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CHAITOW Técnicas de Liberação Posiciona para Alívio da Do

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E3s 
L E O N 
1 
Técnicas Avançadas para Tecidos Moles 
CHAITOW 
Técnicas de 
Liberação Posiciona 
para Alívio da Dor 
CHURCHILL 
BR 436780 
llllllll! 
Inclui DVD em inglês 
;om vídeos de demonstração 
das técn icas 
A D U Ç Ã O D A 3 a E D I Ç Ã O 
XV 
Abreviações 
A N 
ACh: acetilcolina NAGs: glides apofisários naturais 
ADA: a m p l i t u d e dinâmica ampla 
AS anterior, superior O '. 
ASI : articulação sacro-ilíaca 0 A : occipito-atlantal 
ATM: articulação têmporo-mandibular 
AV: avaliação por varredura p 
AVBA: alta velocidade baixa a m p l i t u d e 
PCC: padrão compensatório c o m u m 
q PI : posterior, infer ior 
PRT: técnica de liberação posicionai 
CER: contração estática resistida 
CT: cérvico-torácico Q 
g QA: quinesiologia aplicada 
QL: quadrado lombar 
EIAI: espinha ilíaca ântero-inferior 
El AS: espinha ilíaca ântero-superior S 
EMG: eletromioeráfico , . , 
. , .,? , . SCS: strain e counterstrain 
EPS: espinha ilíaca postero-supenor , , , , . r • , 
p n T n r , , , . , . j S D M : síndrome de dor miofascial 
EPTP: escala de palpação do tender p o m t , , , ... . , . 
r r r SFM: síndrome de f ibromialgia 
p S IS P: síndrome de implante de silicone no peito 
SMWLM: mobilização da coluna co m m o v i m e n t o dos 
FN P: facilitação neuromuscular propriocept iva membros 
FPR: liberação posicionai facil itada s N A G s : g l i d e a p o f i s á r i o natura l sustentado 
SNC: sistema nervoso central 
q SOT: técnica sacroccipital 
GAS: síndrome de adaptação geral 
TAMS: textura , assimetria, a m p l i t u d e de m o v i m e n t o , 
resistência 
IRC: impulso rítmico cranial TAV: thrust de alta velocidade 
IRM: imagem de ressonância magnética TC: toracolombar 
TEM: técnica de energia muscular 
L TFL: tensor da faseia lata 
LAG: síndrome de adaptação local T I I N : técnica integrada de inibição neuromuscular 
LMF: liberação miofascial ™ 0 : terapia manipula t iva osteopática 
LS: lombo-sacral T N M : técnica neuromuscular 
TP: tender point 
|Y| TRMQ: técnica de reflexo manipula t iva quiroprática 
M RCS: mecanismo respiratório craniossacral 
MWM: mobilização com m o v i m e n t o 
xvii 
Sumário 
Z DVD-ROM que é parte integrante deste livro inclui sequências de vídeo de todas as técnicas indicadas no texto por um ícone. Para 
assistir no vídeo a uma determinada técnica, dique no ícone correspondente na lista de conteúdos do DVD-ROM. O DVD-ROM foi 
~e :o para ser usado em conjunto com o texto e não sozinho. 
Colaboradores vii 
Agradecimentos ix 
Prefácio xi 
Introdução xiii 
Abreviações xv 
1 . Liberação posicionai espontânea 1 
2. A evolução da disfunção 13 
3. O uso clínico de técnicas SCS 33 
4. SCS avançado e abordagens funcionais 97 
5. Dor muscular: pontos-gatilho, fibromialgia e liberação posicionai 1 25 
6. Técnicas funcionais 149 
7. Liberação posicionai facilitada (FPR) 165 
8. Uso de blocos acolchoados em técnicas sacroccipitais para diagnóstico e tratamento 173 
Robert Cooperstein 
9. Visão geral do Método McKenzie 193 
Anthony J. Lisi 
10. O conceito Mulligan: NAGs, SNAGs, M W M s 205 
Ed Wilson, Dan G. Pilderwasser, Palmira Torrieri Jr e Marcelo Viana Marques Ferreira 
11 . Taping proprioceptivo e de descarga 237 
Dylan Morrissey 
12. Aplicação de técnicas posicionais no tratamento de animais 247 
Julia Brooks, Anthony G. Pusey 
índice 257 
1 
Liberação posicionai 
espontânea 
CONTEÚDO DO CAPÍTULO L iberação pos ic iona i ( P R ) 
Liberação posicionai (PR) 
Terminologia 
Contribuição de Jones 
Bases comuns 
Restrições 'destravadas' 
O que são tender points'? 
Variações de PRT 
1 . Exagero de distorção 
2. Reprodução da posição de estiramento 
3. Usando os tender points de Jones 
como monitor 
4. Abordagem de Goodheart 
5. Técnica funcional 
6. Qualquer ponto doloroso como posição de 
partida para SCS 
7. Liberação posicionai facilitada (FPR) 
8. Técnica aplicada a tecidos com sensibilidade 
excessiva (induration technique) 
9. Técnica de inibição neuromuscular 
integrada (TINI) 
10. Taping proprioceptivo 
11. Mobilização com movimento (MWM) 
12. Método McKenzie 
13. Técnicas de 'blocos' sacroccipital (SOT) 
14. Outras abordagens 
Semelhanças e diferenças 
1 
2 
2 
3 
3 
3 
4 
4 
4 
4 
5 
5 
6 
6 
7 
7 
8 
8 
9 
11 
11 
Este capítulo introdutório contém a revisão de u m a varie-
dade de formas na qual a aplicação prática da metodologia 
da liberação posicionai pode ser usada terapeuticamente. A 
ideia por trás da técnica é realmente m u i t o simples, contudo 
a aplicação pode requerer grande habil idade e delicadeza de 
toque. 
Se os tecidos estão inapropriadamente tensos, endureci-
dos, hipertônicos, encurtados o u contraídos, a terapêutica 
está concentrada usualmente no alívio desses estados inde-
sejáveis a f i m de encorajar o tratamento dessas barreiras de 
restrição. 
Os métodos que p o d e m alcançar isto são normalmente 
diretos. O tecido mole em questão pode ser alongado, mas-
sageado, m o b i l i z a d o e m a n i p u l a d o usando qualquer das 
dezenas de técnicas perfeitamente apropriadas. Contudo , se 
os tecidos estão dolorosos, com espasmo, in f lamados , o u 
sofreram u m trauma recente, o u se o método manual acessí-
v e l i n d u z desconforto , então se requer u m a abordagem 
alternativa. 
Ideal seria u m a abordagem que causasse o mín imo de 
desconforto enquanto permi te u m a resolução espontânea 
da tensão e estado disfuncional dos tecidos. O conjunto de 
métodos que p o d e m ser agrupados como técnicas de liberação 
posicionai (PRTs) e o que este texto tenta descrever oferecem 
precisamente estas oportunidades. 
Técnicas de l iberação posic ionai pertencem p r i n c i p a l -
mente (não inteiramente, como será explicado) àquela classe 
de modalidades que convidam à mudança, em vez de forçar a 
mudança, quando se trata as disfunções teciduais. 
Considere u m músculo que encurtou por excesso de uso 
o u desuso e que abrigou através dele pontos-gati lho ativos. 
U m a abordagem direta que garante alongamento deve-
r ia envolver - como exemplos - l iberação miofasc ia l , o u 
energia muscular/faci l i tação neuromuscular propr iocep-
t i v a (PNF) t i p o a longamento . Esses métodos p o d e m ser 
apropriados e de grande ajuda em restaurar o grau de nor-
mal idade dos tecidos. Pode também acontecer que e m algu-
mas circunstâncias estes métodos sejam impróprios - por 
exemplo, se a condição envolve inflamação o u tecido lesado. 
A liberação posicionai é usada para tratar u m a condição 
d i s f u n c i o n a l de contra tura , hipertônica, não deve forçar 
alongamento o u estiramento, mas deve tentar encontrar u m 
CAPITULO UM 
Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
m o d o (dependendo de q u a l variação da PRT f o i selecio-
nada) de oferecer u m a opor tunidade de mudança" para os 
tecidos. Isso pode envolver o r o m p i m e n t o da "barre i ra" o u 
a manutenção dos tecidos, hipertônicos e contraídos, e m 
estado l i v r e de dor mais encurtado, p e r m i t i n d o que u m a 
mudança espontânea ocorra. 
U m exemplo ainda mais óbvio compara o uso d o " t h r u s t " 
de alta ve loc idade para " l i b e r a r " u m a articulação b l o -
queada, co m u m método de liberação posic ionai que s im-
plesmente mantém a articulação n u m a posição de equilí-
br io , sem estresse, aguardando u m a mudança ocorrer. 
Exemplos desses métodos de aplicação de liberação posi -
c ionai e m tecidos moles e art iculações são descritos nos 
C a p í t u l o s 3 , 4 e 5. 
Como ficará claro, têm inúmeras maneiras diferentes de 
incorporar tais métodos indiretos e extremamente suaves 
em u m protocolo de tratamento. 
• A medicina osteopática c o n t r i b u i u com três das 
principais abordagens de liberação posicionai 
facilitada - strain-counterstrain, técnica funcional e 
liberação posicionai (Johnstone, 1997; McPart land & 
Zigler, 1993). Essas são extensivamente discutidas 
nos Capítulos 6 e 7. 
• A quiropraxia desenvolveu suas próprias variações de 
liberaçãoposicionai, muitas das quais são encontradas 
na técnica conhecida como sacroccipital; ver 
Capítulo 8. 
• A fisioterapia tem p r o d u z i d o inúmeros conceitos e 
métodos inovadores que incorporam a metodologia 
da liberação posicionai, tais como os aspectos da 
abordagem do M u l l i g a n nas técnicas de mobilização 
com m o v i m e n t o ( M W M ) ( N A G s , SNAGs, e tc ) , como 
discut ido no Capítulo 10. 
• Também emergindo largamente da fisioterapia são 
métodos que a l i v i a m tecidos moles e articulações e 
mantêm essas estruturas em estado de alívio pelo uso d o 
taping. Estas abordagens são descritas no Capítulo 11. 
• O trabalho importante de McKenzie no manuseio de 
algumas formas de dor nas costas tem embasamento na 
fisioterapia, e aqueles aspectos d o trabalho que se 
relacionam co m a liberação posicionai se encontram no 
Capítulo 9. 
• E, f inalmente, uma combinação desses métodos tem 
sido bem-sucedida e m animais, mais efetivamente no 
tratamento de cavalos. Liberação posicionai em 
equinos está detalhada no Capítulo 12. 
C o m o sugere esta lista (crescente) de variações, há inú-
meros métodos diferentes e n v o l v e n d o o pos i c iona m e nt o 
de u m a área d o corpo , o u de t o d o o corpo , de f o r m a a evo-
car u m a resposta f i s io lógica t e rapêut i ca s i g n i f i c a n t e e 
que a juda a resolver a dis função musculoesquelé t ica . 
