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Sistema Digestório Aves Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária (FAVET) Fisiologia II - Profª Márcia Felipe Amaro Hilda Lara Cardoso João Victor Frota Rayane Araújo Vitória Nepomuceno 1 OBJETIVO 2 ↪ O trabalho tem por objetivo apresentar o sistema digestório das aves, visando desde sua anatomia até os fatores associados à água e aos alimentos. TÓPICOS 3 Anatomia 🔼 Orofaringe 🔼 Esôfago e papo 🔼 Estômago 🔼 Intestinos 🔼 Cloaca Fisiologia 🔼 Preensão e deglutição; 🔼 Secreção e digestão; 🔼 Fatores que afetam a secreção; 🔼 Função cecal; 🔼 Regulação da motilidade e da secreção; 🔼 Secreção de hormônios; 🔼 Absorção; 🔼 Utilização da gema; 🔼 Ontogenia gastrointestinal; 🔼 Fatores associados à água e aos alimentos. Anatomia Anatomia 4 Orofaringe Boca e faringe 5 Tem uma fenda mediana (glote). As aves não têm epiglote para proteger a glote. ● Cavidade em continuidade: bico → esôfago Língua triangular Papilas gustativas Glândulas salivares: presentes e bem desenvolvidas ● Secreção: pouca amilase ● Saliva: umidificação e lubrificação ● Movimentação dentro da orofaringe ↪ Esôfago ● Músculos hioides bem desenvolvidos. Cavidade oral Esôfago e papo 6 1. Esôfago pré-ingluvial 2. Papo (inglúvio)→ Armazenar alimentos 3. Esôfago pós-ingluvial (região torácica) ↪ Glândulas mucosas em abundância ↪ Lubrificação ↪ S. Cervical e S. Torácico ↪ Largo e dilatável - acomoda alimentos volumosos não mastigados Estômago 7 Proventrículo ↪ 1ª câmara - E. Glandular Ventrículo ↪ 2º câmara - Estômago muscular - Moela ↪ Pares de músculos finos e grossos em oposição ↪ Cor vermelho-escura ↑ Mioglobina Estômago 8 Superfície mucosa revestida por coilina: ● pH ácido do ventrículo → secreção mucosa solidifca ● Proteção contra ácido e enzimas proteolíticas Grãos de areia: ● Maioria das aves herbívoras e granívoras ● Trituração de alimentos duros entre os músculos espessos ● Não essenciais Ventrículo Intestinos Intestino Delgado Intestino Grosso Cecos Cólon Duodeno Jejuno Íleo 9 Intestino Delgado Duodeno Alça duodenal Pâncreas e ductos biliares Íleo “Válvula” da junção ileocecocólica Jejuno Divertículo de Meckel Placas de Peyer 10 *Contratilidade nos perus Intestino Grosso Cecos Decomposição bacteriana da celulose Tonsilas cecais 11 Intestino Grosso Cecos Decomposição bacteriana da celulose Tonsilas cecais 12 ➔ Evacuações cecais ❏ Coloração marrom ❏ Textura homogênea ➔ Evacuações intestinais ❏ Coloração esverdeada ❏ Textura granulomatosa Intestino Grosso Cecos Cólon Decomposição bacteriana da celulose Reabsorção de água e eletrólitos Movimentos antiperistálticos Tonsilas cecais 13 Cloaca Coprodeu Urodeu Proctodeu *Bursa de Fabricius ➔ Prega coprourodeal ➔ Prega uroproctodeal 14 Fisiologia 15 Fisiologia Preensão e Deglutição 16 Agarrado e introduzido ↪ Movimentos repetitivos da cabeça para cima e para baixo Fase 1 ● Direção caudal ● Faringe ● Movimentos rostrocaudais da língua Três fases Oral (1) - Faríngea (2) - Esofágica (3) Papilas orientadas na direção distal Preensão e Deglutição 17 Agarrado e introduzido ↪ Movimentos repetitivos da cabeça para cima e para baixo Três fases Oral (1) - Faríngea (2) - Esofágica (3) Fase 2 ● Glote e fendas fechadas → Cobertura faríngea ou língua estimuladas ● Orofaringe e esôfago → distância reduzida ● Língua → Movimentada para trás. ● Partículas alimentares: Língua → Esôfago (elevações adicionais da cabeça e movimentos linguais) Preensão e Deglutição 18 Agarrado e introduzido ↪ Movimentos repetitivos da cabeça para cima e para baixo Três fases Oral (1) - Faríngea (2) - Esofágica (3) Fase 3 ● Peristalse no esôfago: Movimentação → Estômago Ventrículo não cheio: ● Entrada do bolo alimentar deglutido Ventrículo cheio: ● Músculos esofágicos relaxam - alimento entra *Aves domésticas - gravidade para ajudar a empurrar a água para dentro da faringe de forma que seja deglutida 4. Proventrículo 6-9. Ventrículo Secreções e Digestão 01 02 03 Secreções salivares, ingluviais e esofágicas Secreções Gástricas Secreções intestinais, pancreáticas e biliares 19 1. Secreções salivares, ingluviais e esofágicas ↠ Glândulas salivares - são células secretoras de muco, ajudam na lubrificação ↠ Esôfago- na superfície mucosa, também apresentada glândulas secretoras de muco ↠ Papo - o muco também é secretado Parte expressiva da digestão do amido ocorre no papo por ação bacteriana ou pela atividade da amilase, que se origina do refluxo intestinal. 