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19 - Unidade 04 - Secão 01 - Não pode faltar

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29/05/2022 18:07 lddkls212_dir_cib_web
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NÃO PODE FALTAR
DIREITO CONTRATUAL ELETRÔNICO
Luiz Felipe Nobre Braga
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CONVITE AO ESTUDO
Olá! Falar em Direito Cibernético demanda, necessariamente, que falemos sobre
direito contratual e sobre as relações consumeristas que estão relacionadas ao
ciberespaço. 
É isso mesmo! Você já parou para pensar que praticamente tudo o que fazemos ao
longo do cotidiano envolve a celebração de contratos? Os negócios jurídicos estão
presentes nas nossas vidas desde a mais simples relação interpessoal até a mais
complexa. 
E não seria diferente com relação às ações que perfazemos em âmbito digital,
a�nal de contas, você já sabe que o Direito e o Estado tutelam as relações que
ocorrem no mundo virtual. Por isso, os negócios jurídicos que lá são �rmados, os
contratos que daí surgem, desde quando acessamos determinado serviço,
Fonte: Shutterstock.
Deseja ouvir este material?
Áudio disponível no material digital.
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adquirimos algum bem, ou até mesmo pelo simples ato de contratar um provedor
de Internet, por exemplo, invocam a preocupação do direito cibernético, e há
nesse contexto, obrigatoriamente, relação contratual e, em algumas situações,
relação de consumo. 
Para tanto, é fundamental que o pro�ssional responsável por lidar com os desa�os
do mundo cibernético conheça o direito contratual eletrônico, bem como que
esteja atento aos desa�os proporcionados pelas dimensões consumeristas nesse
panorama. 
Além do mais, considerando a importância de que você esteja atento aos principais
tópicos do Direito Cibernético contemporâneo, note que é fundamental que você
também conheça algumas questões criminais. Para isso, estudaremos os crimes
praticados por meio eletrônico e a questão do tratamento jurídico da criança e do
adolescente nesse contexto. Por �m, abordaremos a matéria dos riscos e fraudes
no cenário cibernético, com atenção à perícia computacional e à metodologia para
obtenção de evidências, além da caracterização das provas eletrônicas e sua
tipi�cação legal. Bons estudos! 
PRATICAR PARA APRENDER
Olá!
A partir de agora estudaremos o chamado Direito Contratual Eletrônico.
Para que você possa compreender com tranquilidade como se dá a disciplina
jurídica dos contratos no meio cibernético, é fundamental, antes de tudo, que você
esteja a par da doutrina geral dos contratos, conforme a legislação brasileira. 
Nesse sentido, começamos a pontuar os elementos imprescindíveis do direito
contratual brasileiro, preparando-o para entender como ocorre a aplicação desses
institutos e em que medida isso acontece no campo das relações travadas em
ambiente virtual. 
Dessa maneira, você estará preparado para enxergar o per�l jurídico das tratativas
negociais efetivadas pelos meios digitais, com razoável capacidade de entender os
termos, as normas aplicáveis e as possíveis consequências advindas da prática de
atos ilícitos, notadamente pelos provedores de Internet. 
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À medida que as relações humanas passaram a constituir-se em meio digital, é
natural que o Direito Cibernético se estruture, também, à luz da doutrina
contratual, para extrair daí os preceitos por meio dos quais pode pensar a tutela
jurídica dos negócios entabulados no ciberespaço. 
Uma empresa de tecnologia guardava com sigilo e extrema cautela documentos
digitais referentes à nova versão do sistema operacional que estava prestes a ser
disponibilizado aos usuários. 
Vários acordos e negociações já haviam sido celebrados entre a empresa de
tecnologia e estabelecimentos de divulgação e marketing para anunciar aquele
novo produto. Emissoras de televisão e rádio, jornais e outros veículos de
comunicação foram pagos antecipadamente, assim como contratos com
celebridades que divulgariam o novo sistema operacional por meio das redes
sociais já estavam prontos, até que um dia antes da divulgação, um indivíduo, não
se sabe como, conseguiu acessar a rede de computadores que guardava todas as
informações do novo sistema, inclusive o próprio produto. Como se não fosse o
bastante, o usuário não identi�cado publicou as informações em um portal de
notícias. 
