de contratação.
7. A instituição pode debitar em minha conta os valores relativos à fatura do cartão de 
crédito?
Sim, desde que você tenha, previamente, solicitado ou autorizado, por escrito ou por meio 
eletrônico, a realização do débito. A referida autorização pode ser ou ter sido concedida no 
próprio instrumento contratual de abertura de conta.
8. Fiz compras parceladas no cartão e não terminei de pagar, mas quero cancelar esse 
cartão. Posso cancelar?
Sim, o contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No entanto, 
é importante salientar que o cancelamento do contrato não quita ou extingue dívidas penden-
tes. Assim, deve ser buscado entendimento com o emissor do cartão sobre a melhor forma de 
liquidação da dívida.
9. Existe um limite máximo para as taxas de juros cobradas pelas emissoras de cartão de 
crédito?
Não. As taxas de juros são livremente pactuadas entre as instituições financeiras e os 
clientes.
10. A instituição pode se recusar a me conceder um cartão de crédito?
Sim. Cada instituição pode estabelecer critérios próprios para a sua concessão.
11. É permitido o envio de cartão de crédito sem prévia solicitação do cliente?
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Não, as instituições financeiras devem assegurar o encaminhamento do cartão de crédito 
ao domicílio do cliente ou a sua habilitação somente em decorrência desua expressa solici-
tação ou autorização.
A respeito dos meios de pagamento eletrônico conhecidos como cartões de crédito e cartões 
de débito, julgue o item subsecutivo.
Questão 1 (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) A cobrança do uso de cartões de cré-
dito emitidos por instituições financeiras está limitada a três tarifas específicas: anuidade, 
segunda via do cartão magnético e uso da função saque.
Errado.
As instituições financeiras poderão cobrar 5 tarifas relacionadas com a emissão do cartão de 
crédito. São elas:
• anuidade;
• emissão de segunda via do cartão;
• pelo seu uso no saque em espécie;
• pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de cobranças 
de produtos e serviços) e
• no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
Acerca das consequências que poderão advir no caso de um cliente não liquidar integralmen-
te, na data do vencimento, o saldo devedor da fatura do seu cartão de crédito, julgue os itens 
a seguir.
Questão 2 (CESPE/PERITO CRIMINAL/POLÍCIA FEDERAL/2018) A parcela não quitada do 
saldo devedor poderá ser financiada por meio da modalidade de crédito rotativo, com prazo 
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de vigência de até doze meses, contados da data do vencimento da fatura não paga integral-
mente.
Errado.
Atualmente, a parcela da fatura do cartão de crédito que não for paga pode entrar no crédito 
rotativo por até 30 dias; depois, deve ser quitada ou financiada por uma instituição financeira.
Questão 3 (CESPE/PERITO CRIMINAL/POLÍCIA FEDERAL/2018) É permitida a cobrança de 
juros remuneratórios sobre o saldo devedor não quitado pelo cliente, além de multa e juros de 
mora, nos termos da legislação em vigor.
Certo.
O Bacen estabelece na Resolução n. 4.655, de 26 de abril de 2018, que no caso de atraso no 
pagamento ou na liquidação de obrigações relacionadas com faturas de cartão de crédito e 
de demais instrumentos de pagamento pós-pagos, podem ser cobrados, exclusivamente, os 
seguintes encargos:
I – juros remuneratórios, por dia de atraso, sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor 
não liquidado, observado o disposto no art. 2º;
II – multa, nos termos da legislação em vigor; e
III – juros de mora, nos termos da legislação em vigor.
Questão 4 (QUADRIX/CRF-RS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2013) O cartão de crédito é um 
cartão de plástico que pode conter ou não um chip. A frente apresenta o nome do portador, 
número do cartão e data de validade e, no verso, um campo para assinatura do cliente, o 
número de segurança e uma tira magnética. As operações de cartões de crédito envolvem 
geralmente cinco participantes:
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Portador: pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando por meio do 
cartão de crédito.
Estabelecimento comercial: empresa interessada em vender ou prestar serviço recebendo o 
pagamento feito pelos seus clientes por meio do cartão de crédito.
Adquirente: empresa que aluga e mantém os equipamentos usados pelo estabelecimento, 
responsável pela comunicação da transação entre este e a bandeira.
Bandeira: empresa que comunica a transação entre o adquirente e o emissor do cartão de 
crédito.
Emissor: empresa administradora do cartão.
