Buscar

E-book - Urgência e Emergência em Centros de Estética

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 140 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 140 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 140 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Mirna Coelho de Barros
Urgência e emergência 
em centros de estética
U
N
O
PA
R
U
RG
ÊN
C
IA
 E EM
ERG
ÊN
C
IA
 EM
 C
EN
TRO
S D
E ESTÉTIC
A
Urgência e 
Emergência em 
Centros de Estética
Mirna Coelho de Barros
Silvia Paulino Ribeiro Albanese
Urgência e emergência 
em centros de estética
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Barros, Mirna Coelho de 
 
 ISBN 9788584826162
 1. Cirurgia plástica. I. Albanese, Silvia Paulino Ribeiro. II. 
Título.
 CDD 617.95 
Coelho de Barros, Silvia Paulino Ribeiro Albanese. – Londrina 
: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
 136 p.
B277u Urgência e emergência em centros de estética / Mirna
© 2017 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer 
modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo 
de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e 
Distribuidora Educacional S.A.
2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Tema 1 | Assistência de qualidade nos primeiros socorros
Tema 2 | Prestação de cuidados às hemorragias e queimaduras
Tema 3 | Fraturas e tipos de choque
Tema 4 | A parada cardiorrespiratória e o manuseio do cardioversor
Tema 5 | O transporte da vítima e seus direitos
Tema 6 | Reações alérgicas
7
25
47
87
107
71
Sumário
Convite à leitura
Olá, aluno! Seja bem-vindo ao Tema 2 do Caderno de Atividades de Urgência e 
Emergência em Centros de Estética. Este tema é muito importante, pois nele você 
aprenderá a realizar a avaliação e a investigação primária de uma vítima. 
Você estudará sobre o que consiste a investigação e a avaliação primária da vítima, 
assim como os aspectos fundamentais na avaliação de uma vítima em potencial.
Você também estudará neste tema, a escala de coma de Glasgow, e verá que 
essa escala permite a interpretação e a classificação do trauma cranioencefálico.
O estudo deste tema também propiciará a você o conhecimento das condutas 
frente às vítimas de crise convulsiva, amputação e acidentes com ofídicos, além das 
técnicas de atendimento a uma vítima de crise convulsiva.
Você verá que o atendimento de primeiros socorros apropriado, correto e 
imediato pode até salvar vidas, ou pelo menos, diminuir os traumas e possíveis 
sequelas desses acidentes.
Tema 1
Assistência de qualidade nos 
primeiros socorros
Para um atendimento de qualidade é fundamental que o socorrista detenha certos 
conhecimentos e possua características próprias que o faça agir adequadamente em 
condições de urgência e emergência. 
Todas as vítimas têm o direito ao melhor atendimento possível, sendo o respeito e 
aceitação dos direitos das vítimas essenciais para o devido atendimento (BERGERON 
et al., 2007).
A seguir serão discutidos indicadores de estado, pontos fundamentais que 
devem ser observados no atendimento de uma vítima e que fornecem informações 
que apontam para a gravidade das lesões, bem como norteiam os cuidados 
assistenciais indicados nas diferentes situações críticas.
Escala de Glasgow
É uma escala universal que tem como objetivo identificar o nível de consciência 
de uma pessoa. A escala contém pontuação de três a quinze, sendo quanto menor 
o número, maior a gravidade que o caso apresenta (SOUSA, 2010).
A escala avalia três parâmetros: abertura ocular, melhor resposta verbal e 
melhor resposta motora. Somam-se os resultados encontrados em cada um 
desses parâmetros, conforme sinais representados a seguir: (BARBIERI, 2002; 
SOUSA, 2010).
Abertura ocular:
4 – Olhos abrem espontaneamente.
3 – Olhos se abrem ao comando verbal.
2 – Olhos se abrem por estimulo doloroso.
1 – Olhos não abrem.
POR DENTRO DO TEMA
Urgência e emergência em centros de estética
T1
8
Melhor resposta verbal:
5 – Orientado.
4 – Confuso.
3 – Palavras inapropriadas.
2 – Sons ininteligíveis.
1 – Ausente.
Melhor resposta motora:
6 – Obedece a ordens verbais.
5 – Localiza estimulo doloroso.
4 – Retirada inespecífica à dor.
3 – Padrão flexor à dor (decorticação).
2 – Padrão extensor à dor (descerebração).
1 – Sem resposta motora.
Interpretação da Escala de Glasgow:
Pontuação total de 3 a 15, onde:
3 – Coma profundo (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo).
4 – Coma profundo.
7 – Coma intermediário.
11 – Coma superficial.
15 – Normalidade.
Classificação do Trauma Cranioencefálico:
3 – 8: Grave (necessidade de entubação imediata).
9 – 12: Moderado.
13 – 15: Leve.
Existe ainda uma escala de Glasgow adaptada a pediatria, essa escala se 
diferencia da escala do adulto principalmente no que tange à resposta verbal, uma 
vez que, dependendo da idade da criança a fala pode ainda estar ausente.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
9
Visão
É importante verificar se a visão está turva, embaçada, se os olhos estão doloridos 
ou vermelhos, se há acuidade visual e o estado das pupilas (SOUSA, 2010).
As alterações pupilares podem ser indicativas de uma série de anormalidades, 
como, por exemplo, lesões em coluna e sistema nervoso, óbito, uso de drogas, 
choques elétricos.
• Isocóricas: pupilas normais – fotorreagentes, ou seja, reagem à luz 
dilatando-se em situações onde haja pouca luz.
• Mióticas: pupilas contraídas – contraem quando não há estímulos externos 
verbais, sensoriais e sensitivos. Indicativa de alterações profundas do nível 
de consciência, por exemplo, em estado de coma ou em uso de algumas 
medicações.
• Midriáticas: pupilas dilatadas – ocorre em disfunção cerebral grave, os 
músculos relaxam, há liberação dos esfíncteres, por exemplo, óbito, uso de 
drogas, choque elétrico, hemorragias.
• Anisocóricas: pupilas diferentes – ocorrem em casos de disfunção 
cerebral severa, como em traumatismo crânioencefálico, lesão da coluna 
(BERGERON et. al., 2007; GARCIA et. al., 2005; SOUSA, 2010).
Fonte: Ebsco. 
Figura 2.1 – Midríase e Miose. Pupilas anisocóricas. Pupila direita dilatada (midriática) e 
pupila esquerda contraída (miótica)
Audição
É essencial investigar a ocorrência de zumbidos, sangramentos e obstruções. A 
audição pode estar preservada nas mais diferentes situações, como em situações de 
coma, desmaios e acidentes. Os sons ouvidos nesses momentos são armazenados 
no cérebro da vítima e podem ou não vir à tona posteriormente (SOUSA, 2010).
Tato
Investigar nas mãos a presença de sangramentos, edema, perfusão, amputações 
Urgência e emergência em centros de estética
T1
10
e alterações motoras e de sensibilidade que podem indicar alterações na coluna 
(SOUSA, 2010).
Nariz
Buscar por sangramento, deformidades e obstruções. Um sangramento nasal 
pode ocorrer em virtude de uma fratura local, mas também pode indicar uma 
fratura de crânio (BARBIERI, 2002; BERGERON et al., 2007).
Boca
Procurar por obstruções (objetos estranhos e próteses), sangramento, lesões, 
dentes quebrados e alterações no hálito.
Fonte: Ebsco. 
Fonte: Ebsco. 
Figura 2.2 – Cavidades Sinusais.
Figura 2.3 - Lesão de língua e procedimento de sutura.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
11
Aspecto da Pele
Observar a presença de sangramentos, lesões, edema, perfurações e alterações 
na coloração
A coloração da pele pode estar (MINOZZI; MARSON, 2010):
• Pálida: choque hipovolêmico, ataque cardíaco, hemorragia.
• Arroxeada (cianose): deficiência respiratória, arritmia cardíaca, hipóxia, 
envenenamentos.
• Amarelada (icterícia): doença hepática.
• Avermelhada (hiperemia): hipertensão, insolação, alergias, choque 
anafilático.
Descaracterização do Socorro
O socorrista deve estar atento para sinais de morte evidente, sinais característicos 
de morte em que não existe mais a necessidade de socorro. Sãosinais evidentes 
de óbito: carbonização, circulação póstuma de Brouardel (surgimento de veias 
ingurgitadas pelo corpo do cadáver, visíveis na pele), decapitação, esmagamento 
cefálico total, putrefação, rigor mortis e segmentação de tronco (SOUSA, 2010).
Início do Atendimento
Ao se iniciar qualquer tipo de atendimento é imprescindível que o socorrista 
proceda primeiramente, com uma investigação primária. Essa investigação consiste 
em avaliar o local do acidente a fim de identificar perigo iminente que possam 
Fonte: Ebsco.
Figura 2.4 – Trombose Venosa Profunda.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
12
desencadear novos acidentes ou mesmo agravar a situação já apresentada, bem 
como estabelecer as prioridades de atendimento conforme escala de gravidade. 
Essa rápida avaliação e a aplicação dos procedimentos de primeiros socorros são 
determinantes para a estabilidade da vítima. 
Moraes (2010, p. 31) coloca que “em nenhum momento a equipe de emergência 
deve se expor a risco e ser mais uma vítima”. Por isso é importante lembrar que no 
momento do atendimento e avaliação da vítima, o socorrista deve adotar sempre 
as precauções universais de seguranças.
Devemos estabelecer uma comunicação com a vítima, nos aproximando e 
tocando-a na região do tórax superior e clavícula, perguntando a ela se podemos 
ajudar. Neste momento é essencial que o examinador esteja a frente da vítima, 
sendo que essa técnica impede um ataque abrupto por parte da vítima, caso 
apresente alguma reação violenta. Esse procedimento permite uma rápida avaliação 
da responsividade da vítima, ou seja, se a vítima responder, você estará diante de 
uma vítima consciente (existe respiração e batimento cardíaco), se a vítima não 
responder, você estará diante de uma vítima inconsciente (FIGUEIREDO; VIEIRA, 
2009; SOUSA, 2010; MORAES, 2010).
É necessário realizar um exame neurológico rápido, avaliando-se o nível de 
consciência da vítima e suas funções motoras e sensoriais. O mais indicado é 
perguntar o nome da pessoa, o que aconteceu, onde ela sente dor e pedir que 
movimente algum dedo e verifique se sente os membros inferiores (SOUSA, 2010).