A informação em pouco tempo se espalhou e diversos veículos de informação ao
redor do mundo já estavam comentando sobre o vazamento. Todo o esforço
empregado para que a divulgação acontecesse da forma que a empresa desejava
foi em vão; os contratos �rmados com as celebridades, o pagamento já realizado
às empresas de marketing e aos veículos de comunicação representavam nada
mais que um enorme prejuízo �nanceiro e uma tremenda dor de cabeça, pois não
havia mais necessidade de divulgar/inaugurar um produto já conhecido para o
público.
Além disso, o produto se encontrava disponível, de forma gratuita, em diversos
sites. Uma simples busca no navegador possibilitava o acesso a centenas, talvez
milhares de links para o download do produto, que seria vendido por R$ 100,00 a
unidade. 
Em meio a essa catástrofe, advogados da empresa de tecnologia, buscando
responsabilizar e obter um ressarcimento para reparar os danos sofridos,
ajuizaram uma ação judicial contra outra empresa, uma provedora de internet
famosa. A parte alegou que a provedora deveria arcar com a responsabilidade civil
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do dano causado, pois, apesar de ser causado por terceiro, teria sido responsável
por aquele dano, na medida em que permitiu que a publicação feita pelo invasor
se alastrasse e que ela ainda estivesse disponível na rede. 
Ao receber a intimação, a empresa provedora, assustada, reconhecendo o alto
valor indenizatório solicitado pelo requerente, busca você, em caráter de
especialista em direito cibernético, para elaborar um parecer sobre o caso. 
A�nal, a provedora é responsável por danos causados por terceiros? Existe alguma
lei que regulamente esse assunto? 
Vamos juntos dar mais este importante passo dos nossos estudos!
Tenha uma excelente leitura! 
CONCEITO-CHAVE
Em toda disciplina, é importante nos dedicarmos a entender, inicialmente, a
conceituação da temática a ser analisada, sobre o que estudaremos e em qual
terreno a técnica jurídica deverá se realizar. Com o direito civil, que lida com as
relações entre os sujeitos de direito e os bens da vida, as coisas, não é diferente. E
para o nosso caso, do Direito Cibernético, a mesma lógica deve ser seguida,
especialmente no campo dos contratos, no qual há forte presença do
ordenamento jurídico relativo às relações obrigacionais. 
Assim, contrato é “um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes,
limitadas pelos princípios da função social e da boa-fé, autodisciplinam os efeitos
patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia das suas próprias
vontades” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020, p. 443). 
A manifestação de vontade é a verdadeira condição de existência dos contratos, já
que não se pode falar, neste campo jurídico, de nenhuma avença que tenha sido
fruto de opressão ou violência. Trata-se, assim, de um campo onde se manifesta a
vontade livre, de negócio jurídico que sea�rma como um instrumento de
conciliação de interesses contrapostos (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020). O
contrato, então, realiza e conforma vontades, considera interesses, manejando-os
sob a rubrica legal e do contexto de circulação de bens e serviços, de circulação de
capitais – algo que é imprescindível para o desenvolvimento econômico.
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Assim como a propriedade, os contratos também possuem uma função social, que
necessariamente deve estar presente. Esse aspecto diz respeito, sobretudo, a uma
leitura constitucional e social dos contratos, que é instituto típico de direito
privado. Há, assim, uma relevância social nos contratos, que vai desde a
característica destacada com relação ao desenvolvimento econômico até uma ideia
de paci�cação social e segurança jurídica. Essa socialização dos contratos, e do
direito privado em geral, diga-se de passagem, vai muito além da primária noção
de harmonização de interesses contrapostos, à medida que busca respeitar a
dignidade humana, relativizar a igualdade das partes contratantes, isto é,
considerando as posições reais e não meramente formais das partes, a presença
da cláusula implícita da boa-fé objetiva (deveres de lealdade, con�ança,
con�dencialidade e transparência), o respeito ao meio ambiente e os valores
sociais do trabalho. 
