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Hábitos Bucais Deletérios HÁBITO Conceito: é o costume ou a prática adquirida pela repetição frequente de um mesmo ato, que a princípio se faz de forma consciente e, posteriormente, de modo inconsciente. Háb i t o s Bu ca i s No rma i s Sucção nutritiva Mastigação e deglutição Respiração Háb i t o s b u ca i s d e l e t ér i o s po dem a l t e r ar : Tecidos musculares, dentários e ósseos O padrão de crescimento normal Oclusão Como o co rr e e ss a a l t e r a ção? Determinando forças musculares desequilibradas que, durante o crescimento, distorcem a forma da arcada dentária e alteram a morfologia normal. Hábitos bucais deletérios são um dos fatores etiológicos das maloclusões. Hábitos bucais deletérios apresentam impacto na qualidade de vida e felicidade de crianças em fase escolar. Háb i t o s De l e té r i o s Sucção não nutritiva Hábitos de morder Hábitos parafuncionais Nut r i t i v o s X Não Nu t r i t i v o s HÁBITOS DE SUCÇÃO Faz parte da fase de desenvolvimento normal da criança, chamada de fase oral, em sua maior percepção está na boca. O ato de sucção anormal pode estar relacionado com o estado emocional da criança, normalmente ela o executa em momentos de ansiedade. A l t e r ações Mo rfo l ó g i c as Decor r en t es Su cção N ão Nu t r i t i v a Mordida aberta Mordida cruzada anterior Diagnóstico: A chupeta interpõe-se entre os dentes anteriores, determinando uma alavanca, pressionando os incisivos inferiores para lingual e os incisivos superiores para a vestibular. Nem todos que praticam a sucção digital apresentam arcos deformados e dentes em má oclusão. As alterações dependem da intensidade, da duração, da posição dos dedos, das contrações musculares orofaciais associadas, a posição da mandíbula durante a sucção, a morfologia esquelética facial. Forma circular restrita a região anterior (nem sempre é simétrica). Consequências: Mordida aberta anterior Mordida cruzada posterior Protração dos dentes superiores Retrusão mandibular Incisivos inferiores lingualizados Palato ogival Assoalho nasal estreito T r í ad e d e G r ab er : Em t o do s o s c a sos d e senvo l v e - s e o mesmo t i po d e má o c l u s ão? A resposta é não, pois a maloclusão será resultado de três fatores relacionados ao hábito: 1. A intensidade 2. A duração 3. O padrão facial IMPORTANTE! Quando o hábito bucal deletério é interrompido até 3 anos de idade, há chances de ocorrer a autocorreção, de possíveis desarmonias. Nu t r i t i v o s A l e i t amento n a t u r a l A l e i t amento a r t i f i c i a l N ã o Nu t r i t i v o s Ch u pe t a s S u cção d o s d e d o s HÁBITOS DE MORDER On i co fag i a Hábito de roer as unhas das mãos ou pés ou objetos. A interrupção do hábito deve ser pactuada com a criança e responsáveis. Brux i smo Desordem funcional que se caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono ou em vigília. Avaliação feita pelo Odontopediatra sobre qual intervenção deve ser feita e em que momento. HÁBITOS BUCAIS PARAFUNC IONAIS Resp i r a do r Bu ca l É uma condição decorrente de deficiência na respiração nasal por obstrução ou mesmo por hábito. O respirador bucal possui um obstáculo mecânico que o impede de respirar predominantemente pelo nariz Ex: hipertrofia de adenoide, desvio de septo O encaminhamento para o Otorrinolaringologista é imprescindível antes de qualquer conduta ortodôntica O respirador bucal por hábito não respira corretamente pelo nariz mesmo depois de eliminado o fator causal Encaminhamento para o Fonoaudiólogo após o tratamento ortodôntico ↑ Pressão intrabucal Aprofundamento do palato e estreitamento dos seios maxilares Estreitamento do maxilar superior com consequente mordida cruzada (quase sempre posterior bilateral). D i agn ós t i co : Características comportamentais: Crianças ansiosas, inquietas, impulsivas Acordam cansadas devido à dificuldade respiratória dormem mal Dificuldade de concentração Cerca de 83% dos portadores de mordida aberta, com hábito de sucção de dedo e chupeta