O pulso pode ser verificado na região radial (vítima consciente) e na região 
carotídea (vítima inconsciente), e a respiração pode ser verificada através da 
inspeção da expansibilidade do tórax. Deve-se avaliar também a amplitude e 
coordenação dos movimentos, procurando identificar letargia, movimentos 
involuntários, plegias entre outras alterações. 
A partir daí o socorrista deve proceder com uma inspeção cefalocaudal (da 
cabeça aos pés), devendo procurar no corpo da vítima sinais de sangramento, 
abaulamentos, depressões e fraturas (SOUSA, 2010).
Na avaliação primária de qualquer vítima é essencial que se avalie pelo menos 
dois sinais vitais (pulso e respiração), pois esses sinais nos trazem informações 
importantes sobre a condição cardíaca e pulmonar da vítima, bem como a 
estabilidade hemodinâmica do quadro.
Abordagem Primária – ABCDE
O método ABCDE, consiste na definição da sequência das medidas específicas 
e intervenções correspondentes a serem adotadas (MORAES, 2010):
Urgência e emergência em centros de estética
T1
13
A. Abrir vias aéreas: com proteção cervical.
B. Respiração: ver, ouvir e sentir a expansão pulmonar.
C. Circulação: verificar pulso carotídeo por dez segundos e controlar hemorragias.
D. Avaliar estado neurológico: nível de consciência.
E. Exposição da vítima: retirar vestimentas, controlar o ambiente e evitar a 
hipotermia.
Crise Convulsiva
“A convulsão é uma resposta a uma descarga elétrica anormal no cérebro que 
durante breve período de tempo deixa de funcionar e passa a enviar estímulos 
desordenados ao corpo” (MORAES, 2010, p. 64). 
Na epilepsia os neurônios sofrem dessa “pane elétrica” repetidas vezes (doença 
neurológica crônica).
Condutas:
1. Colocar a vítima em decúbito dorsal (barriga para cima).
2. Liberar vias aéreas lateralizando a cabeça da vítima.
3. Proteger a região craniana colocando um pano debaixo da cabeça.
4. Remover objetos que estejam ao seu redor e que possam causar ferimento. 
Não se opor aos movimentos da vítima.
5. Retirar próteses dentárias, caso estejam soltas, evitando assim obstrução das 
vias aéreas.
6. Retirar óculos, colares e outros objetos que possam ser quebrados ou 
machucar a vítima.
7. Não introduzir nenhum objeto na boca, ou colocar algum objeto entre os 
dentes, ou tentar segurar a língua, pois pode haver amputação involuntária ou 
lesões em cavidade oral.
8. Desapertar as roupas da vítima e deixar que ela se debata livremente.
9. Não dar a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
14
Após a crise convulsiva, a vítima pode apresentar sonolência, confusão mental, 
cefaleia e perda de memória momentânea, portanto, deve ser observada nesse 
momento e o repouso deve ser indicado. (GARCIA et. al., 2005; MINOZZI; 
MARSON, 2010).
Animais Peçonhentos
“Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se 
comunicam com dentes ocos, ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa 
ativamente” (SOUSA, 2010, p. 93). São exemplos: serpentes, aranhas, escorpiões, 
lacraias, abelhas e vespas.
Fonte: www.theguardian.com Fonte: directorsblog.health.azdhs.gov
Figura 2.5 – Aranha Figura 2.6 – Escorpião.
Acidente Ofídico
A gravidade do acidente depende da quantidade de veneno inoculado e da 
rapidez do atendimento (MORAES, 2010). 
Seus mecanismos de ação são:
• Ação inflamatória aguda.
• Ação coagulante: incoagulabilidade sanguínea.
• Ação hemorrágica.
• Ação miotóxica: leva a necrose muscular.
• Ação neurotóxica.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
15
Fonte: httpwww.clickgratis.com.br
Figura 2.7 – Cobra.
Condutas (SOUSA, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010):
1. Lavar o local da picada com água e sabão.
2. Manter a vítima em decúbito dorsal, evitando que se movimente para não 
favorecer a absorção do veneno.
3. Se a picada estiver localizada em membro superior ou inferior, mantenha-os 
em posição mais elevada. Retirar anéis, pulseiras, relógios e outros adornos.
4. Não impedir a circulação com torniquete, pois isso pode causar gangrena, 
necrose da região afetada ou ainda óbito através de coágulos que, depois da 
retirada do torniquete, ganham a corrente sanguínea e podem obstruir locais onde 
não serão diluídos.
5. Não perfurar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção 
no local do ferimento, nem aplicar folhas, pó de café ou terra para que não haja 
infecção.
6. Não aplicar nenhuma substância sobre o ferimento da vítima, entre elas 
aguardente, querosene, ou fumo, como é de costume em algumas regiões do 
país.
7. Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que 
possa receber o soro em tempo hábil.
8. Observar a vítima; caso apresente parada cardiorrespiratória, executar a 
reanimação cardiopulmonar (RCP).
9. Se possível, descreva o animal agressor para que os profissionais possam 
localizar o antídoto correto. Caso o animal esteja morto e tenha condições, leve-o 
para facilitar o diagnóstico, porém faça com cuidado e se preservando para não 
ser mais uma vítima.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
16
10. Nenhum remédio caseiro substitui o soro antiofídico e somente o local 
apropriado de saúde pode sanar esse problema.
11. Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, a vítima deve ser 
medicada nas primeiras horas após o acidente.
Amputação
Ocorre quando há separação de uma parte do corpo, denominada peça 
(SOUSA, 2010). 
Essa amputação pode ser total, quando todo o membro se separa do corpo, 
ou parcial, quando algumas partes do membro permanecem ligadas ao corpo. O 
reimplante é possível em até 6 horas após a amputação.
Fonte: Ebsco.
Figura 2.8 – Amputação Abaixo do Joelho.
Conduta (SOUSA, 2010; MORAES, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010):
Estancar a hemorragia.
• Envolver a peça em uma gaze ou compressa.
• Colocara peça num saco plástico.
• Colocar o saco plástico em outro com água.
• Este outro com água num recipiente com gelo.
• A peça deve estar resfriada, mas nunca congelada, pois a vasoconstrição 
impedirá o reimplante.
• Caso não seja possível realizar estes procedimentos, enrolar a peça na 
roupa da vítima e a encaminhar o mais rápido possível ao hospital.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
17
Os cuidados com a parte amputada têm como objetivo manter os tecidos em 
condições favoráveis para um posterior reimplante (GARCIA et al., 2005).
Departamento de Atenção Básica (DAB)
Acesse o site do Departamento de Atenção Básica (DAB). Você terá acesso ao 
Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde (caderno n° 22 – Zoonoses). 
No capítulo cinco você encontrará os acidentes por animais peçonhentos, desde 
os cuidados em primeiros socorros até o tratamento e as medidas de controle.
Link para aesso: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/
abcad22.pdf>. Acesso em: 07 out. 2015.
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Leia o artigo: Sistematização da Assistência de Enfermagem: acidente por 
Loxosceles gaucho. O artigo aborda o relato de experiência na sistematização 
da assistência de enfermagem, realizado em um hospital de ensino, com uma 
paciente vítima de acidente por aranha do gênero Loxosceles gaucho.
Link: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S0034-71672009000600022>. Acesso em: 07 out. 2015.
Escala de coma de Glasgow e qualidade de vida pós-trauma cranioencefálico
Leia o artigo: Escala de coma de Glasgow e qualidade de vida pós-trauma 
cranioencefálico. O artigo avalia o desempenho de diferentes escores da Escala de 
Coma de Glasgow pós trauma perante a qualidade de vida e mudança percebida 
do estado de saúde após um ano do evento traumático.
Link: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002012000300008&lang=pt>. Acesso em: 07 out. 2015.
Epilepsia - diferentes fases da vida 2
Assista ao vídeo da UNIFESP. Epilepsia - diferentes fases da vida 2. A aula da Profa. 
Paula Fernandes (UNIFESP) aborda as questões psicossociais do portador de 
epilepsia.
Link: <https://www.youtube.com/watch?v=u4rS4vFLzhY>. Acesso em: 07 out. 
2015.
ACOMPANHE NA WEB
Urgência e emergência em centros de estética
T1
18
Tempo: 16:07
Minha Vida
Assista ao vídeo da “Minha Vida”. O vídeo traz informações importantes sobre a 
prevenção e tratamento da epilepsia. Epilepsia: saiba por que acontecem as crises 
de convulsão.
Link: <https://www.youtube.com/watch?v=A44cG99X3zI>. Acesso em: 07 out. 
2015.
Tempo: 3:00
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará 
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os 
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Todos os dias milhares de pessoas passam mal ou sofrem algum tipo de acidente, 
portanto, é muito comum que o socorrista se depare com situações de risco 
iminente à vida. Contudo, antes de prestar assistência à saúde, é fundamental que 
seja realizada uma investigação primária da cena e da situação das vítimas. Com 
base em seus conhecimentos e experiências prévias, discorra sobre a importância 
da investigação primária.
Questão 2
Em relação às condutas no atendimento de acidentes com ofídios (serpentes), o 
socorrista deve evitar:
a) Fazer a sucção com a boca no local da ferida.
b) Lavar o local da ferida com água e sabão.
c) Manter o membro afetado em repouso.
d) Retirar adornos do membro afetado (relógios, aliança).
e) Encaminhar a vítima para o pronto atendimento.
AGORA É A SUA VEZ
Urgência e emergência em centros de estética
T1
19
Questão 3
O diâmetro pupilar fornece informações importantes que podem apontar desde 
lesões do sistema nervoso até casos de envenenamento e intoxicação. A anisocoria 
(pupilas de diâmetros diferentes) pode estar associada a:
a) Uso de álcool.
b) Óbito.
c) Choque elétrico.
d) Traumatismo crânioencefálico.
e) Dispneia.
Questão 4
Uma das principais preocupações no atendimento de vítimas de amputação 
traumática está relacionada aos cuidados que possibilitem o reimplante do 
membro lesionado. Nesse sentido, quais as condutas indicadas no atendimento 
de um caso de amputação traumática?
Questão 5
Um homem de 22 anos vítima de acidente automobilístico apresenta evidências de 
traumatismo cranioencefálico. Ao exame neurológico apresenta abertura ocular 
apenas por estímulo doloroso, resposta verbal com sons ininteligíveis e resposta 
motora com padrão extensor à dor (descerebração). Estabeleça sua pontuação 
na escala de Glasgow, interprete o resultado e aponte sua classificação de trauma 
cranioencefálico.
