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AN02FREV001/REV 4.0 58 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE Gestão de Frotas Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 59 CURSO DE Gestão de Frotas MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 60 MÓDULO III 3 CUSTOS NA PRÁTICA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS E PONTO DE EQUILÍBRIO 3.1 DEPRECIAÇÃO OPERACIONAL A Depreciação é o desgaste natural de bens que ocorre pelo uso do mesmo na atividade produtiva, e que ao longo do tempo, vai diminuindo o seu valor de mercado e o seu valor de uso. A redução do valor financeiro dos bens pelo desgaste natural ocorrido pelo fator tempo, ou a sua perda de utilidade por uso, por ação da natureza ou pela obsolescência, denomina-se depreciação. A depreciação é medida pela taxa anual de depreciação, que é um fator fixado para cada bem, ou ativo, que a empresa possui e utiliza no seu processo produtivo, colaborando para se alcançar os objetivos empresariais que a empresa busca, e que é medido em função da vida útil desse bem. A determinação da taxa de depreciação corresponde ao valor anual que o bem sofre de desvalorização financeira em função do uso e do tempo decorrido pelo seu uso. Também corresponde ao valor anual que será necessário para que a empresa consiga fazer a reposição do bem após se ter terminado a sua vida útil e o bem-estar completamente depreciado. Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio bem, ou seja, o valor máximo que será depreciado é o valor nominal do próprio bem adquirido pela empresa. Assim sendo, para poder se ter um perfeito controle do processo de depreciação dos bens de uma empresa, torna-se necessário possuir um sistema de controle dos bens, tipo ficha individual do bem, a fim de se registrar como está acontecendo à depreciação e o gestor poder acompanhar o processo. AN02FREV001/REV 4.0 61 A depreciação de um ativo começa quando o bem é adquirido nas condições ideais de desempenhar as suas funções no processo produtivo e termina quando o bem (ativo) é baixado do imobilizado, seja por venda, por transferência ou por completa depreciação. Alguns fatores necessitam ser considerados para se estimar a vida útil e o período de uso de um ativo, como: a) O uso esperado do ativo, que deve ser estimado em anos. Em termos práticos, considera-se que imóveis possuem uma vida útil de cerca de 50 anos. Os bens móveis possuem vida útil em função de sua finalidade econômica e de seu nível de obsolescência, variando de dois anos (como no caso de microcomputadores) há 15 anos (tratores, máquinas e caminhões); b) O desgaste físico que é esperado por cada bem, em virtude da taxa de uso do mesmo no fator produtivo. Quanto mais repetitivo for o uso do bem, menor será o tempo de vida útil do mesmo; c) A obsolescência tecnológica que é decorrente de inovações tecnológicas e melhorias nos bens. É lógico que a determinação da taxa de depreciação será definida para cada empresa em específico, em razão dos critérios que cada uma irá adotar para definir esse controle. Há empresas que adotam critérios mais severos de determinação da vida útil de seus bens, por adotarem a filosofia de substituição dos bens em tempos menores, ou intervalo de tempo menor. Outras empresas adotam o tempo de vida mais alongado, por adotarem outras filosofias, como forte manutenção preventiva, etc. O importante nesse contexto é saber calcular a taxa de depreciação e conseguir tomar alguma decisão estratégica com os valores obtidos anualmente em cada caminhão, por exemplo, onde estas informações servirão como subsídios para a renovação de frota, por exemplo, ou para a determinação dos custos individuais de cada veículo, ou outro componente da frota. Vamos expor um exemplo do cálculo da taxa de depreciação de uma frota de veículos de carga. AN02FREV001/REV 4.0 62 Suponha-se que determinada empresa adquira um caminhão tipo “Cavalo” no dia 01/02/2013, pelo valor de R$ 130.000,00. Pela metodologia adotada pela empresa, a mesma define que a vida útil desse equipamento será de 13 anos, ou seja, durante 13 anos o caminhão estará participando do processo produtivo da empresa, com as devidas utilizações de manutenção preventiva e corretiva que se fizerem necessárias. Assim o proprietário deseja saber qual é o valor anual da depreciação desse veículo. Valor de Financeiro do Caminhão Tipo “Cavalo”: R$ 130.000,00 Tempo de vida útil do equipamento: 13 anos Taxa anual de depreciação: a taxa anual de depreciação consta da divisão do total percentual da depreciação pelo tempo de vida útil, ou seja, divide-se 100% por 13 anos, o que dá uma taxa de depreciação anual de aproximadamente 7,7% ao ano, ou seja, o caminhão deprecia 7,7% do seu valor por ano. Valor da Depreciação no ano: para achar esse valor, basta dividir o valor financeiro do caminhão pelo tempo de vida útil do mesmo, ou seja, vamos dividir R$ 130.000,00 por 13 anos, que é igual a R$ 10.000,00. Dessa maneira, o gestor de frotas deverá estar analisando o valor da depreciação desse veículo, percebendo que a cada ano de uso, em condições ideais de conservação e manutenção e perfeito cuidado com a máquina, o seu valor financeiro de mercado estará sendo reduzido em R$ 10.000,00 médios e que a empresa necessitará de cerca de R$ 10.000,00 anuais como forma de reserva para poder substituir o bem após 13 anos. Perceba que nessa análise não são considerados os juros e correções inflacionárias, que estariam aumentando ainda mais o valor da depreciação anual. Assim sendo, se o empresário desejar substituir o caminhão que adquiriu em 2013 por R$ 130.000,00 no ano de 2026, quando o mesmo estiver completamente AN02FREV001/REV 4.0 63 depreciado, e tiver guardado R$ 10.000,00 por ano, juntando assim os R$ 130.000,00, provavelmente não conseguirá comprar o mesmo caminhão, pois no período de 13 anos houve uma série de acúmulos de juros e incidência de inflação na economia do país, que impactaram o aumento no preço do bem. Dessa maneira, se o empresário ou o gestor de frotas desejarem ter essa quantia em dinheiro para a reposição, deverá considerar o impacto dos juros e das taxas inflacionárias no mercado em que está atuando. Esse cálculo da depreciação servirá de subsídio para o gestor, no momento em que os custos operacionais desse caminhão estiverem bem altos, muito próximos da receita que o mesmo produz em que o valor da depreciação servirá como subsídio para a substituição da frota. Por exemplo, vamos supor que a empresa já utilizou o caminhão do exemplo acima por 12 anos e o mesmo produz uma receita média mensal de cerca de R$ 12.000,00, com um custo total de cerca de R$10.800,00 por mês (combustível, pneus, salários, lubrificantes, entre outros). Assim temos: Receita bruta mensal: R$ 12.000,00 Custo total bruto mensal: R$ 10.800,00 Depreciação mensal: R$ 10.000,00 por ano dividido por 12 meses = R$ 874,00 Lucro produzido pelo caminhão por mês (Médio): R$ 