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AP1 – 2ª ETAPA 1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE; b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal; f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL. 2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de Língua Estrangeira; c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador. 4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o CARTÃO- RESPOSTA, o qual será o único documento válido para a correção da prova. 5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala. 10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. OSG.: 2346/21 Página 2 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção inglês) Disponível em: https://www.usatoday.com. Acesso em: 25 mar. 2021. A polissemia é a capacidade que uma palavra tem de apresentar diferentes significados, conforme o contexto em que é utilizada. Com base na leitura do texto, a palavra “plague” remete A à discriminação racial contra imigrantes asiáticos desde o início da pandemia. B à utilização de armas de fogo para a execução de crimes nos Estados Unidos. C ao enorme sucesso do plano de vacinação contra a Covid realizado por Biden. D à brutalidade policial na implementação das medidas de distanciamento social. E aos crimes praticados contra estabelecimentos comerciais durante o lockdown. Both species of african elephants are now officially endangered Poachers killing Africa’s elephants for ivory have brought them to the brink of extinction, with the continent’s two species today officially classified as endangered for the first time. “It’s an important moment, it’s a serious moment,” says Kathleen Gobush at US-based non-profit Defenders of Wildlife, who is a member of the African Elephant Specialist Group at the International Union for Conservation of Nature (IUCN). The IUCN now lists African forest elephants (Loxodonta cyclotis) as critically endangered – the final step before being extinct in the wild – and the African savannah elephant (Loxodonta africana) as endangered. Both were previously considered vulnerable, one level down from endangered. The Red List assessment by the IUCN is the first since Africa’s elephants were deemed to be two distinct species, following mounting genetic evidence gathered in the past decade. Forest elephant numbers have dropped by at least 86 per cent between 1984 and 2015, and their savannah cousins by 60 per cent between 1965 and 2015, according to data from 495 sites. There are thought to be around 415,000 African elephants left in total. That may sound a lot, but risk of extinction is measured by the speed of declines. VAUGHAN, A. Disponível em: https://www.newscientist.com. Acesso em: 25 mar. 2021. Os elefantes pertencem à classe Mammalia, ordem Proboscidea e família Elephantidae. Eles são os maiores animais terrestres viventes, são herbívoros e habitam algumas regiões da África e da Ásia. Com base no texto acima, as duas espécies de elefantes africanos A deixaram a lista vermelha e entraram na lista negra das espécies ameaçadas. B ocupam 495 pontos geográficos localizados nas florestas e savanas africanas. C eram consideradas duas espécies diferentes até o começo do século passado. D estão à beira da extinção devido à ação de caçadores interessados em marfim. E foram transferidas da categoria de “ameaçadas” para a classe de “vulneráveis”. QUESTÃO 02 QUESTÃO 01 OSG.: 2346/21 Página 3 Sophia the robot 'self-portrait' nft sells for almost $700K A hand-painted “self-portrait” by the world-famous humanoid robot, Sophia, has sold at auction for over $688,000. The work, which saw Sophia "interpret" a depiction of her own face, was offered as a non- fungible token, or NFT, an encrypted digital signature that has revolutionized the art market in recent months. Titled “Sophia Instantiation,” the image was created in collaboration with Andrea Bonaceto, an artist and partner at blockchain investment firm Eterna Capital. Bonaceto began the process by producing a brightly colored portrait of Sophia, which was processed by the robot's neural networks. Sophia then painted an interpretation of the image. Sophia, who was developed by the Hong Kong-based firm Hanson Robotics, has garnered worldwide fame for her conversational ability, realistic movements and complex facial expressions. Since her activation in 2016, she has appeared on talk shows and spoken at conferences, and was even granted Saudi Arabian citizenship, making her the first robot to have a nationality. HOLLAND, O. Disponível em: https://edition.cnn.com. Acesso em: 25 mar. 2021. O robô Sophia é um dos androides mais emblemáticos do mundo contemporâneo, e talvez o mais conhecido da atualidade. Suas habilidades de mimetizar muitas expressões faciais e interagir diretamente com os seres humanos conferiram a ela o título de robô mais inteligente do planeta. De acordo com texto, o robô Sophia A revolucionou completamente o mercado das artes nos meses recentes. B teve o seu autorretrato vendido em um leilão por mais de 688 mil dólares. C foi desenvolvido em 2016 por uma empresa localizada na Arábia Saudita. D intitulou a própria obra de arte que ele criou de A Instanciação de Sophia. E é fruto de uma parceria entre o artista Andrea Bonaceto e a Eterna Capital. Disponível em: https://idlingaction.london. Acesso em: 25 mar. 2021. Fazer uma campanha de conscientização é um ótimo caminho para educar as pessoas e incitá-las a agir. Com base na imagem acima, a função do texto é A incentivar o leitor a regular o motor do seu automóvelcom frequência. B demonstrar o impacto da poluição veicular sobre a saúde das pessoas. C persuadir o leitor a fazer uso do sistema público de transporte municipal. D sugerir que o leitor use meios de locomoção que sejam menos poluentes. E chamar a atenção do leitor para a poluição causada por um motor ocioso. QUESTÃO 04 QUESTÃO 03 OSG.: 2346/21 Página 4 I dream’d in a dream I dream’d in a dream I saw a city invincible to the attacks of the whole of the rest of the earth, I dream’d that was the new city of Friends, Nothing was greater there than the quality of robust love, it led the rest, It was seen every hour in the actions of the men of that city, And in all their looks and words. WHITMAN, W. Disponível em: https://www.shortpoems.org. Acesso em: 25 mar. 2021. Walt Whitman foi um dos mais influentes poetas dos Estados Unidos, geralmente reconhecido como o criador dos versos livres. Com base no poema acima, o eu lírico A relata um sonho no qual as guerras seriam vencidas pela força do amor. B refere-se a uma cidade capaz de conquistar todos os territórios do planeta. C descreve um lugar utópico onde o amor é o principal ponto de referência. D apresenta um mundo onde a amizade permeia todas as relações sociais. E demonstra uma visão idealizada do poder, sem conexão com a realidade. QUESTÃO 05 OSG.: 2346/21 Página 5 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) Comer un huevo diário Desterremos de una vez la asociación entre huevos y colesterol. Un metaestudio publicado en 2013 por el British Medical Journal concluyó que “un mayor consumo de este alimento (hasta uno al día) no está asociado con un mayor riesgo de enfermedad coronaria o accidente cerebrovascular”. Es un producto "con proteínas de elevada calidad nutricional y numerosas vitaminas, minerales y otros componentes con función antioxidante”, asegura Ana María López Sobaler, directora del Departamento de Nutrición y Bromatología de la Facultad de Farmacia de la UCM. Es recomendable una dieta en la que predominen las verduras, las frutas, el aceite de oliva, el pescado y se huya de las grasas saturadas”, aconseja el doctor Pérez Escanilla. Una de las recomendaciones nutricionales más habituales es la de comer cinco veces al día. Pues bien, la evidencia científica se muestra reticente a asegurar que esto suponga una verdadera mejora. Si no tiene hambre: no coma. Disponível em: http://elpais.com/elpais/2016/10/20/buenavida O ovo é visto por muitos como um produto ao qual se associa o aumento da taxa de colesterol. O estudo realizado pelo jornal médico britânico concluiu que o ovo pode ser consumido na quantidade de até um por dia e A tem substâncias que elevam a quantidade de colesterol. B é um produto de elevado risco de doenças coronárias. C apresenta componentes com função antioxidante. D está associado a um maior risco de AVC. E pode ser relacionado a problemas de nutrição e bromatologia. Bésame, bésame mucho, Como si fuera esta noche La última vez Bésame, bésame mucho, Que tengo miedo perderte Perderte después Quiero tenerte en mis brazos, Mirar en tus ojos, Tenerte junto a mí Piensa que tal vez mañana Ya estaré lejos, Muy lejos de ti Na letra dessa música, observa-se que o eu lírico A sofre por ter perdido a chance de viver o amor. B deseja aproveitar o momento, que pode ser único. C revela tristeza pela morte iminente de seu amor. D prefere despedir-se da pessoa amada, pois irá partir. E relembra a última vez que viu a pessoa amada. QUESTÃO 02 QUESTÃO 01 OSG.: 2346/21 Página 6 El viernes 22 de abril de 2016 se cumplen 400 años de la muerte del genio literario, pero Miguel de Cervantes fue mucho más que Don Quijote de la Mancha. (…) Pero Cervantes realmente ¿quién era? El escritor nació en Alcalá de Henares, en 1547, bajo la protección de una familia de clase media-alta hasta que su padre se endeudó. El paso de los años lo hicieron recorrer gran parte de la geografía sur de España, pero tuvo que huir y terminó en Italia. Esto lo llevó a la batalla de Lepanto en la que, según algunas fuentes, se quedó sin mano. Esta historia no es del todo cierta, ya que lo que realmente le pasó a Miguel de Cervantes es que le quedaron secuelas de esta aventura en su mano izquierda, pero la conservaba. 