Do que estudamos até aqui, é possível propor uma rede�nição do contrato, para
que alcance o plexo de valores constitucionais a partir dos quais, a�nal, todo o
direito deve ser lido, interpretado e aplicado. O contrato, então, é
A natureza jurídica do contrato é a de negócio jurídico. Domina no direito brasileiro
a corrente voluntarista, isto é, a que considera a declaração de vontade como
elemento predominante, inclusive à luz do disposto no art. 112 do Código Civil,
segundo o qual “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que sentido literal da linguagem” (BRASIL, 2002, [s. p.]). As
críticas a essa corrente dizem respeito ao fato de que nem sempre a verdadeira
premissa dos contratos é a vontade destinada a um determinado �m previamente
conhecido, até mesmo porque é possível a conversão substancial do negócio,
segundo o princípio da conservação, quando o negócio inicialmente entabulado,
inválido, converte-se em outro válido desde que apresente os respectivos
pressupostos deste último. Além disso, o negócio jurídico “é a manifestação de
vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade e
e�cácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico,
pretendidos pelo agente” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020, p. 447). Logo, o
negócio jurídico bilateral, por meio do qual as partes, visando a atingir determinados interesses patrimoniais,
convergem as suas vontades, criando um dever jurídico principal (de dar, fazer ou não fazer), e, bem assim,
deveres jurídicos anexos, decorrentes da boa-fé objetiva e do superior princípio da função social. 
— (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020, p. 446)
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consentimento ou consenso é que se torna verdadeiramente importante para a
formação de um contrato (negócio jurídico), formado, portanto, a partir das
vontades emitidas pelos declarantes. Sem isso, o negócio jurídico será considerado
inexistente. 
Mas o que orienta a disciplina dos contratos? Os princípios! Precisamos conhecer
alguns dos principais. Vamos lá?
Os princípios são ditames superiores que fundam e informam o conjunto de regras
do direito positivo. Conferem, assim, fundamento de validade e signi�cado
legitimador à integralidade da legislação. Nesse sentido, no campo do direito
privado, contratual, em particular, abandona-se uma postura excessivamente
patrimonialista, visando a buscar uma condição de dignidade à leitura dos
contratos, centrada, assim, na pessoa humana. Isso faz com que haja a
constitucionalização do direito civil por meio da introjeção de princípios
fundamentais nas relações privadas, com verdadeira força normativa.
Conheceremos, a partir de agora, os princípios mais importantes da doutrina
contratual de nosso tempo.
A liberdade contratual é um elemento que está na base da autonomia da vontade,
isto é, de se decidir se é oportuno ou não celebrar um contrato, ou se o contrato
será com esta ou aquela pessoa, de uma forma ou de outra e em qual prazo. No
entanto, como já podemos perceber, essa autonomia e essa liberdade não são
absolutas, porque existem normas que precisam ser observadas apesar da
vontade das partes, como característica da socialização que nós vimos. Nesse
sentido, fala-se em dirigismo contratual, justamente para que se entenda que
existem limitações de ordem pública aplicadas à realidade dos contratos. Então,
como já foi dito, a função social, a boa-fé objetiva, a preocupação com a dignidade
e o respeito ao meio ambiente são alguns exemplos desse dirigismo. 
O princípio da força obrigatória do contrato, conhecido como pacta sunt servanda,
indica que o contrato faz lei entre as partes, a�nal de contas, de nada valeria um
contrato se o que estivesse ali estipulado não devesse ser cumprido, não fosse
obrigatório. Ocorre que esse princípio não pode ser levado às últimas
consequências (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020), isto é, não possui caráter
absoluto. Isso acontece porque inúmeras são as circunstâncias da vida real que
podem modi�car o funcionamento das cláusulas previstas num contrato, por
exemplo. Imagine que uma prestação se torne excessivamente onerosa em virtude
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da ocorrência de uma pandemia que resultasse em altos índices de desemprego e
bruscas quedas de renda. Assim é que a força obrigatória dos contratos deve ceder
lugar a uma leitura conformativa, de proporcionalidade, consoante as
circunstâncias concretas. Nesse contexto, a questão do equilíbrio contratual é
tema de fundamental importância, sobretudo quando tratado à luz da teoria da
imprevisão, que “é invocada quando um acontecimento superveniente e
imprevisível torna excessivamente onerosa a prestação imposta a uma das partes,
em face da outra que, em geral, se enrique à sua custa ilicitamente” (GAGLIANO;
PAMPLONA FILHO, 2020, p. 453). 