12.000,00 – R$ 10.800,00 – R$ 874,00 = R$ 326,00. Assim sendo, a empresa pode optar pela reposição do veículo, pois está trabalhando o mês todo com ele e obtendo um lucro de apenas R$ 326,00. AN02FREV001/REV 4.0 64 3.2 LICENCIAMENTO FIGURA46 – INFORMATIVO DE LICENCIAMENTO FONTE: Disponível em: <http://www.detran.ma.gov.br/noticias2/?noticia=347&titulo=Sefaz%20divulga%20calend%E1rio%20d e%20pagamento%20do%20IPVA%202013>. Acesso em: 30 abr. 2013. O licenciamento de veículos automotores é obrigatório para todos os veículos que circulam no Brasil, devendo ser realizado anualmente para todos esses veículos. É de total responsabilidade do proprietário do veículo a realização do licenciamento, que é o processo formal de autorização do veículo para circular no Brasil. Na verdade, o licenciamento anual consta da renovação da documentação do veículo junto aos órgãos governamentais, pois após a sua conclusão, é emitido o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de veículos), como é mostrado pela figura 47, que é o documento oficial de porte e registro do veículo, que deve circular juntamente com o veículo e ser apresentado em caso de fiscalização de trânsito. AN02FREV001/REV 4.0 65 FIGURA 47 – MODELO DE CRLV FONTE: Disponível em: <http://mundotransito.com.br/index.php/2011/09/28/documentos-para-o- transporte-de-produtos-perigosos/>. Acesso em: 30 abr. 2013. Para se realizar a renovação do licenciamento e obter o CRLV, é necessário realizar alguns procedimentos, que são: 1. Pagamento da taxa de Licenciamento: cujo valor é definido em cada estado. Basicamente, a taxa de licenciamento no ano 2013 foi de R$ 65,86. Se o proprietário desejar que o documento CRLV seja entregue em sua residência, terá que pagar mais R$11,00, que corresponde às despesas de entrega postal pelo correio. 2. Documentos exigidos para o licenciamento: para conseguir fazer o licenciamento, o proprietário necessita entregar alguns documentos, que são: a. O CRLV do ano anterior, podendo ser cópia. b. Comprovante de pagamento do Seguro Obrigatório do ano em questão (DPVAT). c. Comprovante do pagamento de multas se houverem. d. Comprovante do recolhimento da taxa do CRLV. AN02FREV001/REV 4.0 66 e. Cópias dos documentos pessoais do proprietário do veículo (RG e CPF). f. Comprovante do pagamento do IPVA do ano vigente, em cota única ou das três parcelas. Para que se realize o licenciamento do veículo é necessário se atentar aos prazos para a realização dos mesmos, que são definidos em função do número final da placa do veículo. Desse modo, segundo a figura 48, podem-se verificar os prazos para se realizar o licenciamento de veículos de passeio e de carga. TABELA 1 – PRAZO PARA LICENCIAMENTOS DE VEÍCULOS Calendário de Licenciamento Veículo Automotor, Reboque e Semirreboque Final da Placa Mês do Licenciamento (licenciar até último dia útil de cada mês) 1 ABRIL 2 MAIO 3 JUNHO 4 JULHO 5 e 6 AGOSTO 7 SETEMBRO 8 OUTUBRO 9 NOVEMBRO 0 DEZEMBRO Veículo registrado como ‘Caminhão’ (carga) Final da Placa Mês de Licenciamento (licenciar até último dia útil de cada mês) 1 e 2 SETEMBRO 3, 4 e 5 OUTUBRO 6, 7 e 8 NOVEMBRO 9 e 0 DEZEMBRO FONTE: Disponível em: <http://www.detran.sp.gov.br/wps/portal/detran/cidadao/veiculos/sa- licenciamento/3ffab6d3-617e-41d0-9b60-4491479a3c59?n=3ffab6d3-617e-41d0-9b60- 4491479a3c59&useDefaultText=0&useDefaultDesc=0>. Acesso em: 30 abr. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 67 O licenciamento no estado de São Paulo pode ser feito via eletrônica, por meio da rede bancária. Basta o proprietário dirigir-se a algum banco, com o número do RENAVAM do veículo. Todas as fases do processo são feitas no próprio banco, até mesmo por meio do uso de caixas eletrônicos (ATM’s). O proprietário de um veículo que não for corretamente licenciado que for autuado em fiscalização de trânsito será multado no valor de R$ 191,54 e receberá sete pontos na carteira de habilitação, além do recolhimento do veículo. FIGURA 48 – ILUSTRATIVO DO IPVA 2013 FONTE: Disponível em: <http://www.pesqueira-emfoco.com/2013/03/prazo-para-pagar-1-parcela-ou- cota.html>. Acesso em: 30 abr. 2013. Além do licenciamento, o proprietário de veículo automotor, tanto pessoa física como as empresas, e incluem-se as empresas que possuem frotas, necessitam fazer o pagamento anual do IPVA, que é o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores. AN02FREV001/REV 4.0 68 Cada estado da União possui uma legislação específica para o IPVA, em que são definidos os valores a ser recolhido pelos proprietários. Na tabela a seguir são mostrados os valores das alíquotas de cada estado. A base de cálculo do imposto é o valor do veículo, que é feito pela Tabela FIPE que pode ser acessado pelo endereço eletrônico http://tabelafipe2013.com/ TABELA 2 – ALÍQUOTAS DO IPVA NOS ESTADOS BRASILEIROS Estado Alíquota Acre 2% Alagoas 2,50% Amapá 3% Amazonas 3% Bahia 3,5% veículos movidos a diesel Bahia 2,5% outros combustíveis Ceará 2,50% Distrito Federal 3% Goiás 2,5% motor 1.0 Goiás 3,75% acima de 1.0 Espírito Santo 2% Maranhão 2,50% Mato Grosso 3% Mato Grosso do Sul 2,50% Minas Gerais 4% Pará 2,50% Paraíba 2% Paraná 2,50% Pernambuco 2,50% Piauí 2,50% Rio de Janeiro 4% Rio Grande do Norte 2,50% Rio Grande do Sul 3% Rondônia 3% Roraima 3% São Paulo 3% veículos a gás, álcool, e elétrico São Paulo 4% veículos flex e a gasolina Santa Catarina 2% Sergipe 2% Tocantins 2% FONTE: Adaptado. Disponível em: <http://sobrecarrosemotos.com.br/carros/legislacao/como-calcular- ipva-de-carro-ou-moto-como-saber-quanto-custa-o-primeiro-emplacamento/>. Acesso em: 30 abr. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 69 O pagamento do IPVA pode ser realizado à vista ou em até três parcelas. Além disso, o proprietário de veículos necessita recolher o seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), que foi criado em 1974 e serve para prover recursos financeiros para amparar vítimas de acidentes envolvendo veículos em todo território nacional. TABELA 3 – TABELA DE VALORES DO DPVAT 2013. VEÍCULO VALOR (R$) CARROS 105,65 ÔNIBUS 396,49 MICOR-ÔNIBUS 247,42 MOTOS 292,01 CAMINHÕES 110,38 FONTE: Disponível em: <http://www.motonline.com.br/seguro-obrigatorio-dpvat-esta-mais-caro-em- 2013/>. Acesso em: 30 abr. 2013. O DPVAT necessita ser pago juntamente com o IPVA, ou no momento do licenciamento, visto que sem a devida quitação desse seguro, o veículo não pode ser licenciado e o proprietário do veículo não consegue obter o CRLV do ano, ficando exposto às punições legais. 