Buscar

CLASSIFICAÇÃO TEMPORAL E TIPOS DE DOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- -1
FISIOTERAPIA EM DOR
CLASSIFICAÇÃO TEMPORAL E TIPOS DE DOR
- -2
Olá!
A dor pode ser considerada um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica, mas também pode
fazer parte de um quadro clínico mais complexo. Existem muitas maneiras de se classificar a dor, e é isso que
 veremos nesta aula. Bons estudos!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Aprofundar o conhecimento sobre as teorias da dor;
2- Conhecer os tipos e a classificação da dor;
3- Entender e definir cada tipo de dor.
1 Dor quanto a duração
Vamos iniciar esta aula classificando a dor quanto a duração da sua manifestação, que pode ser de três tipos:
1 mês
Aquela que dura um curto período de tempo, geralmente menos de um mês. Por exemplo:
a dor associada à extração de um dente, cirurgia ortopédica ou à cólica menstrual.
3 meses Quando persiste por mais de três meses.
4 meses Que apresenta períodos de curta duração, mas que se repete com frequência.
- -3
2 Teorias da dor
A dor tem sido tratada de formas diferentes no decorrer da história. À medida que o conhecimento científico foi
sendo desenvolvido, várias teorias foram sendo organizadas. Conheça algumas:
•
Teoria da especificidade (Bell; Muller, 1816-1826)
Segundo essa teoria, os receptores seriam terminações livres que levariam os impulsos da dor através
das fibras delta-A e delta-C dos nervos periféricos até a medula, onde alcançariam um centro de dor no
tálamo, pelo feixe espino-talâmico lateral.
Somente estímulos dolorosos seriam levados por essas fibras. Seria uma conexão periferia-cérebro
direta.
•
Teoria do padrão (Goldscheider, 1894; Weddel, 1955; Sinclair, 1947-1955)
A dor poderia resultar da ativação de vários receptores inespecíficos. Assim, a estimulação leve de
receptores de tato, calor, frio e dor produziriam a percepção dessas sensações. Mas se o estímulo fosse
forte, a percepção em qualquer caso seria de dor. Haveria uma convergência para o corno dorsal, com
um padrão de estimulação para o cérebro, o qual associaria fenômenos de somação temporoespacial
(experiências prévias, culturas, motivação, atenção-distração).
Também nessa teoria não houve a valorização adequada da modulação central.
•
Quarta teoria da dor (década de 1940 – Hardy, Wolff; Goodell)
Sugere que há uma relação de um para um entre a intensidade do estímulo e a experiência da dor. Essa
teoria sugere que, se dois indivíduos experimentassem o mesmo estímulo (como, por exemplo, uma
perna fraturada), eles teriam exatamente a mesma quantidade de resposta à dor.
Ela nega o que atualmente sabemos, como a influência de fatores culturais, ambientais e de
personalidade.
•
•
•
•
•
- -4
•
Teoria da comporta (Melzack; Wall, 1965)
Originalmente apresentada por Melzack e Wall em 1965, e modificada em 1982, essa teoria conciliatória
integra respostas fisiológicas e psicológicas na definição de dor.
Segundo ela, haveria terminações especializadas na recepção e condução do estímulo doloroso.
3 Dor aguda
Vamos agora aprofundar os estudos sobre um tipo de dor que vimos no início da aula: a dor aguda.
O que é?
Se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas.
Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e o tratamento recomendado pelo
especialista é seguido adequadamente pelo paciente.
Onde?
Associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas.
•
Saiba mais
Entendendo a teoria da comporta
A medula é bombardeada continuamente por impulsos nervosos periféricos, que chegam tanto
pelas fibras desmienilizadas como pelas finamente mielinizadas, mais grossas.
Haveria, portanto, uma atividade fisiológica basal, constante, exercida principalmente pelas
fibras C, deixando a comporta semiaberta, mas sem haver o disparo.
Isso porque os impulsos das fibras grossas, embora em menor quantidade, viajam mais
rapidamente, alcançando primeiro as células da SG (substância gelatinosa).
Estas células aumentam a inibição e não permitem a ação sobre as células T, que provocam o
disparo que abre a comporta, permanecendo a mesma semifechada.
