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Curativos Procedimentos de Enfermagem no Sistema Tegumentar Curativo • Definição: É o tratamento dispensado a uma região com solução de continuidade (lesão), a fim de prevenir uma contaminação. • Finalidades: • Prevenir ou tratar a infecção • Facilitar a cicatrização • Facilitar a drenagem • Proteger a ferida • Aliviar a dor Tipos de Curativos: a) Aberto: Curativo em feridas sem infecção onde podem permanecer sem proteção de gaze. • Ex.: ferida cirúrgica limpa. b) Oclusivo ou fechado: Curativo que após a limpeza e aplicação de medicamento, é coberto com gaze e fixado com esparadrapo ou atadura de crepe, nas feridas com fístulas pode-se irrigar com soro fisiológico com auxílio de uma seringa. C-) Compressivo: Indicado para estancar hemorragia ou vedar uma incisão. Produtos mais usados no tratamento de feridas Observações: Não são permitidas para fins de antissepsia os seguintes produtos: Mercúrio cromo, mertiolate, acetona, quaternários de amônio, líquido de Dakin (solução de hipoclorito de sódio a 0,5%), éter e clorofórmio, conforme Portaria 930/92 do Ministério da Saúde. Tipos de Curativos: A escolha do curativo depende do tipo de ferida, estágio de cicatrização e processo de cicatrização de cada paciente. Os apectos da ferida com relação à presenção de inflamação, infecção, umidade e condições das bordas da ferida devem ser avaliados. N O M E I N D I C A Ç Õ E S O B S E R V A Ç Õ E S PVP-I – Tópico: É diluído em solução • O i o d o é b a c t e r i c i d a , f u n g i c i d a , e s p o r i c i d a e v i r u s c i d a , p o i s d e s t r o e m a s p r o t e í n a s . E l e m e n t o i n d i s p e n s á v e l à s o b r e v i d a d o s m i c r o r g a n i s m o s . • O i o d o e m c o m b i n a ç ã o c o m o P V P r a r a m e n t e p r o v o c a r e a ç õ e s a l é r g i c a s . • A s r e a ç õ e s q u e p o d e m a c o n t e c e r : hipertermia, erupções cutâneas g e n e r a l i z a d a s e d e d i v e r s o s t i p o s . • M a n t e r a o a b r i g o d a l u z . • N o m e c o m e r c i a l : P o v i d i n e , M a r c o d i n e , D e r m o i d i n e , e t c . • N o c a s o d e u s a r s o l u ç ã o d e g e r m a n t e e m f e r i d a c o n t a m i n a d a , d e v e s e r l a v a d a c o m S . F . 0 , 9 % , a n t e s d e a p l i c a r o t r a t a m e n t o . aquosa, utilizado para anti- s e p s i a d e f e r i d a s e m u c o s a s . P V P - I – D e g e r m a n t e : É d i l u í d o e m s o l u ç ã o aquosa associado a um P V P - I o l i v i n i l p i r r o l i d o n a – i o d o ) d e t e r g e n t e n e u t r o . L i m p e z a d e f e r i d a s s u j a s . D e g e r m a ç ã o m ã o s e b r a ç o s , d e s c o n t a m i n a ç ã o d e c a m p o o p e r a t ó r i o . PVP-I – Tintura: É diluído em solução alcoólica a 70%. Usado para a n t i - s e p s i a d e p e l e í n t e g r a n a p r e p a r a ç ã o d e á r e a o p e r a t ó r i a . C l o r e x i d i n a Degermante: degermação das mãos, braços, descontaminação de campo operatório, limpeza de f e r i d a s c o n t a m i n a d a s . A l c o ó l i c a : a n t i s s e p s i a d e p e l e í n t e g r a n a p r e p a r a ç ã o d e á r e a o p e r a t ó r i a • G e r m i c i d a , m a i s a t i v o c o n t r a b a c t é r i a s g r a n - p o s i t i v a s . N ã o t e m p r o p r i e d a d e s v i r u c i d a s . • N o m e c o m e r c i a l : C h l o r o h e x . S o l u ç ã o s i o l ó g i c a a 0 , 9 % ( m o r n a ) • U t i l i z a d a p a r a l i m p e z a d e q u a l q u e r t i p o d e f e r i d a • N ã o i r r i t a n e m r e t a r d a a c i c a t r i z a ç ã o • N ã o é a n t i s s é p t i c o , m a s p o d e s e r u s a d o c o m o c o a d j u v a n t e c o m o u t r o s a g e n t e s . P a p a i n a • A ç ã o p r o t e o l í t i c a , a n t i i n f l a m a t ó r i a e b a c t e r i c i d a • E s t i m u l a o p r o c e s s o d e g r a n u l a ç ã o • R e m o ç ã o d e t e c i d o n e c r o s a d o e s e c r e ç õ e s • A u m e n t o d a f o r ç a t e n s i l d a c i c a t r i z • E n z