Os meios pelos quais as m u d a n ç a s benéf icas ocorrem 
parece envolver u m a combinação de mudanças neurológi-
cas e circulatórias que ocorrem quando a área de sofrimento 
é colocada na posição mais confortável e l ivre de dor. A base 
teórica para a eficácia da liberação posicionai será esboçada 
no Capítulo 3. 
Terminologia 
O criador da técnica funcional , u m dos maiores métodos de 
liberação posicionai espontânea (discutido neste capítulo e 
no Cap. 6), f o i H a r o l d V. Hoover. Ele usou o termo 'dinâmica 
neutra" (Hoover, 1969) para descrever o que estava sendo 
feito à medida que os tecidos relacionados a u m a articulação 
o u área estruturalmente desequilibrada f o r a m posicionados 
em estado de 'facilitação". Charles Bowles (1969) d i s c u t i u 
mais sobre 'dinâmica neutra". Ele postula: 
Dinâmica neutra é um estado no qual os tecidos se encon-
tram quando o movimento da estrutura a que eles servem é 
livre, irrestrito e com limites fisiológicos de movimento nor-
mal...Dinâmica neutra não é uma condição estática...ê uma 
continuação do estado normal, durante o movimento vivo, 
durante atividades diárias...é o estado e a condição a ser res-
taurada numa área disfuncional. 
C o m o explicações e descrições são oferecidas para as res-
postas fisiológicas espontâneas que ocorrem quando os teci-
dos são posicionados n u m estado de equilíbrio; neste e nos 
capítulos seguintes, os termos 'facilitação" e 'restrição' serão 
frequentemente usados para descrever os extremos de res-
trição e de l iberdade de m o v i m e n t o . O t e r m o 'dinâmica 
neutra" pode ser considerado como sendo permutável com 
'máxima facilitação". 
Contribuição de Jones 
O ímpeto no uso desta abordagem básica de tratamento não-
invas ivo de f o r m a coerente e m vez de acertar-e-errar está 
l igado ao trabalho de Lawrence Jones, que desenvolveu u m a 
abordagem para a disfunção somática (Jones, 1981) que ele 
chamou de "s train-counterstrain" (SCS) (descrito em deta-
lhes no Capítulo 3). Walther (1998) descreveu o momento da 
descoberta com estas palavras: 
A observação inicial de Jones da eficácia do " counterstrain" 
foi com um paciente que não estava respondendo ao trata-
mento. O paciente estava incapacitado de dormir por causa 
da dor. Jones tentou encontrar uma posição confortável para 
auxiliar o sono do paciente. Depois de 20 minutos de tenta-
tiva e erro,finalmen te achou-se u ma posição na qual a dor do 
paciente havia sido aliviada. Deixando o paciente nesta posi-
ção por curto período de tempo, Jones ficou espantado 
quando o paciente saiu da posição efoi capaz de sustentar-se 
confortavelmente na posição ereta. O alívio da dor foi dura-
douro, e o paciente teve uma recuperação muito satisfatória. 
A posição de 'facilitação" que Jones ident i f i cou para esse 
paciente f o i u m a amplif icação da posição que o espasmo 
estava mantendo; a part i r disso Jones i n t u i u os mecanismos 
envolvidos . 
Liberação posicionai espontânea 3 
C o m o passar dos anos, desde que Jones fez sua pr imeira 
observação que u m a posição que aumenta a distorção d o 
paciente pode fornecer u m a o p o r t u n i d a d e para a l i v i a r o 
espasmo e h iper tonia , muitas variações desse tema básico 
têm emerg i do , a lgumas elaboradas logicamente a p a r t i r 
desta p r i m e i r a ideia, e outras i n d o em novas direções. 
Os métodos de l iberação pos ic iona i são sumar izados 
neste capítulo, e o Quadro 1.2 está o mais compreensível pos-
sível no per íodo que f o i escrito; c o n t u d o , novas versões 
estão regularmente aparecendo, e o autor reconhece ser 
impossível detalhar todas as variações. 
Bases comuns 
U m a das semelhanças de mui tas dessas abordagens é que 
elas m o v e m o paciente, o u os tecidos afetados, para longe de 
qualquer barreira de resistência e em direção à posição de 
conforto. 
Os termos usados para estes dois extremos são 'aproxi -
mação ' e ' facil itação' - que qualquer u m que já tenha t i d o 
experiência de manuseio com o corpo h u m a n o v a i reconhe-
cer como sendo descrições apropriadas. 
A necessidade de muitas variações para a compreensão é 
óbvia. 
Diferentes quadros clínicos requerem disponibi l idade de 
uma variedade de abordagens terapêuticas. 
U m exemplo descrito com maior detalhe no Capítulo 4 
envolve u m g r u p o severamente doente no pré- e pós-opera-
tório, pacientes acamados que receberam tratamento para a 
dor e desconforto , sem sair da cama. E m ta l q u a d r o , não 
pode ser feito procedimento rígido, e a f lexibi l idade pode ser 
melhor alcançada pelo terapeuta que dispõe de várias for-
mas de alcançar o mesmo f i m (Schwartz, 1986). 
A abordagem de Jones usa o feedback verbal do paciente 
sobre a sensibilidade d o tender point que está sendo usado 
como monitor , e o qual o terapeuta está palpando enquanto 
tenta adaptar u m a posição de facilitação. 
E possível imaginar situações nas quais o uso do método 
de Jones " m o n i t o r a n d o " os tender points (Cap. 3) pode ser 
i n a p r o p r i a d o o u realmente impossível , p o r exemplo , no 
caso de alguém que tenha perdido a habil idade de se comu-
nicar verbalmente, o u q u e m não fala o mesmo i d i o m a , o u 
quem é m u i t o j o v e m o u doente para fornecer u m feedback 
verbal. E m casos como esses, se faz necessário u m método 
que permita o terapeuta alcançar o mesmo f i m sem a comu-
nicação verbal . 
Isto é possível , como será demonst rado , usando tanto 
métodos ' funcionais ' o u abordagens de liberação posicionai 
facilitada, que envolve o terapeuta a encontrar u m a posição 
de m á x i m o confor to p o r meio de palpação apenas, ava-
l iando o estado de " l iberação" dos tecidos. Esta abordagem 
é descrita nos capítulos seguintes em maiores detalhes. 
C o m o nós examinamos inúmeras variações d o mesmo 
tema de liberação posicionai, liberação pelo posicionamento 
d o paciente, o u de de terminada área, " d e n t r o " da ' f a c i l i -
tação', o potencial diferente da clínica e da terapêutica ficará 
mais claro. 
É importante notar que se métodos de liberação posicio-
na i são adotados para tecidos cronicamente f ibrosados, o 
resultado esperado pode ser u m a redução da h i p e r t o n i c i -
dade, mas não resulta em nenhuma redução da fibrose. 
Alívio da dor o u melhora da mobi l idade pode ser apenas 
temporário o u parcial em alguns casos. Isso não inval ida a 
u t i l idade da PRT em casos crónicos, mas enfatiza a necessi-
dade de usar métodos de PRT como parte de u m a aborda-
gem integrada. Isto poderá ser de part icular importância na 
desat ivaçãode pontos -gat i lho miofasciais , usando u m a 
combinação de métodos manuais n u m a sequência conhe-
cida como técnica de inibição neuromuscular integrada -
T I N I (ver adiante, e no Cap. 5). 
Restrições 'destravadas' 
Upledger & Vredevoogd (1983) deram u m a explicação prá-
tica para métodos de t ratamento indiretos , especialmente 
relacionados à terapia craniana. A ideia de mover u m a área 
restrita na direção da facilitação é, eles d izem, ' u m t i p o de 
princípio de "des t ravar" . Frequentemente a f i m de abr i r 
u m a tranca precisamos p r i m e i r o exagerar no seu fecha-
mento. A aplicação dos métodos de liberação posicionai nas 
estruturas cranianas é mais bem explorada no Capítulo 4. 
Nos tecidos normais existe, na metade d o m o v i m e n t o , 
u m a área de 'facilitação' o u equilíbrio, onde os tecidos estão 
na sua menor tensão. 
Quando há uma restrição da a m p l i t u d e n o r m a l de m o v i -
mento de u m a área, seja de or igem óssea o u de tecido mole , 
agora esta a m p l i t u d e l imi tada irá quase sempre ainda ter u m 
lugar, u m m o m e n t o , u m p o n t o , que é neutro , de máximo 
conforto, o u facilitação, usualmente repousando em a l g u m 
lugar entre a nova barreira de restrição em u m a direção, e a 
barreira fisiológica na outra. Encontrar este ponto de equilí-
br io , também conhecido como 'dinâmica neutra ' , é u m ele-
mento-chave na PRT. Permanecer nesta posição de ' fac i l i -
tação ' p o r u m a q u a n t i d a d e de t e m p o a p r o p r i a d a (ver 
adiante) oferece u m a chance às restrições de 'destravar' , a l i -
viar, normalizar. 
Dessa forma pode ser visto que o elemento de posiciona-
mento d o processo é a preparação para iniciar o tratamento, 
e que o ' tratamento' é autogerado pelos tecidos (sistema ner-
voso, sistema circulatório etc) , e m resposta a esse posiciona-
mento cuidadoso. Isto ajuda a explicar o nome or ig ina l que 
Jones d e u para s tra in-counterstrain que ele p r i m e i r o cha-
m o u de " l iberação espontânea pelo p o s i c i o n a m e n t o " 
(Greenman, 1996). 
Todas as variações d o tema de liberação posicionai estão 
descritas brevemente adiante e no sumário ao f i n a l deste 
capítulo (Quadro 1.2) e estão discutidas em maiores detalhes 
nos capítulos seguintes. 
0 que são tender points? 
Jones (1981) descreveu áreas localizadas associadas c o m 
tecidos dolorosos e d is func ionais como tender points. A s 
características desses pontos estão discutidas no Quadro 1.1. 
CAPÍTULO UM 
4 Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
Var iações de P R T 
1. Exagero e distorção 
Isto é u m aspecto da metodologia de SCS. 
Veja o exemplo de u m indivíduo curvando para a frente 
com espasmo no psoas/lumbago. Isso dever ia envolver 
alguém em considerável desconforto o u dor, q u e m também 
estava co m postura alterada - curva anteriormente em fle-
xão, junto com rotação e inclinação lateral. Qualquer tenta-
t iva pela pessoa (ou pelo terapeuta) de endireitar o indiví-
d u o em direção a u m a postura fisiologicamente mais n o r m a l 
acarretará mais d o r e grande quant idade de resistência. 
M o v i m e n t o em direção a, o u compromet ido com, a barreira 
de resistência não deve portanto , idealmente, ser a pr imei ra 
opção. 
Contudo, mover a área para distante da barreira de restri-
ção e m ta l s i tuação não é n o r m a l m e n t e u m prob le m a . 
