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Real�açã� d� curativ� Curativo É o tratamento de qualquer tipo de lesão da pele ou mucosa. Sua principal finalidade é a limpeza da lesão, com o menor trauma possível, contribuindo para o processo da cicatrização. Tipos de curativos: O curativo pode ser: a) Aberto: curativos em feridas sem infecção, que após a limpeza podem permanecer abertos, sem proteção de gazes. Exemplo: incisão cirúrgica (cesárea). b) Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação de medicamentos é ocluído ou fechado com gazes, micropore ou ataduras de crepe. c) Compressivo: é o que faz compressão para estancar hemorragias ou vedar bem uma incisão. d) Com Irrigação: utilizado em ferimentos com infecção dentro de cavidades, com indicação de irrigação com soluções salinas. e) Com drenagem: são utilizados drenos em ferimentos com grande quantidade de exsudato (Penrose, Kehr), tubular ou bolsas de Karaya. Medidas de antissepsia: ● Realizar degermação das mãos antes de manipular o material esterilizado ● Diminuir o tempo de exposição da ferida ou dos materiais esterilizados ● Não falar ao manipular o material esterilizado ou fazer o tratamento da ferida estando com infecções das vias aéreas (usar máscara comum) ● Usar máscaras e aventais em caso de exsudato abundante ● Realizar o curativo sempre da região limpa para a contaminada. Materiais: ● Pacote de pinças para curativos; ● SF 0,9 % morno; ● Seringa de 20 ml e agulhas; ● Algodão umedecido com álcool á 70%; ● Pacotes com gazes, micropore e esparadrapo; ● Tesoura; ● Luvas de procedimentos e esterilizadas; ● Proteção para a roupa de cama. ➢ Quando indicado pela prescrição médica ou de enfermagem: Almotolia com antissépticos, Pomadas, Cremes, Ataduras. ➢ Observação: A solução fisiológica deverá ser aquecida no momento da realização do curativo e desprezada logo após o término. Não reutilizar. Método: 1. Explicar o procedimento ao paciente; 2. Preparar o ambiente: Fechar janelas para evitar correntes de ar e poeira, desocupar mesa de cabeceira; 3. Colocar biombo se necessário; 4. Separar e organizar o material de acordo o tipo de curativo; 5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira; 6. Descobrir a área a ser tratada com luvas de procedimentos e proteger a cama; 7. Colocar o paciente em posição apropriada; 8. Abrir o campo estéril para curativos e sem contaminar colocar os demais materiais esterilizados a serem utilizados; 9. Calçar luva esterilizada; 10. Se o curativo for com irrigação, limpar a ferida com jatos de SF 0,9% usando a seringa sem agulha (para ocorrer pressão); 11. Com auxílio da pinça limpar e secar delicadamente as bordas da ferida, mudando as áreas da gaze; 12. Evitar atrito da gaze com o tecido de granulação para evitar que o mesmo seja lesado; 13. Secar o centro da ferida com a gaze realizando movimentos circulares a fim de mudar áreas da mesma; 14. Se indicado colocar o medicamento; 15. Ocluir o curativo; 16. Deixar o paciente confortável, ambiente e materiais em ordem; 17. Lavar mãos; 18. Realizar anotações de enfermagem registrando classificação do curativo, quantidade de exsudato, aspecto, odor. Presença de tecido de granulação e condições de pele circundante. Observações: ● Antes de realizar o curativo observar o estado do paciente, ler as anotações sobre o tipo de curativo e prescrições para verificação de medicamentos. ● Curativos úmidos por secreções, água do banho, devem ser trocados. ● Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela incisão fechada e limpa, seguindo–se as lesões abertas não infectadas e por último os curativos com infecção. ● Em feridas com exsudato, com suspeita de infecção, antes de realizar o curativo pode ser necessário a coleta de material para bacterioscopia (swab) ● Em casos de uso com KmNO4 tomar os seguintes cuidados: protege-lo da luz; se acastanhado (o que indica oxidação) despreza-lo e preparar nova solução para uso. Feridas com drenos 1. Limpar e secar o dreno e a pele com SF0,9%; 2. Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele; 3. Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o ou bolsa de karaya conforme indicação; 4. Atentar para que o dreno não apresente dobras para garantir boa drenagem; 5. Anotar volume, aspecto, odores do material drenado. Os tipos de cicatrização são: ➢ Primeira intenção ou primária: trata-se da união imediata das bordas de determinada ferida, evolução asséptica e cicatriz linear. Sua evolução é de 4 a 10 dias. ➢ Segunda intenção ou secundária: as bordas da ferida não se unem por perda excessiva de tecido. O espaço é preenchido por tecido de granulação. Este processo pode durar de dias a meses. ➢ Terceira intenção ou terciária: trata-se de um processo que envolve limpeza, debridamento e formação de tecido de granulação saudável. Classificação das feridas de acordo com a densidade microbiana: ➢ Limpa: a que foi produzida pelo cirurgião, sem quebra de assepsia e sem envolvimento dos sistemas respiratório, geniturinário, alimentar ou orofaríngeo. ➢ Baixa contaminação: lesão ocorrida há menos de 4 horas, sem sujidades ou que não envolve os sistemas respiratório, gênito-urinário, alimentar ou orofaríngeo. ➢ Contaminada: esta é decorrente de algum trauma recente, com presença de inflamação não purulenta, com possibilidade de haver sujidades na ferida. ➢ Suja ou infectada: com presença de inflamação ou contaminação bacteriana aguda, de origem traumática, com evolução de mais de 12 horas em que pode haver supuração.
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