Quando o portador faz uma aquisição com a opção de parcelamento loja - sem juros, significa 
que o valor da transação é dividido pelo número de parcelas. Nesse caso o estabelecimento 
recebe o valor da venda de forma parcelada. Quando o portador faz a aquisição com a opção 
de parcelamento com juros ou parcelamento emissor, o titular do cartão pagará, além do va-
lor combinado, uma taxa de juros definida pelo emissor do cartão. Nesse tipo de transação, 
o estabelecimento recebe o valor da venda de uma vez. Quem ficará com os juros pagos pelo 
portador, titular do cartão?
a) O estabelecimento comercial.
b) O emissor.
c) O adquirente.
d) A Bandeira.
e) O Governo.
Letra b.
Quando a venda for parcelada pelo vendedor e o comprador decide parcelar acima do prazo 
dado pelo vendedor, o financiamento está sendo feito pelo administrador do cartão ou uma 
instituição financeira vinculada, e não pela empresa que está vendendo o produto. Assim, 
quem receberá os juros acordados é o emissor, ou seja, o administrador do cartão que finan-
ciou a compra.
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Questão 5 (AECP/BNB/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2003) Marque a assertiva VERDA-
DEIRA:
a) a cobrança de títulos e documentos é feita pelos bancos de maneira informal, sem contra-
tos que deem respaldo jurídico aos mesmos;
b) a cobrança de títulos e documentos é um serviço que os bancos oferecem somente para 
seus clientes com contas abertas há mais de um ano;
c) o pagamento da fatura do cartão de crédito não pode ser parcelado;
d) a empresa emitente do cartão de crédito, de acordo com contrato firmado com o consumi-
dor, fica responsável pelo pagamento das aquisições feitas por ele com o uso do cartão, até o 
valor limite combinado;
e) a administradora do cartão de crédito é quem financia as compras parceladas, sem nenhu-
ma interferência de uma instituição financeira.
Letra d.
No mercado bancário, todas as relações entre o cliente e o banco devem ser formalizadas em 
contrato e os pontos acordados dependeram da mútua aceitação.
Quanto ao cartão de crédito, a fatura pode ser parcelada, conforme acordo entre o emissor e o 
cliente, pois é o emitente do cartão que se responsabilizará pelo pagamento das compras do 
cliente no mercado em geral, sempre respeitado o limite de compras autorizado.
Questão 6 (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Os cartões de crédito são, às vezes, 
chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente como meio de pagamento implica 
vários aspectos, EXCETO o(a)
a) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das compras pa-
gos apenas no vencimento do cartão.
b) crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão.
c) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para pagamento de 
suas transações.
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d) aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o vendedor.
e) indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados.
Letra c.
O cartão de crédito é denominado “dinheiro de plástico”, e o seu uso faz com que o cliente 
“compre agora e pague depois”, sempre respeitando o limite que foi estabelecido pelo admi-
nistrador do cartão.
Uma das caraterísticasbásicas do uso do cartão é a segurança – para o comprador, por não 
necessitar andar com dinheiro vivo, e para o vendedor, por ter a certeza que irá receber o valor 
da venda –, pois o administrador cobra uma taxa pela negociação, mas garante o pagamento 
ao vendedor.
O uso de cartão diminui a necessidade do uso de dinheiro ou de papel moeda.
Questão 7 (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2012) Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro 
de plástico” está superando cada vez mais outras modalidades de pagamento, que, com o 
passar dos anos, estão ficando obsoletas.
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o
a) cartão cidadão
b) cartão de crédito
c) cartão de senhas
d) talão de cheques
e) internet banking
Letra b.
O termo “dinheiro de plástico” é utilizado para se reportar sobre formas de pagamento e op-
ções de crédito em geral sem o uso de dinheiro físico. Por isto, tem relação direta com o “car-
tão de crédito” e o “cartão de débito”.
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O cartão de crédito é um meio que possibilita o pagamento à vista ou parcelado de produtos 
e serviços, obedecidos requisitos pré-determinados, tais como: validade, abrangência, limite 
do cartão etc. Tem relação com a expressão: “compre agora, ague depois”.
Questão 8 (CESGRANRIO/CEF/ESCRITURÁRIO/2008) Atualmente, existem diversas alter-
nativas para uso do chamado “dinheiro de plástico”, que facilita o dia a dia das pessoas e 
representa um enorme incentivo ao consumo. O cartão de crédito é um tipo de “dinheiro de 
plástico” que é utilizado
a) para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados.
b) para aquisição de moeda estrangeira em agências de câmbio e de viagens com débito em 
moeda corrente do país de emissão do cartão.
c) para realização de transferências interbancárias, desde que ambos os Bancos sejam cre-
denciados.
d) na compra de mercadorias em diversos países com débito na conta-corrente em tempo 
real.
e) como instrumento de identificação, substituindo, nos casos aceitos por lei, a cédula de 
identidade.
