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PlanoDeAula 8

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Plano	de	Aula:	DIREITO	SUBJETIVO,	OBJETIVO	E	POTESTATIVO
INTRODUÇÃO	AO	ESTUDO	DO	DIREITO	-
CCJ0257
Título
DIREITO	SUBJETIVO,	OBJETIVO	E	POTESTATIVO
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
8
Tema
DIREITO	SUBJETIVO,	OBJETIVO	E	POTESTATIVO
Objetivos
Conhecer:	a	gênese	da	construção	do	conceito	de	direitos	subjetivos.
os	elementos	caracterizadores	relativos	à	classificação	dos	direitos	subjetivos.
a	distinção	entre	direitos	transmissíveis	e	intransmissíveis
as	questões	relativas	à	inalienabilidade,	sub-rogação	e	sucessão.
Compreender:	os	conceitos	relativos	à	figura	do	instituto	do	direito	adquirido	
a	distinção	entre	direito	adquirido,	expectativa	de	direito	e	abuso	de	direito.
a	forma	como	se	manifesta	a	tutela	constitucional	do	direito	adquirido.
as	posições	jurídicas	ativas	e	passivas,	bem	como		a	relação	entre	direito
subjetivo	e	direito	adquirido.
Estrutura	do	Conteúdo
potestativo,	do	livro	texto	Livro	didático	de	introdução	ao	estudo	do	Direito,
Solange	Ferreira	de	Moura	[organizador].?	Rio	de	Janeiro:	Editora	Universidade
Estácio	de	Sá,1ª.	Ed.	2014.
ESTRUTURA	DE	CONTEÚDO	DESTA	AULA:
DIREITO	SUBJETIVO,	OBJETIVO	E	POTESTATIVO
Classificação	dos	Direitos	Subjetivos
Posições	Jurídicas	Ativas
Poder	Jurídico,	Faculdade	Jurídica,	Direito	Subjetivo	e	Direito	Potestativo
Posições	Jurídicas	Passivas
Dever	Jurídico,	Sujeição,	Obrigação,	Ônus
Dever	jurídico
Sujeição
Ônus
Relação	entre	Direito	Subjetivo	e	Direito	Adquirido
Aquisição,	modificação	e	extinção	de	direitos	subjetivos
Posição	jurídica	ativa	
Posição	jurídica	passiva		
Direito	adquirido
UM	ESBOÇO	CONCEITUAL	DOS	TÓPICOS	RELACIONADOS:
Posições	Jurídicas	dos	Indivíduos
É	a	situação	jurídica	do	sujeito	em	uma	relação,	por	força	da	qual	é	chamado	a
agir	na	esfera	jurídica	do	outro.	A	Posição	Jurídica	é	acidental,	exterior	e
temporal.	
Situação	subjetiva	?	É	a	possibilidade	de	ser,	pretender	ou	fazer	algo,	de
maneira	garantida,	nos	limites	atributivos	da	regra	de	direito.
Direito	Subjetivo	?	É	o	poder	de	exigir	determinada	conduta	de	alguém,	que,
por	lei,	ato	ou	negócio	jurídico,	está	obrigado	a	observa-la,	não	se	confundindo
com	as	posições	jurídicas	que	os	indivíduos	ocupam.
Posições	Jurídicas	Ativas
Temos	uma	posição	de	vantagem	de	um	dos	sujeitos	da	relação	jurídica	em
relação	ao	outro,	em	decorrência	de	uma	norma	jurídica.		
Poder	Jurídico
Diverso	do	direito	subjetivo,	podendo	em	sentido	amplo	com	ele	se	confundir,
temos	o	poder	jurídico	como	a	situação	jurídica	em	que	a	uma	pessoa	são
atribuídos	poderes	relativos	sobre	outra,	exercível	em	favor	e	no	interesse
desta,	que	tem	a	obrigação	de	obedecer-lhe,	desde	que	não	abusivo.	