Urgência e emergência em centros de estética
T1
20
Urgência e emergência em centros de estética
T1
21
Neste tema você aprendeu sobre as condutas iniciais no atendimento de 
qualquer vítima. Esses conhecimentos representam o alicerce para atuação 
qualificada e organizada do socorrista. Foram abordadas algumas situações que 
frequentemente geram demanda por assistência em saúde, contudo, é importante 
que você busque nas referências outros conteúdos que embasem o cuidado em 
situações especiais.
FINALIZANDO
Urgência e emergência em centros de estética
T1
22
Urgência e emergência em centros de estética
T1
23
BARBIERI, Renato L. S.O.S: cuidados emergenciais. 1. Edição, São Paulo: Rideel, 
2002.
BERGERON, J. David et al. Primeiros Socorros. 2. Edição, São Paulo: Atheneu, 2007.
COLICIGNO, P. R. C. Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
ERHART, E. A. Elementos da anatomia humana - noções gerais. 5. ed. São Paulo: 
Atheneu, 1976.
FIGUEIREDO, NÉBIA Maria Almeida de; VIEIRA, Álvaro Alberto de Bittencourt. 
Emergência: atendimento e cuidados de enfermagem. 3. Edição. São Caetano do 
Sul/SP: Yendis, 2009.
FORNAZEIRO, C. C.; GIL, C. R. R. Novas tecnologias aplicadas ao estudo da 
anatomia humana. Revista Brasileira da Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 27, n. 
2, maio/ago. 2003.
GARCIA, Sérgio Britto, et. al. Primeiros Socorros: fundamentos e praticas na 
comunidade, no esporte e ecoturismo. 1. Edição, São Paulo: Atheneu, 2005.
JUNG, F. T; EARLE, E. C. Anatomy and phisiology. An introduction to anatomy and 
physiology. 3. ed. FA Philadelphia: Davi company, 1995.
KAMIMURA, Helayne Mika; PAIVA, Bianca Sakamoto Ribeiro; AYRES, Jairo Aparecido. 
Sistematização da Assistência de Enfermagem: acidente por Loxosceles gaucho. 
Rev. bras. enferm. vol.62 no.6 Brasília Nov./Dec. 2009. Disponível em: <http://
dx.doi.org/10.1590/S0034-71672009000600022>. Acesso em: 06 nov. 2015. 
MARTINS, Herlon. Emergências Clínicas: Abordagem Prática. 10ª Ed. Manole. 2015. 
MINHA VIDA. Epilepsia: saiba por que acontecem as crises de convulsão. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=A44cG99X3zI>. Acesso em: 07 out. 
2015. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: 
Zoonoses. Brasília - DF, 2009.
MINOZZI, Miguel Ângelo; MARSON, Runer Augusto. Primeiros Socorros. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
MORAES, Márcia Vilma G. de. Atendimento pré-hospitalar: treinamento da brigada 
de emergência do suporte básico ao avançado. 1. Edição, São Paulo: Iátria, 2010.
REFERÊNCIAS
T1
24 Urgência e emergência em centros de estética
SETTERVALL, Cristina Helena Costanti; SOUZA, Regina Marcia Cardoso de. Escala 
de coma de Glasgow e qualidade de vida pós-trauma cranioencefálico. Acta paul. 
enferm. vol.25 no.3 São Paulo 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/
S0103-21002012000300008>. Acesso em: 06 nov. 2015.
SOUSA, Lucila Meeiros Minichello de. Primeiros Socorros: Condutas Técnicas. 1. 
Edição, São Paulo: Iátria, 2010.
SOBOTTA, Johannes et al. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro, RJ: Guanabra 
- Koogan, 2006.
UNIFESP. Epilepsia - diferentes fases da vida 2. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=u4rS4vFLzhY>. Acesso em: 07 out. 2015. 
VAN DER GRAAF, KentM. Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 2003.
GLOSSÁRIO
Acuidade visual: capacidade de distinguir dois pontos muito próximos.
Ação neurotóxica: ação de uma neurotoxina, substância que altera a atividade 
normal do sistema nervoso de tal forma que causa bloqueio neuromuscular, do 
qual decorrem paralisias motoras.
Edema: extravasamento de líquido intercelular para o interstício (inchaço).
Fratura: “quebra” de osso, rompimento de osso.
Plegia: perda total de força muscular (paralisia).
Tema 2
Prestação de cuidados às 
hemorragias e queimaduras
“A hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, 
podendo ser hemorragia venosa, arterial ou ainda por um órgão” (SOUSA, 2010, pág. 
101).
Na ocorrência de uma hemorragia, o organismo inicia a liberação de algumas 
células com o objetivo de estancar esse sangramento. Essas células são as plaquetas, 
hemácias e a fibrina. Todavia este processo denominado coagulação, pode não 
ocorrer em alguns casos.
Mecanismo de Controle de Extravasamento Sanguíneo Corporal (MINOZZI; 
MARSON, 2010)
Na tentativa de controle da hemorragia e manutenção da homeostase, o 
organismo humano inicia algumas ações fisiológicas conforme abaixo:
• Contração do vaso - espasmo vascular – redução do fluxo sanguíneo.
• Formação de trombo plaquetário – as plaquetas (200.000 – 400.000 mm³ 
de sangue) aderem ao colágeno exposto do tecido injuriado.
• Coagulação sanguínea – ação dos pró-coagulantes junto ao colágeno 
(protrombina – trombina – filamentos de fibrina).
• Dissolução do coágulo e reconstituição do tecido normal.
Estancamento Hemorrágico
Para a contenção da hemorragia é formado um complexo conhecido como 
coágulo, trombo ou êmbolo. Este complexo formado a partir das células plaquetas, 
hemácias e fibrina, em condições patológicas, pode se deslocar e percorrer a 
corrente sanguínea obstruindo um vaso de menor calibre. Essa condição pode 
ocasionar infarto, acidente vascular, trombose ou embolia pulmonar (SOUSA, 2010). 
POR DENTRO DO TEMA
T2
26 Urgência e emergência em centros de estética
Além do processo de coagulação, o organismo realiza a vasoconstrição como 
forma de proteger o fluxo sanguíneo para órgãos fundamentais como o coração e 
o cérebro (BERGERON, 2007; MINOZZI; MARSON, 2010).
É importante frisar que a avaliação de gravidade da perda sanguínea deve se 
basear nos sinais, sintomas e cálculo do volume dessa perda. Na presença de sinais 
e sintomas de choque hipovolêmico, considerar sempre como uma hemorragia 
grave (BERGERON, 2007).
“O volume de sangue normal corresponde a 7% do peso ideal em adultos e de 
8% a 9% do peso ideal para as crianças” (MINOZZI; MARSON, 2010, pág. 29).
Hemorragia Externa 
A hemorragia externa consiste na exteriorização sanguínea pós um ferimento. 
Neste tipo de hemorragia o sangramento é evidente.
A hemorragia externa pode ser classificada como:
• Hemorragia arterial: O sangue jorra de uma artéria, frequentemente 
pulsando em sincronia com os batimentos cardíacos. A cor do sangue é 
vermelho vivo e uma grande quantidade de sangue pode ser perdida em 
curto espaço de tempo.
• Hemorragia venosa: O sangue flui de uma veia em fluxo regular, a cor do 
sangue é vermelho escuro.
• Hemorragia capilar: O sangue escoa de uma rede de capilares, a cor é 
vermelho (normalmente menos vivo que o sangue arterial), o fluxo 
lento, característico de pequenos arranhões e cortes superficiais na pele. 
(BERGERON, 2007; MORAES, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010)
Nos cuidados de emergência, as hemorragias arteriais e as das veias de grande 
calibre merecem prioridade sobre as hemorragias venosas de pequeno calibre e 
hemorragias de capilares (BERGERON, 2007).
Conduta:
• Compressão local. Consiste em se aplicar uma gaze estéril ou tecido limpo 
sobre o ferimento e exercer compressão manual do local. Mesmo que a 
gaze ou tecido venha a ficar saturada de sangue, não deve ser retirada, 
pois esse procedimento pode lesar o tecido e promover o sangramento. 
A melhor conduta nestes casos é aplicar uma nova compressa sobre a 
primeira e manter a pressão.
• Elevação do membro. A elevação do membro acima do nível do coração 
reduz o fluxo sanguíneo para a ferida. Deve ser realizada em conjunto 
T2
27Urgência e emergência em centros de estética
com a compressão direta, e não deve ser utilizada nos casos onde houver 
suspeita de fratura, lesão raquimedular ou objetos cravados no membro;
• Compressão indireta de pontos determinados (compressão de pontos 
arteriais). Consiste na realização de pressão nos pontos arteriais próximos 
à lesão. Deve ser realizada apenas nos casos onde a compressão local e a 
elevação do membro forem insuficientes para o estancamento e controle 
do sangramento, e não está indicada nos casos onde houver suspeita de 
fratura; (SOUSA, 2010; MORAES, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010).
Hemorragia Interna
A hemorragia interna ocorre geralmente em decorrência de traumas de órgãos 
internos. Neste tipo de hemorragia não há exteriorização sanguínea o que pode 
tornar o sangramento mais difícil de ser detectado.
A hemorragia interna pode variar desde simples hematomas a sérios problemas 
que envolvem risco de morte. Pode ser séria ao ponto de levar à vítima a morte 
em segundos ou em outros casos, igualmente sérios, a morte pode ocorrer após 
minutos ou mesmo horas (BERGERON, 2007).
A identificação deste tipo de hemorragia exige a pesquisa da história do acidente 
relacionando-o ao mecanismo do trauma, bem como a relação dos sinais e 
sintomas apresentados pela vítima.
Sintomatologia (MORAES, 2010; SOUSA, 2010):
• Pulso fraco e taquicardia;
• Sudorese;
• Palidez cutânea intensa;
• Mucosas descoradas;
• Sede;
• Lipotímia e tontura;
• Vômitos ou náuseas;
• Inconsciência;
• Hipotensão;
• Ansiedade e inquietação;
• Parada cardiorrespiratória (casos graves);
T2
28 Urgência e emergência em centros de estética
Conduta:
• Acomodar a vítima em decúbito dorsal;
• Se a hemorragia ocorrer na região da cabeça, esta deve ser um pouco 
elevada;
Epistaxe
Hemorragia da cavidade nasal, na qual existe um rompimento de vasos 
capilares. Comum em casos de exposição a altas temperaturas, traumas, cefaléias, 
hipertensão entre outras (SOUSA, 2010).