Experiência clínica tem mostrado que a posição requerida 
para encontrar u m a posição de ' faci l i tação' para a lguém 
neste estado normalmente envolve ausência de dor aumen-
tando o grau de distorção exibido, pos ic ionando a pessoa 
(no exemplo dado) e m alguma variação baseada na curva-
tura para a frente (possivelmente em supino o u deitado de 
lado e m vez de suportando peso - ver exemplos no Cap. 3) 
até que a dor seja reduzida o u abolida. 
Após 60 o u 90 segundos na 'posição de facilitação', deve-
se retornar para a posição neutra devagar, e teoricamente -
normalmente também na prática - o paciente deveria estar 
u m pouco o u completamente a l iv iado da dor e do espasmo. 
Quadro 1.1 0 que são tender points? 
Como os tecidos se adaptam e modificam por efeitos 
como idade, excesso de uso, desuso etc. (ver Cap. 2 
para discussão da evolução da disfunção de tecido 
mole), áreas localizadas de isquemia, desenvolvimento 
de tecidos sensíveis. 
Uma variedade de influências biomecânicas, bioquímicas, 
neurológicas, circulatória e psicológicas está associada 
com tais mudanças, que gradualmente evolui de 
sensibilidade para desconforto, e eventualmente dor 
(Mense&Simons, 2001) . 
Um termo geral que pode ser aplicado a esses tecidos, 
qualquer que seja o nível do espectro da disfunção que 
esteja operando, é hiperalgesia (Lewit, 1999) . 
Uma palavra simples e mais amigavelmente usada é 
'sensível, dolorido' ("tender") (Jones, 1981) . 
Se tais pontos es tão nos seus estágios de formação 
embrionária, ou tiverem alcançado o estágio de 
pontos-gatilho miofasciais ativos, eles são denominados 
tender points, e este é o termo dado na metodologia de 
S C S para pontos usados no protocolo de avaliação e 
tratamento (ver Cap. 3). 
2. Reprodução da posição de estiramento 
Este é outro elemento da metodologia de SCS. 
Deixe-nos d a r u m exemplo d e a l g u é m q u e está c u r v a n d o 
para levantar u m a carga quando é requerida u m a estabiliza-
ção de emergência, como resultado de estiramento e talvez 
espasmo (a pessoa desliza na transferência da carga - ver 
notas dos mecanismos e n v o l v i d o s no SCS no Cap. 3). O 
paciente então f icaria preso na mesma posição de ' t i p o 
lumbago ' distorção antálgica como descrito acima. 
Se, como sugere o SCS, a posição de facil i tação c o m u -
mente é i g u a l à posição de est iramento - então o paciente 
precisa voltar em flexão - com m o v i m e n t o lento - até a sen-
s ib i l idade ser abol ida d o tender point m o n i t o r a d o e/ou o 
senso de facilitação ser percebido nos tecidos previamente 
encurtados e hipertônicos. Adicionando-se pequenos 'ajus-
tes' de pos ic ionamento para alcançar a posição i n i c i a l de 
facilitação pela flexão, usualmente alcança-se u m a situação 
na qual ocorre u m a redução máxima na dor. 
Esta posição é mant ida por 60 a 90 segundos antes de se 
retornar lentamente para a posição neutra, quando, como no 
p r i m e i r o exemplo anterior, u m a resolução parcial o u total da 
hipertonicidade, espasmo e dor devem ser notados. 
Parece óbvio que a posição de est iramento, como des-
crito, provavelmente será uma duplicação exata da posição 
de exagero o u distorção - como na variação 1 . 
Esses dois elementos d o SCS - 'exagero na existência de 
distorção' e 'reprodução da posição de estiramento' - são de 
valor clínico l i m i t a d o e descritos apenas como exemplos, 
u m a vez que os pacientes raramente conseguem descrever 
com precisão a forma que os sintomas evoluem. N e m é óbvio 
que espasmo como torcicolo o u espasmo agudo em antifle-
xão ( ' lombalgia') seja norma. 
N o t a : E for temente recomendado prestar atenção aos 
padrões de distorções crónicos, onde encurtamento adapta-
t i v o e tração tenham ocorr ido por u m período de anos, em 
vez dos resultados de u m a dor aguda, u m a vez que posição 
de alívio nos padrões crónicos pode ser uma valiosa aborda-
gem no manuseio d o paciente. 
Métodos alternativos, outros além de 'distorção exacer-
bada' e 'reprodução da posição de estiramento' , são neces-
sários a f i m de facil itar a identificação das prováveis posi -
ções de alívio. 
3. Usando os tender points de Jones como monitor 
(Jones, 1981) 
Através de mui tos anos de experiência clínica Jones r e u n i u 
mapas e listas de áreas específicas de tender points, relaciona-
dos a todo estiramento imaginável, envolvendo a maior ia 
das articulações e músculos d o corpo. 
Esses são seus pontos 'comprovados ' (por experiência clí-
nica). Os tender points que ele descreveu normalmente são 
encontrados nos tecidos que estavamem estado encurtado 
no momento do estiramento, em vez dos que estavam alon-
Liberação posicionai espontânea 5 
gados, e em tecidos que se tornaram cronicamente encurta-
dos com o tempo. 
Novos pontos - fora da lista e do mapeamento de Jones -
são per iodicamente registrados na l i tera tura osteopática; 
por exemplo, u m g r u p o de pontos no forame sacral relacio-
nados a disfunções na articulação sacroilíaca f o i identi f icado 
por Ramirez et al . , (1989); ver Capítulo 3. 
Jones e seus seguidores também delinearam recomenda-
ções precisas para alcançar a facilitação em qualquer tender 
point que esteja sendo p a l p a d o (a posição de facil i tação 
usualmente envo l ve ' compressão c o m os dedos fazendo 
dobras na pele ' o u tração nos tecidos nos quais os tender 
points estão localizados). 
Este método é descrito em detalhes no Cap. 3 e envolve 
manter pressão no tender point que moni tora , o u periodica-
mente investigando-o, à medida que u m a posição seja alcan-
çada na qual : 
• não há dor adicional independente de a área ser 
sintomática, e 
• dor no ponto moni torado tenha reduzido pelo 
menos 70%. 
Isto é então m a n t i d o p o r u m período de t e m p o apro-
priado (90 segundos, de acordo com Jones; contudo, existem 
marcadas variações no tempo sugerido que os tecidos preci-
sam ser mantidos na posição de facilitação, como ficará apa-
rente nas discussões das m u i t a s variáveis avaliadas na 
metodologia de liberação posicionai) . 
N o exemplo da pessoa com dor lombar aguda que está 
travada em flexão, o tender point normalmente será local i -
zado na face anterior do abdome, nas estruturas musculares 
que estavam encurtadas no momento do estiramento (quan-
do o paciente estava e m flexão), e a posição que remove a 
sensibi l idade deste p o n t o , como nos exemplos prévios, 
usualmente requererá flexão e provavelmente a l g u m ajuste 
envolvendo rotação e/ou inclinação lateral. 
Se houver u m problema com a abordagem das fórmulas 
de Jones é que, embora ele está frequentemente correto para 
a posição de facilitação recomendada para pontos part icula-
res, a lgumas vezes ele está errado. O u , colocando isto de 
forma diferente, a mecânica d o estiramento em part icular 
com o q u a l o terapeuta é conf rontado pode não co inc id i r 
com as recomendações de Jones. 
O terapeuta que se fia somente no ' roteiro ' o u fórmula de 
Jones pode achar difícil sustentar u m a situação na qual o uso 
dos tender points prescritos falha em p r o d u z i r os resultados 
desejados. Conf iar no roteiro de Jones para a posição dos 
pontos pode p o r t anto fazer com que o terapeuta se torne 
dependente deles, e sugere que o uso da habil idade palpató-
ria e outras variações da observação or ig ina l de Jones ofere-
cem u m a abordagem mais inteirada para l idar com o estira-
mento e a dor. 
Felizmente, Goodheart e outros têm apresentado mode-
los menos rígidos através dos quais se pode trabalhar 
usando os mecanismos de liberação posicionai. 
4. Abordagem de Goodheart 
(Goodheart, 1984; Walther, 1988) 
George Goodheart (o quiroprático que desenvolveu a cine-
siologia aplicada) tem descrito u m a fórmula aplicável quase 
universalmente que se fia mais em fatores i n d i v i d u a i s exibi-
dos pelo paciente e menos em fórmulas rígidas, como usado 
na abordagem de Jones. 
Goodheart sugere que u m tender point adequado deve ser 
p r o c u r a d o em tecidos antagonistas àqueles ativos q u a n d o 
dor o u restrição é notada. Se dor o u restrição é registrada, o u 
é aparente em determinado momento , os músculos antago-
nistas aos que operam no momento da dor serão aqueles que 
alojam o(s) tender point(s). 
Assim, por exemplo, dor (onde quer que seja sentida) que 
ocorre quando o pescoço está sendo rodado para a esquerda 
vai requerer que o tender point seja localizado nos músculos 
que r o d a m a cabeça para a direita . 
N o exemplo anterior da pessoa tratada em flexão (cur-
vada para a frente) co m dor aguda e espasmo, usando abor-
dagem de Goodheart , dor e restrição serão sentidas pela pes-
soa tentando corr igir a postura (p. ex., m o v e n d o em exten-
são) da posição de flexão forçada. 
A at i tude de endireitar usualmente causará dor nas cos-
tas, mas independentemente de onde a dor é notada o tender 
point deve ser p r o c u r a d o (e subsequentemente t ra tado 
sendo levado a u m estado de alívio) nos músculos opostos aos 
que estão trabalhando quando a dor é sentida (provavelmente 
psoas) neste exemplo. 
É i m p o r t a n t e enfatizar que os tender points que estarão 
sendo usados como 'monitores ' durante a fase de posiciona-
mento desta abordagem não são os que são procurados no 
músculo oposto aos que estão apresentando a dor, mas nos 
músculos opostos aos que estão a t ivamente m o v e n d o o 
paciente, o u área, quando dor o u restrição é notada. 
Goodheart acrescentou inúmeras modificações na a p l i -
cação de SCS que serão elaboradas nos capítulos seguintes. 
Estão relacionadas pr im a r ia m e nt e à confirmação da 'ade-
quação' d o músculo para tratamento por avaliação da sua 
resposta a u m a curta contração isométrica - se o músculo 
pode se beneficiar de SCS, Goodheart sugere que ele deve 
'enfraquecer' seguindo a contração isométrica. Ele também 
relata o uso de técnicas de alongamento neuromusculares 
aplicadas nos tecidos ao redor da área muscular aparente-
mente d i s f u n c i o n a l d ur a nt e a manutenção da posição de 
facilitação (ver Cap. 5). 
5. Técnica funcional 
(Bowles, 1981; Hoover, 1969) 
Técnicas de osteopatia funcional ignoram dor à medida que 
está orientada para a posição de facilitação e se f i a m nisto e m 
vez de r e d u z i r o tônus p a l p a d o nos tecidos estressados 
(hipertonia/espasmo) à medida que o corpo (ou parte) está 
sendo posicionado, o u ajustado, em relação a todas as dire-
ções possíveis de m o v i m e n t o n u m a região. 