400 años después de su muerte el país conmemora la vida y obra de Cervantes con una semana de actos que llega hasta el epicentro de la política española, y en la que durante unas horas se dejará de hablar de los enredos del futuro de España para ensalzar al Quijote. CASDELO, R. “Miguel de Cervantes: el escritor nunca muere”. La semana.Disponível em: http://www.lasemana.es. Acesso em: 6 out. 2016. Segundo o texto anterior, o escritor Miguel de Cervantes A foi homenageado na Espanha nos quatrocentos anos de sua morte. B morreu em 22 de abril de 1616, sem saber quem fora Dom Quixote. C só foi lembrado pelo seu país quatrocentos anos depois de sua morte. D morreu de pressão alta por ter ingerido comida salgada. E fugiu da Itália e indícios comprovam que ele perdeu a mão esquerda. La rana gritona y el león Oyó una vez un león el croar de una rana, y se volvió hacia donde venía el sonido, pensando que era de algún animal muy importante. Esperó y observó con atención un tiempo, y cuando vio a la rana que salía del pantano, se le acercó y la aplastó diciendo: – ¡Tú, tan pequeña y lanzando esos tremendos gritos! Quien mucho habla, poco es lo que dice. ESOPO. La rana gritona y el león. Las mejores fábulas de todos los tiempos. 1. ed. Managua: Amerrisque, 2011. A fábula consiste num tipo de narrativa em que agem animais com características humanas. Nessa fábula, o autor grego Esopo destaca o(a) A necessidade da comunicação, a qual existe entre as pessoas. B virtude da discrição, própria das pessoas educadas. C defeito de algumas pessoas em falar demais e fazer de menos. D problema da diferença que existe nas línguas do mundo. E qualidade de certas pessoas que são comedidas no falar. QUESTÃO 04 QUESTÃO 03 OSG.: 2346/21 Página 7 Jóvenes paraguayos crean dron con impresora 3D El primer dron diseñado a través de impresión 3D en Latinoamérica ha visto la luz en Paraguay de la mano de una empresa formada por siete entusiastas jóvenes paraguayos y argentinos, que han creado un producto único adaptable en su configuración a las exigencias del cliente. “Somos los primeros (en Latinoamérica) desde el punto de vista legal que nos juntamos, abrimos una sociedad, y como sociedad empezamos a facturar (...) Nosotros somos los que realmente comercializamos, patentamos y tenemos servicio postventa. Esa es la diferencia”, explicó a Efe Sergio Román, de 23 años, estudiante de ingeniería electrónica. Román indicó que el dron que han creado, en lo referido al aeromodelo, es “único” y que la personalización de cada unidad es lo que le da el componente exclusivo en función del uso que quiera darle el cliente. “Lo que se le cambia son los accesorios, así como la distancia de vuelo, la batería, la cámara...”, advirtió, ya que el aparato puede utilizarse para tareas de vigilancia, mapeo, fotografía o filmación. Él, junto con sus compañeros de Tech Guaraní, han hecho de la vivienda de uno de ellos un taller de construcción donde diseñan, imprimen y ensamblan pieza por pieza el dron. Allí proceden a aplicarle un software de “código abierto” que controla tanto las funciones mecánicas y motrices del aparato, como las funciones de los elementos con los que cuente en cada caso. “El software es loque se usa de forma general para distintos tipos de dron. Nosotros lo que hacemos es configurar este software para que funcione bien con los componentes que nosotros usamos”, explicó Erich Michel, estudiante de ingeniería informática de 21 años. Disponível em: http://www.hoy.com.py/05/11/2016 O texto acima transcrito procura mostrar A o resultado do empreendedorismo jovem latino-amercano. B o primeiro drone de laboratório criado no mundo. C um produto em 3D elaborado por um drone. D a disputa realizada por argentino contra paraguaios. E a exigência de um cliente que queria fundar uma empresa. QUESTÃO 05 OSG.: 2346/21 Página 8 Questões de 06 a 45 Parábola da Gota pinga um gota outra gota e lá vem outra depois de quarenta cento e dez duzentas e quarenta e três gotas : um litro vários litros uma poça um rio um Nilo um mar de gotas únicas única gota FURTADO. Mailson. In. Revista acrobata. 2020. Predomina no texto a função da linguagem poética, que se estabelece principalmente a partir da utilização dos seguintes recursos expressivos: A celeridade e contemplação. B suavidade e repetição. C observação e intensidade. D repetição e gradação. E velocidade e apreensão. Disponível em: http://www.niquel.com.br/ Sobre a tirinha acima, pode-se inferir que o(a) A dona do papagaio desconhece o conceito de variação linguística e, por isso, entende que o modo como ele fala é errado. B papagaio adequa-se ao contexto comunicativo formal, por isso desconsidera regras da gramática normativa. C maneira como o papagaio fala interfere no entendimento comunicativo entre ele e sua dona, por esse motivo ela o leva para ser devolvido à loja. D modo de falar do papagaio deve-se, sobretudo, ao fato de ele ter sido criado pelo dono da loja que, apesar de ser escolarizado, não educou a ave a partir dos preceitos da norma-padrão da língua. E nítida falta de entendimento entre a dona do papagaio e o vendedor, devido ao modo de falar de cada um, evidenciando a incapacidade de ambos estabelecerem um elo comunicativo. QUESTÃO 07 QUESTÃO 06 OSG.: 2346/21 Página 9 Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem. Se ainda o não disse, aí fica. Se disse, fica também. Há conceitos que se devem incutir na alma do leitor, à força de repetição. Era também mais curiosa. As curiosidades de Capitu dão para um Capítulo. Eram de vária espécie, explicáveis e inexplicáveis, assim úteis como inúteis, umas graves, outras frívolas; gostava de saber tudo. No colégio onde, desde os sete anos, aprendera a ler, escrever e contar, francês, doutrina e obras de agulha, não aprendeu, por exemplo, a fazer renda – por isso mesmo, quis que prima Justina lhe ensinasse. Se não estudou latim com o Padre Cabral foi porque o padre, depois de lhe propor gracejando, acabou dizendo que latim não era língua de meninas. Capitu confessou-me um dia que esta razão acendeu nela o desejo de o saber. ASSIS, M. Dom Casmurro (fragmento).. Sobre Capitu, a partir do trecho acima, podemos identificar, dentre suas principais características, que ela é alguém A que apresenta comportamentos tradicionais, reiterando a visão da mulher romântica. B cujas atitudes são óbvias, ou seja, o comportamento dela não surpreende. C à frente do tempo, questionadora e que gostava de aprender, principalmente quando se sentia desafiada. D que não mostrava os verdadeiros sentimentos porque a sociedade não a compreendia. E que aceita as imposições sociais passivamente, pois entende o papel da mulher na sociedade do século XIX. Bichos Eu gosto muito, muito de bicho. Eu tive vários, sabia. Eu tinha um peixinho dourado lindo. Aí, eu fui alimentar ele. Mas eu dei foi leite Ninho. Aí, ele morreu. Eu tinha um gato. Foi atravessar a rua e morreu. Aí, eu tinha um ramster...morreu de veneno de barata. Agora eu tenho uma calopsita. Mas eu já sei que vai morrer. Tudo meu morre. Dalmo Rosanno Sobre o texto lido, é possível inferir a presença de dois importantes núcleos temáticos explícitos. São eles: A infância e envenenamento. B bichos e alimentação. C morte e bichos. D vida e morte. E morte e veneno. Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas. Disponível em: http://escritosmodernos.blogspot.com.br/2012/11/correcao-completa-p01-o-texto-narrativo.html Pela compreensão do fragmento, percebe-se que o emprego do artigo definido na expressão “era o dentista” justifica-se por A referir-se ao único profissional existente no morro. B referir-se à classe dos dentistas, de maneira genérica. C mencionar o vocábulo posteriormente de forma aparente. D referir-se a alguém conhecido pessoalmente pelo personagem. E mencionar o vocábulo “dentista” anteriormente no texto, de forma implícita. QUESTÃO 10 QUESTÃO 09 QUESTÃO 08 http://escritosmodernos.blogspot.com.br/2012/11/correcao-completa-p01-o-texto-narrativo.html OSG.: 2346/21 Página 10 Metalinguagem A escrita é a mão que não cala É o sentimento que não para Que se remexe Mexe com os sentidos E se liberta em palavras. Escrever é jogar o seu ser em um papel Ainda que não seja bonito Ainda que doa. É expressar-se até quando não há o que entender. Quando não há o que expressar. São linhas de sangue Que pulsam Gritam por vida E correm livre Fugindo de suas próprias correntes É por sua alma em escrito Até quando não se sabe o que falar É o choro derramado É alegria que transborda É o amor a lápis. Somos escritores no íntimo Apenas alguns Não se ligam ao medo E escrevem-se em uma folha. MOURA. Maria Paula B. Cinzas de poesia. São Paulo.Chiado, 2020. p.112 Sobre o texto lido, infere-se corretamente que, por meio da função A poética, o eu lírico nos define o conflitante ato de escrever. B metalinguística, o eu lírico abdica do código verbal para expressar sua incapacidade de amar. C apelativa, o eu lírico orienta os procedimentos certos da escrita poética. D emotiva, o eu lírico revela os segredos da prosa intimista. E fática, o eu lírico estabelece conversa com o leitor sobre a necessidade da poesia para o mundo. EVITE O CORONAVÍRUS! Um binômio que caracterizaria o texto acima, predominantemente, seria: A verbal e referencial. B mista e conativa. C não verbal e denotativa. D poética e não verbal. E verbal e emotiva. QUESTÃO 12 QUESTÃO 11 OSG.: 2346/21 Página 11 O deus-verme Fator universal do transformismo. Filho da teleológica matéria, Na superabundância ou na miséria, Verme - é o seu nome obscuro de batismo. Jamais emprega o acérrimo exorcismo Em sua diária ocupação funérea, E vive em contubérnio com a bactéria, Livre das roupas do antropomorfismo. Almoça a podridão das drupas agras, Janta hidrópicos, rói vísceras magras E dos defuntos novos incha a mão... Ah! Para ele é que a carne podre fica, E no inventárioda matéria rica Cabe aos seus filhos a maior porção! Augusto dos Anjos. Sobre os vocábulos que compõem o poema, é possível depreender que A o tom retórico do eu lírico mostra-se nos substantivos de tom semântico forte. B os adjetivos presentes na 1ª estrofe têm a função de atenuar a precisão do objeto central do poema. C substantivos, adjetivos e certas expressões nominais caracterizam o perfil cético do eu lírico em relação à força da finitude da matéria. D a ausência de pronomes adjetivos demonstra que o eu lírico busca expor sua real condição de desprendimento da vida. E entre as formas adjetivas presentes e destacadas na 2ª estrofe, apenas uma está no grau superlativo, em que se aprofunda o valor semântico de acre (amargo, azedo, ácido). No capítulo intitulado Olhos de ressaca, Bentinho narra quão poderosos eram os olhos de Capitu e o poder que exercia sobre ele: “Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar- -me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do Céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios.” Ao citar a quebra da dignidade de estilo, o narrador deixa subentendido que A se continuasse descrevendo sob o encantamento que os olhos exerciam sobre ele poderia demonstrar características realistas. B se continuasse descrevendo os olhos de Capitu desvendaria o lado negativo e perigoso da menina. C se continuasse descrevendo os olhos de Capitu de forma exata, desvendaria todo o mistério dos olhos da moça. D se continuasse descrevendo os olhos de Capitu perceberia que os mais atraentes eram os cabelos, os braços e as orelhas. E se continuasse descrevendo sob o encantamento que os olhos exerciam sobre ele poderia demonstrar caracte- rísticas românticas. QUESTÃO 14 QUESTÃO 13 OSG.: 2346/21 Página 12 Disponível em: wwwpmf.sc.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2017. Um binômio que representaria o texto acima seria: A bula e bom humor. B narração e criatividade. C descrição e quebra de paralelismo. D injunção e neutralidade. E dissertação e ambiguidade. Aproveitando um movimento da rapariga para compor o traje, Crapiúna ergueu-se, e recuou de salto. Arquejava de cansaço, e da boca lhe borbulhava sangrenta espuma. Os olhos, injetados, fulgiam de volúpia brutal, louca, fixando- se desvairados em Luzia, desgrenhada, o seio nu e as pernas esculturais a surgirem pelos rasgões das saias, caídas em farrapos. Ébrio de luxúria, exasperado pela invocação de Alexandre, o monstro, recobrado o alento, acometeu-a, rugindo. Luzia conchegou ao peito as vestes dilaceradas, e, com a destra, tentou lhe garrotear o pescoço; mas, sentiu-se presa pelos cabelos e conchegada ao soldado que, em convulsão horrenda, delirante, a ultrajava com uma voracidade comburente de beijos. Súbito, ela lhe cravou as unhas no rosto para afastá-lo e evitar o contato afrontoso. Dois gritos medonhos restrugiram na grota. Crapiúna, louco de dor, embebera-lhe no peito a faca, e caía com o rosto mutilado, deforme, encharcado de sangue. Luzia- Homem, Domingos Olímpio. A descrição acima caracteriza um romance naturalista devido A ao excesso de descrições metafóricas. B ao teor idílico das ações. C ao comportamento agressivo e animalizado. D à exclusão de temas como o do abuso sexual. E ao comportamento mórbido e introspectivo das personagens. QUESTÃO 16 QUESTÃO 15 OSG.: 2346/21 Página 13 Na tirinha, o substantivo “grama” apresenta alteração de significado com a variação de gênero. Também podemos identificar que, à moda do vocábulo “grama”, há na seguinte alternativa abaixo a presença de uma palavra que, por conta da variação de gênero, seja capaz de compor o processo de homonímia: A O jornalista comemorou sua conquista com champanhe. B A moral dessa história é que devemos ser todos amigos. C Em apenas dois meses de aula, ele já era ídolo da turma. D A personagem do filme recebeu muitos elogios da crítica. E Os ex-cônjuges assinaram os papeis do divórcio amigavelmente. Um dia Claudius entrou em casa. Encontrou o leito ensopado de sangue e num recanto escuro da alcova um doido abraçado com um cadáver. O cadáver era o de Eleonora, o doido nem o pudéreis conhecer tanto a agonia o desfigurara! Era uma cabeça hirta e desgrenhada, uma tez esverdeada, uns olhos fundos e baços onde o lume da insânia cintilava a furto, como a emanação luminosa dos pauis entre as trevas… Mas ele o conheceu... – era o Duque Maffio… Claudius soltou uma gargalhada. – Era sombria como a insânia, fria como a espada do anjo das trevas. Caiu ao chão, lívido e suarento como a agonia, inteiriçado como a morte... AZEVEDO, A. Claudius Hermann. Os textos em prosa do período romântico são caracterizados pela emoção e pela visão passional da vida e da morte. O fragmento acima pertence à prosa gótica porque A apresenta uma perspectiva pueril e amena do amor. B apela para o escapismo, pois Claudius prefere morrer a viver sem Eleonora. C dá indícios da literatura realista por causa da objetividade da descrição. D destaca aspectos da natureza humana que são instintivos e animalizados. E descreve uma cena que causa horror devido ao teor macabro. QUESTÃO 18 QUESTÃO 17 OSG.: 2346/21 Página 14 Imagine uma operação de busca na selva. Sem mapas, binóculos ou apoio logístico; somente com um facão. Assim eram feitas as operações de combate à pornografia infantil pela Polícia Federal até o dia em que peritos criminais federais desenvolveram, no estado de Mato Grosso do Sul, o Nudetective. O programa executa em minutos uma busca que poderia levar meses, encontrando todo o conteúdo pornográfico de pedofilia em computadores, pendrives, smartphones e demais mídias de armazenamento. Para ajudar o trabalho dos peritos, existem programas que buscam os arquivos de imagem e vídeo através de sua hash ou sua assinatura digital. Logo nos primeiros testes, a detecção de imagens apresentou mais de 90% de acerto. (...) Disponível em: www.cartacapital.com.br (adaptado). Observando as relações coesivas entre artigos e substantivos presentes no texto acima, podemos inferir que A No primeiro parágrafo, o uso do artigo “uma” em “Imagine uma operação...” mostra-se coerente em relação ao assunto e ao momento em que o assunto é abordado no texto, o que se mostra totalmente coeso com o sentido do verbo “Imagine”, como quem diz “Faz de conta”, dando a entender que algo sem muito detalhamento ou mesmo genérico será dito em seguida. B Em “(...) no estado de Mato Grosso do Sul, o Nudetective”, a ausência do artigo definido antes de “Nudetective” não provocaria alterações semânticas no texto. C O artigo “um” em “O programa executa em minutos uma busca que poderia (...)”, por ser indefinido, cumpre o papel de omitir informações a respeito do substantivo que o