3.3 SEGURO FACULTATIVO O seguro facultativo é o seguro de proteção de danos ao veículo ou à carga. Dessa maneira, o proprietário de veículos, seja automóvel, ou caminhões e outros AN02FREV001/REV 4.0 70 modelos de transporte, que utilizam em suas frotas, necessitam estar protegendo os seus veículos de alguns danos que os mesmos estão expostos. Como os veículos de uma frota se deslocam por várias regiões, dependendo do foco de atuação da empresa, ficam expostos a riscos provenientes dessa atuação, como roubos e furtos, acidentes nas estradas, incêndios, entre outros. Além disso, o próprio veículo, pelo seu valor financeiro de aquisição, é um ativo da empresa e a mesma precisa estar protegendo o seu patrimônio como forma de auferir perdas financeiras. Como os riscos são existentes, a empresa de transportes não pode ficar exposta à sua própria sorte ou sua mercê, visto que qualquer perda financeira acarreta em consequências indesejadas para a empresa como um todo. Por exemplo, se a empresa tem um de seus veículos da frota roubado, essa perda irá acarretar danos muito ruins para a mesma, que terá que arcar com o desembolso para adquirir outro veículo para a reposição daquele roubado, além de outras perdas como a não prestação de serviços que aquele veículo estaria realizando, diminuindo asreceitas da empresa em determinado período. Assim sendo, para se proteger dessas influências, torna-se necessário a proteção dos veículos e das suas cargas por meio do seguro de proteção. Esse seguro é oferecido por empresas próprias que comercializam uma apólice com diversas possibilidades de cobertura de danos, sendo adequados para cada necessidade em específico das empresas e das pessoas físicas também. Desse modo, as empresas necessitam estar contatando as empresas seguradoras e analisando as suas propostas de cobertura, fazendo a opção pela cobertura que melhores retornos proporcionarem a mesma. O valor financeiro do seguro geralmente é calculado em razão de uma série de situações que envolvem o objeto a ser coberto e para cada tipo de apólice será produzido um valor, em função dessas situações que envolvem o veículo. Na verdade, o valor do seguro é calculado em função do nível de risco a um sinistro a que o veículo segurado, ou uma carga, está exposto. Quanto maior for o risco, maior será o valor da apólice. Esse risco é calculado por análise dos fatores de risco, que são, por exemplo: AN02FREV001/REV 4.0 71 1. Condutor do veículo: existem diferenças de valores para homens e mulheres, para jovens e adultos, etc. 2. Tempo de atuação nas estradas e quilometragem mensal: quanto maior o tempo de permanência nas estradas e quanto maior for a quilometragem mensal, maior será o valor do seguro. 3. Proteção noturna: se o veículo fica guardado em local fechado, garagem coberta, etc., ou não, influenciará no valor da apólice. 4. Outros tipos de proteção do veículo: se o veículo possui outros sistemas de proteção, como alarmes, rastreadores via satélite, travas, etc., ou se não possui nenhum tipo desses acessórios também influenciarão o valor final da apólice. Assim sendo, as empresas que possuem frotas deverão estar pesquisando todas as variáveis que influenciam o valor das apólices nas diversas seguradoras existentes e para cada veículo deverá se traçar o perfil mais adequado para se obter a cobertura para esses veículos. Os valores das apólices serão modificados em função desse conjunto de fatores e variáveis. Outro detalhe que influencia no valor da apólice de seguro de um veículo é a chamada franquia, que consta de um valor o qual a apólice de seguro não oferece coberturas, ou seja, se ocorrer algum sinistro que representa até o valor da franquia, a apólice não oferece cobertura, ou seja, não ressarce o proprietário. Assim sendo, quanto maior for o valor da franquia, menor será o custo da apólice de seguros e vice-versa. Dessa maneira, a título de ilustração, demonstramos uma simulação de uma apólice para um automóvel. Essa simulação considera o veículo VOLKSWAGEN - GOL NOVO 1.0 MI TOTALFLEX 8V 2P (Mod. 2013-2013). TABELA 4 – SIMULAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE SEGURO SEGURADORA PARCELAMENTO PAGAMENTO À VISTA FRANQUIA 2. 2 x de: R$958,71* R$ 1.917,41 R$ 1.996,90 3. 3 x de: R$639,13* 4. 4 x de: R$479,36* 5. 5 x de: R$383,49* 6. 6 x de: R$319,56* 2. 2 x de: R$541,34* R$ 1.082,69 R$ 2.400,00 AN02FREV001/REV 4.0 72 3. 3 x de: R$360,89* 4. 4 x de: R$270,67* 5. 5 x de: R$231,69 6. 6 x de: R$196,30 2. 2 x de: R$669,04* R$ 1.338,08 R$ 2.243,00 3. 3 x de: R$446,03* 4. 4 x de: R$334,52* 5. 5 x de: R$291,67 6. 6 x de: R$248,26 2. 2 x de: R$544,59* R$ 1.089,19 R$ 2.376,00 3. 3 x de: R$363,06* 4. 4 x de: R$272,30* 5. 5 x de: R$226,55 6. 6 x de: R$190,64 FONTE: Adaptado. Disponível em: <http://tudosobreseguros.com.br>. Acesso em: 01 maio 2013. 3.4 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL OU CUSTOS DE OPORTUNIDADE A remuneração do capital, ou custo de oportunidade significa o valor que a empresa de transporte obteria se optasse em investir em outro negócio, independente do formato, ao invés de estar realizando atividades empresariais com frota de veículos. Assim sendo, a remuneração do capital entra na análise de custos da empresa de transporte como forma de analisar a viabilidade econômica e financeira que a empresa consegue auferir por estar no negócio e também como forma de se comparar com outros tipos de negócios, ou até mesmo com investimentos no mercado financeiro. Essa análise se torna importante para que o gestor de frotas, ou o empresário do setor possa analisar como está o ganho financeiro que o negócio de frotas está produzindo, pois em algum momento, o negócio pode estar remunerando o capital investido do negócio de forma pequena, ou até mesmo não produzindo o retorno necessário, e desejado, que o empresário deseja obter com o negócio. Na verdade, quando o empresário inicia o negócio de frotas, ou de transporte, ele deseja obter retornos financeiros com esse negócio, ou seja, ele necessita receber ganhos financeiros (lucros) que satisfarão aos empresários, ou AN02FREV001/REV 4.0 73 sócios da empresa, como forma de recompensar o capital que fora investido na constituição da empresa. Quando se faz a análise do custo de oportunidade, está se comparando a remuneração que o capital investido na empresa está produzindo com outras formas de remuneração do capital, que pode ser outros tipos de negócios, ou outros investimentos, que podem ser relacionados ao mercado financeiro, como aplicações em bolsa de valores, em investimentos fixos, e até mesmo na caderneta de poupança. Para conseguir fazer esta análise é necessário se ter conhecimento financeiro sobre a gestão da empresa de transportes e dos demais indicadores de mercado, que se deseja comparar. Torna-se necessário a coleta e análise dessas informações para poder, em momento posterior, tomar as decisões necessárias para que o retorno do capital seja o melhor. Assim sendo, para se calcular o custo de oportunidade e conseguir fazer-se a sua análise, é necessário que o gestor de frotas ou o empresário conheça os seus custos totais e a receita total que a empresa está produzindo, para poder encontrar qual o valor do lucro produzido pela empresa. Após encontrar o lucro produzido em determinado período, que pode ser mensal ou anual, é preciso simular qual seria o lucro produzido se o empresário