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1 Professora Kelly Renovação constante do gás / A caixa torácica fica mais expandida, o volume aumenta e gera uma expansão do pulmão. Aumento da capacidade pulmonar gera uma redução na pressão no interior do sistema, o ar entra, aí aumenta a pressão até o ponto da pressão dentro do pulmão fica maior que a pressão atmosférica, aí o ar sai. Expiração- Diminui o volume pulmonar e tem a expulsão do ar rico em gás carbônico (depois da hematose), a expiração dura 1,4x mais lenta do que a inspiração, isso em condição fisiológica. Inspiração- É mais rápida porque tem um gasto energético, então o ar enche o pulmão mais rápido, já na expiração é o relaxamento, então o ar demora mais para sair. Em condições patológicas, vai ter uma alteração no tempo podendo ficar ainda maior por conta da obstrução de vias aéreas. Exemplo- Se tiver um estreitamento na laringe pode causa obstrução na saída de ar, essa obstrução junta com outros fatores que estavam causando dificuldade da saída de ar (exemplo- hipotonia de língua), tudo isso gera desconforto respiratório e ativação de musculatura expiratória, também um aumento do tempo expiratório pois o ar estava precisando vencer várias resistências para conseguir sair lá do alvéolo até a boca. Inspiração- contração da musculatura inspiratória. Expiratória- Passiva (desativação palatina da musculatura inspiratória Funcionamento do sistema respiratório. Nosso pulmão pensando como um sistema de mola, quando ela exerce um vetor de força que aumente a área/afaste uma ponta da outra, vai ter gasto energético. Quando ganha área, entra ar porque aumenta a área e diminui a pressão. Volume e pressão são capacidades inversamente proporcionais. A inspiração quanto mais força (unidade musculares de musculo estriado esquelético respiratório) mais volume vai entrar no pulmão. Numa expiração forçada, sempre vai ter um pouquinho de volume lá dentro no pulmão. Pressão positiva no final da expiração, fica uma pressão de ar lá dentro, essa pressão fisiologicamente, quando fechamos a nossa glote, quando acaba o processo de inspiração, expira todo o ar, fecha a glote, depois abre e inicia um novo processo inspiratório. Os ventiladores tem peep, que é um dos parâmetros que instala no ventilador na tentativa de fazer uma analogia (imita o fisiológico), pois fisiologicamente temos um peep, que é uma pressão que fica dentro do pulmão mesmo após uma expiração forçada, justamente MOVIMENTO DO TORAX INSPIRAÇÃO RESUMO MECÂNICA DO SISTEMA RESPIRATORIO VOLUME, RESISTENCIA, COMPLACENCIA, FLUXO CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL PEEP 2 causada por um volume residual que fica dentro dos pulmões, esse volume só fica lá porque tem uma glote integra, e a glote faz com que o volume pulmonar fique lá no finalzinho mesmo saindo da expiração completa, a glote fica fechada e a pressão fica lá dentro, quando coloca um tubo, abre a glote e automaticamente perde a pressão/parâmetro . Lesões que podem ocorrer nos pulmões sem a PEEP- Atelectrauma,fecha todo o pulmão (faz uma atelectasia) e depois abre todo o pulmão, esse ciclo gera lesão de parede pulmonar. Temos um sistema de ‘’mola’’ no pulmão, onde temos uma força inspiratória muscular que gera deformidade na mola/pulmão, e simplesmente cessando o processo expiratório consegue fazer a mola voltar para o local inicial pelo recuo elástico. O gradiente de pressão dentro e fora dos pulmões pelas alterações dos vetores que o sistema respiratório (caixa torácica) sofre, vai gerar fluxo de entrada e saída de ar, quanto maior o gradiente de pressão (quanto maior a diferença), maior o fluxo de ar. O volume respira a um volume corrente, e tem outros volumes e capacidades pulmonares, e a resistência tem duas. Durante a respiração normal, nenhum trabalho é feito durante a expiração, os músculos relaxam e as ‘’molas’’ fazem o trabalho para expelir o ar, dissipando a energia gerada na resistência das vias respiratórias. Durante exercícios vigorosos, os músculos do tórax são usados para expelir o ar, e o trabalho da respiração pode aumentar em até 25% o consumo de energia total do corpo. O musculo contrai, ao contrair puxa a ‘’mola’’ para baixo e a resistência aumentada vai precisar de um trabalho muscular maior para conseguir movimentar a ‘’mola’. Quando tem um aumento de quantidade de ar nos pulmões, a gente vai aumentando a pressão até chegar o pulmão na capacidade máxima, que é quando tem uma pressão maior que a atmosférica, esse volume sai dos pulmões O trabalho se da de 3 maneiras. 