A epistaxe pode ser classificada como anterior e posterior sendo que em 90% 
dos casos é anterior e frequentemente atinge crianças e adultos jovens enquanto 
a posterior é mais frequentemente encontrada em pessoas acima de 40 anos ou 
hipertensos (MORAES, 2010).
Conduta (SOUSA, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010):
• Comprimir as narinas por cerca de três minutos;
• Não inclinar a cabeça da vítima para trás a fim de evitar que o sangue seja 
ingerido ou aspirado;
• A vítima deve ser mantida sentada com a cabeça levemente inclinada para 
frente;
• A aplicação de compressas frias sobre a face pode auxiliar no controle do 
sangramento;
Crânio
As hemorragias aqui são altamente delicadas e geralmente graves, não se deve 
comprimir o local, uma vez que, é importante que esse sangue possa fluir de modo 
a evitar a compressão do cérebro e futuras lesões do sistema nervoso (SOUSA, 
2010; MINOZZI; MARSON, 2010).
Conduta:
Em lesões superficiais pode-se aplicar compressão local, contudo, se a lesão 
for profunda ou penetrante, deve-se deixar o sangue fluir sem comprimir o local, 
evitando assim que coágulos se acumulem no interior do crânio;
Em caso se exposição de massa cefálica, não se deve tentar colocar o conteúdo 
cerebral novamente no crânio, isso pode originar graves infecções;
T2
29Urgência e emergência em centros de estética
Pulmonar
A hemorragia pulmonar é denominada hemotórax. Nesse tipo de hemorragia 
a compressão deve ser aplicada com cautela de modo a não prejudicar a 
expansibilidade pulmonar, fraturar ou deslocar costelas já fraturadas.
Sintomatologia:
• Ausência de murmúrio vesicular (som pulmonar normal);
• Dispnéia progressiva;
• Vasoconstrição periférica;
• Sinais de hipovolemia: palidez cutânea, hipotensão arterial e taquicardia;
• Convergênciada pressão arterial (pressão diastólica e sistólica muito 
próximas);
• Alteração no nível de consciência (MORAES, 2010);
As hemorragias são uma importante causa de morte em nosso país. Os quadros 
hemorrágicos muitas vezes ocorrem em decorrência de acidentes de trânsito, 
violência ou mesmo descompensação e agravamento de doenças clínicas. É 
importante que saibamos diferenciar seus tipos e que possamos agir de modo 
seguro e ágil, uma vez que, em se tratando de hemorragias, tempo é vida!
“Queimadura é toda lesão ocasionada no organismo humano pela ação curta 
ou prolongada de temperaturas extremas sobre o corpo humano” (SOUSA, 2010, 
p. 111).
Principais Causas de Queimaduras
Térmicas: por calor (fogo, líquidos ferventes, vapores quentes, objetos sólidos 
superaquecidos ou incandescentes) e por frio (objetos congelados, gelo).
Químicas: inclui vários cáusticos, como substâncias ácidas e álcalis (soda 
cáustica, fenol e outras substâncias reagentes, como misturas de produtos 
químicos cujas fórmulas são desconhecidas pelos manipuladores);
• Elétricas: materiais energizados e descargas atmosféricas.
• Substâncias radioativas: materiais radioativos (exemplo: césio – 137);
• Luz intensa: atinge principalmente os olhos (radiações infravermelhas e 
ultravioletas naturais do sol ou de equipamentos);
• Agentes biológicos: seres vivos como, por exemplo, taturanas, águas-vivas, urtigas.
T2
30 Urgência e emergência em centros de estética
Fonte: BERGERON, 2007; MORAES, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010, SOUSA, 
2010.
Classificação das Queimaduras
São classificadas principalmente quanto à profundidade e extensão das áreas 
morfológicas acometidas.
Em relação à profundidade, são caracterizadas em graus:
Queimadura de 1° Grau
Lesão da camada superficial da pele (epiderme). Apresenta-se como uma 
hiperemia, provocando dor, ardor e ressecamento da pele, não apresenta bolhas. 
A cicatrização em geral ocorre de dois a sete dias com a descamação da pele. 
Exemplo: queimadura por raios solares.
Conduta:
Resfriar o local com água (temperatura de 35,5 a 36°C) (SOUSA, 2010).
Queimadura de 2° Grau
Queimaduras que atingem camadas mais profundas da pele (epiderme e parte 
da derme), geralmente com surgimento de bolhas e desprendimento das camadas 
da pele, com presença de dor e ardência local. A cicatrização em geral ocorre em 
10 a 14 dias, em condições normais (sem infecção).
Esse tipo de lesão é mais grave e pode gerar desidratação pela perda de água, 
bem como deixar o organismo suscetível a infecções, uma vez que o dano a pele 
favorece a entrada de agentes infecciosos.
Conduta:
Aplicação de compressas umedecidas com água tépida no local e providenciar 
assistência médica imediatamente (SOUSA, 2010).
Queimadura de 3° Grau
As lesões atingem todas as camadas da pele, tecido subcutâneo, músculos 
profundos, vasos e nervos, e pode chegar à necrose do tecido ósseo. 
Nesse grau de queimadura a vítima sente pouca ou nenhuma dor, pois as 
T2
31Urgência e emergência em centros de estética
terminações nervosas sensitivas que se encontram abaixo da epiderme foram 
destruídas (MINOZZI; MARSON, 2010; MORAES, 2010; SOUSA, 2010).
A queimadura de 3° grau é o tipo mais grave de queimadura e representa 
grande risco para a vítima, sobretudo se atingir grande extensão do corpo. A pele 
em geral se apresenta seca, dura, escurecida ou esbranquiçada, ladeada por áreas 
de eritema. A cicatrização em geral ocorre pelo crescimento epitelial a partir das 
bordas da ferida ou através do autoenxerto (MINOZZI; MARSON, 2010; MORAES, 
2010; SOUSA, 2010).
Condutas:
• Manter a vítima em decúbito dorsal;
• Lavar bem as mãos antes de tratar das queimaduras, para que não haja 
infecções;
• Cortar todas as roupas que estão perto da região queimada, caso não 
estejam aderidas;
• Resfriar a região afetada com água tépida;
• Não deslocar ou retirar a roupa aderida ao corpo, para não aumentar 
as ulcerações. Cobrir as úlceras com gaze ou pano limpo, sem apertar, 
umedecendo continuamente. Não utilizar outro tipo de material, pois pode 
aderir e piorar ainda mais o estado da vítima;
• Nunca furar as bolhas nem tocar nas partes queimadas. Isso pode causar 
infecção e piora do estado da vítima;
• Não aplicar nenhuma substância sobre a queimadura, que não seja 
hidratante (água ou soro fisiológico) (SOUSA, 2010).
Classificação em Relação à Área Atingida
Para a classificação em relação à extensão da queimadura, utilizamos a 
ferramenta da porcentagem através da regra dos nove. Esta regra permite estimar 
a superfície corporal total queimada, dividindo o corpo humano em 12 regiões 
– 11 delas equivalem a 9% cada uma, e a última, a região genital equivale a 1% 
(MINOZZI; MARSON, 2010).
Note que no cálculo da estimativa da extensão da queimadura alcançamos 
como máximo 101%, isto ocorre por se tratar de uma estimativa. Existem 
referências que não atribuem porcentagem específica a área do pescoço (no 
adulto) incluindo essa área junto aos 9% da cabeça. Outras referências também 
não atribuem porcentagem específica a área genital da criança, incluindo essa 
área nos 18% do tórax e abdome (parte anterior), totalizando assim os 100%. Por 
T2
32 Urgência e emergência em centros de estética
considerar essas áreas como essenciais na avaliação da vítima queimada, vamos 
considerá-las individualmente como 1% de área, trabalhando com uma estimativa 
máxima de área queimada de 101%.
Regra da Palma da Mão
Moraes (2010), Bergeron (2007) e Garcia et al. (2005) concernem à técnica que 
consiste em avaliar a extensão da queimadura medindo a área queimada com a 
palma da mão. Geralmente a palma da mão de um indivíduo representa 1% da 
superfície corporal, portanto, a técnica consiste em se estimar a área queimada 
calculando-se o “número de palmas”. 
Queimaduras Térmicas
São as queimaduras ocasionadas pelo calor ou frio.
Condutas:
Caso apresente chamas nas vestimentas, procurar abafar o fogo com um 
tecido, toalha ou capa a partir do pescoço em direção aos pés, em seguida retirá-
las quando não estiverem aderidas à pele. Não jogar água ou utilizar extintor para 
apagar as chamas, essa atitude pode provocar mais lesões;
• Colocar a vítima em decúbito dorsal, economizando energia para que se 
recomponha mais rapidamente;
• Colocar compressa com água tépida ou soro fisiológico sobre as superfícies 
atingidas. Não aplicar gelo, pois ele pode lesar ainda mais a área queimada;
• Retirar das extremidades anéis, pulseiras, relógios ou jóias antes que o 
membro edemacie;
Fonte: Extensão da queimadura no adulto (SOUSA, 2010) e extensão da queimadura na criança (BERGERON, 2007).
Tabela 1 - Extensão da Queimadura
Superfície Corporal
Região Localização % em adultos % em crianças
Cabeça Região cefálica 9 18
Pescoço Sustentação da cabeça 1 -
Membro superior esquerdo Braço + antebraço 9 9
Membro superior direito Braço + antebraço 9 9
Tórax e abdome Parte anterior 18 18
Tórax e região lombar Parte posterior 18 18
Genitália Púbis 1 1
 Membro inferior esquerdo Coxa + perna 18 14
Membro inferior direito Coxa + perna 18 14
T2
33Urgência e emergência em centros de estética
• Caso a queimadura comprometa a face ou se houver possibilidade de que 
a vítima tenha inalado fumaça ou gases, dar especial atenção às vias aéreas 
e à respiração;
• Se houver queimadura nos olhos, devem ser cobertos com gaze umedecida 
em água ou soro fisiológico;
• No caso de queimaduras em mãos e pés, separar os dedos com pequenos 
rolos de gaze umedecida antes de cobri-los para que não haja aderência 
dos dedos;
• Nunca romper bolhas, pois elas protegem a pele;
• Nunca dar qualquer tipo de líquido a vitima (ex. bebida alcoólica), isso pode 
interferir no processo natural de homeostase (equilíbrio do organismo).