investisse em outro setor, e comparar qual o melhor resultado. Por exemplo, suponha-se que a Empresa GAMA@ possui 05 caminhões que transportam soja de Ribeirão Preto para Santos, em um trajeto de 1000 km por viagem (ida e volta). Cada caminhão faz 01 viagem por dia, durante 10 meses do ano (janeiro a outubro), transportando 40 toneladas de soja por viagem. Os caminhões voltam vazios. O custo total para fazer uma viagem dessas é de R$ 900,00. A empresa cobra R$ 25,00 por tonelada transportada, o que gera uma receita bruta por viagem de R$ 1.000,00. Dessa maneira, supondo que o custo total é de R$ 900,00, a empresa obtém um lucro de R$ 100,00 por viagem, que gerará R$ 100.000,00 de lucro líquido anual. Essa rentabilidade significa um ganho financeiro da ordem de 11% sobre os custos totais, ou de 10% sobre a receita bruta total. Pode-se dizer que a empresa conseguiu um retorno sobre o capital investido da ordem de 10% a 11% ao ano. AN02FREV001/REV 4.0 74 Para fazer a análise do custo de oportunidade, é necessário obter os valores percentuais de outros indicadores. Se considerarmos um investimento financeiro a taxa fixa mensal de 1,28%, por exemplo, verifica-se que esse investimento irá produzir um ganho financeiro percentual anual de 15,35%. Nesse contexto, se o empresário investisse o seu capital nesse investimento financeiro, iria ganhar ao final de um ano, o índice de 15,35%, ou seja, o seu capital produziria essa taxa de remuneração, sendo mais atrativo que as operações da transportadora. Dessa forma, o valor da diferença entre os índicespassa a ser o custo de oportunidade do negócio (15,36% – 11% = 4,36%). Assim, o empresário necessita tomar alguma decisão quanto ao retorno que a empresa está produzindo, seja em razão das receitas conseguidas, ou dos custos. Uma sugestão seria conseguir algum trabalho para os veículos nos 02 meses em que não existe o transporte de soja. Outra opção seria conseguir algum tipo de frete para os veículos quando da volta de Santos para Ribeirão Preto, onde os mesmos estão voltando vazios. Se assim conseguisse, diminuiria os custos e aumentariam as receitas, melhorando os índices de remuneração do capital. 3.5 DESPESAS ADMINISTRATIVAS As despesas administrativas são todos os custos e despesas que a empresa de transporte possui e que são fixos e indiretos ao negócio da empresa. Assim, custo fixo é todo aquele que independe da quantidade de quilômetros percorridos pelos veículos da empresa, ou da quantidade de carga transportada em volume e peso. Os custos indiretos são todos aqueles que não cooperam para a produção de algo no negócio da empresa, ou seja, são custos que são necessários para a empresa, mas que não participam do foco do negócio. Por exemplo, no transporte de cargas de soja que citamos anteriormente, os custos indiretos são aqueles que não interferem para que a empresa faça o AN02FREV001/REV 4.0 75 transporte da soja, como por exemplo, o seguro do veículo, o IPVA, o licenciamento, etc. São custos que a empresa necessita arcar, mas eles não interferem na realização do negócio. Agora, os custos que impactam na realização do negócio são os chamados custos diretos, que são, por exemplo, o combustível, o motorista, os pneus, etc., no qual sem esses, a transportadora não conseguirá fazer o transporte da soja de Ribeirão Preto a Santos. Da mesma forma que os custos indiretos, alguns são fixos, e a empresa precisa arcar com esses custos a fim de poder exercer as suas atividades empresariais. São chamados fixos, pois independente da quantidade de carga transportada, ou da quilometragem percorrida, o valor do custo é o mesmo. Por exemplo, no caso da empresa que transporta soja de Ribeirão Preto a Santos, o valor do IPVA de cada caminhão é de R$ 2.240,00, por exemplo. Se a empresa transportar 1.000 toneladas por ano com um caminhão, ou transportar 100 toneladas por ano, o valor do IPVA não sofre alterações, ou seja, a empresa terá que pagar o valor de R$ 2.240,00. Os principais custos fixos e indiretos, ou despesas administrativas são: a) Impostos: IPVA, IPTU, etc.; b) Documentação: CRLV, seguro obrigatório (DPVAT), etc.; c) Seguro de proteção do veículo; d) Aluguel; e) Depreciação; f) Remuneração de pessoal administrativo; g) Pró-labore; h) Energia Elétrica do setor administrativo; i) Telefone fixo; j) Material de escritório; k) Material de limpeza. A empresa que opera em frotas, bem como os seus gestores e sócios, necessitam dar atenção especial às despesas administrativas, visto que na maioria AN02FREV001/REV 4.0 76 dos casos essas despesas significam um valor muito alto dos custos totais da empresa. A intenção é que as despesas administrativas representem a menor parte dos custos totais (que é obtido pela soma dos custos fixos e indiretos com os custos diretos e variáveis). Como as despesas administrativas não participam do processo produtivo, elas acabam sendo deixadas de lado na análise financeira, fato que acaba por aumentar o custo total, e consequentemente, diminuir os lucros e o retorno sobre o capital do sócio. Assim sendo, o gestor de frotas necessita estar analisando esses custos a todo o momento e corrigindo os possíveis desvios de valores dos mesmos, como forma dos mesmos custos representarem a menor parcela constituinte dos custos totais. 3.6 MÉTODO DE CÁLCULO PARA CUSTOS VARIÁVEIS Os custos variáveis são aqueles custos que a empresa de transportes possui e que não possuem valores fixos, mais valores que oscilam em função da quantidade produzida em determinado período. Assim sendo, os custos variáveis modificam-se em função do aumento, ou da diminuição, da produção em um período, que pode ser mensal, semanal, anual, etc. Ao se falar de transportes tem-se uma série de custos variáveis, em que os principais são: a) Combustíveis; b) Pneus; c) Peças de Reposição; d) Remuneração de Motoristas; e) Lubrificantes; f) Acessórios. AN02FREV001/REV 4.0 77 3.6.1 Combustíveis Os combustíveis representam o maior custo variável, e talvez o maior custo, em uma frota, pois acarretam uma grande demanda no transporte. A principal fonte de aumento nos custos totais seja por desperdício, ou outro aspecto, como formas incorretas de direção pelos motoristas, à manutenção do veículo mal feita, ou não se fazer a sua manutenção entre outros aspectos, repercute diretamente no consumo de combustível, impactando os custos da empresa e diminuindo a lucratividade do negócio. Dessa forma, os gestores precisam estar todo tempo analisando o desenvolvimento de sua frota em relação ao consumo de combustível, bem como estar determinando, e implantando, novas estratégias para a redução do consumo do mesmo, buscando alcançar a eficiência e, obtendo ganhos pelo uso correto do combustível, tendo uma relação de custo/benefício desse importante insumo, bem favorável ao negócio e aos objetivos que são desejados. No Brasil, com o desenvolvimento da tecnologia do etanol como combustível, proporcionou uma nova