Já tivemos a oportunidade de discutir a função social dos contratos como uma das
características relativas ao seu conceito. É certo que a constante transformação da
sociedade faz com que os institutos de direito privado, como dos contratos, sofram
adaptações, sobretudo considerando o fato de que precisam ser compreendidos à
luz dos direitos e garantias fundamentais, bem como do dirigismo contratual que
estudamos. Por isso é difícil e até pouco recomendável conceituar de maneira
precisa e única a função social dos contratos, que, com efeito, poderá variar
quanto ao sentido, de acordo com as situações concretas. No entanto, é possível
dizer que a função social se manifesta numa perspectiva ou nível intrínseco ao
contrato, no que diz respeito à imposição de lealdade negocial e à boa-fé objetiva
na relação mútua entre as partes, a �m de assegurar equivalência material entre
elas (isto é, ausência de desequilíbrio). Por outro lado, num nível extrínseco, tem-se
em mira a proteção da coletividade quanto às possíveis repercussões do contrato,
isto é, quanto aos seus efeitos.Aliás, é importante que questões de ordem moral,
bem como as relacionadas à proteção do meio ambiente, sejam consideradas. Um
contrato, portanto, não é só um mero acordo entre as partes, justamente porque a
função social traz esses deveres anexos, que são necessários, cuja observância é
uma verdadeira condição de legitimidade. Além disso, a liberdade contratual será
exercida nos limites da função social do contrato, conforme expressa previsão do
art. 421 do Código Civil. 
Para Paulo Luiz Netto Lôbo (2002, [s. p.]): 
o princípio da equivalência material busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres no
contrato, antes, durante e após sua execução, para harmonização dos interesses. Esse princípio preserva a
equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a proporcionalidade inicial dos direitos e obrigações,
seja para corrigir os desequilíbrios supervenientes, pouco importando se as mudanças de circunstâncias
pudessem ser previsíveis. 
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Há quem entenda diferente, de modo que tal princípio seria mais uma
proveniência da função social do contrato (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020). 
A boa-fé pode ser analisada sob dois diferentes prismas: subjetivo e objetivo. A
boa-fé, assim entendida sob o prisma subjetivo, diz respeito a uma situação
psicológica, “um estado de ânimo ou de espírito do agente que realiza
determinado ato ou vivencia dada situação, sem ter ciência do vício que a inquina”
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020, p. 466). Tal estado subjetivo deriva do
reconhecimento da ignorância do agente a respeito de determinada circunstância,
que macularia o contrato (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2020). É diferente da
boa-fé objetiva – que mais nos importa –, porque pode ser aferida, medida,
comprovada, veri�cada. É porque a boa-fé objetiva é princípio contratual
consagrado, delineado em conceito jurídico indeterminado, que consiste em regra
de comportamento, com notável fundo ético, porém com exigibilidade do ponto de
vista jurídico. Essa exigência de comportamento de boa-fé, segundo uma média da
sociedade, do que é razoável e pertence ao bom-senso, traz consigo alguns
deveres anexos, que também são exigíveis juridicamente, como os deveres de
con�ança, lealdade, informação, transparência, assistência, con�dencialidade, etc.
Um contrato válido, portanto, é aquele dever jurídico que consiste numa prestação
de fazer, de não fazer ou de dar, bem como nos deveres inerentes e decorrentes
da boa-fé objetiva. 
REFLITA
Será que apenas os contratos expressamente previstos pela legislação
podem ser celebrados ou é possível a celebração de contratos atípicos?
Além disso, é importante que você conheça os três momentos do contrato: a
oferta, a aceitação e a conclusão do contrato. 