1- Complacência ou trabalho elástico- (Vetor de força que o sistema respiratório sofre, é a capacidade do pulmão de crescer, isso é complacência pulmonar, já a complacência pulmonar máxima ela vai estar no seu valor máximo quando o pulmão tiver completamente cheio, é a capacidade de se distender/aumentar, doenças que levem a problema de complacência vão gerar um menor volume de ar nos pulmões). Realizado para expandir os pulmões contra suas forças elásticas (torácico e pulmonar), ou seja, a complacência ela vence o recuo elástico pulmonar e a torácico. Resumo- Com a complacência boa (tipo um trabalho elástico), vai conseguir expandir o pulmão, quando tem alguma alteração de complacência por alguma doença que gere lesões nas fibras pulmonares, automaticamente, não vai conseguir um volume pulmonar tão bom quanto se não tivesse FORÇA INSPIRATORIA MUSCULAR CAPACIDADE MAXIMA 3 nenhuma doença no pulmão. OBS- Se a complacência estiver diminuída não vai expandir o pulmão como deveria, ou seja, doenças que geram alteração de complacência vão gerar volumes pulmonares menores. 2- Resistencia das vias aéreas- O ar precisa superar a resistência das vias aéreas durante o movimento de entrada e saída nos pulmões. O ar para chegar até o alvéolo passa por todo o conduto expiratório, e o atrito nesse conduto gera resistência na passagem de ar. EX- Engolir uma pilha e ela for broncoaspirada no pulmão, vai ter aumento de resistência. 3- Resistencia tecidual- É a resistência de todos os sistemas Ela precisa superar a viscosidade do pulmão e das estruturas da parede torácica, ou seja, se tiver um pulmão duro (um pulmão fibroso por exemplo), a resistência do tecido vai estar aumentada, então, não tem só a resistência nas vias aéreas, tem a resistência do tecido pulmonar. Nesses casos, vai ter um trabalho muscular maior para gerar o volume corrente dentro do pulmão. Também tem as estruturas das paredes torácicas, se tiver deformidade como escoliose, isso tudo gera uma resistência na expansão do pulmão. EX- Escoliose, vai ter uma má formação, o pulmão que está no lado convexo não vai conseguir expandir tão bem quanto o do outro lado, pela questão da estrutura da caixa torácica. Processo de inspiração- Para entrada e saída de ar vai ter o gradiente de pressão, esse gradiente de pressão é a diferença entre a pressão de dentro (pressão alveolar) e a pressão de fora (ao redor do pulmão, pressão pleural). Pressão pleural- Fica na cavidade pleural, entre a pleura parietal e visceral, essa região ao redor do pulmão que é um espaço virtual, ele facilita o deslize entre uma pleura e outra. Ela é negativa pois o sistema linfático tende a ficar sugando o líquido que tem nela o tempo todo, isso gera uma força de vácuo na região, essa região de vácuo faz com que seja negativa a estrutura. A pressão pleural é negativa, existe um valor de normalidade que é de - 5cm de água. Quando tem a caixa torácica expandida, a pleura é puxada junta, e a caixa torácica esta ligada a pleura parietal, a pleura parietalligada com a visceral e a visceral ligada com o pulmão, dessa forma, uma coisa ligada a outra e expande tudo junto. A diferença da pressão alveolar e a pressão pleural, é chamada de transpulmonar, quanto maior é a diferença, maior é a pressão transpulmonar, e quanto maior a pressão transpulmonar, maior volume de ar entra nos pulmões. Vetores de força-Durante a inspiração vai ter um vetor de força da caixa torácica atuando para fora, a própria estrutura da caixa torácica tende a ficar aberta, a força que ela faz é para ficar expandida, enquanto o vetor de força do pulmão é ao contrário, ou seja, para dentro. Então, quando o vetor de força para caixa torácica expande ganha do vetor de força para o pulmão retrair, acontece o processo da inspiração com gasto energético. VETORES DE FORÇA QUE ATUA NO SISTEMA RESPIRATORIO 4 Pressão de dentro é a pressão alveolar, e a pressão de fora é a pressão pleural. Os espaços entre as duas pleuras é bem negativo, quando a ação muscular inspiratória contrai e puxa a caixa torácica, esse espaço fica ainda mais negativo, favorecendo a entrada desse ar, à medida que esse ar vai entrando, acontece que a pressão alveolar vai aumentando porque o volume de ar está aumentando e a área começa a diminuir pois o ar está ocupando a área, até que cessa e o ar sai, porque a pressão lá dentro está maior do que a