• Cobrir a vítima para evitar hipotermia; vítimas com queimaduras em mais de 
30% do corpo tendem a apresentar hipotermia (MINOZZI; MARSON, 2010; 
MORAES, 2010; SOUSA, 2010);
Queimaduras por Agentes Químicos
Condutas:
• Antes dos cuidados aos ferimentosé necessário remover a substância 
impregnada nas roupas e no corpo da vítima. Para isso é necessário lavar o 
local queimado com água em abundância (20 minutos) e retirar as roupas 
da vítima. 
• É importante que o líquido utilizado para lavar o local (água ou soro 
fisiológico) não entre em contato com áreas que não foram atingidas pelo 
produto químico, por exemplo, se a queimadura foi no rosto apenas esse 
local deve ser irrigado, a vítima não deve ser colocada no chuveiro, pois a 
água irá espalhar a substância por todo o corpo da vítima.
• É essencial que o socorrista se proteja no momento do atendimento e 
utilize os equipamentos de proteção individual (luvas, óculos e vestimentas 
adequadas) para que não se exponha ao mesmo agente químico.
• O produto químico deve ser verificado, pois alguns produtos necessitam de 
antagonistas específicos, a fim de neutralizar a reação química que gerou a 
queimadura. Existem ainda algumas substâncias que podem reagir inclusive 
com a água, portanto, não se devem aplicar compressas ou gazes úmidas 
no local, esta atitude pode piorar a queimadura favorecendo uma reação 
química que produza calor (ex. o ácido sulfúrico) (MINOZZI; MARSON, 
2010; MORAES, 2010; SOUSA, 2010).
T2
34 Urgência e emergência em centros de estética
Queimaduras por Eletricidade
Tais queimaduras em geral são de 3° grau, podendo inclusive levar a carbonização 
da área afetada. Esse tipo de queimadura pode gerar ainda a parada cardíaca, 
danos ao sistema nervoso central, traumas a órgãos internos e até mesmo fraturas 
(BERGERON, 2007; MINOZZI; MARSON, 2010).
Condutas:
• Observar riscos iminentes: verificar se a energia foi cortada e escoada antes 
de abordar a vítima. No caso de acidentes próximos à rede elétrica de alta 
tensão, ficar distante do local pelo menos 20 metros, só se aproximar após 
autorização de funcionários da companhia elétrica;
• Se houver fios chicoteando, tentar estabilizá-lo utilizando algum material 
isolante, como por exemplo: madeira;
• Desligar a tomada ou chave geral da corrente elétrica;
• Considere fios caídos sempre como energizados;
• Realizar a análise primária da vítima, observando atentamente a qualidade e 
frequência do pulso (arritmias podem estar presentes neste caso);
• Tratar as queimaduras. Verificar, ao menos, dois possíveis locais de lesão, 
um onde a vítima entrou em contato com a fonte de energia (a mão é 
o mais comum) e outro o local onde a energia deixou o corpo (mais 
frequentemente um pé);
• Considerar a vítima de choque elétrico sempre como uma vítima de trauma 
grave, ainda que não haja sinais externos que o indiquem;
• Acionar o resgate e providenciar a remoção para avaliação médica 
(MINOZZI; MARSON, 2010; FIGUEIREDO; VIERA, 2009);
Queimaduras nos Olhos
Podem ocorrer principalmente pelo contato com substâncias como ácidos, 
álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo e chama elétrica 
(FIGUEIREDO; VIEIRA, 2009).
Condutas:
• Lavar os olhos com bastante água ou soro fisiológico, por 20 minutos;
• Durante a lavagem do olho, manter sempre o olho atingido virado para 
baixo a fim de evitar que o líquido de irrigação atinja o outro olho, o que 
pode transmitir o agente lesivo;
T2
35Urgência e emergência em centros de estética
• Ocluir os olhos com gaze ou pano úmido;
• Levar a vítima imediatamente para assistência especializada (FIGUEIREDO; 
VIEIRA, 2009; SOUSA, 2010);
Além da avaliação da extensão e tipo de queimadura, o socorrista deve se 
atentar ainda para outros fatores que interferem na gravidade de uma queimadura, 
tais como: localização da queimadura (exemplo: queimaduras em face podem 
obstruir as vias áreas superiores), complicações associadas (exemplo: fraturas), 
idade (exemplo: o idoso apresenta maior dificuldade em se recuperar das 
queimaduras) e enfermidades anteriores (exemplo: a diabetes, pode interferir na 
recuperação das queimaduras) (MINOZZI; MARSON, 2010).
Atualmente 50% dos queimados com mais de 80% da superfície corporal 
atingida sobrevivem, principalmente adolescentes e adultos jovens. De cada 100 
queimados três morrem em decorrência das complicações das queimaduras 
(MORAES, 2010).
A sobrevida desse tipo de vítima está muito associada à assistência prestada nos 
primeiros momentos após a queimadura, fato esse que corrobora a necessidade 
de aprofundamento no estudo do tema, principalmente no que se refere aos 
cuidados imediatos de uma queimadura.
ACOMPANHE NA WEB
O novo modelo da cascata de coagulação baseado nas superfícies celulares e 
suas implicações
Leia o artigo: O novo modelo da cascata de coagulação baseado nas superfícies 
celulares e suas implicações. O artigo analisa o papel das células no processo 
hemostático e procura construir um modelo de coagulação que melhor explique 
as hemorragias e tromboses in vivo.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S1516-84842010000500016>. Acesso em: 1 dez. 2015.
As bases moleculares da hemofilia A
Leia o artigo: As bases moleculares da hemofilia A. O artigo revisa as bases 
moleculares da hemofilia A, os métodos laboratoriais utilizados para a caracterização 
das mutações e as implicações clínicas envolvidas no diagnóstico molecular da 
T2
36 Urgência e emergência em centros de estética
hemofilia A.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S0104-42302009000200029>. Acesso em: 1 dez. 2015.
Ressuscitação hemostática no choque hemorrágico traumático: relato de caso
Leia o artigo: Ressuscitação hemostática no choque hemorrágico traumático: relato 
de caso. O artigo relata um caso em que a estratégia damage control (RDC) com 
ressuscitação hemostática foi usada com sucesso em paciente politraumatizada 
com choque hemorrágico grave.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
70942013000100008&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015.
Complicações da terapia anticoagulante com warfarina em pacientes com 
doença vascular periférica: estudo coorte prospectivo
Leia o artigo: Complicações da terapia anticoagulante com warfarina em pacientes 
com doença vascular periférica: estudo coorte prospectivo. O artigo estuda a 
freqüência de complicações em pacientes tratados com warfarina, acompanhados 
no Ambulatório de Anticoagulação da Faculdade de Medicina de Botucatu da 
Universidade Estadual Paulista.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
54492006000300007&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015.
Hemofilia: entenda a doença que compromete a coagulação do sangue
Assista ao vídeo de “Minha Vida”. Hemofilia: entenda a doença que compromete a 
coagulação do sangue. O vídeo aborda a hemofilia e o seu impacto na coagulação 
sanguínea. 
Link para aesso: <https://www.youtube.com/watch?v=Kaa5f8K6SuM>. Acesso 
em: 1 dez. 2015.
Tempo: 2:47
Como funciona a coagulação do sangue?
Assista ao vídeo do Instituto Abathon. Como funciona a coagulação do sangue? O 
vídeo traz a entrevista a Dra. Erica Okasaki (hematologista) que aborda a coagulação 
sanguínea.
Link para aesso: <https://www.youtube.com/watch?v=ehbOdF3nD7g>. Acesso 
em: 1 dez. 2015.
Tempo: 1:12
T2
37Urgência e emergência em centros de estética
Cascata da coagulação
Assista ao vídeo do Canal Hemofilia do Brasil. Cascata da coagulação. O vídeo 
aborda o processo da cascata de coagulação.
Link para aesso: <https://www.youtube.com/watch?v=PRkoJc-YehE>. Acesso em: 
1 dez. 2015.
Tempo: 2:50
Queimaduras oculares químicas: epidemiologia e terapêutica
Leia o artigo: Queimaduras oculares químicas: epidemiologia e terapêutica. 
O artigo avalia dados acerca da epidemiologia e tratamento inicial aplicado a 
pacientes vítimas de queimaduras oculares químicas.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27492000000500008&lang=p>. Acesso em: 1 dez. 2015.
Prevenção de queimaduras: percepção de pacientes e de seus familiares
Leia o artigo: Prevenção de queimaduras: percepção de pacientes e de seus 
familiares.O artigo investiga meios de prevenção de queimaduras identificados 
por pacientes vítimas de queimaduras e por seus familiares.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692003000100006&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015.
Planejamento da assistência a pacientes vítimas de queimaduras: relação entre 
os problemas registrados e cuidados prescritos
Leia o artigo: Planejamento da assistência a pacientes vítimas de queimaduras: 
relação entre os problemas registrados e cuidados prescritos. O artigo procura 
identificar os diagnósticos de enfermagem de pacientes adultos, admitidos em 
uma Unidade de Queimados, e analisar se haveria relação entre os diagnósticos 
identificados e os cuidados prescritos pelos enfermeiros.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342005000300004&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015.
Participação da equipe de enfermagem na assistência à dor do paciente queimado
Leia o artigo: Participação da equipe de enfermagem na assistência à dor do 
paciente queimado. O artigo procura refletir sobre a participação da equipe de 
enfermagem na assistência à dor do paciente queimado.
Link para aesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
00132011000400011&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015.
T2
38 Urgência e emergência em centros de estética
Médico fala sobre queimaduras
Assista ao vídeo do “Fala Espírito Santo”. Médico fala sobre queimaduras. Entrevista 
com o Dr. Ariosto Santos (cirurgião plástico) sobre prevenção de queimaduras.
Link para aesso: <https://www.youtube.com/watch?v=dJ1NfVugc6Y>. Acesso em: 
1 dez. 2015.
Tempo: 5:32
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará 
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os 
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Imagine que você se deparou com uma vítima que sofreu uma amputação 
traumática na qual existe sangramento ativo, em jatos e de cor vermelho vivo. Com 
base em suas experiências e conhecimentos prévios, como você assistiria essa 
vítima? Que condutas tomaria frente à necessidade do controle dessa hemorragia?
Questão 2
Uma prática muito usual há alguns anos, mas que hoje encontra - se reprovada 
enquanto conduta de atendimento a hemorragias, diz respeito a:
a) Aplicação de torniquete.
b) Compressão local com pano seco e limpo.
c) Elevação do membro quando possível.
d) Compressão de pontos arteriais.
e) Todas as anteriores são corretas.