Letra a.
O cartão de crédito é utilizado para a aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos 
credenciados.
Questão 9 (EXATUS/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) Os cartões de crédito, também 
conhecidos como dinheiro de plástico são amplamente utilizados no mercado nacional tendo 
em vista sua facilidade e relativa segurança. Sendo assim, assinale a alternativa correta a 
respeito dos cartões de crédito:
a) Os bancos podem cobrar um tipo de tarifa referente à prestação de serviços de cartão de 
crédito, conhecida como anuidade.
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b) Os bancos podem cobrar duas tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de cré-
dito, ou seja, a anuidade, e o seguro contra perda, extravio ou roubo.
c) Os bancos podem cobrar basicamente cinco tarifas referentes à prestação de serviços de 
cartão de crédito, considerados serviços essenciais: anuidade, emissão de segunda via do 
cartão, pelo seu uso no saque em espécie, pelo seu uso para pagamento de contas.
d) Os bancos são proibidos de cobrar tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de 
crédito, ficando essa cobrança a cargo da operadora dos cartões de crédito.
e) Os bancos podem cobrar tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de crédito, 
conforme os serviços contratados pelos bancos e repassados aos usuários dos cartões de 
crédito.
Letra a.
Vimos na aula que os bancos podem cobrar basicamente cinco tarifas:
• anuidade;
• emissão de segunda via do cartão;
• pelo seu uso no saque em espécie;
• pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de cobranças 
de produtos e serviços) e
• no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
Com relação a letra “c”: os bancos não podem cobrar tarifas sobre os serviços considerados 
essenciais, além de tudo, a assertiva citou somente 4 tarifas.
Com base na interpretação de que a anuidade é uma das tarifas que podem ser cobradas, a 
letra “a” está correta.
Questão 10 (FCC/BANRISUL/ESCRITURÁRIO/2019) As sociedades administradoras de car-
tões de crédito
a) definem limites de crédito e encargos para financiar diretamente os seus clientes.
b) são empresas financeiras que emitem cartões próprios ou de terceiros.
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c) autorizam o uso de bandeira e tecnologia por emissores e credenciadoras de estabeleci-
mentos.
d) são responsáveis pela aceitação dos cartões no âmbito nacional e, se for o caso, interna-
cional.
e) representam portadores perante instituições financeiras para obtenção de financiamento.
Letra e.
Questão bem complicada. Entretanto, é importante entender que, em regra, as administrado-
ras de cartão não são bancos. Assim, o financiamento da fatura e os encargos financeiros são 
estabelecidos pelas instituições financeiras.
O normal é que as administradoras de cartões prestem os serviços administrativos do cartão, 
e, quando for necessário financiar a fatura, elas representam o cliente junto a uma Instituição 
Financeira. Normalmente, tal autorização está explícita no contrato de serviço.
Crédito direto ao Consumidor - CdC
O CDC é uma operação de crédito rotativo, concedida a pessoas físicas ou jurídicas, para a 
aquisição de bens e serviços. Tem as caraterísticas de um empréstimo pré-aprovado, porque 
pode ser acessado pelos correntistas de um banco sem burocracia.
Obs.: � Crédito rotativo é uma linha de crédito em que a instituição financeira libera ao cliente 
um limite preestabelecido e que pode ser utilizado de forma automática pelo tomador, 
de acordo com suas necessidades. O crédito disponível diminui na medida em que o 
tomador o utiliza e aumenta na medida em que é feito o pagamento do principal já 
utilizado.
Chama-se de “operação de CDC” o contrato realizado entre um consumidor (denominado 
“tomador” ou “devedor”) e uma instituição financeira (denominada “credora”), que coloca à 
disposição do tomador determinado montante de recursos financeiros, comprometendo-se o 
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tomador a devolver esses recursos em um determinado prazo, acrescido de juros, que podem 
ser pré ou pós fixados.
Na taxa pré-fixada, o cliente sabe quanto é e quanto vai pagar de juros – por exemplo, 10 % 
ao ano. Já na taxa pós fixada, o cliente sabe quanto é a taxa, mas não sabe quanto vai pagar, 
pois ela está vinculada a um indexador – por exemplo, 90% da taxa CDI. Para saber quantovai 
pagar, o cliente depende do valor da taxa CDI.
