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Metodologia
PROJETO INTERDISPLINAR
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Referências
A aplicação da ressonância magnética de 7 tesla para o futuro.
COSTA, Emanoel; GOMES, Evelyn; SILVA, Luan; SCORZELLI, Luana; OLIVEIRA, Richard; Orientador: TURRI, Rodrigo.
O patologista e coordenador do projeto, Paulo Saldiva, explica que a ideia é formar um grande banco de imagens em alta definição, com informações sobre cérebro, coração, pulmão e ossos, que poderá ser cruzado com dados sobre meio ambiente, como nível de poluição atmosférica, situação do solo e regimes de chuva. O laboratório também vai aplicar um questionário às famílias dos mortos para identificar hábitos: quanto tempo passava no trânsito? Qual era sua ocupação? Em que região morava? Os dados serão colocados em um Sistema de Informação Geográfica (GIS, na sigla em inglês); Saldiva, 2009.
Ele já deve começar a ser usado nas próximas semanas para examinar cadáveres em parceria com o Serviço de Verificação de Óbitos da capital, dentro de um projeto de pesquisa que busca aprimorar métodos não invasivos de fazer autópsias.
A máquina também servirá para examinar pessoas vivas, porque é considerada segura. Inicialmente, porém, só pacientes que estiverem participando de projetos de pesquisa utilizarão o aparelho –a nova máquina ainda precisa ser aprovada para o uso mais amplo em hospitais. Um exemplo de aplicação está na detecção de tumores. "Com uma máquina atual de 3 tesla, é possível identificar um nódulo de 0,7 cm ou 0,8 cm", afirma o médico. "Com a máquina de 7 tesla vai ser possível identificar nódulos com menos de 0,5 cm." A diferença parece pouca, mas detectar um tumor mais cedo pode ser crucial para o sucesso de um tratamento; Juliana Passos, 2015.
As autópsias feitas poderão explicar melhor o que aconteceu, por exemplo, com o coração de uma pessoa que estava fazendo quimioterapia, se a causa foi uma infecção ou uma reação ao radioterápico, ou qual o nível de poluentes acumulados no pulmão de uma pessoa ao longo da vida. O pesquisador ressalta que o número de autópsias médicas, aquelas feitas em caso de morte natural, está caindo e são elas que ajudam a entender as causas das doenças e, consequentemente, a desenvolver novos tratamentos. "A nossa nova ressonância de 7 tesla de definição é muito usada para identificar mudanças no sistema nervoso central. Assim, com o banco de dados já existente, poderemos estudar o que predispõe e o que protege de doenças como Alzheimer, ansiedade crônica e esquizofrenia", diz Saldiva. Batizado de MetroHealth, o projeto reúne pesquisadores de diversas áreas e instituições, como médicos, geógrafos, arquitetos físicos e estatísticos da USP, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), da Universidade Federal do Paraná, do hospital Albert Einstein e de entidades internacionais. A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, por exemplo, ajudará na análise das imagens de autópsia digital; Fabrício Marques, 2009.
Fonte: Academia Nacional De Medicina, 2016.
Fonte: Fabrício Marques, 2009.
O trabalho teve como base informativa buscas virtuais incluindo: Academia Nacional De Medicina, USP, Google acadêmico e referências em sites de apoio utilizando as palavras chaves: Ressonância 7 tesla. 
Como funciona a ressonância de 7 Tesla 
Emissão de ondas: Bobinas transmissoras são responsáveis por emitir ondas de radiofrequência de 300 MHz que excitam os átomos de hidrogênio do tecido humano.
Coleta da informação: Os átomos de hidrogênio absorvem energia e a reemitem. A bobina receptora detecta o sinal e envia para computadores na sala técnica.
Processamento e geração das imagens: O sinal é processado matematicamente e as imagens enviadas para os computadores da sala de comando.
A quantidade de prótons do tecido humano que contribuem para gerar imagens aumenta conforme a intensidade do campo magnético. Por isso, o 7 Tesla tem maior detalhamento para medidas estruturais e funcionais do organismo humano. 
MARQUES. F, A morte Explica a vida. Revista Pesquisa FAPESP 229. Março, 2015.
ELTON. Alisson, Facility é inaugurada na Faculdade de Medicina da USP. Agência FAPESP, 2015.
PASSOS. Juliana, Do UOL, em São Paulo, 2015.
ANM, Academia Nacional de Medicina ressonância, 2016.
SALDIVA. Paulo primeira maquina para avanços, 2009.
AUGUSTINACK. JC, et al. Córtices Temporais Mediais em Ressonância Magnética Ex Vivo. National library of medicine, 2013. 
O alto nível de refinamento das imagens geradas pelo aparelho irá permitir maior detalhamento das autópsias virtuais, permitindo comparações precisas com os tecidos biológicos. Isso significará um avanço no diagnóstico por imagem, que ganhará em precisão. Assim o projeto irá colaborar para que, por exemplo , o diagnóstico de doenças como o câncer possa ocorrer de forma mais precisa e cada vez mais precoce.
Imã poderoso: Quanto mais forte é o campo magnético usado pela máquina de ressonância, mais nítida é a imagem gerada. O imã da máquina da USP gera um campo de 7 tesla, capaz de erguer uma peça de metal com o peso de 20 carros. Essa potência de 7 Tesla permite criar imagens com 4 vezes mais resolução que as melhores máquinas do Brasil hoje, que tem ate 3 tesla. Em organismos mortos, que não mexem, é possível enxergar detalhes de até 0,05 mm. Em tecidos vivos detalhes de 1mm podem ser vistos.
A nova máquina será usada em autópsias não invasivas, dentro de um projeto de pesquisa.
2. O método pode ser uma alternativa quando uma família não permitir a autópsia comum, com cortes.
3. A ressonância também será usada na neurociência, especialmente o estudo de doenças neurodegenerativas, com os males de Alzheimer e Parkinson.
Fonte: Academia Nacional De Medicina, 2016.
Figura 1: A) Bobina tipo gaiola passa-bandas construída. B) Blindagem de RF seccionada com capacitores de 1000 pF.
Fonte: PAPOTI. D, 2019.
Figura 2. Figuras A, B, C e D ponderadas com densidade de prótons (100 µm) do córtex entorrinal, coletadas do equipamento de 7T utilizando bobina solenoide de 28,5 x 44mm. As ilhas entorrinais são mostradas em toda extensão do giro parahipocampal, mostrado na figura (A) amígdala, (B) hipocampo uncal e (C) hipocampo posterior. (D) aponta para camadas entorrinal II.
Imagem mostra a diferença entre as imagens produzidas pela tecnologia 3T (1) e aquelas produzidas pela tecnologia 7T (2). Foram apresentados estudos que mostram como o uso de ressonâncias precisas (como com o 7T) podem “prever” diagnósticos de esclerose múltipla em casos de diagnóstico inicial incerto, em razão de uma melhor caracterização anatômica das lesões. As possibilidades clínicas também se aplicam às doenças degenerativas, como na identificação de sinais da Doença de Parkinson e Alzheimer. Além disso, existem vantagens diagnósticas associadas às neoplasias.
Fonte: AUGUSTINACK. JC et al, 2005.
 Fonte:Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri
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