i m a e x t r a í d a d o l e i t e d o m a m ã o v e r d e , c o m e r c i a l i z a d a e m p ó o u p o m a d a • É i n a t i v a d a e m c o n t a t o c o m s u b s t â n c i a s c o m o I o d o , F e r r o e O x i g ê n i o • D e v e s e r a r m a z e n a d a e m g e l a d e i r a o u f r e e z e r e m f r a s c o b e m v e d a d o • P r e p a r a r a e n z i m a n o m o m e n t o d o c u r a t i v o , d i l u i n d o - o e m á g u a b i d e s t i l a d a o u S F 0 , 9 % . A G E ( Á c i d o s G r a x o s E s s e n c i a i s ) • A c e l e r a d o r d a c i c a t r i z a ç ã o n a s l e s õ e s c o m o : ú l c e r a s d e p r e s s ã o , i s q u ê m i c a s e d i a b é t i c a s , i n f e c t a d a s o u n ã o • P r o m o v e d e s b r i d a m e n t o • E s t i m u l a a f o r m a ç ã o d o t e c i d o d e g r a n u l a ç ã o • A p r e s e n t a ç ã o e m f o r m a d e s o l u ç ã o e s p r a y u l f a d i a z i n a d e P r a t a a 1 % • T r a t a m e n t o d e q u e i m a d u r a s • D i m i n u i a d o r l o c a l • A a ç ã o d a P r a t a é b a c t e r i c i d a • É h i d r o s s o l ú v e l p r o m o v e n d o a h i d r a t a ç ã o l o c a l • P r o m o v e a c i c a t r i z a ç ã o e d e s b r i d a m e n t o • A t r o c a d e v e s e r d i á r i a • C u i d a d o c o m a p e l e a o r e d o r d a l e s ã o , p o i s p o d e c a u s a r m a c e r a ç ã o d a p e l e í n t e g r a Curativos prontos •Hidrocolóides: São constituídos de 2 camadas: uma externa de espuma, impermeável à água e outros agentes, outra interna com partículas que interagem com o exudato da ferida formando um gel macio e úmido. Acelera o processo de epitelização e elimina tecido necrótico, mas não deve ser usado em feridas infectadas. Não necessita de gazes ou esparadrapos e pode permanecer por até 7 dias. Estão disponíveis no mercado nas formas de placas, pastas e grânulos. •Carvão ativado: Cobertura de ferimento estéril já preparado industrialmente e impregnado com nitrato de prata, fechado em toda a extensão. É indicado para feridas infectadas, purulentas, com ou sem odor, escaras, gangrenas e outras. Coloca-se após a limpeza e anti-sepsia comum. É necessário curativo secundário (gases ou compressas). O carvão não precisa ser removido a cada troca do curativo secundário, mas não poderá permanecer mais que 72 horas na ferida. O curativo de carvão jamais poderá ser cortado. Curativos prontos • Filmes transparentes: Membrana superaderente composta de poliuretano com certo grau de permeabilidade. Oferece barreira para as bactérias exógenas, impermeável a fluido e permeável a vapores e gases. Indicado para incisões cirúrgicas, úlceras superficiais, queimaduras 1º e 2º graus, áreas doadoras de enxerto de pele e cobertura de pontos de cateterização arterial e venosa. Deve ser usado em feridas limpas. • Curativo Hidrogel: Cobertura estéril composta por gel de PVP em água, protegida em ambos os lados por filme de polietileno, indicado para tratamento de feridas limpas como as do item anterior. Curativos prontos • Curativo de Alginato de cálcio e sódio: Cobertura estéril, altamente absorvente, composto de fibras de derivados de algas marinhas. Indicado para feridas infectadas e altamente exsudativas. Em contato com o exsudato da ferida, as fibras de alginato formam um gel macio e fibroso. • É necessário curativo secundário e deve trocá-lo sempre que estiver saturado. A troca do curativo de alginato pode variar de acordo com as características da lesão, mas deve ser de preferência, diária. •Película de celulose: Curativo biocompativel cuja origem provém da celulose produzida pela bactéria Acetobacter xylinum. É um substituo temporário da pele, utilizado em queimaduras e proteção dasáreas doadoras de enxerto. Não há necessidade de trocas. Aplica-se o curativo sobre a lesão e quando o teciodo granular e epitelizar, ele irá soltar como se fosse uma crosta. • Curativo de látex: Membrana de látex, que é um biopolímero extraído da seringueira. Estimula a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e com isso, acelera