Em regra, o CDC é um empréstimo (livre movimentação) ou financiamento (destinação es-
pecífica) concedido pelos Bancos ou pelas Financeiras, para pessoas físicas ou jurídicas, para 
aquisição de bens duráveis ou serviços. O dinheiro é liberado em conta-corrente do cliente ou 
do vendedor do produto comprado pelo cliente, sem necessidade de se apresentar compro-
vação de gastos ou justificativas.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) também é oferecido dentro de um pacote de servi-
ços de bancos, como opção de empréstimo pré-aprovado, imediato e sem burocracia para os 
correntistas com renda estável – dependendo do contratado, o pagamento pode ser feito em 
até 78 meses e as parcelas são debitadas automaticamente da conta-corrente ou em boleto 
de cobrança.
Você já deve ter notado que no mercado bancário existem várias taxas e valores disponí-
veis. Assim, no CDC, as taxas de juros variam conforme a instituição financeira, a capacidade 
de pagamento do cliente, o prazo de pagamento escolhido e o valor do empréstimo. Mas elas 
podem ser consultadas individualmente, por instituição, no site do Banco Central. Além da 
taxa de juros, há a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), pois é uma ope-
ração e crédito.
Independentemente da taxa acordada, as instituições financeiras devem informar o “CET” 
– Custo Efetivo Total – previamente à contratação de operações de crédito. Custo Efetivo To-
tal (CET) é a taxa que corresponde a todos os encargos e despesas incidentes nas operações 
de crédito.
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Quando o crédito for como um empréstimo, o valor é creditado na conta-corrente do cliente 
e pode ser livremente movimentado. Contudo, quando for um financiamento, o dinheiro deve 
ser aplicado em um bem durável específico, para que possa ser alienado fiduciariamente à 
Instituição Financeira (dado como garantia), como, por exemplo: veículos, máquinas, equipa-
mentos, material de informática e eletrodomésticos.
Quando o cliente utiliza o CDC para comprar um veículo, o bem fica alienado à instituição 
financeira e é lançado um gravame no sistema do Departamento Estadual de Trânsito (De-
tran), que impede a transferência do veículo para outro proprietário. Para fazer essa alteração, 
é preciso dar baixa do gravame no Detran, e isso só pode ser feito quando o contrato for qui-
tado. Desta forma, o proprietário do veículo não poderá vendê-lo, nem realizar qualquer outro 
tipo de alienação sem ter efetuado o pagamento da dívida.
O CDC pode ser de livre destinação ou para compra de bens.
Nos empréstimos ou financiamentos, os prazos são livres, a taxa pode ser pré ou pós-fi-
xada, e o pagamento é feito em parcelas periódicas que, na prática de mercado, costuma ser 
mensal.
O processo de concessão de crédito elimina, além da burocracia, as entrevistas com o 
gerente. Isso faz com que o crédito seja conseguido com muita rapidez e o torna bastante 
atrativo. Em muitos casos, ele é utilizado para a compra de utensílios domésticos, aparelhos 
eletrônicos, computadores etc., por oferecer taxas de juros menores.
Outra caraterística do CDC é a de que ele pode ter suas últimas parcelas pagas anteci-
padamente, o que as libera dos juros que seriam atribuídos, diminuindo consideravelmente o 
valor futuro da dívida.
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CDC (Crédito Direto ao Consumidor) tem as seguintes características:
• por ser uma operação de financiamento, tem cobrança de IOF;
• pode ser empréstimo, livre movimentação, ou financiamento, destinação específica;
• quando for empréstimo, o dinheiro é creditado na conta do correntista;
• quando for financiamento, o dinheiro é creditado na conta do vendedor;
• na compra de veículos, a documentação fica em nome do comprador, e o bem é aliena-
do à instituição financeira;
• o comprador define o número de parcelas no ato da compra;
• é bem menos burocrático revender um bem ainda financiado;
• a maior vantagem: desconto na antecipação das parcelas;
• como toda linha de crédito, deve ser informado o CET – Custo Efetivo Total – antes da 
sua contratação;
• é uma linha de crédito rotativo; assim, quando efetivado o pagamento, o limite é libera-
do novamente.
Com relação às operações de crédito realizadas pelas instituições financeiras, julgue o item 
subsequente.
Questão 11 (CESPE/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2018) O crédito direto ao consumidor (CDC) 
é uma modalidade de financiamento destinada à aquisição de bens e serviços cujo benefici-
ário é o consumidor ou usuário final.