sucede. D Por serem estrangeirismos, os vocábulos pendrives, smartphones e hash têm dificuldade quanto ao uso de artigos em outras línguas. Por isso, o melhor é usá-los sem marcas de determinantes no português. E Em“(...) combate à pornografia infantil (...)”, a ausência do acento grave prejudicaria os sentidos originais, pois o artigo definido “a” sustenta a ideia de determinação do substantivo. É um pressuposto desta tirinha de A. Beck o que temos na opção: A O pai está alegre por estar desempregado. B Arranjar um emprego alegraria bastante o pai. C O sapo é um tipo de consciência do cartunista D O filho consola o pai que está desempregado. E Encontrar outras pessoas desempregadas consola o pai. QUESTÃO 20 QUESTÃO 19 OSG.: 2346/21 Página 15 No supermercado Entro no supermercado Para comprar o pão Vejo o povo apressado Ninguém presta atenção Naquele menino sentado pertinho do portão [...] Um funcionário o expulsou E ele saiu dali bem ligeiro Notei que o garoto me olhou Vi mais um companheiro Quando sai ele encostou Mas não me pediu dinheiro. Era um garoto magrinho Havia fome em seu olhar Dei-lhe então um trocadinho Eles entraram para comprar Acho que aquele lanchinho Que pensaram que iam roubar. Lucineide Os diminutivos empregados no texto transmitem circunstâncias de A intensidade e ironia. B afetividade e intensidade. C preconceito e afetividade. D intensidade e indeterminação. E depreciação e indeterminação. Ofélia Num recesso da selva ínvia e sombria, Estrelada de flores, vicejante, Onde um rio entre seixos, espumante, Cursando o vale, túrgido, fluía; A coma esparsa, lívido o semblante, Desvairados os olhos, como fria Aparição dos túmulos, um dia Surgiu de Hamlet a lacrimosa amante; Símplices flores o seu porte lindo Ornavam... como um pranto, iam caindo As folhas de um salgueiro na corrente... E na corrente ela também tombando, Foi-se-lhe o corpo alvíssimo boiando Por sobre as águas indolentemente. Publicado no livro Sinfonias (1882). Primeiro da série Perfis Românticos, constituída por oito sonetos. In: CORREIA, R. Poesias completas. Org. pref. e notas Múcio Leão. São Paulo: Ed. Nacional, 1948. v.2, p.142. Ofélia Sonhei esta noite. Eu a vi dormindo, Deitada na relva, minha alva Ofélia! Em seus lábios um sorriso tremia e projetava; O cheiro de seus cabelos se misturou e exalou Um suave perfume de flores de Resedá! E seu longo véu azul como uma leve nuvem Te estremeceu de amor em seu peito adormecido, E a brisa da noite murmurava em seu leito, E a onda do mar, e o vento da costa Balançando seu doce sono sobre sua fronte sonolenta! E meu coração, grande de amor, quase desmaiou Eu estava de joelhos, longe do mundo indigno E como um lírio destroçado que empalidece, Sentindo seu peito estremecer, e minha alma enfraquecer Eu acariciei com um beijo a face deste anjo. (...) AZEVEDO, A. Ophélia. pp. 542-543. In: Poesias completas. Edição crítica de Péricles Eugênio da Silva Ramos; organização de Iuma Maria Simon. QUESTÃO 22 QUESTÃO 21 OSG.: 2346/21 Página 16 Participantes de dois momentos literários distintos do século XIX, os dois textos se aproximam porque ambos A descrevem romanticamente o suicídio de Ofélia. B retomam as características do Arcadismo, ao citar a mitologia. C mostram uma preocupação maior com o conteúdo do que com a forma. D tratam da mesma personagem feminina em um contexto mórbido. E realçam traços realistas devido à presença de uma mulher empoderada. Viver é expandir, é iluminar. Viver é derrubar barreiras entre os homens e o mundo. Compreender. Saber que, muitas vezes, nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as nossas grades, ao invés delas nos libertarmos. Procuro descobrir nos outros sua dimensão universal, única. Sou coletivo. Tenho o mundo dentro de mim. Busco ser muito feliz. Um profundo respeito humano. Um enorme respeito à vida. Acredito nos homens, até nos vigaristas. Procuro desenvolver um sentido de identificação com o resto da humanidade. Não nado em piscina se tenho o mar. Por respeito a cada ser humano em todos os cantos da Terra e por gostar de gente – gostar de gostar – é que encontro em cada indivíduo o reflexo do universo. Disponível em: https://mardepoesia.wordpress.com/2011/01/31/receita-de-viver-pedro-bloch/ No segundo parágrafo do texto, o adjetivo “feliz” apresenta uma flexão de grau que resulta, expressivamente, na A analogia entre característica que coabitam no mesmo ser de forma analítica. B analogia entre seres que apresentam a mesma característica, de forma sintética. C elevação do sentido do adjetivo em seu mais alto nível de intensidade, de forma analítica. D elevação do sentido do adjetivo em seu mais alto nível de intensidade, comparando-o com outro ser. E relação a todos os demais seres de um conjunto que apresentam a mesma característica, destacando-se por apresentá-la em grau maior. Em sua fala, Clarice Lispector chama de “entrelinhas” o que não está escrito. Com isso, refere-se ao que fica subentendido. Logo, podemos caracterizar a presença do subentendido em um texto a partir da presença do seguinte conjunto de características: A Informação literal; uso da função poética; uso da denotação. B Informação implícita; uso da função apelativa; uso da conotação. C Informação literal; uso da função referencial; uso da denotação. D Informação implícita; uso da função poética; uso da conotação. E Informação literal; uso da função metalinguística; uso da conotação. QUESTÃO 24 QUESTÃO 23 https://mardepoesia.wordpress.com/2011/01/31/receita-de-viver-pedro-bloch/ OSG.: 2346/21 Página 17 Capítulo V O agregado Nem sempre ia naquele passo vagaroso e rígido. Também se descompunha em acionados, era muita vez rápido e lépido nos movimentos, tão natural nesta como naquela maneira. Outrossim, ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo, a tal ponto as bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, todo o mundo pareciam rir nele. Nos lances graves, gravíssimo. Era nosso agregado desde muitos anos; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu acabava de nascer. Um dia apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de febres; José Dias curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. José Dias recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre. ASSIS, M. Dom Casmurro. Observando a relação entre as estruturas morfossintáticas e os sentidos do texto, é possível inferir que A Quanto à tipologia textual, ambos os parágrafos são predominantemente descritivos, o que se pode comprovar pela quantidade de adjetivos que caracterizam o mesmo “objeto” do narrador: José Dias, o agregado. B “Gravíssimo” é um adjetivo e se encontra no grau superlativo absoluto sintético, assim como bravíssimo, macérrimo, tristíssimo etc. Essa forma de se graduar o “peso” do adjetivo tem função, na maioria das vezes, de aprofundar o valor do adjetivo. Dependendo do contexto, essas formas podem indicar ironia. C O uso facultativo do acento indicativo de crase em “...à casa de sapé do pobre” se dá porque as locuções adjetivas “de sapé” e “do pobre” obrigam (“forçam”) o substantivo “casa” a ser antecedido de um artigo definido, já que essa casa foi caracterizada. D Em “...dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre” o adjetivo “justo” tem função acessória no período em que ocorre. E O narrador, ao caracterizar José Dias, não se vale do “lugar de fala”, pois Bento (o Dom Casmurro) era de origem nobre, ao contrário da origem do agregado. Sendo assim, sua descrição não reflete a realidade nem a alma da personagem criada pelo autor. Lira II Pintam, Marília, os poetasA um menino vendado, Com uma aljava de setas, Arco empunhado na mão; Ligeiras asas nos ombros, O tenro corpo despido, E de Amor ou de Cupido São os nomes que lhe dão. Porém eu, Marília, nego, Que assim seja Amor, pois ele Nem é moço nem é cego, Nem setas nem asas tem. Ora pois, eu vou formar-lhe Um retrato mais perfeito, Que ele já feriu meu peito: Por isso o conheço bem. Os seus compridos cabelos, Que sobre as costas ondeiam, São que os de Apolo mais belos, Mas de loura cor não são. Têm a cor da negra noite E com o branco do rosto Fazem, Marília, um composto Da mais formosa união. Tem redonda e lisa testa, Arqueadas sobrancelhas, A voz meiga, a vista honesta, E seus olhos são uns sóis. GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu. 4ª ed. – São Paulo: Martin Claret, 2011. QUESTÃO 26 QUESTÃO 25 OSG.: 2346/21 Página 18 O Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente na Mitologia romana ao deus grego Eros. Filho de Vênus e de Marte, andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Para o eu lírico, o Cupido A é a representação perfeita do amor. B difere da definição mitológica. C tem o mesmo poder de sedução que Marilia D discorda da definição estereotipada do amor. E possui