Questão 3
A vítima que apresenta hiperemia generalizada, ardor e ressecamento na pele após 
longo período de exposição ao sol, apresenta uma queimadura classificada como:
AGORA É A SUA VEZ
T2
39Urgência e emergência em centros de estética
a) De 3° grau.
b) De 2° grau.
c) De 1° grau.
d) Profunda.
e) Superficial.
Questão 4
Existem diferentes formas de se classificar uma queimadura. Uma das formas é 
pelo agente causador. Nesse sentido, quais as principais causas de queimaduras?
Questão 5
Quais o sinais e sintomas indicativos de uma hemorragia interna?
T2
40 Urgência e emergência em centros de estética
T2
41Urgência e emergência em centros de estética
Nesta aula você aprendeu as especificidades dos principais tipos de hemorragias, 
bem como os cuidados específicos para o atendimento de cada uma destas 
hemorragias. Aprendeu ainda como funciona o mecanismo de controle de 
extravasamento sanguíneo corporal e as medidas de compensação de perdas 
sanguíneas. É imprescindível que o enfermeiro detenha esses conhecimentos a fim 
de prestar uma assistência de qualidade e em um curto espaço de tempo, uma vez 
que, em se tratando de hemorragias o tempo decorrente entre o atendimento e o 
estancamento do sangramento farão a diferença entre vida e morte para a vítima.
Nesta aula você também aprendeu sobre os principais tipos e classificações de 
queimaduras, bem como os diferentes cuidados prestados. Esses conhecimentos 
são imprescindíveis para que se possa prestar uma assistência de qualidade, com 
o mínimo de risco para você e para a vítima, além de proporcionar o melhor 
prognóstico possível com o menor número de complicações.
FINALIZANDO
T2
42 Urgência e emergência em centros de estética
T2
43Urgência e emergência em centros de estética
BERGERON, J. David. et al. Primeiros socorros. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
CANAL Hemofilia do Brasil. Cascata da coagulação. Vídeo. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=PRkoJc-YehE>. Acesso em: 1 dez. 2015. O vídeo 
aborda o processo da cascata de coagulação. (2 min 50 s).
FALA Espírito Santo. Médico fala sobre queimaduras. Vídeo. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=dJ1NfVugc6Y>. Acesso em: 1 dez. 2015. Entrevista 
com o Dr. Ariosto Santos (cirurgião plástico) sobre prevenção de queimaduras. (5 
min 32 s).
FERREIRA, Cláudia Natália et al. O novo modelo da cascata de coagulação baseado 
nas superfícies celulares e suas implicações. Revista Brasileira de Hematologia 
Hemoter, v. 32, n. 5, p. 416-421, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
rbhh/v32n5/aop101010.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo analisa o papel das 
células no processo hemostático e procura construir um modelo de coagulação 
que melhor explique as hemorragias e tromboses in vivo.
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; VIEIRA, Álvaro Alberto de Bittencourt. 
Emergência: atendimento e cuidados de enfermagem. 3. ed. São Caetano do Sul: 
Yendis, 2009.
GARCIA, Sérgio Britto et al. Primeiros socorros: fundamentos e práticas na 
comunidade, no esporte e ecoturismo. São Paulo: Atheneu, 2005.
INSTITUTO Abathon. Como funciona a coagulação do sangue? Vídeo. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=ehbOdF3nD7g>. Acesso em: 1 dez. 
2015. O vídeo traz a entrevista a Dra. Erica Okasaki (hematologista) que aborda a 
coagulação sanguínea. (1 min 12 s).
MENEGHETTI, Roberta Aparecida Silva et al. Planejamento da assistência a 
pacientes vítimas de queimaduras: relação entre os problemas registrados 
e cuidados prescritos. Rev. Esc. Enferm. USP, v. 39, n. 3, p. 268-279, 2005. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342005000300004&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo procura 
identificar os diagnósticos de enfermagem de pacientes adultos, admitidos em 
uma Unidade de Queimados, e analisar se haveria relação entre os diagnósticos 
identificados e os cuidados prescritos pelos enfermeiros.
MINHA Vida. Hemofilia: entenda a doença que compromete a coagulação do sangue. 
Vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Kaa5f8K6SuM>. 
REFERÊNCIAS
T2
44 Urgência e emergência em centros de estética
Acesso em: 14 out. 2015. O vídeo aborda a hemofilia e o seu impacto na coagulação 
sanguínea. (2 min 47 s).
MINOZZI, Miguel Ângelo; MARSON, Runer Augusto. Primeiros socorros. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
MORAES, Márcia Vilma G. de. Atendimento pré-hospitalar: treinamento da brigada 
de emergência do suporte básico ao avançado. São Paulo: Iátria, 2010.
NETO, José Osvaldo B. et al. Ressuscitação hemostática no choque hemorrágico 
traumático: relato de caso. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 63, n. 1, p. 103-
106, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rba/v63n1/v63n1a08.pdf>. 
Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo relatar um caso em que a estratégia damage 
control (RDC) com ressuscitação hemostática foi usada com sucesso em paciente 
politraumatizada com choque hemorrágico grave.
NOIA, Luciana da Cruz; ARAUJO, Ana Helena Garcia de; MORAES, Nilva S. Bueno de. 
Queimaduras oculares químicas: epidemiologia e terapêutica. Arquivos Brasileiros 
de Oftalmologia, v. 63, n. 5, p. 369-373, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492000000500008&lang=pt>. 
Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo avalia dados acerca da epidemiologia e tratamento 
inicial aplicado a pacientes vítimas de queimaduras oculares químicas.
PIO, S. F.;OLIVEIRA, G. C.; REZENDE, S. M. As bases moleculares da hemofilia 
A. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 55, n. 2, p. 213-219, 2009. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/ramb/v55n2/29.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo revisa 
as bases moleculares da hemofilia A, os métodos laboratoriais utilizados para a 
caracterização das mutações e as implicações clínicas envolvidas no diagnóstico 
molecular da hemofilia A.
ROSSI, Lídia Aparecida et al. Prevenção de queimaduras: percepção de pacientes 
e de seus familiares. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 11, n. 1, p. 36-42, 2003. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692003000100006&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo investiga meios 
de prevenção de queimaduras identificados por pacientes vítimas de queimaduras 
e por seus familiares.
SANTOS, Fernada Cardoso et al. Complicações da terapia anticoagulante com 
warfarina em pacientes com doença vascular periférica: estudo coorte prospectivo. 
J. Vasc. Bras., v. 5, n. 3, p. 194-202, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492006000300007&lang=pt>. 
Acesso em: 1 dez. 2015. O artigo estuda a frequência de complicações em pacientes 
tratados com warfarina, acompanhados no Ambulatório de Anticoagulação da 
Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista.
T2
45Urgência e emergência em centros de estética
SILVA, Bruna Azevedo da; RIBEIRO, Flávia Alves. Participação da equipe de 
enfermagem na assistência à dor do paciente queimado. Rev. dor, v. 12, n. 4, 
p. 342-348, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1806-00132011000400011&lang=pt>. Acesso em: 1 dez. 2015. O 
artigo procura refletir sobre a participação da equipe de enfermagem na assistência 
à dor do paciente queimado.
SOUSA, Lucila Meeiros Minichello de. Primeiros socorros: condutas técnicas. São 
Paulo: Iátria, 2010.
Sudorese: suor intenso com perda de água e eletrólitos.
Vasoconstrição: diminuição do calibre de um vaso sanguíneo.
Taquicardia: aumento da frequência cardíaca, normalmente acima de 100 
batimentos por minuto.
Hematoma: coleção sanguínea devido ao rompimento de vasos sanguíneos, 
formando uma tumefação bem definida.
Palidez: estado de pálido; falta de coloração da pele.
Necrose: processo de degeneração que leva à destruição de uma célula ou de um 
determinado tecido, geralmente pela falta de nutrientes carregados pelo sangue.
Lipotímia: perda brusca de consciência; síncope, desmaio.
Hiperemia: vermelhidão da pele, igual a eritema.
Ocluir: o mesmo que fechar.
Agente infeccioso: microrganismo (vírus, bactéria, protozoário, fungo, helminto) 
capaz de produzir infecção ou doença infecciosa.
Autoenxerto: é a retirada de um pedaço de pele de uma área corpórea (área 
doadora) do indivíduo, e transferida à outra área (área receptora) do mesmo 
indivíduo, restabelecendo assim um novo suprimento sanguíneo.
GLOSSÁRIO
Tema 3
Fraturas e tipos de choque
Fratura é uma lesão na qual ocorre a quebra ou ruptura de um osso e perda de sua 
continuidade. Existem dois tipos de fratura: fechada (simples ou interna) e aberta (ou 
exposta) (MINOZZI; MARSON, 2010; SOUSA, 2010).
Sinais e Sintomas:
• Dificuldade ou incapacidade de movimento (impotência funcional).
• Algia.
• Sensibilidade.
• Edema (inchaço) e alteração da coloração na área atingida, causados pelo 
líquido entre os tecidos e pela hemorragia.
• Posição anormal do membro, deformidade ou angulação.
• Som crepitante, por atrito dos fragmentos ósseos.
• Se a fratura for exposta, fragmentos do osso podem ser visíveis na superfície 
rompida da pele.
• Secção de tecido provocada pelo osso.
• Hemorragia. Pode ser abundante ou não, dependendo da secção da artéria.
• Hematoma. Somente em fraturas fechadas.
• Espasmos musculares. Comuns em ossos longos – o músculo da região 
afetada vibra intensamente por algum tempo até relaxar e se contrair 
bruscamente (MINOZZI; MARSON, 2010; MORAES, 2010; SOUSA, 2010);
Fraturas Fechadas
São fraturas nas quais não existe ruptura dos tecidos moles superficiais, e o osso 
fraturado não é visualizado na superfície da pele. Ocorre apenas o desnivelamento, 
POR DENTRO DO TEMA
T3
48 Urgência e emergência em centros de estética
movimento anormal ósseo e dor local (SOUSA, 2010).
A imobilização da fratura pelo socorrista deve ser de caráter provisório, com 
o objetivo de prevenir e minimizar lesões futuras de músculos, nervos e vasos 
sanguíneos; rompimento da pele e conversão de uma fratura fechada em 
aberta; diminuição do fluxo sanguíneo (perfusão), sangramentos excessivos 
(pela instabilidade das extremidades ósseas) e paralisia das extremidades (como 
resultado de lesão medular). Além disso, a imobilização proporciona grande alívio 
da dor (MINOZZI; MARSON, 2010).