No entanto, se certo limiar e frequência de impulsos dolorosos são ultrapassados, as células T
são estimuladas e há o disparo do sistema de ação, com a sensação dolorosa.
De uma forma geral, pode-se dizer que as terminações sofreriam uma modulação em níveis
medular e cerebral, sob a influência de outras modalidades sensoriais, como tato, pressão,
temperatura, vibração etc., antes de influenciarem as células T. O cérebro então avaliaria e
decodificaria tudo, como um computador, e decidiria a resposta.
Embora a teoria da comporta possa ser criticada em alguns aspectos, ela é aceita porque
explica os fenômenos de algumas neuropatias (diabética, pósherpética, alcoólica), assim como
a ação inibitória de certas técnicas (manipulações, uso de vibradores, TENS etc.).
- -5
Exemplos:
• Dor pós-operatória;
• A dor que ocorre após um traumatismo;
• Dor durante o trabalho de parto;
• A dor de dente;
• Cólicas em geral, como o processo da ovulação e da menstruação na mulher.
4 Dor crônica
Outra dor que vimos no início da aula foi a dor crônica. Saiba mais.
O que é?
É uma dor que persiste depois de ter ocorrido a cicatrização.
Duração:
Tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a anos, e está quase sempre associada a um
processo de doença crônica.
A Associação Internacional para o Estudo da Dor estipulou um tempo arbitrário de três meses após a lesão para
que a dor, caso ainda esteja presente, seja considerada crônica.
Exemplos:
• Dor ocasionada pela artrite reumatoide;
• Dor oncológica (câncer);
• Dor relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho (DORTs);
• Lombalgia, cervicalgias, dentre outras.
5 Dor nociceptiva e dor neuropática
Os diferentes tipos de dor também podem ser classificados em relação à sua natureza ou origem
neurofisiológica. Essa classificação (a diferenciação das formas diversas de manifestação da dor é crucial para o
tratamento, pois providencia pistas acerca da causa da dor e do local onde tem origem) se baseia nos
mecanismos dolorosos desencadeantes, e diferencia as dores em:
•
•
•
•
•
Fique ligado
Há reações psicológicas à dor aguda, como ansiedade, desesperança, escape/ fuga, isolamento
social, que serão eliminadas com a remoção da causa física. Este é um dado importante, que
deverá ser observado pelo profissional de saúde.
•
•
•
•
- -6
D o r
Somática
Tem origem nas estruturas somáticas – presente em áreas superficiais, como na pele e
mucosas, bem localizada, sendo transmitida rapidamente pelas fibras do sistema
neoespinotalâmico e em áreas mais profundas, como nos ligamentos, ossos, tendões, vasos
sanguíneos e nervos.
Exemplos: artropatias, mialgias, traumatismos ou queimaduras, doenças inflamatórias não
articulares.
Dor visceral
Origina-se nas vísceras, dentro dos órgãos e cavidades internas do corpo. Com menos
receptores sensoriais nestas áreas, produz uma sensação de dor profunda, difusa e mal
localizada – sendo muitas vezes associada a partes do corpo totalmente diferentes do local
da lesão pelo paciente.
O ataque cardíaco é um bom exemplo, podendo primeiramente causar dor no ombro,
estômago, braço e na mão.
As fibras de dor visceral acompanham as fibras somáticas para a víscera. As fibras
aferentes passam pelo gânglio simpático, ramo comunicante branco, nervo espinhal e
gânglio da coluna dorsal.
D o r
neuropática
A dor neuropática (nevralgia) pode ocorrer como resultado de um ferimento ou doença do
tecido nervoso propriamente dito. Essa sensação pode afetar a capacidade dos nervos
sensoriais de transmitir informações corretas para o tálamo, causando uma interpretação
errada dos estímulos dolorosos.
A dor é descrita como queimadura, cortante e tipo choque. Os fatores que provocam a dor
neuropática incluem perturbações metabólicas como a diabetes ou doenças infecciosas
como a zona.
Exemplos: síndromedo túnel do carpo, síndrome do túnel do tarso e polineuropatia
diabética.
6 Dor referida, dor irradiada e dor refletida
Existe, ainda, outras formas de manifestação da dor:
•
Dor referida
•
- -7
Ocorre quando a dor de uma estrutura somática ou visceral é exibida em outro local que não seja a sua
origem, mas inervado pelo mesmo nervo.