CAPITULO UM 
— 
Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
U m a posição de facil itação combinada é alcançada 
usando o que é conhecido como sequência 'de sobreposi-
ção ' , expl icada e descrita e m detalhe n u m capítulo mais 
adiante (Cap. 6). 
U m a mão palpa o tecido afetado (se m o l d a a eles, sem 
pressão invasiva). Isso é descrito como mão ' au di t iva ' , u m a 
vez que ela acessa mudanças no tônus à medida que a outra 
m ã o d o terapeuta or ienta o paciente (ou parte) n u m a 
sequência de posições que objetivam garantir facilitação e 
reduzir o espasmo o u hipertonia . 
U m a sequência de avaliações é real izada, cada u m a 
envolvendo diferentes direções de m o v i m e n t o (flexão/ex-
tensão, rotação direita e esquerda, inclinação lateral direita e 
esquerda etc.) c o m cada n o v o m o v i m e n t o i n i c i a n d o no 
ponto de máxima facilitação revelado durante a avaliação 
prévia, o u pontos combinados de facilitação das avaliações 
prévias. Dessa forma, u m a posição de facilitação é "sobre-
p o s t a " a o u t r a , até que todas as direções de m o v i m e n t o 
tenham sido avaliadas para facilitação. 
Se o mesmo paciente c o m prob lema na coluna lombar , 
como previamente discut ido, estava sendo tratado usando 
técnica funcional , os tecidos tensos na lombar seriam aque-
les sendo palpados. 
E m u m a sequência de flexão/extensão, inclinação lateral 
e rotação e m cada direção, translação dire i ta e esquerda, 
translação anter ior e posterior , e compressão/dis tração 
(envolvendo todas as direções de m o v i m e n t o possíveis da 
área) deve-se chegar a u m a posição de máxima facilitação. 
Se este posic ionamento de "sobreposição" da facilitação é 
mantido por 30 a 90 segundos, resultarão em alívio de hiper-
tonicidade e redução da dor. 
A sequência precisa na qual as várias direções de m o v i -
mento são avaliadas parece ser irrelevante, até onde todas as 
possibilidades estejam incluídas. 
Teoricamente (e usualmente , e m prática) a posição de 
facilitação máxima alcançada (tônus reduzido) nos tecidos 
sensibilizadosdeveria corresponder com a posição que por 
ter estado dolorosa era usada como guia, como na aborda-
gem de Jones e Goodheart , o u se o mais básico 'exagero e 
distorção' o u 'repetição da posição de est iramento' estava 
sendo usado como guia para posicionamento. 
U m exercício desta forma de palpação (que, quando con-
cluída, p r o d u z u m a posição de facilitação 'combinada') será 
encontrado no Capítulo 6. 
6. Qualquer ponto doloroso como posição de 
partida para SCS 
(McPartland&Zigler, 1993) 
Todas as áreas palpadas como dolorosas estão respondendo 
a, o u associadas com, a l g u m grau de desequilíbrio, d i s f u n -
ção o u a t i v i d a d e reflexa que p o d e envolver est i ramento 
agudo o u adaptação crónica. Contudo , se podemos i d e n t i f i -
car o complexo padrão de est iramento é u m a questão e m 
aberto. 
A abordagem de Jones identif ica a provável posição dos 
"tender points" relacionada a u m padrão part icular de estira-
mento (tornozelo em eversão, estiramento lombar em flexão 
etc) . 
C o n t u d o , faz sent ido considerar que qualquer p o n t o 
doloroso i d e n t i f i c a d o d u r a n t e a aval iação, massagem o u 
palpação de tecido mole ( inc luindo a busca por pontos-gati-
lho) pode ser tratado com liberação posicionai, quer saiba-
mos que o estiramento p r o d u z isto o u não, quer o problema 
seja agudo o u crónico. 
Experiência, e a lógica simples, nos d iz que a resposta à 
posição de alívio de u m a área cronicamente fibrosada será 
menos dramática do que a dos tecidos mant idos em estira-
mento o u hipertonicidade. Mesmo assim, até em casos cró-
nicos, o grau de alívio e facilitação pode ser p r o d u z i d o , per-
m i t i n d o mais fácil acesso à fibrose mais profunda . 
Essa abordagem, de ser capaz de tratar qualquer tecido 
doloroso usando a posição alívio, é válida se a dor está sendo 
m o n i t o r a d a v ia feedback d o paciente (usando níveis de 
redução da dor no ponto palpado como guia - isto é, strain-
counterstrain) ou se o conceito de técnica funcional de ava-
liação na redução do tônus nos tecidos está sendo usado. 
U m período de 60 a 90 segundos é recomendado como o 
tempo para manter a posição de máxima facilitação - apesar 
de a lguns ( tal como M a r s h M o r r i s o n - ver variação 8 
adiante) sugerirem apenas 20 segundos. 
7. Liberação posicionai facilitada (FPR) 
(Schiowitz, 1990) 
Esta variação do tema dos métodos funcional e SCS envolve 
o pos ic ionamento da área acometida e m u m a direção de 
maior l iberdade de m o v i m e n t o , começando n u m a posição 
'neutra ' em termos de posição geral do corpo. 
Para começar, o paciente fica sentado e m postura sagi-
ta l que deve ser m o d i f i c a d a para pos ic ionar o c o r p o o u 
parte (pescoço, p o r exemplo) e m u m a posição mais ' neu-
t ra ' - que é o equilíbrio entre flexão e extensão - seguindo 
a apl icação de u m a força de faci l i tação (usualmente u m 
trac ionamento nos tecidos) que deve ser feita. N ã o é usado 
m o n i t o r de dor, mas e m vez disso a mão a u d i t i v a / p a l p a -
tória é aplicada (como na técnica func iona l ) que percebe 
mudanças na facilitação e restrições nos tecidos acometi-
dos à m e d i d a que o corpo/parte é cuidadosamente pos i -
c ionado e reposicionado. 
O ' t rac ionamento ' f i n a l dos tecidos, para encorajar u m 
'relaxamento' no local da tensão, é o aspecto facil i tador d o 
processo, de acordo co m os teóricos. Este ' t rac ionamento ' 
pode envolver compressão aplicada através de u m longo 
eixo de u m m e m b r o , talvez, o u dire tamente descendente 
através da coluna por meio de u m a pressão aplicada cranial-
mente, o u alguma variação como esta. 
A q u a n t i d a d e de t e m p o que a posição de facil itação é 
m a n t i d a usualmente sugere-se p o r v o l t a de 5 segundos. 
Afirma-se que a textura do tecido alterada, tanto na superfí-
Liberação posicionai espontânea 
cie quanto na p r o f u n d i d a d e , pode ser tratada com sucesso 
dessa forma. 
FPR será aval iada e d i scut ida em maiores detalhes no 
Capítulo 7. 
8. Técnica aplicada a tecidos com sensibilidade 
excessiva (induration technique) 
O quiroprático texano M a r s h M o r r i s o n (1969) sugeriu p a l -
pação m u i t o leve, usando toque extremamente leve, como 
meio de sentir u m a sensação de "arrasto"(veja nota sobre 
palpação no Cap. 3) no decorrer das laterais da coluna (tão 
lateral como as pontas dos processos transversos). 
Este m o v i m e n t o palpatório de 'arrasto' ident i f ica áreas 
de hiperidrose, o que é u m a resposta fisiológica a u m a a t i v i -
dade simpática aumentada e é u m fator invariável nos p o n -
tos-gatilho revestindo a pele, e outras formas de atividades 
reflexas i n d u z i d a s o u áreas miofasciais ativas ('zonas de 
hiperalgesia na pele') (Lewi t , 1999). U m a vez observado o 
m o v i m e n t o de "arrasto", pressão nos tecidos normalmente 
resulta em relato de dor. 
• O terapeuta fica de pé ao lado do paciente em prono e 
no lado oposto no qual a dor f o i descoberta nos tecidos 
paravertebrais. 
• U m a vez localizados, pontos dolorosos o u "tender 
points" (alojados mais lateralmente do que a ponta dos 
processos transversos) são palpados ao nível da sua 
sensibilidade à pressão. 
• U m a vez conf i rmado como doloroso, o ponto é m a n t i d o 
sob u m a f i rme pressão do polegar enquanto, com a 
eminência tênar da outra mão, a extremidade d o 
processo espinhoso mais adjacente ao ponto de dor é 
suavemente facilitada na direção da dor (gramas de 
pressão apenas), tracionando e relaxando os tecidos 
sendo palpados, até que a dor reduza pelo menos 70% 
(Fig. 1.1). 
• Pressão direta desse t ipo (levemente aplicada) na dor 
deve reduzir o grau de contração do tecido e 
sensibilidade. 
• Se isto não acontece, então o direcionamento da pressão 
no processo espinhoso em direção ao ponto doloroso 
deve ser var iado levemente de forma que, em a l g u m 
lugar através do arco abrangendo meio círculo, u m 
al inhamento em direção à dor será encontrado para 
abolir a dor totalmente e d i m i n u i r a sensação objetiva 
de tensão. 
• Esta posição é mant ida por 20 segundos, depois disso o 
próximo ponto é tratado. 
• U m tratamento completo da coluna é possível usando 
esta abordagem extremamente suave que incorpora 
os mesmos princípios que SCS e técnica funcional e os 
achados de facilitação e redução da dor como foco de 
tratamento. 
^ 9- Técnica de inibição neuromuscular integrada 
(TINI) 
7 I X I (Chaitow, 1994) usa u m a 'posição de facilitação' envol -
vendo tecidos que alojam pontos-gati lho, como sendo parte 
de u m a sequência para sua desativação ('liberação de p o n -
tos-gatilho') (Mense & Simons, 2001). 
Nota : U m protocolo preciso de T I N I é dado no Capítulo 
5; o resumo adiante oferece apenas u m a estrutura. 
• A sequência inicia co m a localização d o ponto doloroso 
do ponto-gat i lho d o tender point. 
• Isso é seguido pela aplicação de compressão isquêmica 
(isto é opcional e é evitado se a dor é m u i t o intensa o u o 
paciente m u i t o frágil o u sensível). 
• Seguindo esse período de pressão intermitente o u 
constante é in t r o duz ida posição de alívio nos tecidos 
(como na metodologia de SCS descrita acima). 
• Após u m período de tempo apropriado, durante o qual 
os tecidos são mant idos em 'facilitação', o paciente é 
solicitado a fazer u m a contração isométrica nos tecidos 
afetados (técnica de energia muscular) por 
aproximadamente 7 segundos. 
• Após a contração os tecidos locais que c i rcundam o(s) 
ponto(s)-gatilho são alongados por não menos que 
30 segundos. 
• U m a contração isométrica e estiramento envolvendo 
todo o músculo é então realizada, novamente por não 
menos que 30 segundos. 