são também respiradores bucais. Nestas circunstâncias, o diagnóstico requer a intervenção do Otorrinolaringologista Alterações morfológicas: Incompetência da musculatura labial e peribucal – hipotonicidade Boca constantemente aberta Constante erupção dos dentes posteriores Aumento da altura facial inferior Lábio superior curto e inferior invertido Olheiras – paciente com aspecto cansado I n t e r pos i ç ão d e L í n g ua Pressionamento lingual atípico primário Mordida aberta em que o fator etiológico é a língua Apresenta um formato mais retangular e mais difusa A língua deixa de ser uma consequência e passa a ser a causa Imprescindível a intervenção do Fonoaudiólogo Pressionamento lingual atípico ou interposição lingual: Interposição lingual atípica secundária Consequência da mordida aberta anterior Interposição da língua entre os incisivos durante a deglutição, fonação e posição natural de reposição A interposição lingual pode ocorrer da hipertrofia das amígdalas: Gera uma alteração postural da língua e da mandíbula para uma posição mais anterior O contato da porção posterior da língua com as amígdalas aumentadas provoca uma sensação de dor Projetando a língua para frente e para baixo MORD IDA ABERTA Deficiência no contato vertical normal das bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores. Esquelética e/ou dentária. Etiologia – fatores genéticos e/ou ambientais como os hábitos bucais deletérios. D i agn ós t i co Os dentes ântero superiores e o processo alveolar sofrem uma pressão no sentido vestibular e apical acarretando em diastema interincisal. Os incisivos inferiores inclinam para lingual e apical, favorecendo o aumento do overjet. O posicionamento do dedo no palato mantém a língua numa posição mais inferior afastando-se do contato com os dentes posteriores podendo acarretar também em uma mordida cruzada. IMPORTANTE! Atentar que a mordida aberta nem sempre é causada por hábitos bucais deletérios, muitas vezes, sua origem é de natureza esquelética. ↓ É de natureza esquelética; é comum em pacientes de face longa; nem sempre responde ao tratamento ortodôntico. T r at amento Ortodontista Fonoaudiólogo Otorrinolaringologista Até 5 anos de i da de : Eliminação espontânea do hábito pode haver reversão espontânea das alterações oclusais. Eliminação gradativa não deixa sequelas no comportamento. Auxílio de um psicólogo. Após o s 5 ano s d e i d a de : Utilização da grade palatina impede o hábito de sucção e serve de barreira mecânica para língua. Mord i d a Aber t a e Háb i t o s Bu ca i s De l e t é r i o s : Considera-se corrigível: overbite de 1 a 2 mm na dentição decídua e 2 a 3 mm na mista. Verificar se o paciente apresenta algum pressionamento lingual atípico. Se sim placa de contenção + encaminhamento para o Fonoaudiólogo Avaliação: pedir que o paciente pronuncie os fonemas “T”, “D”, “N”, “L” e “S” e”Z”, ajuda o profissional a identificar a necessidade de encaminhamento ao fonoaudiólogo, bem como, a observação da língua no ato da deglutição Quando estes fonemas são pronunciados a ponta da língua deve acomodar-se no cíngulo dos incisivos superiores e não, em posição interdental Dent ad ur a M i s t a : Comprometimento do componente esquelético começa a aumentar devido à persistência dos fatores etiológicos. Grade palatina + acessórios que venham a atuar na correção damaloclusão. A resposta ao tratamento é mais demorada. Quando há mordida cruzada e/ou atresia de maxila, a sua correção deve ser feita juntamente com a retirada do hábito. Mord i d a Aber t a As so c i a da à Ma l o c l u sã o d e C l as se I I e I I I : A e B conjugado com grade palatina. CONSIDERAÇÕES F INAIS O tratamento da mordida aberta deve ser o mais precoce possível. Quanto mais cedo for realizado o tratamento, mais simples e estáveis serão seus resultados. A intervenção do Fonoaudiólogo e do Otorrinolaringologista, muitas vezes, torna-se imprescindível no tratamento da mordida aberta, mesmo que numa fase mais precoce.
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