o processo de cicatrização. Indicado para úlceras crônicas. Deve ser trocado diariamente. Este é um curativo de tecnologia exclusivamente brasileira. Técnica do curativo • Considerações Gerais: • Realizar o curativo em ambiente claro, limpo e sem correntes de ar • Expor somente o local do curativo • Fazer o curativo após a higiene corporal • Desprezar a 1ª porção da solução no lixo próprio, antes de colocá-la na gaze • Despejar a solução na gaze e não diretamente na ferida • Iniciar os curativos pelas incisões limpas, depois as abertas limpas, depois as infectadas e com drenos e por último as colostomias e fistulas em geral • Desprezar o material contaminado no saco de lixo separado para o curativo, nunca no lixo do paciente • Colocar na bandeja apenas as soluções específicas para o curativo a ser feito • Limpar a bandeja antes e depois do curativo • Usar luvas estéreis para os curativos abertos com secreção, além do pacote comum. Deve ter sempre 1 pessoa para auxiliar a manipular os frascos e a abrir os materiais • Usar pacotes de gaze o suficiente para o curativo, abrir 1 pacote de cada vez para evitar o desperdício • Evitar conversar durante o curativo • Dispor os materiais estéreis dentro da bandeja de tal forma que não cruze o braço sobre o campo • Desprezar as gazes abertas que não foram utilizadas ou encaminhá-las (se estiverem limpas) à esterilização, de acordo com a padronização de cada hospital. Nunca reutilizá-las sem a devida esterilização • Não é recomendado levar o material de curativo no carrinho, devido ao risco de infecção hospitalar. Deve-se levar só a bandeja • Geralmente as feridas cirúrgicas limpas, após 24 horas da cirurgia, são deixadas expostas • Ao dar banho por aspersão em pacientes com curativo, geralmente é indicado aproveitar o momento para lavar a ferida • Os curativos devem ser trocados sempre que for observado secreção ou sangue. Material Bandeja contendo: • Pacote de pinças: 1 pinça anatômica e 1 kocher • 1 par de luvas de procedimentos • Frascos com solução antisséptica • Frasco com soro fisiológico a 0,9% • Esparadrapo ou micropore de preferência • Fita adesiva para fixar o saco de lixo, se necessário • Pacotes de gazes • Saco plástico para lixo • Forro: pano ou impermeável (se necessário) • Quando indicados: pomadas, ataduras, seringas, cuba rim, tesoura, alfinete estéril para mobilizar dreno, bolsa de colostomia, curativos especiais prontos, etc. Procedimento: de solução Utilizar pomada ou • Explicar ao paciente o que será feito, isto serve para todos os tipos de curativos • Verificar as condições do curativo • Lavar as mãos • Preparar o material de acordo com o tipo de curativo • Levar o material para o quarto e colocá-lo na mesa de cabeceira • Descobrir a área do curativo e proteger a cama do paciente • Prender o saco de lixo em local acessível • Dispor os materiais • Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para o executante, em ordem de uso: anatômica lado esquerdo e kocher lado direito • Abrir o pacote de gaze, afastado da bandeja, e colocá-lo dentro do campo • Calçar as luvas de procedimento • Pegar uma gaze no campo com auxílio da pinça • Despejar removedor de esparadrapo ou similar, sobre a gaze (ler o rótulo e virá-lo para a palma da mão), desprezando a 1ª porção • Segurar o esparadrapo com a mão não dominante e com a outra, passar a solução para retirar o curativo • Retirar o esparadrapo no sentido dos pêlos • Desprezar o curativo anterior e as luvas no saco de lixo • Com a pinça anatômica e a kocher, fazer a dobradura da gaze dentro do campo e segurá-la com a kocher • Prosseguir a limpeza da ferida inicialmente com soro fisiológico (este pode ser aplicado diretamente sobre a ferida, se houver necessidade), obedecendo a regra do menos contaminado para o mais contaminado. Conforme figura ao lado: • Figura 2 • Figura 1 • Secar com a gaze e aplicar antisséptico conforme item anterior. Pode-se secar o excesso outro produto quando prescrito • Cobrir com gaze e fixar com esparadrapo ou atadura crepon, se necessário • Envolver as