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Aula 8 - Cocos Gram-positivos

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Bacteriologia Clínica – Cocos Gram-
positivos
PROF. DR. ANDREI SIQUEIRA
CGP
Há dois gêneros de cocos gram-positivos de importância médica: Staphylococcus e
Streptococcus. Dois dos mais importantes patógenos de humanos, Staphylococcus
aureus e Streptococcus pyogenes.
Microscopicamente, os estafilococos apresentam-se como agrupamentos semelhantes
a cachos de uvas, enquanto os estreptococos formam cadeias.
Bioquimicamente, os estafilococos produzem catalase, ao contrário dos estreptococos.
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus aureus causa abscessos, várias infecções piogênicas (p. ex., endocardite, artrite
séptica e osteomielite), intoxicação alimentar, síndrome da pele escaldada e síndrome do
choque tóxico. O organismo é uma das causas mais comuns de pneumonia hospitalar,
septicemia, e infecções de feridas cirúrgicas. É uma importante causa de infecções cutâneas,
como foliculite, celulite e impetigo. Staphylococcus epidermidis pode causar endocardite e
infecções em articulações prostéticas. Staphylococcus saprophyticus causa infecções do trato
urinário. A síndrome de Kawasaki é uma doença de etiologia desconhecida, que pode ser
causada por determinadas linhagens de S. aureus.
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus aureus
Mais de 90% das linhagens de S. aureus contêm plasmídeos que codificam β-lactamase, a
enzima que degrada diversas penicilinas, mas não todas. Algumas linhagens de S. aureus são
resistentes às penicilinas resistentes à β-lactamase, como meticilina e nafcilina, devido a
alterações na proteína de ligação à penicilina de sua membrana celular. Essas linhagens são
comumente conhecidas como S. aureus resistentes à meticilina (MRSA, do inglês, methicillin-
resistant S. aureus) ou S. aureus resistentes à nafcilina (NRSA, do inglês, nafcillin-resistant S.
aureus).
Staphylococcus aureus
Staphylococcus
Staphylococcus aureus
Patogênese
Fatores de Virulência
1. A enterotoxina causa intoxicação alimentar, caracterizada por vômito proeminente e diarreia
aquosa não sanguinolenta;
2. A toxina da síndrome do choque tóxico (TSST causa choque tóxico, especialmente em
mulheres menstruadas fazendo uso de absorvente higiênico interno, ou em indivíduos
apresentando infecções de ferimentos;
3. A esfoliatina causa a síndrome da “pele escaldada” em crianças.
4. Várias toxinas podem matar leucócitos (leucocidinas) e causam necrose de tecidos in vivo.
Dentre elas, uma das mais importantes é a toxina alfa, que provoca intensa necrose de pele
e hemólise;
5. As enzimas incluem coagulase, fibrinolisina, hialuronidase, proteases, nucleases e lipases.
Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus
saprophyticus
Contrariamente a S. aureus, estes dois estafilococos coagulase-negativos não
produzem exotoxinas. Assim, não causam intoxicação alimentar ou síndrome do
choque tóxico, mas causam infecções piogênicas. Por exemplo, S. epidermidis é
uma importante causa de infecções piogênicas em implantes prostéticos, como
válvulas cardíacas e articulações de quadril.
Quadros Clínicos
Quadros Clínicos
Quadros Clínicos
Quadros Clínicos
Quadros Clínicos
Quadros Clínicos
Quadros Clínicos
A síndrome de Kawasaki (SK) é uma doença
de etiologia desconhecida, discutida aqui por
várias de suas características assemelharem-
se à síndrome do choque tóxico causada
pelos superantígenos de S. aureus (e S.
pyogenes). A SK é uma vasculite envolvendo
artérias pequenas e médias, especialmente
as artérias coronárias.
Tratamento
Nos Estados Unidos, 90% ou mais das linhagens de S. aureus são resistentes à penicilina G. A
maioria dessas linhagens produz β-lactamase. Esses organismos podem ser tratados com
penicilinas resistentes à β-lactamase, por exemplo, nafcilina ou cloxacilina, algumas
cefalosporinas e vancomicina. O tratamento com a combinação de penicilina sensível à β-
lactamase, por exemplo, amoxicilina, e inibidor de β-lactamase, por exemplo, ácido clavulânico,
é também útil.
Streptococcus
Streptococcus
Os estreptococos causam uma ampla variedade de infecções. S. pyogenes (um estreptococo do
grupo A) é a principal causa bacteriana de faringite e celulite. É uma importante causa de
impetigo, fasciite necrosante, e síndrome do choque tóxico estreptocóccico. Também é o fator
incitador de duas importantes doenças imunológicas, a febre reumática e a glomerulonefrite
aguda. Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B) é a principal causa de sépsis e
meningite neonatais.