Condutas:
• Priorizar o atendimento às lesões que ameacem a vida da vítima.
• Movimentar o mínimo possível a vítima e imobilizar as fraturas antes de 
movimentá-la, exceto nos casos de iminente risco de morte para a vítima 
ou socorrista.
• Tranquilizar a vítima.
• Expor o local e remover adornos (relógios, pulseiras, anéis etc.).
• Avaliar o pulso distal, perfusão capilar, cor, temperatura, sensibilidade, 
mobilidade e motricidade da extremidade afetada.
• Imobilizar o membro com talas ou apoios adequados, como tábua fina. 
Não perder tempo com imobilizações muito elaboradas.
• Amarrar as talas de apoio com ataduras ou tiras de tecido. As talas devem 
estar dispostas de modo que prendam as duas laterais, preservando a área 
afetada.
Fonte: <http://spallafisioterapia.com.br/>. Acesso em: 20 out. 2015.
Figura 4.1 Fratura fechada de tíbia e fíbula.
T3
49Urgência e emergência em centros de estética
• Imobilizar o membro com o mínimo de movimentação possível e na 
posição mais próxima da anatômica.
• A imobilização deve impedir a movimentação de uma articulação acima e 
uma abaixo do local da fratura e, no caso de lesões em articulações, deve-
se imobilizar um osso acima e um abaixo da articulação lesionada.
• Refazer o exame da extremidade após imobilização. Caso existam alterações 
vasculares ou neurológicas, refazer a imobilização.
• Na dúvida sobre a existência ou não de uma fratura, sempre imobilizar.
• Remover a vítima para o hospital.
• Nunca tentar alinhar o osso fraturado, pois isso pode fazer que fragmentos 
ósseos ganhem a circulação causando embolia, infartos etc. O osso deve 
ser imobilizado na posição encontrada, particularmente em casos em que 
houver suspeita de lesões próximas às articulações.
• Nunca moldar a tala sobre o membro fraturado da vítima (FIGUEIREDO; 
VIEIRA, 2009; GARCIA et al., 2005; MINOZZI; MARSON, 2010; MORAES, 
2010; SOUSA, 2010).
Fraturas Abertas
Nas fraturas abertas existe ruptura de tendões, músculo e pele, em que o 
osso fraturado aparece na superfície corporal (SOUSA, 2010). Uma das maiores 
preocupações com as fraturas abertas é o risco de osteomielite (infecção óssea). 
A fixação precoce e a imobilização correta são importantes armas na prevenção 
dessa complicação (MORAES, 2010).
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=f1c4c7efbb10889c8cfd2946ba6ef33f9b781338>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.2 Fratura aberta de tíbia.
T3
50 Urgência e emergência em centros de estética
Condutas:
Nas fraturas expostas, além das condutas já citadas para as fraturas fechadas, 
deve-se ainda:
• Ocluir o ferimento com um curativo protetor. Deste modo, diminui-se o 
risco de infecções e ressecamento do tecido ósseo.
• Nunca tentar reintroduzir um osso exposto.
• Em caso de hemorragia abundante por lesão vascular:
• Tentar conter a hemorragia.
• Imobilizar o membro fraturado.
• Providenciar a remoção imediata da vítima ao hospital (FIGUEIREDO; 
VIEIRA, 2009; GARCIA et al., 2005; MINOZZI; MARSON, 2010; MORAES, 
2010; SOUSA, 2010).
Síndrome de Compartimento
A complicação mais grave de um traumatismo de membros é a síndrome de 
compartimento, pois as principaiscausas do aumento da pressão no compartimento 
são: o edema muscular e a hemorragia decorrente da fratura (BARBIERI, 2002; 
MORAES, 2010).
Um compartimento é delimitado pelo osso e a fáscia que nele se insere. Por 
ser inelástico, o aumento da pressão no interior do compartimento leva a um 
sofrimento vascular da extremidade, dos nervos e da musculatura, além da liberação 
de histamina, que, por sua vez, piora o edema dessa região. Os sinais e sintomas 
são dor (principal sintoma), diminuição da perfusão, parestesia, diminuição do 
pulso e anestesia do membro. Seu tratamento é sempre cirúrgico, com abertura 
da fáscia (fasciotomia) (BARBIERI, 2002; MORAES, 2010).
Classificação em Relação à Direção da Linha da Fratura:
• Longitudinal: linha de fratura que corre paralelamente ao eixo do osso.
• Transversal: linha de fratura que cruza o osso em ângulo reto ao seu eixo.
• Oblíqua: linha de fratura que quebra o osso em ângulo inclinado ao eixo 
do osso.
• Espiral: linha de fratura que corre através do osso em forma de mola 
(BARBIERI, 2002, p. 183).
Classificação em Relação à Posição do Fragmento Ósseo:
T3
51Urgência e emergência em centros de estética
• Cominutiva: três ou mais fragmentos.
• Engrenada (de impacto): um fragmento forçado dentro ou sobre outro 
fragmento ósseo.
• Angulada: os fragmentos são desviados de seu alinhamento normal, ficando 
dispostos em posição angular.
• Deslocada: relacionamento anatômico ósseo rompido, causando 
deformidade.
• Sobreposta: fragmentos sobrepostos, encurtando o tamanho longitudinal 
do osso.
• Extraída: fragmentos puxados de suas posições normais por contrações 
musculares forçadas ou resistência de ligamentos (BARBIERI, 2002, p. 184).
Fratura de Crânio
As fraturas cranianas são condições extremamente graves principalmente pelo 
seu alto potencial em causar danos cerebrais.
Muitos traumas cranianos são óbvios, contudo, considere também a 
possibilidade de lesão sempre que o mecanismo do trauma sugerir ou quando 
forem identificados os sinais e sintomas indicados a seguir (BARBIERI, 2002).
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=93adad8ac4a9048cb868a66272937b423e0ea258>. Acesso 
em: 20 out. 2015.
Figura 4.3 Fratura de crânio.
Sintomatologia:
• Inconsciência.
• Cortes, lacerações, ferimentos penetrantes.
• Tecidos cerebrais expostos.
T3
52 Urgência e emergência em centros de estética
• Edema local e/ou palpebral.
• Saliência ou fragmentos ósseos palpáveis.
• Anisocoria.
• Otorragia.
• Epistaxe.
• Estomatorragia.
• Fluido claro ou sanguinolento saindo das orelhas e nariz (líquido 
cerebroespinhal).
• Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.
• Dores.
• Alteração de sinais vitais.
• Parada respiratória (BARBIERI, 2002; SOUSA, 2010).
Condutas:
• Manter a vítima em repouso.
• Se houver sangramento em couro cabeludo, realizar curativo oclusivo e 
não comprimir o local.
• Imobilizar a cabeça da vítima com um travesseiro ou almofada.
• Em caso de parada respiratória, iniciar respiração artificial.
• Encaminhar a vítima ao hospital (SOUSA, 2010).
Fratura de Coluna Vertebral
“Lesões na coluna vertebral são consideradas importantes, pois essa região 
desencadeia vários fatores comprometedores, haja vista que, caso tenha uma 
suspeita, a imobilização deve ocorrer de forma rápida, preservando não somente 
a vida, mas a qualidade dela” (SOUSA, 2010, p. 124). O socorrista deve sempre 
suspeitar de lesões na coluna vertebral nos casos em que houver relato de trauma 
na coluna, dor local acentuada e parestesia de membros.
T3
53Urgência e emergência em centros de estética
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=08a211d5252fc0e57fd1d75a1b0b319b5454b16f>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.4 Fratura de vértebra cervical (C4/C5).
Condutas:
• Caso haja suspeita de trauma cervical, não tocar na vítima, a menos que 
detenha os conhecimentos sobre imobilização para trauma cervical.
• Se a vítima estiver deitada, sua imobilização deverá ser realizada em prancha 
com movimento em bloco.
• Observar a respiração da vítima e, em caso de parada respiratória, iniciar a 
reanimação cardiopulmonar (RCP), conforme protocolo atual.
• Após imobilização em bloco, o transporte deve ser realizado em prancha 
longa.
• Para a técnica de movimentação em bloco, não deve haver nenhum 
movimento por parte da vítima, ainda que confusa ou agitada (por exemplo, 
nos casos de excesso de monóxido de carbono no cérebro).
• A vítima não deve ser virada de lado.
• Durante o transporte, evitar movimentos bruscos (SOUSA, 2010).
Fratura de Pelve
A pelve é também denominada cintura pélvica, comumente chamada de 
quadril. As fraturas nessa região estão frequentemente relacionadas a acidentes 
automobilísticos, lesão dilacerante, traumatismo direto, queda de altura elevada ou 
contração muscular súbita contra resistência (BARBIERI, 2002).
T3
54 Urgência e emergência em centros de estética
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=df9b9681bc01bc4d9eda044e7832827553147eef>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.5 Fratura de pelve.
Condutas:
O socorrista deve proceder conforme elencado anteriormente nas condutas 
para fratura de coluna vertebral, com o cuidado de unir, por meio de amarras, 
os membros inferiores, para que durante o transporte não haja movimentos que 
possam agravar a lesão (SOUSA, 2010).
Pode ser utilizado um cobertor entre os membros inferiores para maior 
estabilização da pelve. Imobilizar em prancha longa, com o auxílio de tala rígida e 
bandagem triangular (MINOZZI; MARSON, 2010).
Fratura de Clavícula
Neste tipo de fratura, a vítima apresentará algia intensa no local da fratura, 
hipersensibilidade localizada, o membro estará imóvel (incapacidade de levantar 
o braço), edema, deformidade, crepitação, cabeça inclinada para o lado da lesão, 
com o queixo voltado para o lado oposto.
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=1936e8d1ec870b688d31b674f245e923d59b57b4>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.6 Fratura de clavícula.
T3
55Urgência e emergência em centros de estética
Condutas:
• Colocar sob o membro um tecido dobrado várias vezes, como se fosse 
uma almofada.
• Proporcionar sustentação para o membro amarrando-o no centro do tórax 
com tiras de tecido.
• Espalmar a mão do braço imobilizado contra o tórax, apoiando o antebraço 
em uma tipoia.
• Conduza a vítima para o hospital (MINOZZI; MARSON, 2010; SOUSA, 2010).
Fratura de Antebraço
Rompimento de um ou dos dois ossos do antebraço (rádio e ulna).
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=2e2c4fdbd8cf52af2092fc3b52309084c7af95cf>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.7 Fratura de antebraço (rádio e ulna).