Certo.
Vimos que o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é um tipo de financiamento conferido ao 
consumidor (pessoa física ou jurídica) para aquisição de bens duráveis e serviços. Quem fica 
com o bem é o consumidor final, ou seja, o comprador.
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Questão 12 (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2010) As linhas de crédito que são abertas 
com determinado limite, que as empresas utilizam à medida de suas necessidades, e em que 
os encargos são cobrados de acordo com sua utilização, são chamadas de
a) cartão de crédito.
b) hot money.
c) financiamento de capital fixo.
d) crédito direto ao consumidor.
e) crédito rotativo.
Letra e.
Crédito rotativo é uma linha de crédito em que a instituição financeira libera ao cliente um 
limite preestabelecido e que pode ser utilizado de forma automática pelo tomador, de acordo 
com suas necessidades. Somente será cobrado juro sobre o valor utilizado.
O crédito disponível diminui na medida em que o tomador o utiliza e aumenta na medida em 
que é feito o pagamento do principal já utilizado.
O CDC, o hot money e o cartão de crédito são exemplos de linhas de crédito rotativo.
Questão 13 (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Uma das medidas adotadas para miti-
gar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação do acesso ao crédito, aumentando, 
com isso, ainda mais, o papel dos bancos no desenvolvimento do país.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
a) é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou serviços.
b) exclui as compras no cartão de crédito.
c) é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aquisição de 
bens.
d) é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.
e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.
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Letra c.
Vimos que o CDC é uma linha de crédito estabelecida pelos bancos epelas financeiras para 
aquisição de bens e serviços.
O normal é que o CDC concorra com o leasing no financiamento de bens. A letra “c” é a mais 
correta: mesmo que tenha restringido o CDC aos bens, a assertiva não descaracterizou a pos-
sibilidade de o crédito ser direto em conta, para livre movimentação pelo cliente.
Questão 14 (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2013) Atualmente 
os bancos oferecem diversas modalidades de crédito. A operação de crédito concedida para 
a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de pagamento das parcelas com 
deságio, é o
a) leasing
b) certificado de depósito interbancário
c) cartão de crédito
d) crédito direto ao consumidor
e) hot money
Letra d.
Para responder, basta lembrar que as operações de crédito concedidas pelos bancos, ou pe-
las chamadas financeiras, para pessoa física ou jurídica, destinada a empréstimos ou finan-
ciamento de bens ou serviços é o CDC.
O leasing não é uma operação de crédito, é um aluguel. A arrendadora compra o bem e aluga 
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Questão 15 (EXATUS/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) O Crédito Direto ao Consumi-
dor – CDC - é uma operação de crédito concedida a pessoas físicas ou jurídicas para a aqui-
sição de bens e serviços.
Com base nessa afirmação, assinale a alternativa correta sobre o CDC:
a) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem que será 
pago com sua renda futura.
b) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar de um bem noventa dias após quita-
ção da primeira parcela de pagamento.
c) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após trinta dias da 
quitação da primeira parcela de pagamento.
d) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após sessenta dias 
da quitação da terceira parcela de pagamento.
e) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem adquirido 
após o vencimento da segunda parcela.
Letra a.
Uma vantagem do CDC é que, como linha de crédito, o consumidor pode comprar o bem e 
começar a usufruir dele na hora.
É o mesmo que uma compra a prazo; contudo, o banco ou a financeira emprestou o dinheiro.
Questão 16 (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2013) As operações denominadas Crédito Direto ao 
Consumidor são caracterizadas
a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física.
b) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurídicas.
c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas dos bancos.
d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas.
e) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados.
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Letra b.
A única característica que atende aos ditames operacionais do CDC é a de que ele é uma linha 
de crédito destinada ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurídicas. 
Assim, há a incidência de IOF.
Quando o CDC é direcionado para compra de bens, estes bens devem ser dados como garan-
tia, ou seja, serão alienados em nome do banco/financeira. Esta alienação permanecerá até a 
quitação da dívida. “Dar o bem como garantia” é o mesmo que “gravame financeiro”, ou seja, 
ele não sai do nome da financeira até ser pago e, assim, não poderá ser vendido sem a baixa 
do gravame.
Questão 17 (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) O Crédito Direto ao Consumidor, conhecido 
como CDC, é um financiamento concedido por uma instituição financeira.