Streptococcus
Streptococcus
Streptococcus
Os estreptococos beta-hemolíticos são organizados em grupos de A-U
(conhecidos como grupos de Lancefield) com base nas diferenças antigênicas do
carboidrato C. No laboratório clínico, o grupo é determinado por meio de testes
de precipitina com antissoros específicos ou por imunofluorescência.
Streptococcus
Os estreptococos do grupo A (S. pyogenes)
estão entre os mais importantes patógenos
de humanos. Eles são a causa bacteriana
mais frequente de faringite e uma causa
muito comum de infecções de pele. Aderem
ao epitélio da faringe por meio de pili
revestidos por ácido lipoteicoico e proteína
M.
Streptococcus
Os estreptococos do grupo B (S. agalactiae)
colonizam o trato genital de algumas
mulheres e podem causar meningite e
sépsis neonatais. São usualmente
resistentes à bacitracina e hidrolisam
(clivam) hipurato, um importante critério
diagnóstico.
Streptococcus
Os pneumococos causam pneumonia, bacteriemia, meningite e infecções do trato respiratório
superior, como otite média e sinusite. Os pneumococos são a causa mais comum de pneumonia
adquirida na comunidade, meningite, sépsis em indivíduos esplenectomizados, otite média e
sinusite.
Os pneumococos são cocos gram-positivos em forma de lança, arranjados em pares (diplococos)
ou cadeias curtas. Os pneumococos possuem cápsulas polissacarídicas, havendo mais de 85
tipos antigenicamente distintos. Diante do antissoro tipo-específico, as cápsulas sofrem
intumescimento (reação de Quellung), processo que pode ser utilizado para identificar o tipo.
Streptococcus
Enterococcus
Os estreptococos do grupo D incluem os
enterococos (p. ex., Enterococcus faecalis e
Enterococcus faecium) e os não enterococos
(p. ex., S. bovis). Os enterococos são
membros da microbiota normal do cólon,
caracterizando-se por sua capacidade de
causar infecções urinárias, biliares e
cardiovasculares.
Streptococcus
Streptococcus
Streptococcus
S. pyogenes causa três tipos de doenças: (1) doenças piogênicas, como faringite
e celulite; (2) doenças toxigênicas, como escarlatina e síndrome do choque
tóxico; e (3) doenças imunológicas, como febre reumática e glomerulonefrite
aguda.
A febre reumática deve-se a uma reação imunológica entre anticorpos contra
certas proteínas M estreptocócicas que reagem de forma cruzada com antígenos
dos tecidos articulares, cardíacos e cerebrais.
Streptococcus
Streptococcus
A proteína M é o fator de virulência mais importante e determina o tipo dos
estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. Ela se projeta a partir da superfície
externa da célula e interfere com a ingestão por fagócitos, ou seja, é
antifagocitária. Anticorpos contra a proteína M conferem imunidade tipo-
específica. Existem aproximadamente 80 sorotipos com base na proteína M, o
que explica a possibilidade de ocorrência de múltiplas infecções por S. pyogenes.
Streptococcus
Streptococcus
1. A toxina eritrogênica causa a erupção da escarlatina. Seu mecanismo de ação é similar 
àquele da toxina da síndrome do choque tóxico (TSST) de S. aureus; isto é, atua como 
superantígeno;
2. A estreptolisina O é uma hemolisina inativada por oxidação;
3. A estreptolisina S é uma hemolisina que não é inativada pelo oxigênio;
4. A exotoxina A piogênica é a toxina responsável pela maioria dos casos da síndrome de 
choque tóxico por estreptococos;
5. A exotoxina B é uma protease que destrói rapidamente os tecidos, sendoproduzida em 
grandes quantidades por linhagens de S. pyogenes.
Tratamento
Todos os estreptococos do grupo A são suscetíveis à penicilina G, mas os pacientes acometidos
por febre reumática ou GNA não são beneficiados pelo tratamento com penicilina após a
manifestação. Em infecções brandas por estreptococos do grupo A, a penicilina V oral pode ser
utilizada.
O fármaco de escolha para infecções por estreptococos do grupo B correspondem à penicilina G
ou à ampicilina. Algumas linhagens podem requerer doses mais elevadas de penicilina G, ou
uma combinação de penicilina G e um aminoglicosídeo, para erradicar o organismo.
Resumo
Resumo
Resumo
Resumo
Resumo
OBRIGADO!
PROF. DR ANDREI SIQUEIRA

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