forma de gerenciamento dos custos com combustível, em que os gestores possuem a opção entre utilizar-se de gasolina, etanol e gás natural, como forma de combustível, principalmente após a fabricação de veículos com a tecnologia “Flex Power”. Assim, atualmente uma grande parte da frota nacional de veículos é movida com a tecnologia “Flex” e possui a forma de utilização desses três combustíveis. Uma pequena parcela é utilizada de apenas um combustível, oferecendo menor flexibilidade na escolha do combustível que ofereça menores custos. AN02FREV001/REV 4.0 78 3.6.2 Lavação e lubrificação Esse componente acaba influenciando nos custos variáveis, pois a lubrificação é prática constante no gerenciamento de frotas, visto que todos os veículos possuem componentes que necessitam trabalhar sob lubrificação. Em maior ou menor volume e escala, os veículos precisam estar em constante processo de lubrificação, ou sob a troca dos óleos lubrificantes, que possuem um período de utilização, onde passado esse período, que normalmente é determinado pela quilometragem rodada pelo veículo, ou por um período mensal de tempo, torna-se necessário a sua substituição, pois o componente lubrificante deixa de exercer as suas propriedades, não oferecendo a proteção devida que a lubrificação exige, podendo gerar danos no veículo por essa carência. Assim sendo, a empresa sempre precisará estar utilizando-se de lubrificantes, pois são vários componentes dos veículos que precisam desses. E outro aspecto é que para cada tipo de componente, são utilizados lubrificantes diferentes, dependendo do objetivo que se deseja. Também constam nesses custos os acessórios que, juntamente com os lubrificantes, irão fazer o perfeito processo de lubrificação do veículo, como filtros por exemplo. Dessa forma, o gestor necessita estar atento com a utilização dos lubrificantes e demais acessórios, assim como possuir um planejamento muito apurado dos seus momentos de troca e substituição, buscando alcançar a máxima eficiência do veículo e o menor custo possível com esses componentes. Outro aspecto importante nesse contexto é referente à qualidade dos lubrificantes e acessórios, pois na maioria dos casos, o lubrificante mais barato não produz o melhor custo/benefício. Sendo assim, o gestorprecisa analisar essa relação de custo e benefício produzido pelo lubrificante, bem como qual é o objetivo que se deseja buscar, pois a utilização de óleos lubrificantes baratos, ou de segunda linha, acaba acarretando aumento nos custos, ao invés de reduzi-los, pois o lubrificante barato não irá desempenhar a sua função com a maior eficiência, podendo acarretar em quebras e AN02FREV001/REV 4.0 79 desgastes prematuros de componentes mecânicos dos veículos, o que acarretará aumento nos custos de manutenção, impactando a elevação dos custos totais e, consequentemente, a diminuição da lucratividade. Dessa maneira, é importante traçar-se um plano de utilização de lubrificantes, com a perfeita descrição do momento exato de sua substituição e usarem-se lubrificantes que proporcionem o melhor benefício para o veículo, buscando-se a eficiência do mesmo e o aumento da vida útil dos componentes mecânicos que o lubrificante está agindo, possibilitando redução de custos tanto no aspecto da lubrificação, quanto no aspecto da manutenção. O aspecto lavagem, ou lavação, da mesma forma que a lubrificação, exerce um impacto muito importante no processo de formação de custos da frota e do transporte, pois é um componente que em muitas vezes não é percebido, por se tratar de um custo indireto muitas vezes. No entanto, é um fator que pode desencadear um forte impacto no custo total, dependendo da sua utilização. O maior causador desse aspecto consta do desperdício, pois na grande maioria das vezes o gestor não consegue perceber que existe o desperdício. Assim, em uma frota, que na maioria das vezes é formada por muitos veículos, e em frotas de caminhões, ônibus, bitrens, etc., as frotas são formadas por veículos grandes, que demandam grande tempo e muitos produtos para que se faça a perfeita limpeza. Assim sendo, no processo de lavagem desses veículos gastam-se muitos produtos químicos, para diversos objetivos e em quantidade não mensurada, acontecendo os desperdícios, principalmente pela falta de preparo das pessoas que fazem esse processo. Do mesmo modo, o gestor só irá perceber o impacto desse processo nos custos quando finalizar-se determinado período, que pode ser um mês, por exemplo, e visualizar a enorme quantidade de produtos que foram usados naquele mês e o respectivo custo. Da mesma forma acontece com o consumo de água, que além de exercer um forte impacto financeiro nos custos, em que a empresa necessita pagar por ela, também exerce um forte impacto ambiental, principalmente pelo uso da água, ou AN02FREV001/REV 4.0 80 seja, a exigência dos consumidores é que as empresas racionalizem o uso da água, onde a empresa de transporte necessita utilizar a menor quantidade possível. E outro aspecto que impacta a empresa no uso da água é a sua destinação final, ou seja, o que é feito com a água que sai do processo de lavagem, os chamados efluentes. Dessa maneira, o gestor necessita analisar todos esses fatores para conseguir reduzir os custos e alcançar a lucratividade, bem como evitar constrangimentos com a mídia e a imagem da empresa no mercado. 3.6.3 Pneus Os pneus, ao lado dos combustíveis, são os maiores produtores de custos variáveis em uma empresa de transportes, visto que os pneus são os componentes dos veículos diretamente impactados pela atuação do transporte. Além disso, todos os veículos possuem uma quantidade de pneus e que possuem uma vida útil limitada, dependendo do uso, da forma de direção e da correta manutenção dos mesmos, essa vida útil pode ser aumentada ou diminuída. Desse modo, dependendo do contingente de quilômetros que a empresa percorre com cada veículo, a vida útil do pneu será maior ou menor, em termos de tempo, o que acarretará novos gastos com a aquisição ou recuperação dos mesmos. Assim sendo, o uso correto de pneus, bem como a sua correta manutenção, como a perfeita calibragem, alinhamento e balanceamento periódicos e constantes, além de rodízios de pneus, aliados com a aquisição de pneus corretos para a função que se deseja com aquele veículo, onde existem pneus específicos para cada finalidade de transporte, irão proporcionar melhores resultados em durabilidade dos mesmos, além de aumento da vida útil dos pneus, reduzindo os desembolsos financeiros da empresa com a compra de pneus para a substituição. Assim, consegue-se produzir um bom resultado, com o correto gerenciamento dos custos variáveis, obtendo maiores lucros. AN02FREV001/REV 4.0 81 Além disso, o gerenciamento correto dos pneus impacta também no consumo de combustível e na manutenção geral do veículo, conseguindo a redução de custos de forma geral. 