Condutas:
Envolver a articulação do cotovelo e do punho.
Utilizar tala rígida ou moldável para imobilização de fraturas.
Imobilizar o membro com uma tipoia e conduzir a vítima a um hospital.
O osso não deve ser reposicionado, sendo que esse procedimento deve ser 
realizado somente pelo ortopedista.
O estado neurovascular deve ser avaliado frequentemente (BARBIERI, 2002; 
MINOZZI; MARSON, 2010; SOUSA, 2010).
T3
56 Urgência e emergência em centros de estética
As fraturas ósseas são ocorrências muito frequentes, sendo que cerca de 40% 
das fraturas acontecem no ambiente doméstico. Existem muitas causas e tipos de 
fraturas, por isso é essencial que os profissionais da saúde se apropriem das diversas 
condutas e estratégias de cuidado, para que, desse modo, possam desenvolver 
uma assistência segura, ágil e qualificada.
Estado de Choque
O estado de choque é o conjunto de alterações orgânicas devidas à inadequada 
perfusão e consequente falta de oxigenação de órgãos e tecidos, denominado 
choque hemodinâmico (MINOZZI; MARSON, 2010). 
A perfusão está relacionada à circulação sanguínea efetiva dentro de um órgão 
e consequente oxigenação dele. Quando a perfusão é adequada, o sangue chega 
ao órgão por meio de artérias e sai pelas veias, mantendo vivas as células. Nos 
casos em que aperfusão é deficitária, há sofrimento e morte do órgão (MINOZZI; 
MARSON, 2010).
Fisiopatologia do Estado de Choque
O choque é caracterizado por diminuição do fluxo sanguíneo nos diversos órgãos 
vitais, sendo seus sintomas relacionados ao mecanismo de defesa. A diminuição do 
débito cardíaco leva o organismo a liberar substâncias que promovam o aumento 
da frequência cardíaca, seguido de vasoconstrição periférica (músculos, ossos e 
pele), na tentativa de preservar o fluxo sanguíneo e a oxigenação adequada de 
órgãos nobres (cérebro, coração e pulmões) (MINOZZI; MARSON, 2010).
Classificação do Estado de Choque
Choque Neurogênico
Acontece em decorrência de comprometimentos neurológicos causados, por 
exemplo, por traumatismos da medula espinhal, o que ocasiona a interrupção de 
transmissão neuronal (MINOZZI; MARSON, 2010; SOUSA, 2010).
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=33a0e1cf8ad2635a270318406b40071f2f043e7c>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.8 Fratura vertebral e compressão medular levando a choque neurogênico.
T3
57Urgência e emergência em centros de estética
Sinais e Sintomas do Estado de Choque Neurogênico:
• Hipotensão associada à bradicardia (embora em alguns casos a pressão 
sistólica não caia abaixo de 100 mmHg).
• Taquipneia por causa do medo ou da ansiedade ou, em lesão da medula 
espinhal, por causa de dano relacionado ao nível e à gravidade da lesão.
• Pele morna, seca e rubor.
• Alteração no nível de consciência (BARBIERI, 2002).
Condutas:
• Preservar as vias aéreas abertas e fornecer assistência respiratória, caso 
necessário, a fim de manter oxigenação e perfusão adequadas.
• Identificar a causa do choque. Nos casos de lesão da medula espinhal, 
imobilize a coluna vertebral (BARBIERI, 2002).
Choque Cardiogênico
Redução da circulação e oxigenação inadequada de órgãos e tecidos, em 
razão da falência do coração como bomba cardíaca (diminuição da contratilidade 
cardíaca).
Os danos gerados pelo choque são resultado da hipóxia, da baixa oferta 
de nutrientes, redução na eliminação de substâncias tóxicas, maior afluxo de 
substâncias lesivas aos tecidos, ação direta de toxinas, ação de mecanismos 
agressores, redução dos mecanismos de defesa, interdependência entre órgãos e 
efeitos danosos da terapêutica (FIGUEIREDO; VIEIRA, 2009).
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=4437a9eb4e7919d47bfdbd2eefa0794c7a0b541a>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.9 Infarto agudo do miocárdio por estenose de coronária. Causa comum de 
colapso cardíaco e choque cardiogênico.
T3
58 Urgência e emergência em centros de estética
Choque Anafilático
O choque anafilático resulta de uma resposta do sistema imune a um antígeno 
em relação ao qual o corpo já tenha sido sensibilizado (BARBIERI, 2002). 
Ocorre por reação alérgica aguda ou de hipersensibilidade a medicamentos 
(principalmente penicilina), picada de insetos, comidas, contato com pólen, poeira, 
entre outros agentes (GARCIA et al., 2005; MINOZZI; MARSON, 2010).
A maior preocupação nos casos de alergia está relacionada ao edema de glote 
(edema das cordas vocais), podendo causar obstrução da respiração (GARCIA et 
al., 2005).
Sinais e Sintomas do Estado de Choque Anafilático:
• Tensão torácica ou sensação de morte iminente.
• Coceira.
• Calor.
• Rubor.
• Eritema difuso.
• Urticária.
• Edema na pele.
• Tonturas.
• Dispneia, sibilos difusos e expirações prolongadas.
• Alterações do nível de consciência (reação diminuída em consequência da 
diminuição da oxigenação e perfusão cerebral). (BARBIERI, 2002; GARCIA 
et al., 2005).
Fonte: <http://ebsco.smartimagebase.com/getimage.php?K=fefd56a348110d474372abc2e1bd99e48ca743b0>. Acesso em: 
20 out. 2015.
Figura 4.10 Urticária extensa causada por reação alérgica.
T3
59Urgência e emergência em centros de estética
Condutas:
• Se possível, retirar o agente causador da alergia.
• Manter vias aéreas abertas.
• Observar a vítima e, em caso de dificuldade respiratória, prover a assistência 
respiratória.
• Procurar auxílio médico imediatamente (BARBIERI, 2002; GARCIA et al., 
2005).
Choque Séptico
Advém da proliferação de agentes patogênicos, principalmente bactérias gram-
negativas, que impedem o funcionamento normal dos sistemas corpóreos por 
meio da liberação de toxinas na corrente sanguínea (FIGUEIREDO; VIEIRA, 2009; 
SOUSA, 2010).
Choque Hipovolêmico
Ocorre em casos de perda excessiva de fluidos corpóreos, desde uma simples 
desidratação, causada por vômitos ou diarreia, até uma hemorragia intensa, por 
exemplo, um traumatismo ou sangramento gastrointestinal (BERGERON et al., 
2007; FIGUEIREDO; VIEIRA, 2009; GARCIA et al., 2005; MINOZZI; MARSON, 2010; 
SOUSA, 2010).
Sinais e Sintomas do Estado de Choque Hipovolêmico:
• Taquipneia.
• Taquicardia (pulso rápido e fraco).
• Pupilas midriáticas.
• Visão turva.
• Pele fria, pálida e úmida (pegajosa).
• Face pálida e posteriormente cianótica.
• Sede excessiva.
• Hipotensão.
• Sudorese.
• Ansiedade, inquietação e confusão mental.
T3
60 Urgência e emergência em centros de estética
• Fraqueza muscular, distúrbios visuais.
• Com o agravamento do quadro, pode ocorrer perda da consciência e 
parada cardiorrespiratória (FIGUEIREDO; VIEIRA, 2009; GARCIA et al., 2005; 
MORAES, 2010; MINOZZI; MARSON, 2010).
Condutas:
• As vítimas inconscientes devem ser posicionadas em decúbito dorsal para 
manobras de liberação de vias aéreas.
• Tentar identificar e remover as causas do choque, por exemplo, com o 
estancamento de hemorragias.
• Elevar os membros inferiores e manter a cabeça mais baixa em relação ao 
corpo.
• Não oferecer líquidos. Pode-se aliviar a sede da vítima umedecendo seus 
lábios com gaze ou pano embebido em água.
• Prevenir hipotermia. Aquecer a vítima.
• Solicitar a remoção para atendimento médico o mais breve possível 
(FIGUEIREDO; VIEIRA, 2009; GARCIA et al., 2005; MINOZZI; MARSON, 
2010);
Choque Insulínico
O choque insulínico é um tipo de choque normalmente causado por um alto 
nível de insulina no sangue, o que faz que haja uma súbita queda da glicemia 
(hipoglicemia severa).
Sinais e Sintomas do Estado de Choque Insulínico:
• Palidez, pele úmida, fria e pegajosa.
• Pulsação cheia e rápida. Todavia, algumas vítimas podem apresentar pulso 
fraco com frequência normal ou diminuída.
• Vertigem, desorientação, sonolência excessiva, convulsão ou coma.
• Cefaleia.
• Respiração normal ou superficial.
• Sensação de fome voraz.
• Fraqueza ou formigamento pelo corpo (BERGERON et al., 2007).
T3
61Urgência e emergência em centros de estética
Condutas:
• Mantenha a vítima em repouso.
• Se a vítima estiver consciente, oferecer açúcar, balas, suco de laranja ou 
refrigerantes. Caso não esteja totalmente acordada, não dar líquidos ou 
alimentos (BERGERON et al., 2007).
Choque Psicogênico
Mais conhecido como desmaio, ocorre quando algum fator, como medo, 
causa no sistema nervoso uma reação e, consequentemente, uma vasodilatação 
dos vasos sanguíneos. Neste momento, o fluxo normal de sangue para o cérebro 
é interrompido. Representa uma forma de autoproteção, com a interrupção 
momentânea de fluxo de sangue para o cérebro (BERGERON et al., 2007; GARCIA 
et al., 2005).
Sinais e sintomas:
• Náuseas.
• Tonturas.
• Fraqueza.
• Tremores.
• Dor abdominal profunda.
• Cefaleia latejante (MINOZZI; MARSON, 2010).
Condutas:
• Evitar que a vítima caia, deitando-a no chão com as pernas elevadas de 20 a 
30 centímetros (elevar os membros ainda que a vítima já esteja desmaiada).
• Desobstruir vias aéreas.
• Monitorar possíveis vômitos.
• Afrouxar as roupas que possam restringir a respiração.
• Avaliar as possíveis causas que possam ter levado ao desmaio.
• Verificar se houve alguma lesão em caso de queda.
• Não permita que uma pessoa que acabou de desmaiar sente-se 
imediatamente, pois isso pode provocar um acidente vascular encefálico 
(AVE).
T3
62 Urgência e emergência em centros de estética
• Nunca jogar água no rosto de uma vítima de desmaio.

Continue navegando