Com efeito, o mais importante elemento de formação dos contratos é a
manifestação de vontade livre e desembaraçada, que faça convergir num acordo
de vontades, que convirja, como já sabemos, em consenso. As negociações
preliminares entre as partes demandam uma de�nição adequada dos termos
proposta e aceitação. A proposta, também chamada de oferta, policitação ou
oblação, é que dá início à formação do contrato, não dependendo, para ser
realizada, de forma especial (GONÇALVES, 2019). Não é sempre que a partir da
proposta a aceitação ocorrerá imediatamente, pois outras negociações ainda
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poderão ser feitas – a chamada puntuação, as próprias negociações preliminares.
Nesse contexto, ainda não há vinculação de uma parte à outra. Mesmo que surja
um projeto ou uma minuta de contrato, não há obrigatoriedade ainda. Só haverá
responsabilização, nesse momento, se houver interesse de prejudicar a outra
parte, causando-lhe dano. Essa possibilidade deve ser lida à luz da boa-fé objetiva,
como já tivemos a oportunidade de explicar. 
A oferta “representa o impulso decisivo para a celebração do contrato, consistindo
em uma declaração de vontade de�nitiva” (GONÇALVES, 2019, p. 801). A proposta
deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto, como preço,
quantidade, eventuais prazos, forma de pagamento, etc., bem como deve ser séria
e consciente, à medida que vincula o proponente, conforme indicado no art. 427
do Código Civil. Além disso, deve ser clara, completa e inequívoca, formulada em
linguagem simples e direta, que possa ser compreendida (GONÇALVES, 2019). O
art. 429 do Código Civil indica que a “oferta ao público equivale a proposta quando
encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das
circunstâncias ou dos usos” (BRASIL, 2002, [s. p.]). Entende-se que a proposta é
limitada ao estoque existente (GONÇALVES, 2019). É assim que a oferta vale como
proposta obrigatória, portanto, quando reúne os elementos essenciais do
contrato. A proposta não obrigatória é possibilidade que está prevista no mesmo
art. 427 do Código Civil. Se a proposta contiver, por exemplo, cláusula expressa a
respeito, como indicando a não de�nitividade da proposta ou a possibilidade de
retirá-la a qualquer tempo, não haverá vinculação. Então, em cada caso é
necessário avaliar se não há ressalva feita que desconstitua o caráter vinculante e
obrigatório da proposta. 
A aceitação é a concordância com os termos da proposta (GONÇALVES, 2019). A
aceitação pode ser expressa, quando a declaração do aceitante é evidente no
sentido da manifestação da sua anuência, ou tácita, quando decorre do seu
comportamento que acaba por revelar a sua conduta. O Código Civil apresenta
duas situações nas quais a manifestação de vontade não será vinculante. Se a
aceitação, embora expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao
conhecimento do proponente, quando, por exemplo, o proponente já celebrou
negócio com outra pessoa – nesse caso, esse fato (novo negócio já celebrado em
função do atraso) deverá ser comunicado imediatamente ao aceitante, sob pena
de perdas e danos, com base no art. 430 do Código Civil. Outra hipótese é a
prevista no art. 433 do Código Civil, que considera “inexistente a aceitação, se
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antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante” – é o caso
de retratação da aceitação, isto é, o desfazimento da declaração de vontade que
havia sido, inicialmente, feita pelo aceitante. 
Quanto ao momento de conclusão do contrato, algumas modalidades precisam ser
comentadas. Se o contrato for celebrado entre presentes, a proposta poderá
estipular ou não prazo para aceitação (GONÇALVES, 2019). Se não houver nenhum
prazo, a aceitação deverá ser feita imediatamente, pois, do contrário, a oferta
perderá sua força vinculativa. Se houver prazo, a aceitação deverá ocorrer dentro
do lapso temporal previsto. Quando o contrato é celebrado entre ausentes, por
correspondência (em qualquer meio), ou intermediários, a resposta pode levar
algum tempo para chegar ao conhecimento do proponente. O art. 434 do Código
Civil acolheu a chamada teoria da expedição, de modo que a�rma que os contratos
entre ausentes tornam-se perfeitos, isto é, concluídos, desde quando a aceitação é
expedida, exceto no caso do art. 433 (a retratação da aceitação, como vimos), bem
como se o proponente houver se comprometido a esperar resposta ou se ela não
chegar no prazo convencionado.Mas será que essa disciplina se aplica ao caso dos contratos eletrônicos? Claro que
sim! Eventualmente, alguma ponderação deverá ser feita, no entanto, o que vimos
até agora constitui a estrutura basilar para o entendimento dos contratos
eletrônicos (REBOUÇAS, 2018). Logo, para “o Direito Digital, os contratos têm
algumas características peculiares que determinam a necessidade de aprofundar
questões normalmente não aplicadas em contratos tradicionais” (PECK, 2016, p.