poderes de fazer Marília apaixonar-se por qualquer pessoa. Frequentando assiduamente e com algum brilho a sociedade, adquirindo relações, e cultivando a amizade de pessoas influentes que o acolhiam com distinção, era natural que ele, Seixas, fizesse uma bonita carreira. Poderia de um momento para outro arranjar um casamento vantajoso, como tinham conseguido muitos que não estavam em tão favoráveis condições. Não era difícil também que de repente se lhe abrisse essa estrada real da ambição, que se chama política. Uma vez rico e ilustre, montaria sua casa com um estado correspondente à sua posição. Então sua família participaria não só dos gozos materiais desse viver opulento, como do brilho e prestígio de seu nome. O trato da sociedade lhes imprimiria o cunho de distinção de que precisavam para bem se apresentarem. Casaria as duas irmãs vantajosamente; e faria assim a felicidade de todos esses entes queridos confiados a seu desvelo ALENCAR, J. Senhora (fragmento). Senhora é romance urbano do escritor brasileiro José de Alencar, publicado em 1875, na forma de folhetim. A definição desse tipo de romance é perceptível no trecho acima porque Seixas A demonstra interesses econômicos para ascender socialmente tanto no que se refere aos amigos quanto no que se refere ao casamento. B mostra quão importante é o casamento bem como destaca o respeito pelas amizades, independente do que elas podem oferecer. C sente repugnância aos interesses econômicos da sociedade, principalmente no que se refere ao casamento. D é humilde e preocupado com o bem-estar da família, no entanto só se casaria se amasse a mulher por ele escolhida. E é ingênuo e não consegue perceber como a sociedade o explora por ele ser um homem rico. Disponível em: http://www.niquel.com.br/ Sobre a tirinha, pode-se depreender que o(a) A cavalo é fascinado pela visão da Terra, a qual é potencializada pela falta de gravidade. B ausência de gravidade permite que o dragão consiga atacar furtivamente o cavaleiro. C dragão representa para o cavalo uma cena pitoresca, a qual é proporcionada apenas na lua. D afetividade do cavalo com o ambiente lunar é por conta da possibilidade de caçar dragões de forma mais fácil que na terra. E fala do cavalo pode ser justificada pelas várias peças de metal portadas pelo cavaleiro, as quais se fazem mais leve devido à gravidade lunar. QUESTÃO 28 QUESTÃO 27 http://www.niquel.com.br/ OSG.: 2346/21 Página 19 A dose do perigo Os principais resultados da pesquisa realizada pelo Ibope em maio passado, com 1 008 adolescentes, 321 pais de adolescentes e 1 204 adultos de todo o estado de São Paulo 13 anos é a idade com que atualmente os adolescentes, começam a beber Na década de 90, a iniciação ocorria por volta dos 18 anos ............................................................... Aos 14 anos, o consumo de álcool torna-se um hábito Na década de 90, isso só ocorria por volta dos 21 anos Veja. São Paulo, 10 ago 2011 (adaptado). Disponível em: https://www.google.com/search?q=A+dose+do+perigo&hl=pt-BR&source=lnms&tbm Analisando o gênero textual acima, podemos identificar as seguintes características: A linguagem denotativa, função referencial e informações implícitas. B linguagem conotativa, função conativa e informações explícitas. C linguagem denotativa, função apelativa e informações implícitas. D linguagem conotativa, função poética e informações implícitas. E linguagem denotativa, função referencial e informações explícitas. Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, – algumas vezes gemendo, – mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um – “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: – “Cala a boca, besta!” . ASSIS, M. Trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas. Obra que marca o início do Realismo no Brasil, Memórias póstumas de Brás Cubas rompe com a estética anterior. No fragmento lido essa ruptura fica evidente porque A Brás Cubas, já na infância, era um personagem cheio de defeitos. B o protagonista é descrito de forma pormenorizada. C a criança descrita age de forma animalizada, dando indícios da estética naturalista. D os negros eram maltratados e considerados animais. E a linguagem é subjetiva e prolixa. QUESTÃO 30 QUESTÃO 29 OSG.: 2346/21 Página 20 TEXTO I Misturados Olha esse bar lotado Você sabe o que eu vejo? Vários corações quebrados Precisando de conserto Querem encontrar abrigo No colo de alguém Todos eles querem o que gente tem Todos eles querem o que gente tem Éramos cacos De dois corações quebrados Encontrados por acaso Precisando de cuidado. Dilsinho TEXTO II Não existe amor em São Paulo Não existe amor em SP Os bares estão cheios de almas tão vazias A ganância vibra, a vaidade excita Devolva minha vida e morra Afogada em seu próprio mar de fel Aqui ninguém vai pro céu Não precisa morrer pra ver Deus Não precisa sofrer pra saber o que é melhor pra você Encontro duas nuvens Em cada escombro, em cada esquina Me dê um gole de vida Não precisa morrer pra ver Deus Não precisa morrer pra ver Deus. Criolo Sobre a interpretação dos dois textos é possível inferir que, nos dois, as pessoas A estão cada vez mais avessas ao amor. B buscam diversão em dias tão difíceis. C estão cada vez mais à mercê das drogas D buscam alegrias ou prazeres superficiais. E estão cada vez mais carentes de afeto. O texto em destaque enfatiza o medo que assola a sociedade em tempos de Covid-19. A palavra que autoriza esta pressuposição é: A “passa”. B “bolsa”. C “não”. D “rápido”. E “espirro”. QUESTÃO 32 QUESTÃO 31 OSG.: 2346/21 Página 21 O preconceito é um fenômeno que se verifica quando um sujeitodiscrimina ou exclui outro, a partir de concepções equivocadas, oriundas de hábitos, costumes, sentimentos ou impressões. O preconceito decorre de incompatibilidades entre a pessoa e o ato que ela executa. Isso quer dizer que, se houver uma ideia favorável de uma pessoa, tudo o que ela fizer ou disser pode ser aceito, mesmo que o que disser ou fizer seja errado, falso ou impreciso. Inversamente, se houver uma ideia desfavorável sobre alguém, tudo o que essa pessoa disser ou fizer pode ser rejeitado, mesmo que diga verdades ou se comporte corretamente. A ideia favorável ou desfavorável sobre a pessoa vem de fatos exteriores, e isso afeta, positiva ou negativamente, no caso do comportamento preconceituoso, o julgamento sobre a pessoa ou seus atos. O preconceito, portanto, pode ser positivo ou negativo. Preconceito positivo acontece quando características consideradas positivas da pessoa se estendem para seus atos, ou vice-versa, mesmo quando não são corretos. Em geral, o preconceito positivo não é percebido pela sociedade (ou pelo menos não provoca reações). O que incomoda é o preconceito negativo, acompanhado de reação discriminatória. LEITE, M. Q. Preconceito e intolerância na linguagem. São Paulo: Contexto, 2012, p. 27-9 (adaptado). Observando os aspectos da coesão, da coerência e sua relação com as estruturas morfossintáticas do texto acima, é possível inferir que: A As estruturas “que se verifica” e “que ela executa”, embora não sejam exatamente adjetivos, desempenham essa função em forma de oração e estabelecem uma restrição aos elementos a que os pronomes relativos (que) se referem. B As estruturas “O preconceito decorre...” e “O preconceito é...” têm o mesmo substantivo abstrato (preconceito) e afirmam, juntamente com os verbos, uma ação verbal denotativa, ou seja, real. C As estruturas “...mesmo que o que disser ou fizer...” e “...se houver uma ideia desfavorável...” veiculam cargas semânticas adverbiais de naturezas similares. D A estrutura “..., positiva ou negativamente, ...” tem a função de qualificar o termo a que se refere. E As estruturas “Preconceito positivo...” e “...preconceito negativo...” são marcadas por forte teor adjetivo, cuja função semântica, para a autora do texto, expõe um paradoxo. – Inocência!... Inocência!... chamou com voz sumida, mas ardente e cheia de súplica. Ninguém lhe respondeu. – Inocência, implorou o moço, olhe... abra e tenha pena de mim... Eu morro por sua causa... Depois de breve tempo, que para Cirino pareceu um século, descerrou-se a medo a janela, e apareceu a moça toda assustada, sem saber por que razão ali estava nem explicar tudo aquilo. Parecia-lhe um sonho. Quis, entretanto, dar qualquer desculpa à situação e, fingindo-se admirada, perguntou muito baixinho e a balbuciar: – Que vem... mecê... fazer aqui?... já... estou boa. Da parte de fora, agarrou-lhe Cirino as mãos. – Oh! disse ele com fogo, doente estou eu agora... Sou eu que vou morrer... porque você me enfeitiçou, e não acho remédio para o meu mal. – Eu... não, protestou Inocência. – Sim... você que é uma mulher como nunca vi... Seus olhos me queimaram... Sinto fogo dentro de mim... Já não vivo... o que só quero é