• Métodos que faci l i tam a ativação dos antagonistas aos 
músculos envolvidos são então in t roduzidos . 
10. Taping proprioceptivo 
U m a abordagem u m tanto diferente, da qual os aspectos prá-
ticos serão mencionados no Capítulo11, é o taping de "des-
carga"; u m a variante fisioterapêutica sobre a PRT (Fig. 1.2). 
Esse é u m método que parece incorporar mui tos dos p r i n -
cípios associados com a PRT. 
Figura 1.1 Posição das mãos na técnica aplicada em tecidos 
com sensibilidade excessiva (induration technique). Pressão 
aplicada no processo espinhoso é medida em gramas no 
máximo. 
CAPÍTULO UM 
8 Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
WÊBÊÍtÊKKKÊÊÊÊÊÊSsÊKÊ 
Figura 1.2 Taping 
proprioceptivo para facilitação 
do serrátil anterior e abdução 
do ângulo inferior da escápula. 
Nos anos recentes, por exemplo, fisioterapeutas têm tra-
tado condições específicas, comumente envolvendo d i s f un -
ção no joelho e/ou ombro , por aplicação de taping de suporte 
para ' a l i v i a r a carga' nas art iculações afetadas (taping de 
"descarga" na coluna às vezes também é usado). Morrissey 
(2000) explica: 
Propriocepção é um componente crítico do movimento 
coordenado do ombro com significante déficit sendo identi-
ficado nos ombros patológicos e fadigados (Carpenter, 
1998). Isto é uma parte integrante do programa de reabili-
tação que tenta minimizar ou reverter esses déficits proprio-
ceptivos. Taping é um adjunto útil para uma abordagem de 
tratamento integrado específico para um paciente com a 
finalidade de restaurar o movimento completo livre de dor 
da articulação do ombro. Taping é particularmente útil em 
abordar as falhas do movimento para as articulações escá-
pulo-torácica, gleno-umeral e acromioclavicular. Os meca-
nismos exatos pelos quais o t ap ing no ombro é eficaz ainda 
não estão claros, mas a sugestão é que os efeitos são ambos 
proprioceptivos e mecânicos. 
É interessante notar que alguns dos métodos usados no 
taping deliberadamente posicionam as articulações e tecidos 
dolorosos em posição de conforto por horas, o u até mesmo 
dias, c o m acentuados benefícios. Informações adicionais 
sobre esta abordagem serão encontradas no Capítulo 11. 
11. Mobilização com movimento (MWM) 
N o Capítulo 10, Ed W i l s o n et al . de l inearam os fatores de 
mobi l ização c o m m o v i m e n t o ( M W M ) e suas variantes , 
como desenvolvido pelo fisioterapeuta neozelandês Br ian 
M u l l i g a n (1992). 
A metodologia de M W M tem elementos que se equipa-
r a m int imamente com os princípios da liberação posicionai. 
Fatores dos métodos M W M como usados no tratamento de 
disfunção na coluna cervical e nas articulações facetarias da 
torácica superior são como seguem: 
• Os métodos levam o acrónimo SNAGs, para 
"deslizamento apofisário natura l sustentado" (do 
inglês: sustained «aturai apophyseal elides). 
• SNAGs são usados para tratamento de restrição o u dor 
sentida em flexão, extensão, inclinação lateral o u rotação 
da coluna cervical, usualmente de C3 para baixo. 
• É fundamenta l estar certo dos planos facetados dos 
segmentos que estão sendo tratados. 
• Paciente está sustentando peso, usualmente sentado. 
• Os movimentos são efetuados ativamente pelo paciente, 
na direção da restrição, enquanto o terapeuta 
passivamente segura u m a área (na coluna cervical e 
torácica no segmento imediatamente cefálico à restrição) 
na translação anterior. 
• Essa pressão passiva leve representa o elemento de 
liberação posicionai do método. 
• N a coluna cervical o plano facetário está na direção dos 
olhos. 
• Rigidez / dor residual é antecipada no decorrer do dia. 
• O paciente pode de forma útil aplicar "sobrepressão" 
para reforçar o m o v i m e n t o em direção à barreira de 
restrição. 
• O mesmo procedimento é feito várias vezes. 
• Melhora funcional instantânea é provável. 
• E m n e n h u m momento a dor deve ser sentida. 
Os mecanismos por meio dos quais o método de M W M 
alcança esses efeitos ainda são incertos. 
Wi l son et al. têm a hipótese que todas as anormalidades 
das articulações c r i a m i m p u l s o s aferentes que sensibiliza 
(facilita) o sistema nervoso central (SNC), part icularmente 
as células de amplo espectro dinâmico (WDR) das células do 
corno dorsal (Korr, 1976). Isto cria u m disparo para os mús-
culos que controlam a articulação e altera o tônus, cr iando 
u m círculo vicioso. 
N a ausência de pato logia i n t r a o u extra-art icular , se o 
SNC pode fornecer i m p u l s o aferente n o r m a l p o r u m 
período, a potência muscular contrátil pode alterar, real i -
nhando a biomecânica art icular e a judando quebrar o cír-
culo de disfunção. Pela "al teração"da barreira excitatória, 
u m m o v i m e n t o previamente doloroso pode se tornar l ivre 
de dor. Adic ionalmente , estímulos dos mecanorreceptores 
normais dos músculos at ivos (como e m SNAGs) p o d e m 
garantir função n o r m a l . 
12. Método McKenzie 
Por meio de cuidadosa avaliação dos efeitos de diferentes 
movimentos e posições na dor existente (comumente envol-
vendo extensão da coluna), o Método McKenzie tenta identi f i -
car aqueles que efetivamente centralizam a dor (Fig. 1.3 A , B). 
Aqueles movimentos ou posições que central izam sinto-
mas periféricos o u das extremidades são prescritos como 
Liberação posicionai espontânea 9 
B 
Figura 1.3 (A) Posição de extensão de McKenzie com o 
terapeuta exercendo sobrepressão. (B) Extensão aplicada pelo 
oróprio paciente. 
autotratamento (McKenzie , 1990). Por exemplo , n u m 
paciente co m dor ciática (sintomas referidos na perna i rra-
diados da ra iz nervosa S I ) , m o v i m e n t o s o u posições são 
explorados na esperança de achar aqueles que 'central izam' 
os sintomas da dor lombar . Central ização dos s intomas é 
vista como sendo u m b o m sinal para o prognóstico ( T i m m , 
1994). 
O conceito de M c K e n z i e é completamente descrito no 
Capítulo 9. 
13. Técnicas de 'blocos' sacroccipitai (SOT) 
E m 1964 Dejarnette (1967) i n t r o d u z i u o uso de calço pélvico 
(blocos a lmofadados , feitos de espuma o u madeira) para 
p e r m i t i r suave reposicionamento da pelve o u da coluna. 
O paciente em supino o u prono (isto é decidido baseado 
no estabelecimento de 'categorias' de disfunção) é posicio-
Tipos de blocos SOT 
C 
Figura 1.4 (A) Posicionamento dos blocos para u m posiciona-
mento em particular. (B) Tratamento ou avaliação enquanto 
posiciona os blocos. (C) Vários blocos sólidos e de 'ar'. 
CAPÍTULO UM 
10 Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
Quadro 1.2 Sumário das variações de liberação posicionai 
Todos os métodos de liberação posicionai requerem 
que o posicionamento seja realizado lentamente, sem 
produzir nenhuma dor adicional no paciente. Em todas 
as variações, é aconselhado um retorno lento para a 
posição neutra seguido por sustentação da posição de 
facilitação. 
A maioria dos métodos de liberação posicionai envolve 
movimento em direção à facilitação, para longe de onde 
o movimento estiver restrito, usando um afrouxamento, 
tracionamento, ' compressão ou folga' dos tecidos 
disfuncionais, a fim de (se pensa) facilitar o fuso 
muscular a recompor e melhorar a função. 
Apesar da suavidade dos métodos há normalmente 
uma reação envolvendo rigidez e possivelmente 
desconforto no dia seguinte ao tratamento, como os 
tecidos se ajustam a sua nova situação e o processo de 
adaptação acomoda essas mudanças. 
Strain-counterstrain (SCS) 
• Procurar pontos de dor que são usados (sendo 
pressionados) para monitorar desconforto nos tecidos 
encurtados no momento do estiramento agudo ou 
crónico. 
• Tender points s ã o usados como guia para 'facilitar' 
posição, à medida que a dor reduz durante o 
posicionamento. 
• S C S normalmente usa flexão para facilitar estiramento 
na parte anterior do corpo e extensão para aliviar dor 
na região posterior do corpo (ver guia específ ica no 
Cap. 3). 
• Uma vez estabelecida a posição de facilitação (por 
alcançar uma redução de no mínimo 7 0 % da dor no 
tender point) será mantida por 9 0 segundos como 
regra. 
• Esta posição de facilitação comumente reproduz a 
posição de estiramento a fim de encontrar a posição 
de facilitação.• Também é comum "exagerar" os desvios existentes, 
distorções, a fim de alcançar alívio da dor nos tecidos 
palpados. 
• Tender points es tão usualmente localizados nos 
músculos antagonistas aos envolvidos no movimento 
que es tá dolorido ou restrito. 
• Goodheart (1984) acrescenta vários métodos de 
facilitação a fim de reduzir o tempo necessár io para 
alívio do tecido. 
• Terapia de liberação posicionai (D'Ambrogio & Roth, 
1997) sugere que manter a posição de facilitação por 
20 minutos para alcançar melhoria das mudanças no 
tecido, mas concorda com os '90 segundos como 
regra' de Jones para tratamento de simples disfunção 
musculoesquelética. 
Técnicas funcionais 
• C o m uma mão monitorando ("ouvindo") e a outra 
atuando para introduzir movimento, os tecidos s ã o 
levados a uma posição de facilitação máxima em 
todas as direções possíveis de movimento - um 
ponto de dinâmica neutra - no qual uma posição de 
facilitação tem sido 'sobreposta' a outra. 
• O processo de sobrepor envolve subsequente a v a l i a ç ã o 
para facilitação em várias direções de movimento, 
iniciando no ponto de facilitação revelado por avaliação 
prévia. 
• Seguindo a posição de manutenção da posição na 
dinâmica neutra até uma s e n s a ç ã o de calor ou 
pulsação ou muito alívio é notada (no mínimo 9 0 
segundos é sugerido) , toda a s e q u ê n c i a é repetida 
pelo menos uma vez mais, co m variações nas 
p o s i ç õ e s de facil itação sendo evidentes como 
c o n s e q u ê n c i a s das mudanças resultantes de 
' tratamento' prévio. 
Posição de alívio facilitada 
• No tratamento da disfunção de tecido mole, FPR usa 
uma sequência envolvendo neutralizar a curva 
ântero-posterior, seguida pela criação de uma 
posição de alívio, e tração e/ou torção para produzir 
uma s e n s a ç ã o de maior facilitação dos tecidos 
palpados (nota: esta sequência pode variar). 