535).
Nesse sentido,
Além disso, o contrato eletrônico consiste numa transação realizada por meio
eletrônico. As declarações de vontade são também manifestadas por meio
eletrônico (LORENZETTI, 2006).
Não há que se discutir mais a validade do contrato eletrônico, visto que este entendimento já́ está paci�cado e
vem sendo tratado em âmbito internacional desde 1996 com as discussões da Lei Modelo da UNCITRAL, que em
seu art. 5° disse o seguinte: “Não se negarão efeitos jurídicos, validade ou e�cácia à informação apenas porque
esteja na forma de mensagem eletrônica”. A mesma lei tratou ainda em seu art. 11 sobre a formação e validade
dos contratos, onde “salvo disposição em contrário das partes, na formação de um contrato, a oferta e sua
aceitação podem ser expressas por mensagens eletrônicas. Não se negará validade ou e�cácia a um contrato
pela simples razão de que se utilizaram mensagens eletrônicas para a sua formação. 
— (PECK, 2016, p. 535-536)
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Note que
“Atualmente os contratos eletrônicos apresentam-se sob duas formas distintas,
como contratos-tipo [...] e como contratos especí�cos.” (PECK, 2016, p. 538).
O contrato-tipo, também chamado de massa, em série ou por formulários
(GONÇALVES, 2019) é bastante próximo do contrato de adesão. A diferença é que,
embora pré-formatado, ele poderá ser alvo de discussão preliminar acerca do seu
conteúdo; não há imposição do contrato (como ocorre no de adesão); as cláusulas
encontram-se apenas pré-redigidas. São aqueles contratos com espaços em
branco “no tocante à taxa de juros, prazo e condições do �nanciamento, a serem
estabelecidos de comum acordo” (GONÇALVES, 2019, p. 824). Por outro lado,
contratos especí�cos são aqueles “nos quais a elaboração é feita caso a caso;
dependendo do status dos contraentes ou do objeto do contrato” (PECK, 2016, p.
538). 
Além disso,
Nessa perspectiva, percebe-se que a contratação eletrônica é realidade que veio
para �car. É o caso do chamado contrato informático.
Os contratos eletrônicos seriam uma modalidade de contratos atípicos, que são aqueles em que não há haver
regulamentação legal especí�ca, onde o fator preponderante é a liberdade de contratar e o princípio da
autonomia da vontade, onde as partes devem acautelar-se na �xação das normas contratuais (cláusulas), desde
que estas não contrariem os princípios gerais do direito, os bons costumes e as normas de ordem pública. 
— (PECK, 2016, p. 536-537)
“
Contratos que regem operações dentro do meio digital têm algumas peculiaridades que devem ser
especialmente observadas: a) indicação clara das responsabilidades de todos os participantes da cadeia de
relações envolvida, principalmente porque a Internet privilegia as relações em rede, com vários coparticipantes
e especial atenção nos direitos do consumidor �nal; b) estabelecer uma política de informação clara; c) política
de segurança e privacidade; d) cláusula de arbitragem; e) territorialidade, estabelecendo os limites geográ�cos
de ação de cada envolvido; f) relação dos parceiros envolvidos no negócio; g) no caso de os produtos
transacionados envolverem tecnologia, estabelecer as responsabilidades por upgrades e obsolescência. 