vê-la... é amá-la, não conheço mais o que seja sono e, nesta semana, fiquei mais velho do que em muitos anos havia de ficar... E tudo, por quê, Inocência? – Eu não sei, não, respondeu a pobrezinha com ingenuidade. – Porque eu amo... amo-a, e sofro como um louco... como um perdido. – Ué, exclamou ela, pois amor é sofrimento? – Amor é sofrimento, quando a gente não sabe se a paixão é aceita, quando se não vê quem se adora; amor é céu, quando se está como eu agora estou, – E quando a gente está longe, perguntou ela, que se sente?... – Sente-se uma dor, cá dentro, que parece que se vai morrer.. Tudo causa desgosto: só se pensa na pessoa a quem se quer, a todas as horas do dia e da noite, no sono, na reza, quando se pede a Nossa Senhora, sempre ela, ela, ela!... o bem amado... e... – Oh! interrompeu a sertaneja com singeleza, então eu amo... – Você? indagou Cirino sofregamente. – Se é como... mecê diz... – É é... eu lhe juro!... – Então... eu amo, confirmou Inocência. TAUNAY, V. Inocência. Ambientado no sertão de Mato Grosso em 1860, o romance Inocência evidencia as marcas do texto do Romantismo. No trecho lido, a característica romântica mais marcante é A sondagem psicológica. B aproximação entre amar e sofrer. C linguagem rebuscada. D ações baseadas no hedonismo. E bucolismo. QUESTÃO 34 QUESTÃO 33 OSG.: 2346/21 Página 22 Iracema. Lagoa de Messejana (CE). O texto em destaque deve ser classificado como A língua, com base temática musical. B linguagem, com base temática literária. C língua, com base temática pictórica. D linguagem, com base temática fotográfica. E língua, com base temática cinematográfica. Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha ANDRADE, O. Poesias completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p. 80. Nesses famosos versos de Oswald de Andrade, vê-se uma releitura de trecho igualmente famoso da carta de Pero Vaz de Caminha. Com relação aos substantivos “vergonha” e “vergonhas”, o autor adquire mais expressividade quando A serve-se do procedimento textual da sinonímia. B mescla as linguagens científica e jornalística. C recorre à reiteração de vocábulos homônimos. D explora o uso de palavras parônimas. E emprega vocábulos parecidos na forma, mas de sentidos contrários. Quarto de despejo Em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para construir os edifícios, nós, os pobres que residíamos nas habitações coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É por isso que eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos. (...) As crianças ricas brincam nos jardins com seus brinquedos prediletos. E as crianças pobres acompanham as mães a pedirem esmolas pelas ruas. Que desigualdades trágicas e que brincadeira do destino. Carolina Maria de Jesus A desigualdade social exposta ou denunciada no texto de Carolina é revelada principalmente pelo(pela) A modernização dos edifícios e pela tecnologia dos brinquedos. B contraposição de espaços e pela diferenciação das pessoas. C oposição casa x edifício e pela imagem de pessoas esmolando. D nivelamento social das pessoas e pela diferença entre espaços. E oposição campo x cidade e pela desigualdade das habitações. QUESTÃO 37 QUESTÃO 36 QUESTÃO 35 OSG.: 2346/21 Página 23 Corações a Mil Minhas ambições são dez. Dez corações de uma vez pra eu poder me apaixonar dez vezes a cada dia, setenta a cada semana, trezentas a cada mês. Gilberto Gil Na primeira frase do texto, a palavra “dez”, fortemente expressiva, tem duplo sentido. São eles: A o sentido de serem dez ambições (no caso, “dez” seria um numeral) e o sentido de os corações serem apaixonados (no caso, “dez” seria um adjetivo). B o sentido de serem dez ambições e o sentido de serem dez corações (nos dois casos, “dez” seria um numeral). C o sentido de serem dez corações e o sentido de serem dez vezes a cada dia (nos dois casos, “dez” seria um numeral). D o sentido de serem dez ambições (no caso, “dez” seria um numeral) e o sentido de as ambições serem de extrema qualidade (no caso, “dez” seria um adjetivo). E o sentido de serem dez vontades boas (no caso, “dez” seria um substantivo) e o sentido de totalizarem dez as paixões ambiciosas (no caso, “dez” seria um adjetivo). Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo, devagar, e ficamos a olhar um para o outro... Confissão de crianças, tuvalias bem duas ou três páginas, mas quero ser poupado. Em verdade, não falamos nada; o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Não marquei a hora exata daquele gesto. Devia tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite, e que eu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era a diferença entre o estudante e o adolescente. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e era virgem de mulheres. ASSIS, M. Dom Casmurro (fragmento). Ao informar que “tinha orgias de latim e que era virgem de mulheres”, Bentinho quer dizer que A era culto, pois estudava bastante, mas não sabia lidar com as mulheres nem tinha experiência com elas. B fingia não conhecer o comportamento feminino a fim de descobrir o que Capitu estava pensando. C procurava entender as mulheres tanto quanto entendia de latim, mas não achava latim muito mais fácil. D suspeitava que as mulheres eram tão óbvias quanto o latim e por isso lidava muito bem com elas. E aprendeu tudo sobre as mulheres, mas preferia estudar latim, pois achava mais fácil. QUESTÃO 39 QUESTÃO 38 OSG.: 2346/21 Página 24 “Você já “shippou”? Se você não sabe o que isso significa, você não está sozinho: “o que é shippar” é uma das perguntas mais feitas pelos brasileiros na ferramenta de pesquisas do Google, de acordo com um relatório recente da empresa de marketing digital SEMrush. Ainda que possa parecer um tanto misteriosa, essa expressão vem da palavra em inglês “relationship”, que significa "relacionamento" em português. [...] No Brasil, a expressão ficou mais popular na década de 2000, com o lançamento da série de livros e filmes Harry Potter, quando fãs começaram a torcer para que casais da ficção como Harry e Hermione terminassem juntos. A expressão acabou extrapolando as fronteiras da ficção e passou a ser usada na vida real sempre que alguém quer indicar que aprova determinado relacionamento ou torce por ele. Se você acha que as pessoas A e B têm tudo para dar certo juntas, você está “shippando” A e B. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/05/21/o-que-e-shippar-entenda-uma-das-expressoes-mais-buscadas-pelo-brasileiro.htm?cmpid=copiaecola Percebe-se que “shippar” é um(a) A gíria exclusiva da linguagem dos jovens. B expressão utilizada, predominantemente, por fãs de Harry Potter. C neologismo que, no português, flexiona-se como substantivo. D expressão nova que significa ter um amor ideal por algum artista. E estrangeirismo já adaptado à estrutura da língua portuguesa enquanto verbo. Ora aconteceu, que, oito dias depois, como eu estivesse no caminho de Damasco, ouvi uma voz misteriosa, que me sussurrou as palavras da Escritura (Act., IX, 7): “Levanta-te, e entra na cidade.” Essa voz saía de mim mesmo, e tinha duas origens: a piedade, que me desarmava ante a candura da pequena, e o terror de vir a amar deveras, e desposá-la. Uma mulher coxa! Quanto a este motivo da minha descida, não há duvidar que ela o achou e mo disse. Foi na varanda, na tarde de uma segunda-feira, ao anunciar-lhe que na seguinte manhã viria para baixo. – Adeus, suspirou ela estendendo-me a mão com simplicidade; faz bem. – E como eu nada dissesse, continuou: – Faz bem em fugir ao ridículo de casar comigo. Ia dizer-lhe que não; ela retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas. Alcancei-a a poucos passos, e jurei-lhe por todos os santos do céu que eu era obrigado a descer, mas que não deixava de lhe querer e muito; tudo hipérboles frias, que ela escutou sem dizer nada. – Acredita-me? perguntei eu no fim. – Não, e digo-lhe que faz bem. ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas, cap. 35. Machado de Assis é um escritor que faz uso de uma linguagem acessível por meio da qual conhecemos seus personagens sob o viés psicológico. Além disso, desconstrói a personagem romântica, retratada de forma perfeita. Além dessas características, no excerto lido, também é possível identificar A intertextualidade e ironia. B determinismo e ironia. C instinto animalizado e intertextualidade. D subjetividade e determinismo. E escapismo e subjetividade. QUESTÃO 41 QUESTÃO 40 OSG.: 2346/21 Página 25 Ferdinand de Saussure, considerado o pai da linguística moderna, afirmou que o signo linguístico (aquilo que nós conhecemos como palavra) é ARBITRÁRIO, ou seja, o nome que se dá a uma coisa nada tem a ver com a coisa em si. Por exemplo, peguemos a palavra LIVRO. Quando alguém, sabe-se lá quando, inventou a palavra LIVRO para designar aquilo que serve para abrigar uma série de palavras e transmitir uma mensagem, o nome LIVRO (incluindo seus fonemas e letras, claro) NADA tinha a ver com a COISA “LIVRO”. Simplesmente, do nada, alguém “batizou” a COISA com essa palavra e assim ficou até hoje. Nós estamos tão acostumados com esse “nada a ver” entre a palavra e o seu significado, que nem notamos. Então, se esse “alguém” tivesse preferido, ao contrário, usar LOMBADA ou COLOTAVE em vez de LIVRO, nós, hoje, diríamos frases como: “Comprei esse LOMBADA e estou adorando” ou “Estou adorando o COTOVELE que o professor indicou”. Em outras línguas, livro tem outras “aparências” gráficas e fonéticas, a saber: book (inglês), Βιβλίο (grego), книга (russo), bestil (dinamarquês), kitap (turco) etc. Com base nas ideias do texto acima, podemos inferir sobre o conceito das palavras, em especial, os substantivos da língua portuguesa, que A é possível dizer que o substantivo “dia” é masculino quanto ao gênero porque, em algum momento da antiguidade, passou a representar a força do homem, ao passo que “noite” é feminino, pois, para as mesmas pessoas que pensaram a palavra “dia”, “noite” representava a calmaria e o acolhimento próprios da mulher. B embora os signos sejam arbitrários, é inegável a motivação em alguns vocábulos derivados, como (ventania e ventilador) que, nitidamente, tiveram como ponto de partida “vento”. Assim, “vento” é totalmente arbitrário, mas “ventania” e “ventilador” não o são. C o fato de os substantivos realizarem o plural de forma diferente (lar/lares e livro/livros, por exemplo) evidencia que o signo linguístico é arbitrário. D com base no texto e nos nossos conhecimentos de mundo, deduz-se que todas as formas de linguagem são arbitrárias. E o fato de o signo linguístico ser arbitrário faz com que os substantivos não consigam dizer, até hoje, ideias tão lógicas como deveriam. Erro de português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. Da leitura do poema de Oswald de Andrade infere-se que houve uma violação cultural contra o índio brasileiro. Essa informação é um A pressuposto que se confirma no texto. B subentendido que se extrai do contexto. C pressuposto que se infere das imagens. D subentendido que se observa nas simbologias. E pressuposto que se confirma na linguagem. QUESTÃO 43 QUESTÃO 42 OSG.: 2346/21 Página 26 Tinha uma sensação inexplicável. Era como um defunto andando, um sonâmbulo, um boneco mecânico. Dormindo, era outra coisa. O sono dava-me alívio, não pela razão comum de ser irmão da morte, mas por outra. Acho que posso explicar assim esse fenômeno: – o sono, eliminando a necessidade de uma alma exterior, deixava atuar a alma interior. Nos sonhos, fardava-me orgulhosamente, no meio da família e dos amigos, que me elogiavam o garbo, que me chamavam alferes; vinha um amigo de nossa casa, e prometia-me o posto de tenente, outro o de capitão ou major; e tudo isso fazia-me viver. Mas quando acordava, dia claro,esvaía-se com o sono a consciência do meu ser novo e único – porque a alma interior perdia a ação exclusiva, e ficava dependente da outra, que teimava em não tornar... Não tornava. ASSIS, M. O espelho – Esboço de uma nova teoria da alma humana. Representante do Realismo brasileiro, no trecho acima, Machado de Assis A discute o processo de formação da identidade de cada indivíduo e a relação entre subjetividade e vida social. B Mantém vínculo estreito coma escola anterior, já que cita os sonhos como um espaço de evasão. C Critica as pessoas que priorizam a alma interior, mostrando que de nada valorizar a opinião alheia. D Valoriza mais a essência do que a aparência, reduzindo o poder da opinião de outras pessoas em relação à do personagem. E Evidencia um grave problema social, por meio de uma linguagem concisa e da exaltação das virtudes humanas. Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe: – Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.” E o ladrão, confuso, diz: – Dotô, eu levo ou deixo os pato? Disponível em: https://www.blogderocha.com.br/os-patos-de-rui-barbosa-por-zeca-baleiro/ No texto acima, há marcas de variação linguística entre as personagens que podem ser explicadas pela diferença de A faixa etária. B origem natal. C região geográfica. D tipos de trabalho. E nível de escolaridade. QUESTÃO 45 QUESTÃO 44 OSG.: 2346/21 Página 27 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 O Sistema de Posicionamento Global (GPS) e o monitoramento por imagens de satélites por sensoriamento remoto são inovações tecnológicas atualmente usadas por órgãos governamentais, agricultura, empresas etc. Sobre essa temática, pode-se inferir que A o sistema de satélites fornece imagens em tempo real, permitindo um controle absoluto sobre as mudanças climáticas e seus efeitos na produção agrícola. B na agricultura, o uso do GPS permite avaliar o grau de fertilidade do solo e o controle de pragas na lavoura. C essas inovações tecnológicas permitem detectar focos de queimadas e avaliar prejuízos em áreas atingidas por secas e inundações. D o GPS capta a quantidade de energia eletromagnética refletida ou emitida por superfícies ou objetos na esfera terrestre e converte-a em imagens. E o GPS transforma as imagens coletadas em informações sobre características físicas (dimensão, forma, cor), temperatura e composição química dos elementos em estudo. De forma resumida, podemos dizer que Portugal e Espanha investiram no colonialismo e utilizavam os países colonizados para melhorar a sua economia. Existia nesse momento o que conhecemos como Pacto Colonial, ou seja, os países só podiam comercializar com as nações que os colonizaram. Por exemplo, no período colonial, o Brasil produzia aquilo que era de interesse português. A Inglaterra e a França estimulavam o industrialismo e o comercialismo para a obtenção de riqueza. Para tanto, estimulavam o desenvolvimento das manufaturas e comércio interno. A Holanda, por sua vez, teve grande representatividade no mercantilismo, pois possuía duas companhias comerciais: Índias Ocidentais e Índias Orientais. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/mercantilismo As práticas identificadas no texto promoveram A uma acumulação de capitais, alcançada principalmente por meio da exploração colonial e de mecanismos de proteção comercial. B uma difusão do comércio em escala mundial, obtida com a globalização da economia e a multipolaridade geoestratégica. C uma redução profunda no grau de intervenção do Estado na economia, que passou a ser gerida pelos movimentos do mercado. D o resultado da concentração do poder político nas mãos de governantes que defendiam, sobretudo, os valores e interesses da burguesia industrial. E o combate sistemático às formas compulsórias de trabalho, que impediam o crescimento dos mercados consumidores internos nos países europeus. QUESTÃO 47 QUESTÃO 46 OSG.: 2346/21 Página 28 Em Platão, o tema da beleza não se liga ao tema da arte (imitação de mera aparência, que não revela a beleza inteligível), mas vincula-se ao tema do Eros e do amor, entendido como força mediadora entre o sensível e o suprassensível, força que dá asas e eleva, através dos vários graus da beleza, Beleza metaempírica existente em si. E como, para os gregos, o Belo coincide com o Bem ou, de certa forma, representa um aspecto do Bem, o Eros é uma força que eleva ao Bem e a erótica se revela um caminho alógico que conduz ao Absoluto. REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia, Filosofia pagã antiga, Vol. 1, São Paulo, Paulus, 2003, p. A concepção que Platão desenvolve acerca do “Amor” nos permite perceber que este expressa uma A impossibilidade de evolução espiritual. B certeza de desenvolvimento intelectual. C autossuficiência sentimental do homem. D necessidade de beleza além das coisas. E vontade de satisfação das sensibilidades. O horário do nascer e do pôr do sol dependem da localidade onde você se encontra e também das estações do ano. A tabela a seguir apresenta as horas de luz solar em algumas latitudes do Hemisfério Sul. Horas de luz solar no Hemisfério Sul Latitude (Graus) 20 de março e 22 de setembro (horas) 21 de dezembro (horas) 21 de junho (horas) 0 12 12h 12h 10 12 12h35min 11h25min 20 12 13h12min 10h48min 23,5 12 13h35min 10h41min 30 12 13h56min 10h4min 40 12 14h52min 9h8min 50 12 16h18min 7h42min 60 12 18h27min 5h33min 66,5 12 24 0h 70 12 24 0h 80 12 24 0h 90 12 24 0h Disponível em: http://www.observatorio.ufmg.br. Acesso em: 28 ago. 2014 (adaptado). O período de maior luminosidade ocorre A no afélio, quando o sol se encontra perpendicular ao trópico de câncer. B no periélio, quando a Terra se encontra no equinócio. C no solstício de verão, com o sol incidindo perpendicular o trópico de capricórnio. D nas áreas de maior latitude setentrional, em função da inclinação do eixo da terra. E na zona