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AULA 4 - RETENTORES INTRARRADICULARES

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Prótese Laboratorial 
Aula 4 – Retentores intrarradiculares 
 
 Introdução 
Os núcleos intrarradiculares ou de preenchimento 
são indicados para dentes com coroas total ou 
parcialmente destruídas e que necessitam de 
tratamento com prótese. Desse modo, as 
características da coroa clínica preparada são 
recuperadas, conferindo ao dente condições 
biomecânicas para manter a prótese em função 
por um longo período de tempo. As técnicas e 
materiais utilizados dependem do grau de 
destruição coronária e a presença/ausência de 
vitalidade pulpar. 
Dentes com vitalidade pulpar 
Em dentes polpados, dependendo da quantidade 
de destruição coronal, tem-se a dúvida se 
necessita de tratamento endodôntico ou apenas 
restaurador. Nesses casos, deve -se analisar a 
quantidade de estrutura coronal remanescente 
após o preparo do dente para o tipo de 
restauração planejada. Após esse preparo inicial, e 
de acordo com a quantidade de estrutura coronal 
remanescente, torna -se mais fácil decidir pela 
realização ou não do tratamento endodôntico. 
Se o dente possuir metade da estrutura coronal, 
envolvendo o terço cervical (região responsável 
pela retenção friccional da coroa e auxilia na 
neutralização da força que incide sobre a coroa, o 
que minimiza a tensão/pressão exercida sobre 
coroa/cimento/dente), o restante da coroa pode 
ser restaurada com materiais de preenchimento, 
usando meios adicionais de retenção fornecidos 
por pinos rosqueáveis em dentina. 
Após o preparo da estrutura coronal 
remanescente,caso se chegue à conclusão de que 
não existeestrutura dentária suficiente para 
resistir àsforças mastigatórias e, portanto, há risco 
de ocorreremfraturas no material de 
preenchimento, deve-se realizar o tratamento 
endodôntico. 
A desvitalização de um dente deve ser evitada ao 
máximo, pois o preparo para a colocaçãode pino 
intracanal, metálico ou não, enfraquecea 
estrutura dentária da raiz remanescente e a torna 
mais suscetível à fratura. 
 
Dentes com ausência da polpa 
Dentes com tratamento endodôntico têm sua 
resistência diminuída e estão mais propensos a 
sofrer fratura em virtude da perda de estrutura 
dentária causada pelo acesso aos condutos 
durante o preparo, somado à perda de estrutura 
coronal, especialmente das cristas marginais. 
Quando dentes com tratamento endodôntico, 
com perda parcial ou total de estrutura dentária, 
estão indicados como pilares de prótese parcial 
 
 
fixa (PPF), o dentista pode ficar em dúvida sobre 
qual é o melhor tipo de pino intrarradicular para 
essa finalidade, se fundido ou pré -fabricado, 
metálico ou de fibra de vidro. A escolha deve recair 
sobre um determinado tipo de pino que, associado 
ao cimento, proporcione ao conjunto 
raiz/cimento/pino uma estrutura semelhante à de 
um monobloco ou uma única unidade. Assim, a 
interface dentina/cimento/pino poderá resistir ao 
estresse provocado pela ação das forças 
mastigatórias e permanecer estável ao longo do 
tempo para manter o pino em posição. 
Núcleos fundidos 
Nos casos de grande destruição coronal, nos quais 
o remanescente coronal não é suficiente para 
prover resistência estrutural ao material de 
preenchimento, é utilizado núcleo metálico 
fundido. 
1. Preparo do remanescente coronal 
O preparo deve ser realizado seguindo as 
características do tipo de prótese indicado, 
removendo -se o cimento temporário contido na 
câmara pulpar até a embocadura do conduto. É 
muito importante que se preserve o máximo de 
estrutura dentária, para manter a resistência do 
dente e aumentar a retenção da prótese. 
Após a eliminação das retenções da câmara 
pulpar, as paredes da coroa preparada devem 
apresentar uma base de sustentação para o 
núcleo. É através dessa base que as forças são 
dirigidas para a raiz do dente, minimizando as 
tensões que se formam na interface pino 
metálico/cimento/raiz, principalmente na região 
apical do núcleo. 
Quando não existe estrutura coronal suficiente 
para propiciar essa base de sustentação, as forças 
que incidem sobre o núcleo são direcionadas no 
sentido oblíquo, tornando a raiz mais suscetível a 
sofrer fratura. Caso aconteça esse caso, deve -se 
preparar uma pequena caixa no interior da raiz 
com aproximadamente 2 mm de profundidade 
para criar uma base de sustentação para o núcleo 
e assim direcionar as forças predominantemente 
no sentido vertical, diminuindo as tensões nas 
paredes laterais da raiz. 
 