Considerando as características do CDC, marque a alternativa VERDADEIRA:
a) o CDC não pode ser concedido para financiar bens de consumo durável;
b) somente as administradoras de cartão de crédito podem conceder esse tipo de financia-
mento;
c) o CDC pode ser pré-fixado ou pós-fixado;
d) o CDC, por ser uma linha de crédito ao consumidor, não apresenta inadimplência;
e) todas as alternativas acima estão corretas.
Letra c.
O CDC é uma linha de crédito em que a taxa de juros pode ser pré ou pós-fixada.
Na taxa pré-fixada o cliente sabe quanto é e quanto vai pagar, por exemplo 10 % ao ano. Já 
na taxa pós fixada o cliente sabe quanto é a taxa, mas não sabe quanto vai pagar, pois ela 
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está vinculada em um indexador, por exemplo: 90% da taxa CDI. Para saber quanto vai pagar 
o cliente depender do valor da taxa CDI.
Questão 18 (IBFC/EMDEC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2019) Sobre operações bancárias, 
leia o trecho abaixo e assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacu-
nas.
“O depósito à vista e a conta-corrente são exemplos de _____. As _____ são aquelas em que o 
banco oferece crédito aos clientes. As _____ são aquelas em o banco presta serviço como por 
exemplo a arrecadação de tributos e impostos.”
a) operações passivas / operações ativas / operações acessórias
b) operações passivas / operações acessórias / operações ativas
c) operações ativas / operações acessórias / operações passivas
d) operações acessórias / operações passivas / operações ativas
Letra a.
As operações de captação de recursos por meio de depósito à vista, poupança e depósito a 
prazo junto aos superavitários são operações passivas, pois as instituições assumem a obri-
gação de devolver o dinheiro ao cliente.
As operações ativas são aquelas em que o banco oferta aos deficitários linhas de crédito, 
como empréstimos, financiamentos e investimentos; o banco tem o direito a receber o dinhei-
ro emprestado e os juros da operação.
As operações acessórias ou especiais estão relacionadas aos serviços ofertados sem a in-
termediação financeira.
Crédito rural
O crédito rural é um financiamento destinado a produtores rurais e cooperativas ou asso-
ciações de produtores rurais. É uma operação ativa das instituições financeiras.
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Seu objetivo é estimular os investimentos e ajudar no custeio da produção e comerciali-
zação de produtos agropecuários. Dentro da política de financiamento do governo federal, o 
objetivo crédito rural é:
• estimular os investimentos rurais efetuados pelos produtores ou por suas cooperati-
vas;
• favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de produtos 
agropecuários;
• fortalecer o setor rural;
• incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, visando ao au-
mento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à ade-
quada utilização dos recursos naturais;• propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos pequenos 
produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;
• desenvolver atividades florestais e pesqueiras;
• estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra na agricultura familiar.
O Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) foi criado pela Lei n. 4.595, de 31 de dezem-
bro de 1964, e tem entre seus principais agentes os bancos e cooperativas de crédito. As 
normas de aplicação dos recursos são aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e 
publicadas pelo Banco Central do Brasil (BC) no Manual de Crédito Rural (MCR).
As linhas de financiamento do crédito rural abrangem recursos destinados ao custeio da 
produção, ao investimento permanente e à comercialização da colheita.
O principal operador financeiro do crédito rural é o Banco do Brasil; já os intermediadores do 
programa são os bancos com carteira comercial em geral, a CEF e as cooperativas de crédito.
No crédito rural existem várias fontes de recursos, em geral, classificados pela sua origem 
em: “controlados”, “não controlados” e “recursos oficiais para investimentos”.
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Os “recursos controlados” são os recursos oficiais, normalmente previstos em orçamento, 
ou seja, repassados pelo governo federal; os “recursos não controlados” são livremente pac-
tuados entre a instituição financeira e o tomador – normalmente, é recurso do próprio banco, 
que foi captado em outra operação; e “recursos das operações oficiais de crédito destinados 
a investimentos”.
Os recursos controlados estão relacionados com:
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de depósito à vista);
b) os recursos das Operações Oficiais de Crédito sob supervisão do Ministério da Fazenda;
c) os recursos de qualquer fonte destinados ao crédito rural na forma da regulação aplicá-
vel, quando sujeitos à subvenção da União, inclusive os recursos do BNDES;
d) os recursos oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as condições defi-
nidas para os recursos obrigatórios;
e) os recursos dos fundos constitucionais de financiamento regional;
f) os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Segundo orientação do Bacen, podem solicitar crédito rural o produtor rural – pessoa fí-
sica ou jurídica –, as associações de produtores rurais, as Cooperativas de produtores rurais 
ou pessoa física ou jurídica que se dedique a atividades agropecuárias e as pessoas física ou 
jurídica, que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguintes atividades:
• pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas;
• pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
• prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, in-
clusive para proteção do solo;
• prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;
• medição de lavouras;
• atividades florestais.