pinças usadas no próprio campo e encaminhá-las ao expurgo • Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem • Providenciar a limpeza do material • Lavar as mãos • Anotar no prontuário o aspecto da lesão e as soluções e pomadas utilizadas Figura 1 Figura 2 Curativos com drenos ( tubulares, penrose, Kherr etc.): • Definição: •São tubos que podem estar posicionados na cavidade torácica, abdominal, rins, etc, com a finalidade de drenar fluidos, secreções e gases dessas cavidades. Limpar a pele ao redor com soro fisiológico e posteriormente o dreno (menos contaminado para o mais contaminado) • Limpar a extensão do dreno da extremidade distal para a proximal. • Colocar uma gaze sob o dreno e outra sobre ele. • Fixar com esparadrapo, fazendo um curativo oclusivo. • Após a retirada do dreno fazer curativo no local até eliminar toda a secreção. • Anotar sempre o volume e o aspecto da secreção no prontuário. Técnica de curativo com colocação de coletor de secreção: • Fazer a anti-sepsia da pele e limpeza do dreno conforme técnica anterior • Introduzir o dreno com auxílio de uma pinça dentro da bolsa de colostomia (de plástico), através do orifício da mesma, e aderi-la na pele, primeiro na parte inferior e depois na superior. • A bolsa coletora, ou de colostomia deve ser trocada sempre que necessário. Técnica de mobilização de drenos: • Fazer a antissepsia da pele e limpeza do dreno conforme técnica anterior • Retirar o ponto de segurança entre a pele e o dreno • Tracionar o dreno conforme orientação médica • Cortar o excesso de dreno com tesoura estéril • Colocar um alfinete de segurança, também estéril, com ajuda de uma pinça ou luva estéril • Terminar o curativo utilizando gazes ou coletor de secreções Técnica de curativo de dreno de Kherr: • Realizar os passos de um curativo simples até antes da fixação • Fazer um círculo com o dreno a partir do orifício da a pele, fixando-o com tiras finas de esparadrapo ou micropore. Irrigação com ferida aberta: • Utiliza-se seringa estéril de 20 ml, agulha 40x12, soro fisiológico a 0,9% morno, cuba rim, luva estéril, impermeável e toalha ou lençol. • O paciente fica em decúbito lateral e a base da cama protegida com o impermeável e a toalha. • Apoiar a base na cuba rim. • Encher a seringa de soro e irrigar pela agulha (em jato), a ferida quantas vezes for necessário. Curativo de intracath: • Utilizar o seguinte material: pacote de curativo estéril, gazes, micropore e luva de procedimento. • Usar somente soro fisiológico ou outro antisséptico recomendado pela CCIH; • Lavar as mãos; • Desprender o curativo com auxílio das luvas de procedimento; • Fazer a antissepsia com movimentos circulares na inserção do cateter; • Fazer a limpeza do cateter com soro fisiológico, partindo do local da inserção até o canhão da agulha; • Colocar uma gaze dobrada em quatro encaixando na inserção do cateter; • Fixar com micropore. • PROCEDIMENTO DO ENFERMEIRO Curativo de traqueostomia: • Preparar o material: luvas de procedimento, luva estéril, gazes, soro fisiológico, cadarços limpos. • Calçar luvas de procedimento e remover as gazes sujas • Colocar luvas estéreis • Limpar a incisão e a placa do tubo de traqueostomia com soro fisiológico • Trocar o cadarço se estiver sujo e fixá-lo conforme o desenho abaixo • Utilizar gazes, adaptando-as sob a aba do tubo de traqueostomia, de modo que a incisão seja coberta. Curativo de ostomias: • Ostomia é um desvio do intestino para oexterior, feito cirurgicamente em conseqüência de problemas no trato intestinal. Na abertura abdominal (estoma) será fixada uma bolsa coletora de fezes. A bolsa coletora poderá ser aberta ou fechada. O cuidado com a pele ao redor do estoma é de maior importância, pois as fezes irritam a pele. Quanto mais próximo de estômago o estoma for colocado (jejunostomia) maior a acidez das fezes e maior o cuidado com a pele ao redor. • O curativo deve ser feito sempre que houver extravasamento de fezes. A bolsa deverá ser trocada imediatamente. • A limpeza ao redor do estoma deve ser feita com soro fisiológico. Não se