Por exemplo: dor do infarto do miocárdio sendo referida no ombro ou braço esquerdo.
A dor referida de vísceras segue uma distribuição por dermátomos, enquanto que a dor referida de
estruturas somáticas profundas não segue essa distribuição.
•
Dor irradiada
É a dor que se distribui segundo o território de inervação da raiz nervosa lesada, como por exemplo, na
hérnia de disco. É uma dor neuropática.
•
Dor refletida
É uma dor referida, do lado oposto (contralateral) à região originalmente dolorosa. Aparece em
pacientes cordotomizados unilateralmente, parecendo ser causada por impulsos nociceptivos da região
inicialmente afetada.
Haveria impulsos que ascenderiam por uma via secundária da região originalmente dolorosa e que se
conectariam aos neurônios da nova região.
7 Dor psicossomática (psicogênica)
Por fim, falaremos de uma das dores mais difíceis de detectar: a dor psicossomática. Ela ocorre quando um
estado psicológico leva a um problema doloroso somático. Esta forma de dor não é baseada em causas orgânicas,
mas o paciente sente a dor realmente.
Mas como fazer o diagnóstico?
Antes de fechar um diagnóstico, todas as causas orgânicas (isto é, todas as causas fisicamente detectáveis)
devem ser primeiramente excluídas.
Para o doente, isto significa frequentemente um percurso longo e frustrante até o diagnóstico correto e, assim,
um longo percurso até o tratamento da dor.
8 Controle da dor
Na prática clínica, as intervenções para o controle da dor acontecem da seguinte forma:
Produção de estímulos conduzidos por fibra A, para bloquear os estímulos de dor conduzidos por fibras C.
•
•
- -8
Isso porque as fibras A e C terminam na substância gelatinosa e ficam sujeitas a influências excitatórias e
inibitórias.
Os neurotransmissores específicos funcionam na inibição da dor.
A endorfina e os receptores opiáceos são influências inibitórias na percepção ou experiência da dor.
- -9
Bom, vamos finalizando o assunto das teorias da dor, que será retomado nas aulas 6 e 7, quando discutiremos
recursos fisioterapêuticos utilizados para o controle da dor.
Agora parece tudo muito complicado, mas aprofunde seus estudos. Quando formos discutir a aplicação da
fisioterapia na dor, você verá que tudo se explicará com mais clareza.
Esta aula demonstra a necessidade de uma boa avaliação do paciente e principalmente paciência para uma
anamnese precisa, em que será possível um diagnóstico cinesiológico funcional claro, com possibilidade de
intervenções eficazes.
Saiba mais
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor
online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
- -10
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
• Avaliação clínica e mensuração da dor;
• Meios para quantificar e criar mecanismos para reavaliar se um tratamento está produzindo efeito;
• Importância das escalas de dor para os fisioterapeutas.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu as teorias da dor para ter como base para escolha do procedimento da fisioterapia a ser usado;
• Aprendeu os tipos e a classificação da dor;
• Verificou que a fisioterapia terá que se adequar ao tipo de dor.
Referências
CAILLIET, Rene. : mecanismos e tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.Dor
HEADLEY, Barbara J. . In: O’SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomaz J. Fisioterapia: avaliação eDor crônica
tratamento. 5. Ed. Manole, 2010.
SIMONS, David G.; RUSSELL, I. John; MENSE, Siegfried. Dor muscular: natureza, diagnóstico e tratamento. São
Paulo: Manole, 2008.
•
•
•
•
•
•
	Olá!
	1 Dor quanto a duração
	2 Teorias da dor
	Teoria da especificidade (Bell; Muller, 1816-1826)
	Teoria do padrão (Goldscheider, 1894; Weddel, 1955; Sinclair, 1947-1955)
	Quarta teoria da dor (década de 1940 – Hardy, Wolff; Goodell)
	Teoria da comporta (Melzack; Wall, 1965)
	3 Dor aguda
	4 Dor crônica
	5 Dor nociceptiva e dor neuropática
	6 Dor referida, dor irradiada e dor refletida
	Dor referida
	Dor irradiada
	Dor refletida
	7 Dor psicossomática (psicogênica)
	8 Controle da dor
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO
	Referências

Continue navegando