• No tratamento de restrição articular a mesma 
abordagem é usada, mas a articulação envolvida 
também é guiada através de direções de maior 
liberdade de movimento. 
• A posição de alívio facilitada é mantida por apenas 3 a 
4 segundos antes de repetir o teste. 
• Se nenhuma melhora é notada, considera-se que a 
condição requer abordagens mais diretas de tratamento. 
Liberação fascial 
• Tecidos moles são mantidos na direção de maior 
facilidade de movimento até que a "liberação" ocorra. 
• O processo é repetido até existir simetria de 
movimento em todas as direções. 
Manipulação craniana (aplicável em qualquer parte 
do corpo) 
• A estrutura/tecidos restritos são levados na direção 
de maior liberdade de movimento; neste momento a 
posição é mantida até perceber uma s e n s a ç ã o de 
tentativa dos tecidos/estruturas de retornar na 
direção que foram movidos. Isto é, resistido. 
• Subsequentemente, a barreira usualmente retrai, e os 
tecidos são levados numa facilitação do movimento 
ainda maior. O processo é repetido. 
Taping proprioceptivo 
• Uso do taping para "descarregar" as articulações e 
tecidos disfuncionais, por período longo o suficiente 
para permitir que o processo de reeducação aconteça, 
como resultado de modificações proprioceptivas. 
Mobilização com movimento (MWM) incluindo 
S N A G s 
• O posicionamento suave a curto prazo das articulações 
(envolvendo amplitudes involuntárias do jogo articular), 
Liberação posicionai espontânea 11 
Quadro 1.2 Continuação 
incluindo a coluna (deslizamento apofisário natural 
sustentado - S N A G s ) , a f i m de permitir movimento 
ativo livre de dor executado pelo paciente, no intuito 
de restaurar a função normal. 
Método McKenzie 
O uso de posicionamento ou movimento para 
estabelecer um protocolo ideal de assistência na 
centralização da dor periférica para a coluna. Uma vez 
identificado, exercícios domiciliares serão prescritos. 
Técnica sacroccipital (SOT) : blocos e calços 
Precisamente determinado o uso de almofadas (blocos) 
para suporte dos tecidos da pelve e da coluna com o 
paciente deitado em prono ou supino, permitindo o 
reposicionamento para encorajar a normalização da 
disfunção. 
nado e sustentado pelos blocos para p e r m i t i r que as m u d a n -
ças ocorram espontaneamente (Fig. 1.4 A , B, C). 
Dejarnette af irma que: 'a maca fornece o suporte para os 
blocos; então, quando o paciente respira, essa energia pode 
ser t ransmit ida para o m o v i m e n t o para correção da d i s f un -
ção de subluxação' (Heese, 1991). 
Unger (1998) d e m o n s t r o u efeitos pos i t ivos no alonga-
mento muscular seguindo o uso de técnicas com 'blocos'. 
Esses métodos são melhores descritos no Capítulo 8. 
14. Outras abordagens 
Há uma variedade de métodos envolvendo liberação posicio-
nai que não se ajustam m u i t o bem em nenhuma das catego-
rias listadas. Esta variação va i desde u m a técnica efetiva de 
liberação de costela concedida pelo criador da osteopatia cra-
niana, W. G. Sutherland, e descrita por P. E. Kimberley (1980) 
até várias técnicas cranianas descritas p o r John Upledger 
Upledger & Vredevoogd, 1983) e outros, bem como as técni-
cas de restrição fascial descritas p o r Jerry Dickey (1989) e 
variações modi f icadas p o r George Goodheart (Walther, 
1988). A l g u n s desses métodos serão descritos nos capítulos 
seguintes. 
Semelhanças e d i ferenças 
Muitos dos métodos de PRT têm e m c o m u m o objetivo de 
redução no tônus dos tecidos dolorosos associados com as 
disfunções tratadas. 
Os meios pelos quais isso é alcançado v a r i a m , alguns 
s tra in-countrs tra in) usando nível de dor r e d u z i d a como 
cuia para a posição de conforto/facilitação, e outros usando 
variações na palpação (métodos funcionais e de liberação 
rosicional facilitada). 
Alguns métodos são inteiramente passivos (SCS, funcio-
nal, FPR, blocos SOT, taping), enquanto alguns são ativos 
—létodos de McKenzie), e poucos envolvem u m a combinação 
deatívidade ativa e passiva (mobilização com movimento) . 
Além dessas diferenças técnicas de aplicação, as diferen-
cei entre os vários métodos relatados largamente para deta-
lhar sobre por quanto tempo a posição de facilitação deve ser 
mant ida , inc luem recomendações de tempo tais como: 
• Abaixo de 5 segundos para liberação posicionai facilitada. 
• 90 segundos para strain-countrstrain e técnica funcional 
• 3 m i n u t o s o u mais para t ra tamento de condições 
neurológicas (Weiselfish, 1993). 
• A c i m a de 20 minutos com alguns aspectos de terapia de 
liberação posicionai ( D ' A m b r o g i o & Roth, 1997). 
• Horas o u dias e m taping fisioterapêutico. 
Estas questões serão exploradas mais adiante em outros 
capítulos. 
N o próximo capítulo u m resumo é oferecido das formas 
nas quais a disfunção p r o g r i d e como u m processo de 
(falha?) adaptação, e como os métodos de liberação posicio-
nai p o d e m oferecer algumas soluções. 
Referências 
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jo int pos i t ion sense. A m e r i c a n Journal of Sports Medicine 
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Cha i tow L 1994 Integrated neuromuscular i n h i b i t i o n tech-
nique. Bri t ish Journal of Osteopathy 13:17-20. 
D ' A m b r o g i o K, R o t h G 1997 Pos i t ional release therapy. 
Mosby, St Louis . 
Dejarnette M B 1967 The philosophy, art and science of sacral 
occipital technic. Self publ ished, Nebraska City, N E , p 72. 
Dickey J1989 Postoperative osteopathic m a n i p u l a t ive m a n -
agement of m e d i a n s ternotomy patients. Journal of the 
Amer ican Osteopathic Association 89(10): 1309-1322. 
Goodheart G 1984 A p p l i e d k ine s io lo gy w o r k s h o p proce-
dure manual , 21st edn. Privately publ ished, Detroit . 
Greenman P 1996 Principies of manual medicine, 2nd edn. 
Wi l l iams & W i l k i n s , Baltimore.2 
A evolução 
da disfunção 
C O N T E Ú D O D O CAPÍTULO 
Variáveis da disfunção 13 
GAS e LAG 13 
Lesões que ocorrem nas alterações crónicas 14 
Sinais de disfunção 14 
Indicações de disfunção geral e local 14 
Capacidade palpatória 14 
Avaliação osteopática da disfunção somática 16 
Comparando palpação pelos métodos 
padrão e - strain-counterstrain (SCS) 16 
Existe a melhor função e postura? 22 
Uma perspectiva mais ampla 22 
Conceito tenso-frouxo (tight-loose) 23 
Escolhas clínicas 23 
Dor e conceito tenso-frouxo 23 
Barreiras, fixação, facilitação e outras 
terminologias 24 
Reações em cadeia e modificações 
"tenso-frouxo" 24 
Opções gerais de tratamento 24 
Estressores biomecânicos-
musculoesqueléticos 25 
Uma sequência de estresse biomecânico 25 
Facilitação e a evolução dos pontos-gatilho 26 
Como reconhecer uma área de facilitação 27 
Características evidentes e observáveis 27 
Facilitação local (ponto-gatilho) no músculo 27 
Pontos-gatilho - Modelo de Travell e Simons 28 
Liberação posicionai e pontos-gatilho 28 
Isquemiae dor muscular 29 
Isquemia e evolução do ponto-gatilho 29 
Variáveis da d isfunção 
Alterações biomecânicas às vezes ocorrem de forma repen-
t ina e traumática. Est iramentos, entorses e t raumas são 
eventos que, dependendo da magni tude da força envolv ida 
e da capacidade de recuperação e adaptabi l idade dos teci-
dos afetados, apresentam consequências previsíveis como, 
por exemplo, lesões, rupturas e/ou inflamação. 
A maior ia das disfunções somáticas, entretanto, ocorre 
gradualmente. Elas se desenvolvem com tempo, enquanto o 
tecido, localmente , e o corpo, g lobalmente , se a d a p t a m e 
absorvem a carga (estresse) a eles imposta. 
Selye (1956) descreveu dois modelos de adaptação -
geral e local. 
GASeLAG 
Selye d e n o m i n o u estresse o e lemento não-específ ico na 
produção da doença e descreveu as seguintes fases o u está-
gios da síndrome de adaptação geral (GAS): 
1 . Fase reacional de alarme - breve e aguda. 
2. Fase de resistência (adaptação) - processo que pode 
durar mui tos anos, seguido de 
3. Fase de esgotamento (fracasso da adaptação) -
aparecimento da doença o u de disfunções importantes -
levando ao estágio de colapso (Fig. 2.1). 
A GAS afeta o organismo como u m todo, enquanto a sín-
drome de adaptação local ( L A G ) afeta u m a área específica 
d o corpo submet ida a estresse o u tensão, como o o m b r o 
quando sofre estresse repetido durante a prática de ténis. 
Selye demonstrou que o estresse (def in ido como algo a 
que o corpo é obrigado a se adaptar) resulta n u m padrão de 
adaptação que é i n d i v i d u a l a cada organismo. Ele também 
demonstrou que quando u m indivíduo está estressado, exci-
tado o u assustado os mecanismos homeostáticos (autonor-
malização) são ativados. 
A reação de alarme da s índrome de adaptação geral e 
local de Selye equivale à resposta de " l u t a r o u correr" e à 
excitação simpática. 
Se o estado de alarme for prolongado, o u se u m processo 
repetido de adaptação defensiva se inicia, ocorrerão altera-
ções crónicas duradouras . Os resultados de danos traumáti-
cos ou posturais de repetição durante a v i d a , combinados 
CAPÍTULO D O I S 
14 Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
Fase de adaptação 
Reação inicial de alarme Fase de exaustão 
Figura 2.1 GAS / LAG 
com os efeitos das sobrecargas emocionais e psicológicas, 
bem como o per f i l bioquímico daquele indivíduo, serão tra-
duzidos frequentemente n u m padrão complexo de tecido 
fibroso aglomerado, tenso, contraído e fatigado. 
Pesquisadores d e m o n s t r a r a m que o t i p o de estresse 
e n v o l v i d o na produção de alterações adaptativas pode ser 
de natureza estr i tamente b iomecânica (Wal l & Melzack , 
1989), como, por exemplo, u m a única lesão o u tensão postu-
ral mant ida , ou de natureza psíquica (Latey, 1996), como u m 
sentimento crónico de raiva r e p r i m i d o . 