3.6.4 Custo de manutenção Por fim, o componente que impacta nos custos variáveis são os custos com manutenção. E esses custos são variáveis, pois a manutenção do veículo está relacionada, na maioria das vezes, com a utilização do mesmo, ou seja, da quilometragem que o veículo possui. Assim sendo, a manutenção vai aumentando à medida que o veículo vai aumentando o total de quilômetros percorridos, ou a sua vida útil vai diminuindo com o passar do tempo. Desse modo, quando a empresa adquire um veículo novo, do tipo “Zero Quilômetro”, os custos variáveis com manutenção serão bem reduzidos, pois o veículo é novo, os seus componentes mecânicos, hidráulicos, elétricos, etc., são todos novos e esses possuem uma vida útil, que dependendo do uso, podem ser aumentados ou diminuídos. De regra, um veículo novo irá produzir um baixo índice de custos de manutenção, em virtude dessas características de não existir o desgaste dos componentes e peças e dos mesmos ainda estarem dentro do padrão de sua vida útil. No entanto, com o passar do tempo e do aumento do uso do veículo, todos esses componentes acima citados vão sofrendo o desgaste natural e começarão a surgir à manutenção, ou seja, as inúmeras peças e componentes dos veículos necessitarão ser substituídos por outros novos, fato que acarretará para a empresa um aumento nos custos de manutenção, pois a mesma necessitará adquirir esses componentes, pagando o valor financeiro dos mesmos, além de outras despesas com a perfeita substituição das peças, como a mão de obra que fará essa troca, por exemplo. Assim sendo, os custos vão aumentando e o gestor necessita estar acompanhando esse processo, pois irá chegar um determinado momento que o AN02FREV001/REV 4.0 82 veículo estará sofrendo um processo de manutenção muito forte, que será justificado a sua substituição por completo, ou seja, será viável para a empresa substituir o veículo por outro novo, voltando ao ciclo de redução de custos de manutenção pela vida útil nova. Essa relação de manutenção e vida útil é muito interessante e o gestor de frotas necessita analisar constantemente essa relação, pois acontecem várias situações ao longo desse processo, como por exemplo: a) Fase 1 - veículo novo: nessa fase, o veículo é totalmente novo e está iniciando as suas atividades na empresa, sendo que a manutenção é praticamente nula, pois não existem quebras e reparos de peças e componentes. Sendo assim, o custo de manutenção é próximo de Zero. No entanto, há uma série de outros custos que impactam o veículo, como os custos provenientes das manutenções obrigatórias exigidos pelos fabricantes. Assim sendo, a empresa terá que arcar com essas revisões, que em muitos momentos acabam gerando custos elevados. b) Fase 2 - veículo novo perto da meia vida: Nessa fase, os custos de revisões periódicas se mantêm constantes e começam a surgir alguns pequenos custos de manutenção, como trocas de peças baratas e reparos não muito custosos. Pode-se perceber que nessa fase há um aumento nos custos totais de manutenção, ou seja, o veículo ainda produz custos com as revisões periódicas e já produz alguns custos pequenosde manutenção. c) Fase 3 - veículo na meia-vida: Nessa fase praticamente não existem custos de revisões periódicas, mas os custos de manutenção são crescentes, em que grandes componentes começam a exigir a sua substituição. Os custos de manutenção começam a impactar o negócio da empresa e o gestor necessita estar ligado com a sua ocorrência, evitando acarretar em grandes prejuízos. d) Fase 4 - veículo quase totalmente depreciado: Esta é a fase crucial do negócio, em que acontece a produção de grades custos de manutenção. Praticamente o veículo produz manutenções periódicas, em seus diversos níveis. É a fase de poder analisar-se a viabilidade econômica de se manter o veículo ou substituí-lo por outro e) Fase 5 - veículo totalmente depreciado: É a fase final, onde o veículo já está totalmente depreciado e em condições que irá produzir muitos custos de manutenção, tendo uma relação de custo e benefício muito maior para os custos do AN02FREV001/REV 4.0 83 que para os benefícios. É o momento de a empresa fazer a substituição do veículo por outro novo, ou expô-lo em uma reforma completa, aumentando a sua vida útil e reduzindo os custos de manutenção. É importante descrever também, que no quesito custos de manutenção também constam os custos da não receita, ou seja, enquanto o veículo está parado na oficina, para se fazer algum reparo, ou troca de peças e componentes, o mesmo está deixando de produzir receitas para a empresa, ou seja, a empresa deixa de faturar com a prestação de serviços daquele veículo. Assim sendo, o gestor de frotas precisa analisar a dimensão desse impacto no fluxo de caixa da empresa, pois dependendo da sua importância, a empresa pode auferir um aumento considerável de custos simplesmente por não ter receitas financeiras, visto que seus veículos estão parados na oficina, ao invés de estarem nas estradas. Do mesmo modo, com a parada do veículo na oficina, o motorista também fica parado, gerando custos operacionais para a empresa, visto que a remuneração do funcionário é um custo fixo, ou seja, independente do caminhão ou outro veículo, estar circulando ou não, é necessário que ocorra o desembolso pela empresa do montante financeiro que é respectivo ao motorista. Assim sendo, o custo de manutenção deve ser considerado muito importante na análise global do negócio, pois pode ser uma fonte de graves consequências negativas para a empresa de transportes. 3.7 RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO – PONTO DE EQUILÍBRIO A análise do custo-volume-lucro é um estudo financeiro que demonstra a taxa de lucratividade da empresa sobre o aspecto da produção, ou seja, é uma análise que demonstra a lucratividade do negócio baseado no volume produzido e o montante de custos totais necessários para a produção de determinado lucro. Essa análise é baseada em alguns fatores: a) O preço de venda do produto, ou do serviço prestado, não se altera em função da quantidade que foi vendida; AN02FREV001/REV 4.0 84 b) A análise é baseada como se a empresa trabalhasse com um único produto; c) Para tal análise, é necessário que os custos sejam divididos em custos fixos e custos variáveis; d) É preciso que a quantidade vendida seja sempre igual à quantidade produzida, ou seja, não são considerados os possíveis estoques. Dentro desse contexto, o item de mais destaque é o chamado ponto de equilíbrio, ou breakeven, que corresponde ao valor quantitativo que a empresa necessita produzir e vender para conseguir cobrir todos os custos, tanto os custos fixos, como os custos variáveis. No ponto de equilíbrio, a empresa não produz nem lucro, nem prejuízos, ou seja, o ganho líquido da empresa é nulo (figura 49). FIGURA 49 – PONTO DE EQUILÍBRIO Ponto de equilíbrio RECEITA QUANTIDADE $ CUSTOS FONTE: Disponível em: <http://www.bancodeconcursos.com/a/conteudo/grafico%20ponto%20de%20equilibrio.