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Odontopediatria - Anestesia Local

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Resumos
 
 
 
V A N E S S A A N D R A D E 
Odontopediatria
 
 
 
1 Odontopediatria 
ANESTESIA LOCAL 
 
 Para realizar uma anestesia local, é 
necessário preparo psicológico correto da 
criança para a intervenção, 
conhecimentos específicos da anatomia, 
fisiologia e farmacologia, escolha do 
material adequado e a delicadeza e 
destreza do profissional, incluindo uma 
boa técnica. 
 
 Vantagens da Anestesia Local: 
a) Permite que o paciente permaneça 
desperto e cooperando; 
b) Interfere muito pouco na fisiologia 
normal, permitindo ser utilizado 
em pacientes relativamente 
debilitados; 
c) Apresenta baixa incidência de 
morbidade; 
d) As técnicas não são difíceis de 
serem executadas; 
e) A porcentagem de insucessos é 
pequena; 
f) Não há despesa adicional para o 
paciente; 
g) O paciente pode se alimentar 
normalmente antes da 
intervenção; 
h) Pode ser utilizada em crianças com 
pouca idade que tenham boa 
saúde geral. 
 Contraindicações: 
a) Em paciente alérgico aos 
diferentes anestésicos locais; 
b) Em pacientes deficientes mentais, 
sem condições de colaborar; 
c) Quando a cirurgia oral maior 
ultrapassar os limites da anestesia 
regional; 
d) Na presença de anomalias que 
dificultam ou impossibilitam a 
anestesia local. 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS E 
PROPRIEDADES 
 
 Os anestésicos locais podem ser 
classificados de acordo com sua estrutura 
química, em dois grupos: tipo éster e tipo 
amida. 
 O metabolismo dos anestésicos locais 
inicia-se com a ruptura da cadeia 
intermediária (de éster ou amida). 
 Alguns fatores podem interferir na 
instalação e manutenção dos efeitos 
desejados do anestésico local, como: 
a) pH tecidual muito ácido ou muito 
alcalino; 
b) Diluição excessiva por sangue ou 
fluidos teciduais; 
c) Absorção rápida do anestésico 
pela circulação. 
 
 
1 Odontopediatria 
 Lidocaína: 
 Padrão em Odontopediatria; 
 2 a 3 minutos para início da 
analgesia; 
 Metabolizada no fígado e 
excretada pelos rins; 
 Duração de 170 a 190 minutos em 
tecido mole, e de 60 a 85 minutos 
em polpa. 
 Articaína: 
 Mais rápido (1 a 2 minutos para 
início); 
 Maior difusão em tecido mole e 
osso; 
 Metabolização no fígado e plasma 
sanguíneo e excretada pelos rins; 
 Não indicada para crianças 
menores de 4 anos; 
 Duração de 180 a 230 minutos em 
tecido mole, e de 60 a 90 minutos 
em polpa. 
 Prilocaína: 
 Potência semelhante à Lidocaína; 
 Início de 2 a 4 minutos; 
 Metabolizada no fígado e no 
pulmão; 
 Duração de 180 a 300 minutos em 
tecidos moles, e de 60 a 90 
minutos em polpa. 
 Contraindicada para pacientes 
com metemoglobina, anemia 
falciforme, anemia, sintomas de 
hipóxia ou em pacientes que 
estejam sob tratamento com 
paracetamol ou fenacetina, pois 
elevam os níveis de 
metemoglobina. 
 
DOSAGEM ANESTÉSICA 
 
 A solução anestésica deve ser injetada 
lentamente, pois a velocidade da injeção é 
um fator na rapidez da absorção do 
medicamento e nas reações tóxicas 
subsequentes. 
 
 Como calcular o número máximo de 
tubetes? Ex: Lidocaína 2%, criança com 
20kg. 
 
20mg/ml x 1,8ml = 36mg (dose máxima) 
4,4mg/kg x 20kg = 88 = 2,4 = 2 tubetes 
 36mg 36 
 E se não souber o peso? 
(Idade (em anos) x 2) + 9 = peso 
aproximado. 
Usado somente com crianças até 11 anos. 
 
1 Odontopediatria 
 Em Odontopediatria, pode-se indicar a 
solução de lidocaína a 2% com epinefrina 
1:100.000. 
 No lugar da lidocaína, também pode-se 
indicar a mepivacaína a 2% com epinefrina 
1:100.000. 
 Nas situações em que a epinefrina tiver 
alguma contraindicação, utiliza-se uma 
solução de prilocaína a 3% com 
felipressina, porém deve-se evitá-la em 
crianças portadoras de anemia, pois 
haverá risco de metamoglobinemia. 
 
MANEJO COMPORTAMENTAL PARA 
ANESTESIA LOCAL 
 
 O êxito desse recurso, em geral, é obtido 
mediante preparo psicológico adequado 
para a intervenção. 
 O preparo psicológico da criança inicia-se 
durante a anamnese, quando se pergunta 
aos pais se a criança já foi anestesiada 
anteriormente. 
 Assim, ao se iniciar o tratamento, deve ser 
informado que ela pode levantar a mão 
quando quiser que pare; como já 
mencionado, é normal ela usar esse 
artifício de levantar a mão, sem motivo 
aparente, para se certificar. 
 A explicação não deve conter palavras ou 
expressões que venham a assustar a 
criança, enganá-la ou até despertar 
alguma preocupação prévia. Por exemplo: 
“Não vai doer nada”, “É só uma 
picadinha”. 
 ESTABILIZAÇÃO PROTETORA 
 Ativa: pais, auxiliar ou colegas. 
 Passiva: dispositivos próprios. 
 
TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL 
 
 A anestesia local em Odontopediatria é 
semelhante àquela utilizada em adultos, 
sofrendo pequenas modificações em 
razão de algumas características 
peculiares das crianças. 
 O osso mais poroso e menos calcificado 
facilita a difusão da solução anestésica por 
meio da compacta óssea alveolar, 
resultando em boa anestesia em menos 
tempo. 
 Os sintomas da anestesia precisam ser 
explicados à criança, pois a sensação de 
formigamento e intumescimento pode 
assustá-la, principalmente quando não 
receber informações prévias. 
 
Posição do paciente 
 
 Maxila: sentado na cadeira, cujo 
encosto formará um ângulo de 
aproximadamente 150° com o 
assento. A cabeça deverá 
acompanhar o prolongamento do 
 
1 Odontopediatria 
eixo do corpo, estando a maxila em 
uma posição quase perpendicular ao 
solo. 
 Mandíbula: ângulo encosto-assento 
deverá estar por volta de 110°, e a 
mandíbula em uma posição paralela 
ao solo. 
 
Posição do operador 
 
 O paciente deverá estar sempre à 
frente e à direita. A altura da cadeira 
será ajustada de tal forma que a 
região a ser anestesiada encontre-se 
no mesmo plano do cotovelo do 
operador. A mão do operador deverá 
sempre estar apoiada para permitir 
movimentos mais precisos e seguros. 
 
Anestesia Tópica 
 
 O primeiro passo para a execução de boa 
técnica anestésica consiste no uso de um 
pré-anestésico. 
 Os anestésicos tópicos, quando bem 
utilizados, contribuem para minimizar ou 
até mesmo suprimir a dor decorrente da 
puntura da agulha. 
 Indicações: 
 Pré-anestésico, evitando a dor 
durante a puntura da agulha. 
 Remoção de dentes decíduos com 
raízes totalmente reabsorvidas, 
retidos apenas pela fibromucosa. 
 Técnica: 
 Secar a mucosa (a presença de saliva 
dilui o anestésico e também age como 
isolante). 
 Depositar o anestésico sobre a 
mucosa (com o auxílio de uma bolinha 
de algodão). 
 Tempo de aplicação: mínimo de 3 min 
friccionando. É recomendável 
respeitar esse tempo para que se 
obtenha o resultado esperado. 
 
Anestesia Infiltrativa 
 
 Indicações: 
 Decíduos e permanentes; todos os 
dentes superiores ou os dentes 
anteriores inferiores. 
 Pode-se optar por essa técnica para 
anestesiar molares decíduos 
inferiores, desde que o primeiro 
molar permanente ainda não tenha 
irrompido, pois esse fato sugere 
maior calcificação óssea da 
mandíbula. 
 Técnica: 
 Inicialmente, o lábio do paciente deve 
ser estirado, de tal forma que a 
mucosa fique bem distendida. 
 
1 Odontopediatria 
 Coloca-se a agulha o mais próximo 
possível da região apical do dente que 
se quer anestesiar, na altura do fundo 
do vestíbulo, e traciona-se o lábio 
contra o bisel da agulha. 
 Durante o trajeto, o anestésico vai 
sendo injetado lentamente, até que a 
ponta da agulha chegue à região 
apical do dente que se quer 
anestesiar, então a maior porção do 
conteúdo do tubete anestésico é 
injetada nessa área. 
 
Anestesia Interseptal ou Interpapilar 
 
 Consiste em uma variação da técnica 
infiltrativa, que tem por objetivo 
anestesiar as mucosas lingual ou palatal 
sem, no entanto, provocar dor decorrente 
de mais uma puntura da agulha. 
 Técnica: 
 Inicialmente, realiza-sea anestesia 
infiltrativa vestibular e, por 
intermédio da papila gengival 
vestibular já anestesiada, introduz-se 
a agulha nessa região, paralela ao 
plano oclusal, penetrando 
lentamente de vestibular para lingual 
ou palatal, indo sempre da região 
anestesiada para a não anestesiada. 
 Deve-se desviar a agulha da crista 
óssea alveolar, deixando-a caminhar 
em tecido mole. Quando as papilas 
interdental e palatal se encontrarem 
anestesiadas, faz-se a anestesia dessa 
região, introduzindo-se a agulha em 
um local, agora já anestesiado. 
 
Anestesia Regional Pterigomandibular 
 
 Essa técnica está indicada para 
intervenções em todos os dentes 
inferiores decíduos e permanentes, bem 
como para intervenções no tecido ósseo e 
mucoso da mandíbula e do lábio inferior. 
 Técnica Direta: fossa Pterigomandibular. 
 Técnica Indireta: 
o linha oblíqua externa → fossa 
retromolar; 
o introduzir a agulha e injetar 1/2 
do tubetes; 
o recuar e girar a carpule para 
os molares do lado oposto; 
o injetar o restante do 
anestésico. 
 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES 
1. Úlcera traumática 
2. Dor 
3. Injeção intravascular 
4. Trismo 
5. Infecção 
6. Escaras 
7. Paralisia temporária 
8. Fratura da agulha 
9. Reações alérgicas e Isquemia da pele e 
face

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