Assim, segundo o Manual de Crédito Rural (MCR), que é o documento que consolida os 
diversos normativos que regulamentam o Crédito Rural no Brasil, são beneficiários do Crédito 
Rural:
• produtor rural (pessoa física ou jurídica);
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• cooperativa de produção agropecuária;
• associação de produtores rurais;
• pessoa física ou jurídica da atividade de pesquisa agropecuária;
• pessoa física ou jurídica produtora de mudas, sementes, sêmen para inseminação ar-
tificial e embriões;
• prestador de serviço de mecanização, de medição de lavoura ou de serviço de insemi-
nação artificial à agropecuária;
• beneficiador;
• agroindústria;
• cerealista;
• silvícola/indígena;
• pescador;
• aquicultor;
• torrefadora/indústria de café solúvel;
• exportador de café;
• silvicultor;
• extrativista;
• quilombola rural.
Não podem ser beneficiados com o crédito rural os estrangeiros residentes no exterior, sindi-
cato rural ou parceiro, se o contrato de parceria restringir o acesso de qualquer das partes ao 
financiamento.
A seguir apresento um quadro que demonstra a operacionalização do programa de crédito 
rural:
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Independentemente do beneficiado, as normas destacam que as exigências para conces-
são de crédito rural são:
• idoneidade do tomador;
• apresentação de orçamento, plano ou projeto, salvo em operações de desconto;
• oportunidade, suficiência e adequação dos recursos;
• observância de cronograma de utilização e de reembolso;
• fiscalização pelo financiador;
• liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas associa-
ções formais ou informais, ou organizações cooperativas;
• observância das recomendações e restrições do zoneamento agroecológico e do Zone-
amento Ecológico-Econômico (ZEE).
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São também beneficiárias do crédito rural empresas agropecuárias de pesquisa ou produção 
de mudas, sementes e de sêmen para inseminação artificial, de prestação de serviços meca-
nizados e inseminação artificial e outras companhias com finalidade comercial no ramo da 
pesca, aquicultura, medição de lavouras e atividades florestais.
Vimos que, na essência do programa de crédito rural, existem três linhas de crédito, de 
acordo com a sua finalidade: custeio, comercialização e investimento.
• Os créditos de custeio se destinam a cobrir despesas habituais dos ciclos produtivos, 
da compra de insumos à fase de colheita.
• O financiamento de custeio é classificado em:
−	 custeio agrícola;
−	 custeio pecuário;
−	 custeio de beneficiamento ou industrialização.
Esta linha de crédito serve para cobrir despesas da produção agrícola, tais como aquisi-
ção de insumos, sementes, fertilizantes e defensivos. Pode também ser utilizado na atividade 
pecuária para cobrir as despesas com animais, como compra de vacinas, medicamentos e 
rações.
• Os créditos de investimento são aplicados em bens ou serviços duráveis, cujos benefí-
cios repercutem durante muitos anos.
Esta linha de crédito financia a compra de bens que normalmente podem ser dados como 
garantia, é indicada para quem quiser ampliar e modernizar o agronegócio através da compra 
de máquinas e equipamentos novos, animais, e/ou formação ou recuperação de pastagens e 
construção de cercas, currais e galpões.
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Tem uma linha de crédito de investimento com recursos do BNDES/FINAME para aquisi-
ção de tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas de corte, novos, 
de fabricação nacional e credenciada no BNDES.
Também existe linha de crédito de investimento com recurso do BNDES para apoiar me-
lhorias necessárias para a incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais, 
possibilitando o aumento da produtividade, a adoção de boas práticas agropecuárias e de 
gestão da propriedade rural. 
• Os créditos de comercialização asseguram ao produtor rural e a suas cooperativas os 
recursos necessários à adoção de mecanismos que garantam o abastecimento e le-
vem o armazenamento da colheita nos períodos de queda de preços.
A essência desta linha de crédito é a de que o produtor não venda seu produto quando o 
preço estiver em baixa devido à grande oferta e para antecipação dos recursos a serem rece-
bidos com a comercialização, assim que for realizada a entrega do produto para venda.
Conforme a sua necessidade, o produtor pode pleitear as três modalidades de crédito rural 
como pessoa física ou jurídica, sendo que, para conseguir o crédito, o tomador deve ser idô-
neo e apresentar um projeto, plano ou orçamento que justifique o valor pedido.