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2013 AN02FREV001/REV 4.0 85 Nesse contexto, para que a empresa possa fazer uso da ferramenta de análise do custo-volume-lucro e poder encontrar qual é o seu ponto de equilíbrio, torna-se necessário conhecer outra ferramenta de análise financeira, que é à margem de contribuição. A margem de contribuição é o resultado financeiro obtido por meio do cálculo da subtração do preço de venda unitário de um produto, ou serviço, do seu respectivo custo variável unitário. Por preço de venda unitário entende-se o valor de uma unidade de um produto ou serviço e custo variável unitário por aquele custo variável para se produzir uma unidade de um produto ou serviço. Assim sendo, o valor da margem de contribuição será usado pela empresa para pagar os custos fixos e o lucro. FIGURA 50 – MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Preço de Venda Unitário Custos Variáveis Unitário Margem de Contribuição FONTE: Do autor. No caso de uma frota, ou de uma empresa de transporte, pode-se dar o exemplo de preço unitário de venda como o valor do frete por tonelada transportado, ou o valor do frete por quilômetro rodado. AN02FREV001/REV 4.0 86 O custo variável unitário é o valor obtido para transportar uma tonelada de carga da origem ao destino, por exemplo, ou para transportar uma carga por quilômetro rodado. Assim sendo, quando se fala que uma empresa cobra R$ 25,00 por tonelada de soja para transportá-la de Ribeirão Preto a Santos, está se referindo ao preço de venda unitário. Quando se fala que para transportar uma tonelada dessa soja se gasta com os custos variáveis (combustível, pneus, manutenção, lubrificantes, remuneração, etc.) o valor de R$ 15,00, está expondo-se o custo variável unitário. Assim, como exemplo do cálculo da margem de contribuição tem-se o exposto pela figura 51: FIGURA 51 – EXEMPLO DO CÁLCULO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Produto A Produto B P ($/un) 10,00 20,00 Cv ($) 6,00 10,00 Mc 4,00 10,00 (%) 40% 50% Percebe-se que para o produto A o preço de venda por unidade é de R$ 10,00 e o Custo variável por unidade é de R$ 6,00. Fazendo-se o cálculo da margem de contribuição, vê-se que a mesma é de R$ 4,00, ou seja, R$10,00 menos R$ 6,00. Transformando-se em valores percentuais, obtém-se que a margem de contribuição desse produto é de 40%. Semelhantemente para o produto B, percebe- se que a sua margem de contribuição é de R$ 10,00 (R$ 20,00 menos R$ 10,00) e o percentual é de 50%. AN02FREV001/REV 4.0 87 De posse dessas informações, pode-se expor que o cálculo do ponto de equilíbrio pode ser realizado de três formas: a) Ponto de Equilíbrio Contábil: é aquele que considera a quantidade de produtos ou serviços que são necessários à empresa comercializar para conseguir arcar com todas as obrigações, ou seja, considera qual o valor de receitas totais que a empresa necessita obter para cobrir os custos totais. b) Ponto de Equilíbrio Econômico: é o cálculo que considera além da quantidade de receitas totais produzidas para poder pagar todos os custos totais, também o valor da atualização monetária, ou juros de um período. c) Ponto de Equilíbrio Financeiro: este cálculo considera também outros valores que estão intrínsecos na análise financeira, como o valor da depreciação. Como exemplo desses três tipos de cálculo do ponto de equilíbrio, damos um exemplo que ilustrará as diferenças nos valores de cada ponto de equilíbrio. Suponha que uma empresa de transporte de carga desempenha os seus negócios empresariais da seguinte forma, como é exposto pela figura abaixo: FIGURA 52 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE PONTO DE EQUILÍBRIO preço de venda: $ 8 / unidade custos variáveis = $ 6 / unidade custos fixos = $ 4.000 / ano depreciação = $ 800 / ano patrimônio líquido = $ 10.000 tma = 10% ao ano mc = 8 - 6 = $ 2,00 / unidade FONTE: Do autor. AN02FREV001/REV4.0 88 Dessa forma, percebe-se que a empresa vende os seus serviços de transporte de carga ao preço de R$ 8,00 por quilômetro rodado e os custos variáveis por quilômetro rodado são de R$ 6,00. A empresa também possui R$ 4.000,00 por ano de custos fixos, a depreciação de R$ 800,00 anuais e possui um patrimônio líquido de R$ 10.000,00. A empresa adota a taxa mínima de atratividade (TMA) do negócio de 10% ao ano. Dessa forma, o primeiro passo para encontrar o ponto de equilíbrio é calcular a margem de contribuição, que nesse caso é o valor de R$ 2,00 por unidade (preço de venda menos custo variável – 8-6=2) Assim sendo, iremos calcular o ponto de equilíbrio contábil, como é demonstrado pela figura 53 abaixo: FIGURA 53 – CÁLCULO DE PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL Ponto de equilíbrio (Contábil) Qc = = 2.000 un. / ano 4.000 2 FONTE: Do autor. Para encontrar o ponto de equilíbrio contábil, exposto pela figura 53, é necessário dividir os custos fixos anuais pela margem de contribuição, pois no AN02FREV001/REV 4.0 89 conceito de margem de contribuição é exposto que a mesma serve para cobrir os custos fixos. Assim sendo, no exemplo citado, os custos fixos são de R$ 4.000,00 que divididos pela margem de contribuição encontrada de R$ 2,00, obtém-se que o ponto de equilíbrio contábil é de 2.000 unidades por ano, ou seja, para a empresa conseguir arcar com todos os seus compromissos financeiros do ano a mesma precisa fazer o transporte por 2.000 quilômetros rodados. Se a empresa rodar mais de 2.000 quilômetros no ano, ela obterá lucro pelo adicional aos 2.000 quilômetros rodados. Se não transportar por 2.000 quilômetros rodados, ou mais, a empresa não conseguirá arcar com seus compromissos financeiros. FIGURA 54 – CÁLCULO DE PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO Ponto de equilíbrio (Econômico) Qc = = 2.500 un./ano 4.000 + 1.000 2 FONTE: Do autor. Já no caso de calcularmos o ponto de equilíbrio econômico, exposto pela figura 54, aplica-se o valor do custo fixo mais a taxa de juros anual, dividido pela margem de contribuição. Fazendo-se os cálculos encontra-se o valor de 2.500 quilômetros rodados para conseguir arcar com todos os seus custos e mais os juros do ano. AN02FREV001/REV 4.0 90 FIGURA 55 – CÁLCULO DE PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO Ponto de equilíbrio (Financeiro) Qc = = 1.600 un./ano 4.000 - 800 2 FONTE: Do autor. Por fim, para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro, exposto pela figura 55, é necessário utilizar-se do custo fixo menos a depreciação, dividido pela margem de contribuição. Assim sendo, percebe-se que o ponto de equilíbrio financeiro é de 1.600 quilômetros rodados para conseguir arcar com os custos totais sem considerar a depreciação. 