temperada, provocando chuvas de regime torrencial. QUESTÃO 49 QUESTÃO 48 OSG.: 2346/21 Página 29 Os cativos africanos cultivavam açúcar em ilhas das Caraíbas, que forneciam aos trabalhadores ingleses calorias e estímulos. Mas como se tornou possível uma complementaridade tão terrível? Só graças a poderosos sistemas de comércio e de navegação com capacidade de ligarem entre si partes diferentes deste sistema atlântico. Só graças a um aparelho institucional capaz de assegurar a aplicação de direitos de propriedade em diferentes partes de um sistema imperial. COOPER, F. Histórias de África. Capitalismo, Modernidade e Globalização, 2016 (adaptado). O traço mais marcante da política econômica europeia durante a Idade Moderna baseava-se na A atuação de uma estrutura estatal coercitiva. B transferência de operários europeus para as áreas coloniais. C transição da economia de subsistência para a de mercado. D relação pacífica de nações de formações culturais diversas. E incorporação das classes dominantes afro-ameríndiasà industrialização. No diálogo Górgias, Platão faz Sócrates pronunciar as seguintes palavras: “Creio ser eu dos poucos atenienses, para não dizer o único, que tenta realizar a verdadeira arte política, e o único, entre os contemporâneos, que a pratica”. A “verdadeira arte política” é a arte que “cura a alma” e a torna o mais possível “virtuosa”, sendo, por isso, a arte do filósofo. Assim, a tese que Platão amadureceu a partir do Górgias e expressou tematicamente na República é precisamente a da coincidência da verdadeira filosofia com a verdadeira política. Apenas se o político se tornar “filósofo” (ou vice-versa) será possível construir a Cidade autêntica, ou seja, o Estado fundado sobre o valor supremo da justiça e do bem. REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia, Filosofia pagã antiga, Vol. 1, São Paulo, Paulus, 2003, p. Em sua Filosofia política, Platão sustenta a existência de uma necessária A relação direta entre política e filosofia. B separação radical entre virtude e política. C restrição da política à realidade sensível. D ligação da política a uma república popular. E desvinculação entre racionalidade e política. A Terra é uma esfera com um eixo levemente inclinado em relação ao do sol. Por isso, durante 365 dias do ano, (tempo que a Terra leva para realizar um movimento completo de translação ao redor da estrela), os raios solares chegam com mais ou menos intensidade no Hemisfério Sul e no Hemisfério Norte. A partir da análise da ilustração, pode-se concluir que A o período marca o início de solisticio de verão do Hemisfério Sul, responsável pela presença de regime de chuvas torrenciais. B os raios solares estão perpendiculares ao trópico de capricórnio marcando o perído do equinócio de primavera do Hemisfério Sul. C a quantidade de radiação solar incidente neste período cria zonas de alta pressão favorecendo a existência de ciclones no Hemisfério Norte. D o desenho se refere a Fortaleza, pois nesta latitude, no mês de junho, ocorre a incidência perpendicular dos raios solares. E a sombra dos imóveis ao meio-dia se propaga para o norte, pois o local representado está situado em qualquer ponto sobre o trópico de câncer. QUESTÃO 52 QUESTÃO 51 QUESTÃO 50 OSG.: 2346/21 Página 30 Em um momento de incremento das relações comerciais pela Europa e dessa com outras regiões do mundo, o monarca absolutista preocupa-se igualmente em obter o apoio da burguesia comercial. Esta, por sua vez, entende a aliança com o rei como um fator fundamental à unificação dos mercados e à abertura de suas rotas comerciais pelo mundo, aspectos essenciais ao crescimento de seus lucros. Disponível em: www.educacaoglobo.com.br O papel da burguesia na estruturação das monarquias europeias deu aos monarcas A a oportunidade para fortalecer os laços de cooperação com a Igreja Católica, responsável pela confirmação do poder real. B o cancelamento do direito de acesso às “cartas de franquia” pelas vilas agrícolas medievais. C o poder de democratizar o acesso de servos, operários e trabalhadores braçais aos estamentos mais elevados da sociedade. D a necessidade de dividir o poder de mando com representantes de outros reinos não cristãos do Oriente Médio. E os recursos necessários à organização de exércitos nacionais comandados por generais da confiança dos reis, excluindo os exércitos particulares da nobreza feudal. Aristóteles não é Platão. Isso significa que a educação ética, destinada a nos fazer adquirir o hábito da virtude, não atribuirá à razão o poder que Platão lhe dera para controlar, dominar e governar os desejos nascidos da concupiscência e da cólera. Como procede Aristóteles? O desejo é uma inclinação natural, uma propensão interna de nosso ser. É um movimento (uma tendência a alguma coisa) cuja origem é dupla: por um lado, o objeto externo contingente que nos afeta; por outro, nosso caráter, nossa índole ou nosso temperamento. Caráter ou índole, em grego, se diz éthos e por isso a ética se refere ao estudo do caráter para determinar como pode tornar-se virtuoso. CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia 1, dos pré-socráticos a Aristóteles, Companhia das Letras, São Paulo, 2016, p. A Ética aristotélica apresenta um fundamento A científico, voltado ao estudo das ações que levam à felicidade. B político, ligado à prática de ações que desnaturem o ser humano. C racional, associado a um repouso absoluto nas ações do homem. D religioso, direcionado à execução dos princípios dogmáticos da fé. E emocional, destinado a sobrepor as paixões sobre a racionalidade. Miséria é miséria em qualquer canto Riquezas são diferentes Índio, mulato, preto, branco Miséria é miséria em qualquer canto Riquezas são diferentes Miséria é miséria em qualquer canto Filhos, amigos, amantes, parentes Riquezas são diferentes Ninguém sabe falar esperanto Miséria é miséria em qualquer canto Todos sabem usar os dentes Riquezas são diferentes Riquezas são diferentes A morte não causa mais espanto Miséria é miséria em qualquer canto Riquezas são diferentes Miséria é miséria em qualquer canto Fracos, doentes, aflitos, carentes Riquezas são diferentes O Sol não causa mais espanto Miséria é miséria em qualquer canto Cores, raças, castas, crenças Riquezas são diferenças Miséria é miséria em qualquer canto ANTUNES, Arnaldo. MIKLOS, Paulo. BRITTO, Sérgio. Miséria. Da letra da música do grupo Titãs, conclui-se que A a miséria, a pobreza, e todas as manifestações delas são resultado da exploração econômica, sendo uma situação transitória que só existe nas nações da África Subsariana. B a miséria está presente em todos os continentes, independente de raças, crenças, sendo inerente ao sistema capitalista, onde o processo de extrema concentração de renda é uma de suas essências. C a situação de pobreza a que milhões de pessoas estão condenadas, é resultantes, principalmente de catástrofes naturais, como estiagens, inundações e abalos sísmicos. D no terceiro mundo, muitos países, como Brasil, Argentina e Chile tem reduzido, rapidamente, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza, a partir de políticas públicas eficientes de redistribuição de renda e ampla reforma agrária. E com o aumento da imigração ilegal, países como a França, Alemanha e Reino Unido passaram a ter um considerável aumento do número de pessoas vivendo na miséria, chegando a quase 60% da população. QUESTÃO 55 QUESTÃO 54 QUESTÃO 53 OSG.: 2346/21 Página 31 O desenvolvimento dos Estados está assim ligado à vida econômica, não é um acidente ou uma força intempestiva tal como pensou demasiado apressadamente Joseph A. Schumpeter. Querendo ou não, são os maiores empreendedores do século. É deles que dependem as guerras modernas, com efetivos e com despesas cada vez maiores; tal como as maiores empresas econômicas: a Carrera de Índias a partir de Sevilha, a ligação de Lisboa com as Índias Orientais, a cargo da Casa da Índia, ou seja, do rei do Portugal. BRAUDEL, F. O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico na época de Felipe II. Lisboa: Martins Fontes, 1983, v. 1, p. 495. A atuação dos Estados nacionais durante o século XVI A propunha um controle fraco sobre a economia. B promovia a redistribuição de rendimentos ao povo para diminuir a tensão social gerada pela miséria. C isentava a classe produtiva do pagamento impostos. D estimulava medidas de protecionismo alfandegário E buscava incentivar a agricultura feudal como fonte de riqueza central. A física estuda os seres que têm em si mesmos a causa ou o princípio do movimento. Dizer que têm em si mesmos a causa do movimento é dizer que são seres dotados de matéria, portanto, de potência ou possibilidade de mudança. A filosofia da natureza trata dos seres que passam da potência ao ato, pois não existe passagem de um ato