— (PECK, 2016, p. 539-540)
“
Contrato informático é o que tem por “objeto” o equipamento ou o serviço de informática, incluindo o
desenvolvimento, a venda e a distribuição de hardware ou software e outros bens ou serviços relacionados.
Todavia, o contrato eletrônico tem na sua “forma” a peculiaridade, isto é, a contratação é feita por meio da
informática.  
— (TEIXEIRA, 2020, p. 118)
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Os contratos celebrados pela internet são “categorias contratuais regidas
conforme o seu objeto, ou seja, compra e venda, prestação de serviços, locação
etc.” (TEIXEIRA, 2020, p. 118).
Nós já tivemos a oportunidade de comentar o tema da responsabilidade civil dos
provedores em diversas passagens. No entanto, é preciso reforçar com você
alguns pontos muito importantes, a �m de consolidar o seu conhecimento. 
Em primeiro lugar, lembre-se de que a responsabilidade civil é o sistema que existe
para que um agente (pessoa natural ou jurídica) que tenha praticado um ato ilícito
contra outrem (pessoa física ou jurídica) responda com o seu patrimônio.
Responsabilidade civil envolve falar em questões patrimoniais, direta ou
indiretamente relacionadas à questão. Sim, estamos falando aqui da indenização.
Essa indenização pode se dar em virtude de um ato ilícito resultar em prejuízos de
ordem material ou de ordem moral. Nesse caso, aquele que sofrer a prática de um
ato ilícito poderá acionar aquele que o praticou perante a justiça brasileira, para
que seja compelido a arcar com as consequências. 
Em termos de responsabilidade civil dos provedores de internet, você deve se
lembrar, então, que a princípio eles não podem ser responsabilizados por
condutas que somente são atribuíveis aos usuários. Apesar disso, há hipóteses em
que os provedores de internet responderão de maneira objetiva, notadamente
quando se estiver diante de uma relação de consumo. Mas o que é essa
responsabilidade objetiva? Antes de você conhecer o que isso signi�ca, entenda o
que denota a regra geral do nosso sistema de responsabilidade civil, que é a
responsabilidade subjetiva. 
Para que um agente seja responsabilizado pela prática de um ato ilícito, a outra
parte (a vítima, por exemplo) deverá demonstrar, num processo judicial, três
aspectos: a conduta (culposa ou dolosa), o dano e o nexo causal entre ambos. 
Na responsabilidade civil subjetiva, o elemento volitivo, isto é, de vontade, quanto
à intenção de praticar o ato ilícito (dolo) ou ao descuido quanto ao seu
cometimento (ou até a assunção do risco de cometê-lo), nos casos de imprudência,
imperícia ou negligência (que são os casos de culpa), deve ser demonstrado. Esse é
o sistema geral. 
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Por outro lado, no caso da responsabilidade civil objetiva, não há necessidade de
demonstração do elemento volitivo, mas apenas da conduta enquanto tal, do dano
e do nexo de causalidade entre ambos. Basta você pensar na palavra. É objetiva
porque não precisa existir demonstração de elemento subjetivo. Esse sistema
existe para aqueles casos em que o legislador entendeu que o causador do ato
ilícito detinha, de antemão, uma incumbência de assegurar a segurança naquele
determinado campo de atuação. Não havendo essa segurança, ou seja, não
evitado um risco ordinário que o legislador entende como pertencente àquela
atividade, seja por uma circunstância de fato, seja pela qualidade das partes
envolvidas, havendo ato ilícito, a vítima não precisará comprovar dolo ou culpa,
mas apenas a existência da conduta, do dano e do nexo causal. 
EXEMPLIFICANDO
Se uma pessoa proferir xingamentos contraoutra numa rede virtual, ela
somente será responsabilizada caso a vítima demonstre a existência do
elemento volitivo na conduta da outra parte, seja para comprovar o dolo
(intenção) ou a culpa (imperícia, imprudência ou negligência), segundo o
sistema geral da responsabilidade civil subjetiva.
No caso dos provedores de internet, a responsabilidade deles é objetiva quando
eles estiverem na posição de fornecedores de serviços (LEITE; LEMOS, 2014).