3.8 ANÁLISE DE INVESTIMENTO Dentro do contexto de análise econômica e financeira de negócios, torna-se importante realizar a avaliação de projetos, ou de negócios, como forma de mensurar o possível retorno que o mesmo pode trazer para o empresário ou acionista. Desse modo, a empresa de transporte, ou frotas, necessita desenvolver análises financeiras para conseguir visualizar os aspectos de retornos financeiros e AN02FREV001/REV 4.0 91 de investimentos que a empresa, e seus sócios, fizeram buscando alcançar os retornos desejados. Assim sendo, uma técnica importante é a análise do fluxo de caixa, que demonstra os resultados financeiros que foram provocados pela empresa em determinado período, como é exposto pela Tabela 5: TABELA 5 – MODELO DE FLUXO DE CAIXA FLUXO DE CAIXA (FCCP) EMPRESA ALFA@ LTDA ITEM R$ Receita + 4.118.585 Impostos - -56.695 Receita líquida = 4.061.890 Custo dos produtos vendidos - -2.961.460 Lucro Operacional bruto = 1.100.430 Despesas Administrativas - -602.466 Despesas Gerais - -95.134 Lucro Operacional (EBITDA) 402.830 Depreciação - -281.933 LAJIR = 120.896 Despesas Financeiras - -57.921 Lucro antes do IR (LAIR) 62.975 IR 25% - 15.744 Lucro Líquido = 47.231 Depreciação + 281.933 Fluxo de Caixa = 329.164 Investimentos 52.083 FCCP 381.247 FONTE: Do Autor Dessa maneira, o Fluxo de Caixa ao Capital Próprio (FCCP), é o modelo de fluxo de caixa mais utilizado quando se deseja descrever os retornos financeiros aos acionistas. Este modelo é descrito da seguinte forma: Receitas: São todos os valores alcançados com as vendas ou outro tipo que gerem recursos para a empresa. São valores positivos; Impostos: São todos os valores que a empresa desembolsa no pagamento de impostos e taxas. São valores negativos; AN02FREV001/REV 4.0 92 Receita Líquida: é o saldo das receitas obtidas descontando-se os impostos e taxas; Custo dos produtos vendidos: São todos os valores desembolsados pela empresa no processo de produção e comercialização de seus produtos. São valores negativos; Lucro operacional Bruto: é o valor total obtido na receita líquida subtraído os valores do custo dos produtos vendidos; Despesas Administrativas: São todas as despesas indiretas do processo de produção e comercialização dos produtos da empresa. São valores negativos; Despesas Comerciais: São as despesas obtidas pela comercialização dos produtos da empresa. São valores negativos; Despesas Gerais: são todas as demais despesas. São valores negativos; Lucro operacional ou Ebitda: É o saldo total do lucro operacional bruto descontando-se as despesas administrativas, comerciais e gerais; Depreciação: São todos os valores descritos como sendo o desgaste natural dos ativos da empresa, alocados de forma anual. São valores negativos; Lucro antes do Imposto de Renda (Lair): É o saldo obtido dos valores do lucro operacional bruto subtraindo-se os valores da depreciação; Imposto de Renda (IR): São os valores pagos a título de Imposto de Renda. São valores negativos; Lucro Líquido: é o saldo obtido por meio da subtração dos valores do lucro antes do imposto de renda (Lair) e o imposto de renda (IR); Depreciação: Os valores de depreciação apontados no fluxo acima voltam neste item com sinal positivo. São valores positivos; Fluxo de caixa operacional: É o resultado final do fluxo, antes dos investimentos ou desmobilizações; Investimentos ou desmobilizações: São os valores dos investimentos ou venda de imobilizados da empresa. São valores positivos ou negativos, dependendo da utilização; Imposto de Renda sobre a venda de ativos: São os valores pagos como imposto de renda quando ocorre a venda de ativos pela empresa. São valores negativos; AN02FREV001/REV 4.0 93 Fluxo caixa Capital ao Capital Próprio: É o resultado final obtido neste fluxo. Após a construção do Fluxo de Caixa, é necessário se fazer uso de alguns índices de análise econômico-financeira de investimentos, para definir por meio desses, a viabilidade das empresas de transporte, em específico. Esta análise pode ser feita por alguns índices, que servem para compreender os resultados financeiros que estão sendo produzidos pelo negócio. Os mais importantes são: 1) Valor Presente Líquido (VPL): O VPL, segundo ABREU FILHO et al (2007), é simplesmente a diferença entre o valor presente do projeto e o custo do projeto na data atual. VPL= VP - I0 sendo VP = Valor Presente e I0 = Investimento Inicial Assim sendo, se o VPL for positivo significa que o negócio vale mais do que custa, ou seja, é lucrativo, e VPL negativo significa que o negócio está custando mais do que vale, ou seja, se for implementado, trará prejuízos. O critério decisório diz que um negócio só deve ser realizado se o seu VPL for nulo ou positivo, com a utilização da Taxa Mínima de Atratividade do investimento (TMA), ou seja, a taxa mínima para que o negócio possa ser consideradorentável. BORDEAUX-REGO et al (2007) afirma que a análise pelo VPL pode ser resumida assim: VPL maior que 0 (Zero): o negócio é aceito, pois o capital investido é recuperado, a remuneração do investimento supera a TMA e o negócio gera um ganho de riqueza, representado pelo valor do VPL; VPL igual a 0 (Zero): é indiferente estar realizando as atividades empresariais ou não do negócio, em que o capital investido é recuperado com a mesma TMA e a empresa não obtêm ganho de riqueza, que é igual ao VPL; AN02FREV001/REV 4.0 94 VPL menor que 0 (Zero): o negócio deve ser rejeitado, pois o capital investido não é recuperado, sendo a remuneração do capital menor que a TMA e com perda da riqueza no valor do VPL. 2) Taxa Interna de Retorno (TIR): Ainda segundo ABREU FILHO et al (2007), a Taxa Interna de Retorno é a taxa pela qual o VPL de um negócio é zero, sendo que para se investir em um negócio, a TIR deve ser, no mínimo, igual à Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Para o cálculo da TIR utiliza-se a fórmula: TIR = (Resultado Final do Fluxo de Caixa / Investimento Inicial ) - 1 3) Índice de Lucratividade Líquido (ILL). O ILL, segundo ABREU FILHO et al (2007), é o índice que mede a relação entre o valor recebido e o custo do investimento, sendo uma medida do custo/benefício. Para que um negócio seja aceito, ou rentável, o valor do ILL deve ser maior ou igual a 1. ILL= VP / I0 sendo VP = Valor Presente e I0 = Investimento Inicial BORDEAUX-REGO et al (2007) afirma que a análise pelo ILL pode ser descrita da seguinte forma: ILL maior que 1 (Um): o negócio é aceito, pois o capital investido é recuperado, a remuneração do investimento supera a TMA e o negócio gera um ganho de riqueza; ILL igual a1 (Um): é indiferente aceitar ou não o negócio, onde o capital investido é recuperado com a mesma TMA, e a empresa não obtém ganho de riqueza; ILL menor que 1 (Um): o negócio é rejeitado, pois o capital investido não é recuperado, sendo a remuneração do capital menor que a TMA e com perda da riqueza. AN02FREV001/REV 4.0 95 4) Taxa Mínima de Atratividade do investimento (TMA): é a taxa mínima para que o negócio seja considerado rentável. Na análise de um negócio, os acionistas definem qual o valor desta taxa, ou seja, qual o percentual de ganho mínimo que desejam alcançar no investimento. FIM DO MÓDULO III
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