de fora Quando a caixa torácica enche pela ação da musculatura inspiratória, ela arrasta a pleura junta com ela, ao arrastar a pleura, ela puxa o pulmão junto tornando a pressão pleural ainda mais negativa, aí a negativação da pressão pleural vai fazer com que o pulmão se expanda e ao expandir esse pulmão, o ar vai entra pois dentro do pulmão a pressão alveolar vai ser diminuída. Tem 2 membranas ao redor do pulmão, lá dentro tem uma pressão negativa, fisiologicamente é chamada de -5cm de água (esse número é só um exemplo, pode ser -8cm, quanto mais embaixo do pulmão, mais negativa é a pressão por conta do peso das estruturas do próprio pulmão, coração. Por isso a mudança de decúbito é importante para diminuir o peso nessas regiões gerando aumento pulmonar nessas áreas.) Acontece que o liquido em maior quantidade vai gerar uma pressão positiva na região, o pulmão não vai conseguir negativar tanto porque tem o liquido onde não deveria ter, e isso vai fazer que a região do pulmão que tem contato com a pleura não gere volume/não tenha espaço/ não tenha troca gasosa porque a pressão não está negativando o suficiente para gerar gradientes de pressão e o volume de ar atinja aquela região, isso acontece tanto em derrame pleural quanto pneumotórax, pois quando tem o pneumotórax naquela região vai ter uma pressão positiva, não vai conseguir negativar tanto a pressão naquele local para que tenha uma expansibilidade torácica adequada e o volume de ar entre adequadamen te por gradientes de pressão. Então com o derrame pleural, o pulmão fica impedido de se expandir por conta dessa pressão, pois deixa de ser negativa e passa a ser positiva, e aí o volume pulmonar diminui. A pressão é inversamente proporcional, quando o volume de ar aumenta dentro da caixa torácica, vai ter uma redução de área. Tem vetores de força para abrir e fechar o pulmão, a caixa torácica abre, pois, é a estrutura fisiológica do corpo, a pressão pleural é sempre negativa em função fisiológica, se fosse positiva não ia conseguir manter o pulmão aberto pois a pressão negativa da pleura que puxa o pulmão para ficar perto da caixa torácica, a força do pulmão é um vetor de força para dentro pois a parede do pulmão é formada por fibras elásticas, então é vetor contrário ao da caixa torácica. RESUMO DERRAME PLEURAL PRESSÃO RESUMO PRESSAO PLEURAL 5 Caixa torácica é o vetor de força para fora, pleura negativa para fora, (os dois tendem manter o pulmão aberto), o recuo do pulmão é a força para dentro para fechar por conta das fibras elásticas. Pressão pleural- Pressão da pleura, sempre negativa, e ela é diferente ao longo do pulmão, pois funciona como vácuo para manter o pulmão perto da caixa torácica, se tiver qualquer condição de doença que altere a fisiologia, terá colapso pulmonar. Quanto mais negativa a pleura fica, mais ela encosta na caixa torácica Força para dentro, pois a complacência faz com que o pulmão expanda e a elastância faz com que o pulmão volte, o pulmão é elástico, então é um vetor de força contrário a expansibilidade torácica. Pressão alveolar quando ganha área, automaticamente a pressão diminui, então a pressão alveolar quando o musculo contrai, ganha área, ganhando área, a pressão alveolar diminui então o ar entra. A pressão alveolar é positiva, se for negativa o pulmão fecha, ele é a PEEP fisiológica. O vetor de força da musculatura expiratória para de atuar, e quando esse vetor de força para, não tem uma força para fora se somando e então automaticamente o retorno do pulmão é maior, a elasticidade do pulmão que está na sua capacidade máxima (como se fosse a ‘’mola’’, deformou a ‘’mola’’) quando cessa o vetor do musculo expiratório para expandir a caixa torácica, automaticamente o pulmão retrai, quando retrai é o processo de expiração. Os pulmões estando ligados pela pleura, a parede interna da caixa torácica acompanham o seu movimento de retração. A capacidade dos pulmões diminui, verificando-se o aumento da pressão no seu interior. O pulmão que está totalmente expandido no final do processo expiratório ele chega no seu limite máximo na sua inspiração forçada, e aí a força de recuo elástico que é a força de retorno do pulmão para o estado inicial (vetor de força para dentro) ganha no processo, aí o pulmão retorna para o local inicial pois nesse momento não vai ter a força do musculo inspiratório gerando vetor de força para fora. Gera força para fora (aumenta o volume da caixa torácica). A caixa torácica retrai