Frequentemente a combinação de estresses físico e emo-
cional altera as estruturas musculoesquelét icas , p r o d u -
z indo u m a série de modificações físicas que p o d e m ser iden-
tificadas e que vão gerar estresse adicional , como dor, restri-
ção articular, desconforto geral e fadiga. 
A s reações em cadeia previsíveis das alterações compen-
satórias vão se desenvolver nas partes moles na maior parte 
desse t ipo de adaptação crónica aos estresses biomecânicos e 
psicogênicos (Lewit , 1999). Essa adaptação ocorrerá quase 
sempre à custa da perda de u m a função ideal e também 
como u m a fonte crescente de comprometimento psicológico. 
E importante considerar que u m a grande parte da adap-
tação já está em andamento - o que chamamos de "aprendi -
zado". 
C o m objet ivo de realizar tarefas esportivas específicas 
(levantamento de peso, arremessos, corrida em distâncias, 
salto em distância o u al tura e tc ) , é necessária adaptação a 
essas demandas e m f o r m a de aprendizado , g a r a n t i n d o 
adaptação à tarefa específica - f requentemente em d e t r i -
mento de outras funções (Norr is , 1999). 
Alterações adaptativas semelhantes ocorrem como con-
sequência de solicitações recreativas e ocupacionais. 
Lesões que ocorrem nas alterações crónicas 
U m a combinação frequentemente ocorre quando o estresse 
é aplicado de forma repentina aos tecidos que sofreram ante-
r i o r m e n t e c o m p r o m e t i m e n t o s adaptat ivos , p o r exemplo , 
durante u m m o v i m e n t o de f lexão anter ior d o tronco e 
retorno à posição neutra, que 'normalmente ' seria bem exe-
cutado e não causaria danos, e ocorre u m a disfunção porque 
os tecidos envolv idos já se apresentavam modificados (fi-
brose, encurtamento, fraqueza etc.) 
Essas variáveis devem ser consideradas no decorrer da 
intervenção terapêutica, uma vez que não é indicado u t i l i -
zar o mesmo método manual para a abordagem de tecidos 
crónicos rígidos e agudos extremamente irr i tados. 
Os métodos de liberação posicionai p o d e m ser ut i l izados 
na presença de disfunção aguda o u crónica. Entretanto , 
algumas variações da terapia de liberação pelo posiciona-
mento são mais indicadas em condições agudas e dolorosas 
ou para indivíduos mais sensíveis e comprometidos do que 
em situações crónicas. 
Sinais de disfunção 
O Q u a d r o 2.1 descreve o padrão compensatór io c o m u m 
(PCC), desvios que sugerem u m a má adaptação e u m a p r o -
bab i l i d ad e de obtenção de resposta insatisfatória ante a 
qualquer tratamento proposto ( Z i n k & Lawson, 1979). 
Indicações de disfunção geral e local 
É necessário e útil avaliar de f o r m a i n d i v i d u a l as art icula-
ções quanto aos seus arcos de m o v i m e n t o , e os grupos mus-
culares quanto a f l ex ib i l idade , força, encurtamento, resis-
tência e presença de pontos-gati lho miofasciais. Os métodos 
de avaliação serão descritos posteriormente neste capítulo. 
Todas essas avaliações e abordagens são necessárias em 
circunstâncias específicas; entretanto, da mesma forma é útil 
ter juntamente c o m a sequência de Z i n k (Quadro 2.1) u m 
número de ferramentas de investigação que i n d i q u e m ní-
veis gerais de func iona l idade que possam ser novamente 
empregadas no processo de reavaliação. 
Dentre as que oferecem indicadores de função e d i s f u n -
ção de forma rápida e úteis na avaliação clínica, temos: 
• A l i n h a m e n t o postural - part icularmente síndrome de 
padrões cruzados (Janda, 1986). 
• Avaliação funcional específica como teste de extensão d o 
q u a d r i l e teste do r i t m o escápulo-umeral (Janda, 1996). 
• Avaliação do equilíbrio sobre u m pé, com olhos abertos 
e fechados (Bohannon et al . , 1984). 
• Avaliação do centro de estabilidade (Norr is , 1999). 
A m a i o r i a desses indicadores está descrita no Quadro 2.2. 
C a p a c i d a d e palpatór ia 
A palpação habil idosa permite a discriminação entre vários 
estados e estágios de disfunção, com considerável grau de 
precisão. L o r d & B u g d u k (1996) declararam:Existem várias dúvidas com relação à precisão do diagnós-
tico manual, mas apenas um estudo (Jull & Bogduk, 1988) 
comparou o diagnóstico manual com critério padrão de blo-
queios anestésicos locais. Os autores apreciaram 100% de 
especificidade e sensibilidade da técnica de avaliação ma-
nual. O terapeuta manual identificou corretamente todos os 
A evolução da disfunção 15 
Quadro 2.1 Padrões posturais de compensação (Zink & Lawson, 1979 ) 
Acredita-se que a c o m p e n s a ç ã o fascial seja útil, 
benéfica e, sobretudo, uma resposta funcional numa 
parte do sistema musculoesquelético (sem resultar em 
sintomas), como, p. ex., resultado de al terações como 
membro inferior curto ou sobrecarga. 
D e s c o m p e n s a ç ã o compreende o mesmo fenómeno em 
que as a l terações s ã o vistas como disfuncionais 
produzindo sintomas e evidenciando a falência do 
mecanismo homeostático (p. ex., adaptação e 
auto-reparo). 
Zink & Lawson (1979) descreveram um modelo de 
padrão postural resultante da progressão da perda de 
c o m p e n s a ç ã o no nível fascial. 
Ao testar as "preferências" dos tecidos (tenso ou 
frouxo) em diferentes áreas, Zink & Lawson sustentaram 
a possibilidade de classificar padrões que 
apresentam utilidade na prática clínica: 
• Padrões ideais - mínima carga adaptativa transferida 
a outras regiões. 
• Padrões compensados, que alternam quanto à 
direção de uma área para outra (atlanto-occipital, 
cervicotorácica, toracolombar e lombossacral) e que 
são normalmente de natureza adaptativa. 
• Padrões descompensados que não alternam e que 
geralmente ocorrem como resultado de trauma. 
Zink & Lawson descreveram quatro áreas transicionais 
cruzadas onde os padrões fasciais podem ser avaliados 
com maior facilidade quanto às preferências para 
rotação e inclinação: 
• occipito-atlantal (OA) 
• cervicotorácica (CT) 
• toracolombar (TL) 
• lombossacral (LS) 
A pesquisa de Zink & Lawson demonstrou que a maioria 
das pessoas exibe padrão alternado de preferência 
rotacional, e que cerca de 8 0 % das pessoas 
apresentam um padrão comum de E-D-E-D 
íesquerda-direita-esquerda-direita), denominado 
Dadrão compensatório normal (PCN) (Fig. 2.2 A) . 
Eles também observaram que 2 0 % das pessoas nas 
quais o padrão não se alternava (Fig. 2.2B) 
apresentavam história de saúde precária ou 
comprometida. 
O tratamento, tanto para os P C N como para os 
padrões não-compensados , tem por objetivo tentar ao 
máximo criar um grau de movimento simétrico 
rotacional nos locais-chave das transições cruzadas. 
Os métodos usados variam desde técnicas diretas 
de energia muscular a técnicas indiretas de liberação 
pelo posicionamento. 
, Avaliação da preferência tecidual na sequência 
de Zink & Lawson 
Região occipito-atlantal 
• Paciente em decúbito dorsal. 
• Terapeuta sentado à cabeceira, ligeiramente para um 
lado, de frente para a quina da maca. 
• A mão cefálica é colocada em berço sob o occipital e 
faz controle no atlas pela oposição do indicador e 
polegar. 
• O p e s c o ç o é flexionado para que o movimento de 
rotação ocorra somente na região cervical alta. 
• A outra mão é pousada sobre a testa do paciente. 
• A mão que faz contato com a articulação 
occipito-atlantal avalia a preferência do tecido uma 
vez que a região é lenta e passivamente rodada para 
a direita e para a esquerda. 
Região cervicotorácica 
• Paciente em decúbito dorsal em posição relaxada. 
• Terapeuta sentado à cabeceira desliza as mãos sob 
as escápulas do paciente. 
Figura 2.2 (A) Padrão compensado de cruzamentos 
alternados indica mínima transferência de carga adaptativa para 
outras regiões. (B) padrões descompensados que não alternam 
e podem ser resultados de trauma. 
CAPÍTULO D O I S 
16 Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
Quadro 2.1 Continuação 
• Cada mão independentemente avalia a área que es tá 
sendo palpada em busca da preferência de 
" tensão ou frouxidão" através do movimento de levar 
as escápulas na direção do teto alternadamente. 
• Mantendo os tecidos nessa posição de "frouxidão" ou 
de facilitação (ou na posição de tensão ou bloqueio e 
introduzindo contrações isométricas) promoverá 
mudanças. 
Região toracolombar 
• Paciente em decúbito dorsal, terapeuta do lado da 
maca olhando para a c a b e ç a do paciente na altura da 
sua cintura, posiciona as mãos sobre as estruturas 
torácicas baixas, dedos ao longo das costelas 
inferiores apontando lateralmente. 
• Considerando as estruturas a serem tratadas como 
um cilindro, as mãos testam a preferência para a 
rotação em torno de um eixo cental, num sentido e 
depois no outro. 
• C o m o uma avaliação complementar, uma vez que a 
preferência tenha sido detectada, devemos avaliar a 
preferência para a inclinação para um lado e depois 
para o outro; assim uma combinação das pos ições 
de facilitação do movimento e restrição pode ser 
estabelecida. 
• Mantendo os tecidos na posição de facilitação (ou 
mantendo os tecidos na posição de restrição e 
introduzindo contrações isométricas, ou somente 
esperando a liberação), as mudanças t e c i d u a i s s ã o 
estimuladas. 
Região lombossacral 
• Paciente em decúbito dorsal, terapeuta de pé ao lado 
do paciente em direção cefálica, na altura da sua 
cintura, posiciona as mãos sobre as estruturas 
pélvicas anteriores, utiliza o contato tipo volante para 
avaliar as preferências dos tecidos enquanto a pelve é 
rodada no seu eixo central, à procura de informações 
quanto a frouxidão e tensão. 
• Uma vez que a preferência rotacional seja 
estabelecida, devemos então procurar a preferência 
através do movimento de inclinação direita e 
esquerda; assim a combinação das pos i ções de 
facilitação e restrição pode ser estabelecida. 
• Mantendo os tecidos na posição de facilitação (ou 
mantendo os tecidos na posição de restrição e 
introduzindo contrações isométricas, ou somente 
esperando a liberação), as mudanças teciduais são 
estimuladas. 
Essa avaliação geral, que busca evidência de 
c o m p e n s a ç ã o e de padrões de adaptação global 
envolvendo tecidos frouxos e tensos, oferece meios 
amplos para iniciar a reabilitação através da alteração 
das característ icas estruturais associadas à disfunção. 
pacientes com dor articular comprovada e os segmentos 
sintomáticos e assintomáticos. A habilidade de outros 
examinadores manuais não foi testada para reprodução dos 
resultados. 