Perante os consumidores, ou seja, em relação aos usuários dos seus serviços, os
provedores respondem objetivamente pelos atos ilícitos eventualmente causados
(LEONARDI, 2005).
Por �m, há a responsabilidade civil dos provedores apenas de modo subsidiário,
em situações nas quais não tenham atuado quando deveriam, como naqueles
casos de terem sido previamente noti�cados, como já debatemos amplamente.
ASSIMILE
A responsabilidade civil é subjetiva ou objetiva. É subjetiva quando é
necessário demonstrar a existência do elemento volitivo do agente
causador do ato ilícito (dolo ou culpa) e objetiva quando a
responsabilização do agente causador do ilícito não depender da
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demonstração de tais requisitos, bastando que a mera conduta seja
su�ciente para o resultado danoso, isto é, comprova-se apenas a conduta
em si, o dano e o nexo causal.
Por ora é isso.
Concluímos juntos mais esta etapa dos nossos estudos. Até a próxima!
FAÇA VALER A PENA
Questão 1
Contrato é um negócio jurídico bilateral, por meio do qual as partes, pretendendo
alcançar certos interesses patrimoniais, convergem as suas vontades, criando um
dever jurídico principal e, bem assim, deveres jurídicos anexos, decorrentes da
boa-fé objetiva e do superior princípio da função social. 
Sobre contratos, assinale a alternativa correta.
a.  Os contratos são orientados pela responsabilidade objetiva e subjetiva.
b.  São princípios que orientam os contratos: a boa-fé, a força obrigatória e a reserva legal.
c.  O princípio da força obrigatória pode ser divido em: objetivo e subjetivo. 
d.  Os contratos são orientados pela oferta, aceitação e conclusão.
e.  São princípios que orientam os contratos: a boa-fé, a força obrigatória e a equivalência material.  
Questão 2
“Contrato informático é o que tem por ‘objeto’ o equipamento ou o serviço de
informática, incluindo o desenvolvimento, a venda e a distribuição de hardware ou
software e outros bens ou serviços relacionados. No entanto, o contrato eletrônico
tem na sua ‘forma’ a peculiaridade, isto é, a contratação é feita por meio da
informática.” (TEIXEIRA, 2020, p. 118).
Considerando as informações apresentadas, analise as a�rmativas a seguir:
I – As leis do Código Civil sobre contratos não podem ser utilizadas para os
contratos do meio eletrônico, pois contratos usuais e eletrônicos pouco têm em
comum. 
II – Os contratos eletrônicos podem ser divididos em contratos-tipo e contratos
especí�cos. 
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REFERÊNCIAS
III – Os mesmos princípios que orientam os contratos gerais orientam os contratos
eletrônicos, pois a única diferença marcante destes últimos é que algumas de suas
etapas ocorrem por meios digitais. 
É correto o que se a�rma em:
a.  I, II e III.
b.  I, apenas.
c.  II, apenas. 
d.  II e III, apenas.
e.  I e II, apenas.
Questão 3
Existem algumas etapas que ocorrem na maioria dos contratos: a oferta, a
aceitação e a conclusão do contrato. Juntas elas são responsáveis por de�nir todo
o ciclo de vida de um contrato.
Tomando como referência o texto acima, classi�que as a�rmativas a seguir como
verdadeiras (V) ou falsas (F).
(  ) A conclusão é quando se dá o encerramento das obrigações assumidas pelos
contratantes.
(  ) A aceitação pode ser tácita ou expressa.
(  ) A proposta deve ser clara, objetiva e inequívoca.
(  ) Na proposta, é proibido incluir preço, quantidade, prazos e formas de
pagamento.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
a.  V – V – F – F.
b.  F – F – V – V.
c.  V – F – V – F. 
d.  V – V – V – F.
e.  V – V – V – V.
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set. 2003.
BRASIL. Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à
propriedade industrial. Diário O�cial da União, Brasília, DF, 14 maio 1996.
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BRASIL. Lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.  Altera, atualiza e consolida a
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Diário O�cial da
União, Brasília, DF, 19 fev. 1998.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário
O�cial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002.
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias,
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Brasília, DF, 23 abr. 2014.
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