deve usar éter para desengordurar a pele para fixação da bolsa. Esse procedimento tira a proteção da pele propiciando escarificação. Aula 5 Aplicações Quentes e Frias • Definição: A aplicação do calor compreende o uso de um agente mais quente que a pele, podendo ser feita sob a forma úmida ou seca. O calor age estimulando a circulação e relaxando os músculos. •A aplicação do frio consiste na aplicação de agentes mais frios que a pele. O frio diminui a circulação no local e diminui a dor local. Aplicações Quentes: • Finalidades: • Aumentar a circulação local • Relaxar os tecidos • Aquecer as partes frias • Aliviar a dor • Facilitar a supuração e reduzir a área de infecção • Contra-indicações: • Feridas cirúrgicas recentes • Hemorragias • Luxações ou torções, antes de 24 horas • Pacientes com afecções tromboembólicas • Pacientes hemofílicos • Precauções: • Crianças • Idosos • Pacientes inconscientes • Pacientes com paralisia •Bolsa de água quente (calor seco): Material: • Bolsa de borracha ou com gel • Água quente • Toalha de rosto ou fronha • Observação: no mercado existe bolsa fechada contendo gel no seu anterior e que pode ser aquecida colocando-a dentro de um recipiente com água quente. Também pode ser usada como bolsa de gelo. Procedimento: • Conversar com o paciente sobre o procedimento • Lavar as mãos • Preparar o material • Verificar se a bolsa está furada • Verificar a temperatura da água, que deve estar entre 47,1 a 51,6ºC, para adultos • Encher a bolsa até a metade com o jarro de água quente ou diretamente da torneira • Retirar todo o ar, comprimindo até que a água chegue ao gargalo. • Fechá-la bem • Envolver a bolsa com a toalha • Aplicar sobre a pele, onde permanecerá por cerca de 20 minutos • Observar para não queimar o paciente • Retirar a bolsa • Colocar a toalha no hamper • Esvaziar a bolsa e deixá-la pendurada de boca para baixo, depois, enchê-la de ar, fechar e guardar (se for de borracha) • Lavar as mãos • Anotar o cuidado no prontuário • Observação: a bolsa de água quente nunca deve ser colocada diretamente sobre a pele ou curativo úmido. Aplicações frias • Indicações: • Diminuir a dor • Estancar hemorragia • Reduzir a edema e a inflamação • Baixar a temperatura corporal • Contra-indicações: • Estase circulatória • Pacientes debilitados e idosos • Pacientes desnutridos • Bolsa de gelo (frio seco): • Material: • Bolsa de gelo • Fronha ou pano protetor • Gelo picado ou em cubos Procedimento: • Explicar ao paciente o que será feito • Lavar as mãos • Preparar o material • Colocar gelo na bolsa até a metade • Apertar a bolsa para retirar o ar • Colocar a tampa bem apertada e verificar se não há vazamento • Envolver a bolsa com a fronha e colocá-la sobre a área afetada • Deixar a bolsa até que o gelo derreta, ou até quando o paciente tolerar • Retirar a bolsa, esvaziá-la, lavá-la e colocá-la para secar. Enchê-la de ar e guardá-la em local apropriado • Colocar a fronha no hamper • Lavar as mãos • Anotar o cuidado prestado • Observação: Não fazer aplicações demoradas, pois pode provocar necrose tecidual. Observar sistematicamente o local da aplicação, pois o gelo contínuo pode provocar “anestesia”na pele do paciente e até “queimar” apele. Compressas frias (frio úmido): • Finalidades: Abaixar a temperatura corporal (hipertermia) • Material: • Bacia com água fria (nunca gelada e não misturar com álcool) • Compressas • Toalha de banho • Impermeável • Procedimento: • Explicar o que será feito • Lavar as mãos • Preparar o material • Verificar a temperatura axilar antes de iniciar o procedimento • Expor a região inguinal, axilar e frontal do paciente • Colocar o impermeável e a toalha para proteger o leito do paciente • Retirar o excesso de cobertores, mas nunca deixar o paciente exposto • Molhar e espremer as compressas colocando-as sobre as regiões • Trocá-las em rodízio, por cerca de 15 minutos • Verificar novamente a temperatura corporal e suspender se atingir 37ºC • Colocar as roupas no hamper • Manter o paciente seco e confortável • Guardar o material • Lavar as mãos • Anotar