Ex.	O	Poder	Familiar,	que	dá	autoridade	aos	pais	(pai	e	mãe)	para	educar	o
filho	e	administrar	os	seus	bens.	A	esse	direito	corresponde	o	dever	do	filho	de
obedecer	aos	pai,	mas	o	Poder	Familiar	que	a	doutrina	moderna	já	denomina
poder-dever	não	se	exerce	em	favor	dos	pais,	e,	sim,	em	favor	do	filho	e	da
família,	tanto	assim	que,	quando	os	pais	exercem	o	poder	familiar
contrariamente	aos	interesses	do	filho	e	da	família,	pode	dele	ser	destituído
(1.637	do	CC).	No	Novo	Código	Civil	o	pátrio	poder	foi	substituído	pela
expressão	?poder	familiar?	que	é	exercido	pelos	pais	(art	1.630	CC).		
Podemos	concluir	que	o	poder	jurídico	decorre	de	uma	posição	jurídica	ativa
que	a	pessoa	ocupa	em	face	do	ordenamento	jurídico,	podendo,	nos	exatos
limites	de	sua	posição,	assumir	diversas	facetas	diferentes	conforme	a
seguinte	divisão:
Direito	Subjetivo-	Segundo	Manoel	de	Andrade[1],	é	a	faculdade	ou	poder
atribuído	pela	ordem	jurídica	a	uma	pessoa	de	exigir	ou	pretender	de	outra	um
determinado	comportamento	positivo	(fazer)	ou	negativo	(não	fazer),	ou	de,
por	um	ato	de	vontade,	produzir	determinados	efeitos	jurídicos	que	se	impõem
inevitavelmente	a	outra	pessoa.	Em	outros	termos,	direito	subjetivo	é	o	poder
de	submeter	alguém	a	um	direito	seu	preestabelecido	pela	norma	jurídica.	Ex.
Se	um	sujeito	ativo	tem	o	direito	de	exigir	determinado	pagamento,	a	esse
direito	subjetivo	corresponde	o	dever	jurídico	do	sujeito	passivo	de	pagar	o
débito	(art.	1694	do	CC)
Temos	uma	posição	de	vantagem	de	um	dos	sujeitos	da	relação	jurídica	em
relação	ao	outro,	em	decorrência	de	uma	norma	jurídica.		
DIREITO	POTESTATIVO
É	o	poder	de	praticar	certo	ato	em	conformidade	com	o	direito	que	vai	resultar
certos	efeitos	na	esfera	jurídica	de	outras	pessoas,	cabendo	a	ela	somente	a
possibilidade	de	sujeitar-se	ao	interesse	do	titular
CONSTITUTIVOS
MODIFICATIVOS
EXTINTIVOS
PODER	JURÍDICO
Temos	o	poder	jurídico	como	a	situação	jurídica	em	que	a	uma	pessoa	são
atribuídos	poderes	relativos	sobre	outra,	exercível	em	favor	e	no	interesse
desta,	que	tem	a	obrigação	de	obedecer-lhe,	desde	que	não	abusivo.	
ABUSO	DE	DIREITO
Há	abuso	de	direito	sempre	que	o	titular	o	exerce	fora	dos	limites	próprios	da
natureza	do	direito.	A	teoria	do	abuso	do	direito	surge	no	Séc.	XIX,	como
superação	das	concepções	individualistas	e	liberais	que	viam	o	direito
subjetivo	como	poder	da	vontade	e	como	expressão	da	liberdade	individual.	
POSIÇÕES	JURÍDICAS	PASSIVAS
É	a	posição	em	que	se	encontra	aquele	contra	quem	é	dirigida	a	vontade	do
sujeito	ativo.	Tendo	desta	forma:
OBRIGAÇÃO	-	é	o	dever	jurídico	de	caráter	patrimonial.	
Obrigação	Contratual-	Tem	no	contrato	a	sua	origem	ou	fonte.	O	dever	decorre
de	um	acordo	de	vontades,	cujos	efeitos	são	regulados	em	lei.