20 2. Secreções Gástricas ↠ Predomínio de 2 glândulas no proventrículo(estômago glandular) 21 Glândulas mucosas simples Glândulas mucosas compostas secretam muco secretam muco, HCl e pepsinogênio ↠ O pepsinogênio é convertido em pepsina no ambiente ácido ↠ Pepsina - enzima inicia a hidrólise das moléculas protéicas ↠ A ação trituradora do ventrículo (estômago muscular - moela) não apenas reduz as dimensões das partículas alimentares, como também mistura os líquidos digestivos com o alimento. polipeptídios 3. Secreções intestinais, pancreáticas e biliares ↠ O intestino delgado é a região principal de digestão química ↠ A digestão química é realizada pelas enzimas pancreáticas e pela microbiota, secreções intestinais ↠ O pâncreas exócrino secreta lipase, amilase, tripsinogênio, quimotripsinogênios A, B e C e procarboxipeptidases A e B( precursores das enzimas proteolíticas) ↠ As aminopeptidases e as dipeptidases são sintetizadas no citoplasma e realizam a hidrólise dos oligopeptídios na borda escovada do intestino. ↠ No lúmen intestinal, as carboxipeptidases liberam os aminoácidos livres por decomposição dos oligopeptídios. 22 Tripsinogênio Tripsina Quimiotripsina OligopeptídiosHidrolisadas Moléculas protéicas e polipeptídios enteroquínase ↠ O principal carboidratos das rações das aves é amido, que se apresenta de duas formas ↠ Essas formas são rapidamente hidrolisadas pela α-amilase secretada pelo pâncreas para formar maltose ↠ O pâncreas exócrino também secreta uma solução aquosa de bicarbonato - neutraliza o quimo gástrico ácido. ↠ Essa hidrólise é realizada pela lipase pancreática e pela ação dos sais biliares (que emulsificam as gorduras e ativam a lipase) ↠ A secreção de bile no duodeno também facilita a neutralização do quimo. 23 3. Secreções intestinais, pancreáticas e biliares Amilose e Amilopectina α-amilase Hidrolisadas Maltose Gorduras Hidrolisadas Ácidos graxos e glicerol Fatores que afetam a secreção ↠ A secreção pancreática é controlada por componentes neurais e hormonais. ↠ O suco pancreático é formado: 24 Componentes aquosos Componentes enzimáticos Estimulada pelo peptídio intestinal vasoativo (PIV) Secreção de colecistoquinina (ou colecistocinina, CCQ ou CCK) ↠ A dieta pode afetar a taxa de secreção das enzimas pancreáticas Distensão do proventrículo por peptonas Esse efeito é mediado pelos peptídeos de liberação da gastrina (PLGs) Função cecal ↠ As funções digestivas mais notáveis dos cecos são reabsorver água da urina refluída e a digestão microbiana da celulose ↠ Pouca ou nenhuma digestão ocorre no intestino grosso 25 ↠ A urina é refluída da cloaca para dentro do colo e entra nos cecos por meio da atividade antiperistáltica do colo. ↠ O componente nitrogenado da urina das aves é o ácido úrico - que é decomposto para utilização do nitrogênio pela microbiota. A reabsorção de água da urina refluída é uma função importante dos cecos. Regulação da motilidade e da secreção Fase gástrica ● Ingestão de alimentos ● Aumento da amplitude das contrações gástricas. ● Aumenta a secreção proventricular e a motilidade gástrica, ● Mediada pela inervação vagal eferente ● Peptídeo gastrina Fase cefálica ● Visão do alimento ● Aumentos das contrações gastroduodenais, ● Mediada pela hipoglicemia 26Secretina ● Perfusão ácida do duodeno ● Secreção de bicarbonato CCQ (Colecistocinina) ● Presença de proteínas e gorduras no duodeno ● Secreção de enzimas e proenzimas Secreção de hormônios 27 Absorção ● Duodeno e jejuno proximal Carboidratos e aminoácidos Ácidos graxos ● Metade distal do jejuno e, em menor grau, no íleo - Entrada do ducto biliar localiza-se nas proximidades do duodeno distal. ● Entram nos enterócitos e são reesterificados em triglicerídios e acondicionados em portomícrons, os quais são absorvidos diretamente para a circulação sanguínea porto-hepática 28 Utilização da gema Durante a incubação Eclosão do ovo - 72hrs ● Necessidades de energia dos embriões durante esse período são totalmente atendidas pelos lipídios armazenados na gema. ● Material da gema é secretado pelo pedículo vitelino dentro do intestino delgado ● A peristalse e a antiperistalse do intestino delgado disseminam os materiais da gema por todo o intestino e a moela. 29 Utilização da gema 72hrs ● Linfócitos acumulam-se no tecido conjuntivo subepitelial do pedículo vitelino ● Hematopoese extramedular. 30 Ontogenia gastrointestinal Subsequente à eclosão do ovo: Aumento da superfície disponível para a absorção: A) Crescimento rápido das dimensões das vilosidades em razão da ampliação da quantidade de enterócitos por vilosidade; e B) Alongamento das microvilosidades na superfície apical dos enterócitos. ● Fonte de energia: lipídica advinda da gema –> dieta exógena à base de carboidratos ● 7 a 10 dias: aumento rápido do peso do tubo gastrintestinal e acentuação da atividade das enzimas digestivas 31 Fatores associados à água e aos alimentos ● Equilíbrio hídrico ● Ingestão: via oral ● Excreção: urina e fezes ● Mobilização da água e dos eletrólitos ● Sensíveis à temperatura da água ● Indiferença entre doce e amargo ● Dieta inadequada: aumenta ingestão de água Água Alimentos 32 Referência Bibliográfica 33 Obrigado! 34
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