no prontuário o cuidado prestado Ataduras • Definição: Atadura ou bandagem é uma faixa de tecido usada para envolver e proteger partes lesadas, fechar curativos e fixar talas. Parte do corpo Tamanho da Atadura Dedo 2 cm Mão e Pé 4 a 6 cm Cabeça 6 a 8 cm Braço, Ombro, Torax e perna 10 a 15 cm Quadril e Abdômen 15 a 20 cm Finalidades • Proteger as áreas lesadas • Exercer pressão localizada • Restringir ou impedir movimentos • Fixar talas Formas Fundamentais • Circular: quando a volta da faixa superpõe completamente a volta anterior. Usada nos seguintes locais: abdômen, punho, tornozelo, pescoço e tórax. • Espiral: após fixação circular, a faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo-a pela metade. Usadas nos seguintes locais: perna, coxa, antebraço, braço e dedos. Acrescentar no Slide • Reversa ou espiral inversa: Em cada volta se inverte a atadura sempre no mesmo lugar, de modo que sua parte interna fica sendo externa e na volta seguinte, inverte novamente. Também usada nos segmentos como: antebraço, coxa e perna, é útil com bandagens inelásticas tipo gaze ou flanela, pois a dobra permite certa flexibilidade. Este tipo de bandagem não é muito usado devido à grande variedade de ataduras. • Cruzada em oito: Também conhecida como espica. Consiste em cruzar a atadura em forma de oito, subindo e descendo sobre a parte enfaixada. Cobre as articulações. O ajuste apertado permite excelente imobilização. Locais mais usados: braço-tórax, mão- punho, pé-perna, antebraço-braço. Recorrente: a faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares, então se faz uma meia volta perpendicular para cima a partir da ponta da faixa e depois nova meia volta, retornando à posição inicial. Cobre partes irregulares do corpo como a cabeça ou o coto de um membro amputado. Procedimento: • Conversar com o paciente e explicar o que será feito • Lavar as mãos • Expor a área e fazer o curativo se necessário • Colocar a atadura sobre o segmento corporal próximo à articulação e não somente sobre o ferimento • Correr o rolo da esquerda para a direita, abrindo-o para cima • Iniciar o enfaixamento seguindo o sentido do retorno venoso • Segurar a extremidade com a mão esquerda enquanto a direita segura o rolo • Não deixar a atadura frouxa, muito apertada ou com pregas e rugas • A fixação final pode ser feita com esparadrapo ou fita adesiva • Observação: para controlar as condições de irrigação sangüínea, é necessário deixar descoberta as extremidades (dedos das mãos e pés). • Verificar: Cianose, temperatura,pulso, mobilidade. Glicemia Capilar ( Dextro, Glicosimetria) • É a coleta de sangue de capilares sanguíneo geralmente do dedo, através da perfuração cutânea por uma lanceta e a dosagem de glicose é verificada em aparelhos próprios para esse fim. • O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento. Valores de glicemia: • O Valorde glicemia normal de 70 a 110 mg/dl em jejum oral de 8 horas. •Os Valores intermediários entre 110-126 mg/dl devem ser mais bem investigados com outros testes para afastar o diagnóstico de diabetes. • É aceitável a glicemia pós-prandial (após refeição) de 140mg/dl Material: • Luvas de procedimento. • Algodão. • Álcool a 70%. • Fita teste. • Lanceta ou agulha 13 x 4,5 (s/n). • Aparelho próprio para o teste. Parecer do COREN 002/2010 Cuidados que se deve ter com o glicosímetro e fitas: • - Manter a limpeza adequada do aparelho; • - Utilizar o glicosímetro ou a fita em temperatura igual à temperatura ambiente; • - Guardar as fitas na sua embalagem original, em lugar fresco, longe da exposição ao sol ou calor; • - Não usar fitas fora da validade; • - Usar o glicosímetro com as fitas do mesmo fabricante; • - Ao inserir o chip que vem dentro da embalagem das fitas no aparelho, deve-se observar se o visor do aparelho mostrará o mesmo código impresso no lado de fora da caixa de fitas; • - Ao término de uma embalagem de fitas, deve-se sempre retirar o chip do aparelho, desprezá-lo e inserir um novo chip da nova caixa de fitas.
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