Obrigação	Extracontratual	(Aquiliana)	?	Tem	por	fonte	a	Lei.	Toda	obrigação
decorrente	de	ato	ilícito	é	obrigação	extracontratual,	portanto	legal,	prevista
em	lei
ÔNUS	-	É	a	necessidade	que	o	agente	tem	de	comportar-se	de	determinado
modo	para	realizar	interesse	próprio.	
DIFERENÇA	DE	DEVER	JURÍDICO	E	ÔNUS
No	primeiro,	o	comportamento	do	agente	é	necessário	para	satisfazer	o
interesse	do	titular	do	direito	subjetivo,	enquanto	no	caso	do	ônus	o	interesse
é	do	próprio	agente.
DEVER	JURÍDICO-	Ao	direito	subjetivo	contrapõe-se	o	dever	jurídico,	situação
passiva	que	se	caracteriza	pela	necessidade	de	o	devedor	observar	certo
comportamento	(ativo	ou	passivo)	compatível	com	o	interesse	do	titular
subjetivo.
SUJEIÇÃO-	Entende-se	a	ação	de	sujeitar	ou	de	se	sujeitar	alguma	coisa	ou
pessoa	ao	domínio	ou	dependência	de	outra	coisa	ou	pessoa.	Assim	como	o
dever	jurídico	é	uma	conseqüência	do	direito	subjetivo,	a	sujeição	é	do	direito
potestativo.
[1]	ANDRADE,	Manuel	de.	Teoria	da	Relação	Jurídica.	Editora	Coimbra,	Coimbra-
Portugal,	1992.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO
Laísa,	 funcionária	 da	 Lojas	 Marbex	 S/A,	 trabalha	 durante	 28	 anos,	 sendo
empregada	 exemplar.	 Quando	 está	 prestes	 a	 se	 aposentar,	 é	 chamada	 no
departamento	 de	 RH	 e	 demitida.	 No	 ato	 da	 demissão,	 o	 patrão	 alega	 que	 a
empresa	está	passando	por	dificuldades	sendo	necessário	fazer	alguns	cortes
e,	 portanto,	 seus	 serviços	 não	 são	mais	 necessários.	 Chateada	 e	 indignada,
ela	 tenta	 argumentar	 que	 esta	 demissão	 é	 injusta	 logo	 faltando	 cerca	 de	 2
anos	 apenas	 para	 sua	 aposentadoria.	 Ele	 retruca	 afirmando	 tratar-se	 de	 um
direito	potestativo	do	empregador.
Laísa	 procura	 você	 para	 pedir	 uma	 ajuda	 jurídica,	 pois	 sabe	 que	 está	 na
melhor	 faculdade	de	Direito	do	 ramo.	Como	você	encaminharia	o	caso,	 tendo
em	 conta	 os	 conhecimentos	 adquiridos	 na	 Sala	 de	 Aula	 Virtual	 e	 no	 Livro
Didático	da	disciplina	IED?	
QUESTÃO	OBJETIVA
1-	O	Direito	subjetivo	pode	ser	considerado	como:
(a)	O	poder	reservado	aos	magistrados	de	exigir	de	outrem	determinado
comportamento.
(b)	Um	conceito	originário	do	?socialismo	jurídico?.
(c)	Um	poder	conferido	pela	norma	jurídica	para	a	ação	de	um	sujeito	e	de
exigir	de	outrem	determinado	comportamento..
(d)	Um	interesse	individual	objetivo	e	determinado	pela	moral	de	exigir	de
outrem	determinado	comportamento..
(e)	Uma	ficção	jurídica.
2	-	São	exemplos	de	direitos	subjetivos,	EXCETO:
(a)	O	direito	de	você	gozar	as	férias.
(b)	O	direito	de	se	propor	uma	ação.
(c)	O	direito	de	alguém	manifestar	o	seu	pensamento.
(d)	O	direito	que	protege	a	relaçãode	consumo.
(e)	O	direito	de	se	contrair	núpcias.

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