no processo expiratório devido ao relaxamento dos músculos inspiratórios, diafragma e intercostais. Adaptam diferentes pressões tanto dentro quanto fora do tórax. Tem uma relação muito intrincada com outros órgãos e cavidade do corpo. Se tem uma mulher gravida, vai ter dificuldade da expansibilidade do pulmão por conta da resistência que esse volume abdominal vai enfrentar, é a resistência tecidual, pois quando fala da estrutura da parede torácica, também fala da estrutura da parede abdominal. Elasticidade é a propriedade da matéria que permite a um corpo retornar a sua forma original após OBSERVAÇÕES RECUO ELASTICO DO PULMÃO PRESSAO DENTRO DO PULMÃO EXPIRAÇÃO MUSCULATURA INSPIRATORIA PROPRIEDADES ELASTICAS 6 ter sido deformado sob a aplicação de uma forma. É a capacidade do pulmão em se distender. É o grau de elasticidade pulmonar, quanto maior a complacência, maior o volume de ar nos pulmões. Depende do volume e da pressão transpulmonar (é a diferença da pressão entre a alveolar e a pleural do sistema, quanto maior a diferença, maior o gradiente de pressão, maior a quantidade de ar que vai entrar) Seu valor normal é de 0,2 1/cm de água. A complacência pulmonar depende 1/3 das fibras elásticas dos pulmões,2/3 tensão superficial que é a pressão exercida nas paredes dos alvéolos para tentar fechar o alvéolo, ai vai ter o liquido surfactante produzido pelos pneumocitos tipo 2 que mantem o alvéolo aberto, é uma camada lipídica iônica formada por íons negativos, e esses íons vão se rebelir e manter o alvéolo aberto. A complacência depende das fibras elásticas dos pulmões e da tensão superficial alveolar, o alvéolo tende a colabar (fechar) quando tem uma saída de ar pelorecuo elástico pulmonar, porem tem surfactante que mantem o alvéolo aberto no final da expiração (isso em forma fisiológica) Complacência- Se diminuída, há dificuldade de inspirar Exemplo- Em caso de complacência diminuída, como um pulmão fibrosado, vai ter uma quantidade de ar diminuído. Elastância- Se diminuída, há dificuldade de expirar, tem dificuldade em retornar ao seu estado inicial, no caso, dificuldade de expulsar o ar. Fórmula- 2T/r 2 vezes a tensão superficial dividido pelo raio. O ar sempre vai para onde tem menor pressão (no caso, quando tem mais área) O pneumocito produz surfactante, esse surfactante reduz a tensão superficial do alvéolo pequeno, reduz o vetor de força para fechar o alvéolo e automaticamente a pressão do alvéolo menor fica igual à do alvéolo maior. A pressão é maior no alvéolo menor e o ar vai tender a ir para onde tem menor pressão, então vai para o alvéolo maior (onde tem mais espaço e menos pressão) P- Pressão, T- Tensão superficial, R- Raio (diâmetro do alvéolo). No alvéolo maior, vamos supor que tem raio de 2 (distancia entre uma extremidade e a outra), já no menor, raio de 1. A tensão das duas é 3 (força para fechar o alvéolo), a formula fica (2x3)/2 que dá uma pressão de 3. No alvéolo menor a mesma coisa P=(2X3)/1 que vai ser 6. Esses números são exemplos. A pressão tem que ser igualada no alvéolo maior e no menor. Exemplo 2- Alvéolo maior- R=2, T=2. P=(2x2)/2 que fica P= 2 Alvéolo menor- R=1, T=1 P=(2x1)/1 que fica P=2 COMPLACENCIA PULMONAR RESUMO DIFERENÇA ENTRE COMPLACENCIA E ELASTANCIA LEI DA LAPLACE 7 É uma doença onde crianças prematuras ao nascer não tem um sistema surfactante bem desenvolvido, isso faz com que o surfactante não consiga reduzir a tensão superficial dos alvéolos. Não vai ter os pneumocitos do tipo 2 dentro dos alvéolos produzindo surfactantes, se não tiver surfactantes a força do vetor da tensão superficial alveolar vai ganhar e essa força de vetor é uma fora para dentro (fechamento de alvéolo), se não tiver surfactante para brigar e contrabalancear a força da tensão superficial vai acontecer que o alvéolo vai colabar naquela região não vai ter troca gasosa. Complacência da caixa torácica vai ter tórax, diafragma, parede abdominal e mediastino, todas essas estruturas influenciam na complacência da caixa torácica. A complacência da caixa torácica representa 34% do valor da complacência pulmonar, ou seja, se tem um pulmão que fica dentro da caixa torácica, então automaticamente a caixa torácica vai influenciar na capacidade do pulmão de se distender na complacência desse pulmão. Uma complacência baixa (significa que o pulmão esta duro) causa uma ventilação pulmonar mais difícil. SINDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATORIA FORÇAS QUE MOVEM O AR