Os prazos de vencimento das operações rurais são estabelecidos, em cada linha de cré-
dito, de acordo com suas finalidades (custeio, comercialização e investimento), considerando 
a capacidade de pagamento do tomador do crédito e outras peculiaridades das atividades a 
serem financiadas.
Como é um acordo entre a instituição financeira e o tomador, o valor do crédito rural pode 
ser disponibilizado de uma vez só ou em parcelas, segundo os ciclos das explorações finan-
ciadas, sendo que prazo e o cronograma de reembolso devem ser estabelecidos em função 
da capacidade de pagamento do tomador, de maneira que os vencimentos coincidam com as 
épocas normais de obtenção dos rendimentos da atividade assistida, ou seja, o tomador do 
financiamento vai pagando conforme for obtendo dinheiro com a plantação ou criação.
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Existem algumas despesas relacionadas com o financiamento que são de responsabilidade 
do tomador do crédito, que são os juros cobrados, o Imposto sobre Operações de Crédito, 
Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF); o custo 
de prestação de serviços; o prêmio de seguro rural, observadas as normas divulgadas pelo 
Conselho Nacional de Seguros Privados.
Aqui tem um problema que causa dúvida nos alunos. Note que o IOF é uma despesa do 
tomador de recurso, pois, por lei, este imposto incide sobre qualquer financiamento. Assim, 
incide IOF sobre o financiamento rural. Para ajudar o tomador, o governo federal havia estabe-
lecido uma alíquota zero de IOF para o financiamento de crédito rural. Assim, havia incidência 
zero de IOF, mas havia a incidência de IOF.
Contudo, em 2018, a Receita Federal esclareceu que o Imposto sobre Operações Financei-
ras (IOF) extra de 0,38% passou a incidir sobre várias operações de crédito que, até o momen-
to, estavam com alíquotas zero. Entre elas, está o crédito rural.
Como é um financiamento, é necessária a apresentação de garantias para obtenção do 
crédito rural. A escolha das garantias é de livre convenção entre o financiado e o financiador, 
que devem ajustá-las de acordo com a natureza e o prazo do crédito, observada a legislação 
própria de cada tipo.
As garantias podem ser:
• penhor agrícola, pecuário, mercantil ou florestal;
• alienação fiduciária;
• hipoteca comum ou cedular;
• aval ou fiança;
• seguro rural;
• proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de penhor de 
direitos, contratual ou cedular;
• outras que o CMN admitir.
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Quadro síntese do crédito rural:
BB é o operador FinanCeiro do Crédito rural
O Banco do Brasil é uma pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta de 
economia mista, tem como acionista controlador a União e como principal acionista minori-
tário a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), é um banco múltiplo 
com carteira comercial. Contudo, é também o operador financeiro do Governo Federal.
A instituição é o principal operador da política oficial de crédito rural do Governo Federal, 
pois ele executa a política de preços mínimos agropecuários, garantindo a compra da produ-
ção por valor não inferior ao preço mínimo da PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos) 
ou ao do preço de referência definido no MCR (Manual de Crédito Rural).
O BACEN apresenta, em seu site, as seguintes perguntas e respostas sobre o crédito rural:
1. O que é o Manual de Crédito Rural (MCR)?
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É o documento que consolida os diversos normativos que regulamentam o crédito rural 
no Brasil. O Manual de Crédito Rural pode ser consultado em nossa página em “Publicações 
> Manuais > MCR – Manual de Crédito Rural”.
2. Quais são os objetivos do crédito rural?
• estimular os investimentos rurais efetuados pelos produtores ou por suas cooperati-
vas;
• favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de produtos 
agropecuários;
• fortalecer o setor rural;
• incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, visando ao au-
mento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à ade-
quada utilização dos recursos naturais;
• propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos pequenos 
produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;
• desenvolver atividades florestais e pesqueiras;
• estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra na agricultura familiar.
3. Que atividades podem ser financiadas pelo crédito rural?
• custeio para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos;
• investimento em bens ou serviços, cujo desfrute se estenda por vários períodos de 
produção;
• comercialização para cobrir despesas próprias da fase posterior à coleta da produção 
ou para converter em espécie os títulos oriundos de sua venda ou entrega pelos produ-
tos ou suas cooperativas.
4. Como se classifica o custeio?
• custeio agrícola;
• custeio pecuário;
• custeio de beneficiamento ou industrialização.
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