Esse estudo da habi l idade de u m terapeuta e m localizar 
u m a disfunção sugere que é da capacidade d o terapeuta 
manual reconhecer u m segmento o u articulação em d i s f u n -
ção, se sua habil idade palpatória for apurada. 
A aplicação do método de liberação posicionai requer u m 
alto nível de capacidade palpatória, especialmente na a p l i -
cação de métodos funcionais, tendo em vista que é crucial 
perceber as respostas teciduais que ocorrem pelo posiciona-
mento. 
Avaliação osteopática da disfunção somática 
Gibbons & Tehan (2001) explicam a base da avaliação osteo-
pática na busca por disfunção somática (part icularmente 
disfunção vertebral) pelas iniciais ARTT 
• Ase refere à assimetria. D iGiovanna (1991) associa o 
critério de assimetria focalizando na posição da 
vértebra o u outro osso. Greenman (1996) amplia o 
conceito de assimetria in t roduzindo assimetria 
estrutural e funcional . 
• R se refere ao arco de movimento. Alteração d o arco de 
m o v i m e n t o pode ocorrer em u m a única articulação, e m 
várias articulações o u em u m a determinada região do 
sistema musculoesquelético. A anormalidade d iz 
respeito a restrição o u aumento da ampl i tude . 
A qualidade d o m o v i m e n t o e a sensação f ina l devem ser 
investigadas. 
• T se refere às alterações teciduais. A identificação das altera-
ções das texturas teciduais é importante para o diagnós-
tico da disfunção somática. As alterações 
palpáveis p o d e m ser percebidas nos tecidos 
superficiais, intermediários e profundos . E importante 
diferenciar o n o r m a l do anormal (Fryer& Johnson, 
2005).• Tse refere à sensibilidade. A modificação da sensibilidade 
tecidual deve ser evidente. Provocação da dor o u 
reprodução de sintomas conhecidos pelo paciente são 
frequentemente uti l izadas para localizar a disfunção 
somática. 
Comparando palpação pelos métodos 
padrão e strain-counterstrain 
M c Part land & G o o d r i d g e (1997) testaram a va l idade dos 
procedimentos palpatórios osteopáticos ( m o d i f i c a n d o a 
17 
Quadro 2.2 Três indicadores fundamentais 
Os três indicadores gerais de funcionalidade es tão 
descritos a seguir: 
• Padrões de síndrome cruzada - indicadores de rela-
tivo alinhamento postural (Janda, 1982) 
• Avaliação do equilíbrio sobre uma perna, olhos 
abertos e olhos fechados - indicador de integração 
neurológica entre entradas íntero e exteroceptoras, 
eficácia do processamento central e controle motor 
(Bohannon etal . , 1984) . 
• Avaliação da estabilidade profunda - um indicador 
da eficácia relativa dos músculos centrais na 
proteção da coluna. 
Padrões de síndrome cruzada 
Síndrome cruzada superior (Fig. 2.3) 
Esse padrão se caracteriza por: 
• Encurtamento ou rigidez do peitoral maior e menor, 
trapézio superior, elevador da escápula, 
paravertebrais cervicais e músculos suboccipitais, 
concomitante à 
• Distensão ou enfraquecimento dos flexores cervicais 
profundos, serrátil anterior, trapézio inferior e médio. 
Como resultado, as seguintes al terações ocorrem: 
1 . O occipital e C1 /C2 fazem hiperextensão, 
provocando uma projeção anterior da c a b e ç a 
(queixo para a frente). 
2. Desenvolve-se um estresse postural nas vértebras 
cervicais inferiores até a quarta vértebra torácica. 
3. Abdução e rotação da escápula. 
4. A alteração anterior modifica a direção do eixo da 
fossa glenóidea, resultando na necessidade de 
estabilização do úmero pela atividade adicional do 
elevador da escápula e trapézio superior, com uma 
atividade adicional também do supra-espinhoso. 
O resultado dessas al terações é uma maior distensão 
do segmento cervical acrescida de dor referida para 
tórax, ombros e braços . Pode-se notar uma dor 
semelhante à angina e o declínio da eficiência 
respiratória. 
A solução, segundo Janda, é ser capaz de identificar as 
estruturas encurtadas e liberá-las (alongar e relaxar), 
seguida de uma reeducação para uma função mais 
adequada. As possibilidades de liberação posicionai 
serão descritas nos capítulos posteriores. 
Síndrome cruzada inferior (Fig. 2.3) 
Esse padrão se caracteriza por: 
• Encurtamento ou rigidez do quadrado lombar, psoas, 
paravertebrais lombares, isquiotibiais, tensor da 
faseia lata, e possivelmente piriforme, concomitante à 
• Distensão ou enfraquecimento dos músculos glúteos 
e abdominais. 
O resultado dessas al terações é que a pelve roda para 
a frente no plano frontal, flexionando as articulações dos 
quadris, produzindo lordose lombar e estressando o 
segmento L5-S1 co m dor e irritação. Um estresse 
adicional comumente surge no plano sagital mantendo 
a pelve elevada e se acentuando durante a marcha, 
resultando também em estresse L5-S1 no plano 
sagital. Teremos como resultado dor lombar. A 
combinação dos estresses descritos produz 
instabilidade na junção toracolombar, um local de 
transição instável. 
Parte da solução é a identificação das estruturas 
encurtadas e a sua liberação, utilizando variações de 
técnicas de energia muscular, seguida de 
reeducação da postura e utilização do 
segmento. 
Figura 2.3 Síndromes cruzadas superior e inferior. 
Sí
nd
ro
m
e 
cr
uz
ad
a 
su
pe
rio
r 
Flexores cervicais 
profundos fracos 
Trapézio superior e elevador 
da escápula encurtados 
Síndrom
e 
cruzada superior 
Sí
nd
ro
m
e 
cr
uz
ad
a 
su
pe
rio
r 
Síndrom
e 
cruzada superior 
Sí
nd
ro
m
e 
cr
uz
ad
a 
su
pe
rio
r 
ECOM e peitorais 
encurtados 
Trapézio inferior e 
serrátil anterior fracos 
Síndrom
e 
cruzada superior 
cr
uz
ad
a 
in
fe
rio
r 
Abdominais 
fracos 
Paravertebrais 
toracolombares encurtados 
Síndrom
e 
cruzada inferior 
cr
uz
ad
a 
in
fe
rio
r 
Reto femoral e 
iliopsoas encurtados 
Glúteos médio e 
máximo fracos 
Síndrom
e 
cruzada inferior 
I 
CAPÍTULO D O I S 
18 Técnicas de Liberação Posic ionai para Alívio da Dor 
Quadro 2.2 continuação 
Alternativas para liberação posicionai são mencionadas 
nos próximos capítulos 
Avaliações funcionais específicas de síndromes 
c ruzadas 
Teste de abdução de quadril (Janda, 1982) 
O paciente em decúbito lateral, idealmente com a 
c a b e ç a em um travesseiro; com a perna superior 
estendida e a inferior flexionada no quadril e joelho, para 
equilíbrio (Fig. 2.4). 
O terapeuta, que es tá observando e não-palpando, se 
posiciona em frente ao paciente e na direção da 
cabeceira da maca. 
Pede-se ao paciente para levantar a perna lentamente 
em abdução. 
O normal representa abdução pura de quadril até 4 5 ° . 
Anormal apresenta: 
• Flexão do quadril durante a abdução, indicando 
encurtamento do tensor da faseia lata (TFL). 
• Rotação externa da perna durante a abdução, 
indicando encurtamento do piriforme. 
• Elevação do quadril indicando encurtamento do 
quadrado lombar (e fraqueza do glúteo médio). 
• Rotação posterior da pelve, sugerindo adutores 
antagonistas do quadril encurtados. 
Palpação 
• O terapeuta se posiciona atrás do paciente, que es tá 
em decúbito lateral, com uma ou duas polpas dos 
dedos da mão cefálica no tecido acima do quadrado 
lombar aproximadamente 5 cm lateral ao processo 
espinhoso de L3. 
• A mão caudal é posta de maneira que o calcanhar 
esteja apoiado no glúteo médio e as polpas dos 
dedos no tensor faseia lata (TFL). 
• A sequência de disparo desses músculos é avaliada 
durante a abdução do quadril . 
• Se o quadrado lombar (QL) dispara primeiro 
(percebido através de um empurrão contra os dedos 
do terapeuta), ele es tá superativo e encurtado. 
• A sequência ideal consiste na contração do TFL, 
seguida pelo glúteo médio e finalmente o Q L 
(somente por volta de 20-25 ° de abdução da perna). 
• Se tanto o TFL quanto o Q L estiverem superativos 
(disparando fora da sequência , eles vão estar 
encurtados, e o glúteo médio se apresentará inibido e 
enfraquecido (Janda, 1986) . 
Teste de extensão do quadril 
• O paciente es tá em decúbito ventral, e o terapeuta de 
pé ao seu lado, na altura da sua cintura, co m a mão 
cefálica espalhada sobre a musculatura lombar 
inferior avaliando a atividade dos paravertebrais, 
direito e esquerdo (Fig. 2.5). 
• A mão caudal é posicionada de tal forma que o seu 
calcanhar pouse sobre a massa glútea, co m a polpa 
dos dedos sobre os isquiotibiais do mesmo lado. 
• Solicita-se ao paciente elevar a perna em extensão 
enquanto o terapeuta avalia a sequência de 
contração. 
• Qual o músculo que dispara (se contrai) primeiro? 
• A sequência de ativação normal é (1) glúteo máximo, (2) 
isquiotibiais, seguidos por (3) eretores espinhais 
contralaterais e então (4) eretores espinhais ipsilaterais. 
• Nota: Nem todos os terapeutas concordam que essa 
seja a sequência correta: alguns acreditam que os 
isquiotibiais devem se contrair primeiro, ou que deve 
ocorrer uma contração simultânea dos isquiotibiais e 
glúteo máximo - porém todos concordam que os eretores 
espinhais não devem ser os primeiros a se contraírem. 
Figura 2.4 Teste de abdução do quadril, 
que se for normal, ocorre sem que haja 
elevação, flexão ou rotação externa do 
quadril. (Em Chaitow & Delany 2004.) 
A: elevação do quadril; B: flexão do quadril; 
C: rotação externa do quadril. 
A evolução da disfunção 19 
Quadro 2.2 continuação 
Figura 2.5 Teste de extensão do quadril. 
A sequência de ativação normal consiste na 
contração do glúteo máximo, isquiotibiais, 
eretores espinhais contralaterais, eretores 
laterais ipsilaterais. (De Chaitow, 2003 b.) 
• Se os eretores espinhais de um dos lados dispara (se 
contrai) primeiro, e fizer o papel do glúteo máximo 
como motor primário da extensão do quadril, eles se 
tornarão encurtados e irão favorecer

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