 
 
2. Preparo do conduto e remoção do 
material obturador 
Existem quatro fatores que devem ser analisados 
com o objetivo de propiciar retenção e resistência 
adequadas ao núcleo intrarradicular: 
comprimento, diâmetro, inclinação das paredes e 
característica superficial. 
• Comprimento 
O comprimento do pino intrarradicular deve 
atingir dois terços do comprimento total do 
remanescente dentário, embora o meio mais 
seguro, principalmente naqueles dentes que 
tenham sofrido perda óssea, é que o pino tenha 
um comprimento equivalente à metade do 
suporte ósseo da raiz envolvida. 
O comprimento adequado do pino no interior da 
raiz proporciona uma distribuição mais uniforme 
das forças oclusais ao longo de toda superfície 
radicular, diminuindo a possibilidade de ocorrer 
concentração de estresse em determinadas áreas 
e, consequentemente, fratura. O comprimento do 
pino deve ser analisado e determinado por uma 
radiografia periapical após o preparo da porção 
coronal, deixando a quantidade mínima de 4 mm 
de material obturador na região apical do conduto 
 
 
radicular, para garantir uma vedação efetiva nessa 
região. 
Nos casos de tratamento endodôntico parcial nos 
quais o material obturador não atingiu o nível 
desejado, devem -se considerar dois aspectos: o 
tempo de tratamento e a presença de lesão 
periapical. Na presença desta, indica -se sempre o 
retratamento do conduto, uma vez que sua 
deficiência pode estar contribuindo para a 
evolução da lesão; em sua ausência, deve -se 
considerar o tempo de tratamento. Se tiver sido 
realizado há pelo menos cinco anos, procede -se à 
execução do núcleo, mantendo -se o 
remanescente do material obturador como 
comentado anteriormente. Se a porção preparada 
do conduto não for considerada adequada para 
estabelecer o comprimento do núcleo, indica -se o 
retratamento do conduto, independentemente do 
tempo e da ausência de lesão. 
 
 
 
 
• Diâmetro 
O diâmetro da porção intrarradiculardo núcleo 
metálico é importantepara a retenção da 
restauração e para sua habilidadepara resistir aos 
esforços transmitidos durantea função 
mastigatória. Evidentemente, quanto maior o 
diâmetro do pino, maior será a sua retenção e 
resistência, porém deve ser considerado também 
o possível enfraquecimento da raiz remanescente. 
Em vista disso, tem sido sugerido que o diâmetro 
do pino deve apresentar até um terço do diâmetro 
total da raiz. 
Cuidado especial deve ser tomado na região do 
terço apical onde a largura mesiodistal é a porção 
mais estreita da raiz. Para que o metal utilizado 
apresente resistência satisfatória, é indispensável 
que tenha pelo menos 1 mm de diâmetro em sua 
extremidade apical. 
• Inclinação das paredes do conduto 
Os núcleos intrarradiculares com paredes 
inclinadas, além de apresentarem menor retenção 
que os de paredes paralelas, também 
desenvolvem grande concentração de esforços 
em suas paredes circundantes, o que pode gerar 
um efeito de cunha e, consequentemente, 
desenvolver fraturas ao seu redor. 
Em vista disso, durante o preparo do conduto, 
especial atenção deve ser dada à inclinação das 
paredes. Busca -se seguir a própria inclinação do 
conduto, que foi alargada pelo tratamento 
endodôntico e terá seu desgaste aumentado 
principalmente na porção apical para a colocação 
 
 
do núcleo intrarradicular, até que se tenha 
comprimento e diâmetro adequados. 
• Característica superficial do pino 
Paraaumentara retenção de núcleos fundidos que 
apresentam superfícies lisas, podem-se utilizar 
jatos com óxido de alumínio para torná-las 
irregulares ou rugosas antes da cimentação. 
 
3. Confecção do núcleo 
Para a confecção do núcleo, podem ser 
empregadas duas técnicas: a direta, na qual o 
conduto é moldado e a parte coronal esculpida 
diretamente na boca, e a indireta, que exige 
moldagem dos condutos e das porções coronais 
remanescentes com elastômero, obtendo -se um 
modelo sobre o qual os núcleos são esculpidos no 
laboratório. 
3.1 Técnica direta – dente unirradicular 
• Bastão de resina acrílica ou seleciona-se 
um pino pré-fabricado de plástico que se 
adapte ao diâmetro e ao comprimento do 
conduto preparado e que se estenda 1 cm 
além da coroa remanescente. É importante 
que exista espaço entre ele e as paredes 
axiais, para facilitar a moldagem do 
conduto com resina Duralay. 
• Lubrifica o conduto e a porção coronária 
com vaselina 
• Molda-se o conduto introduzindo a resina 
no seu interior e envolvendo o bastão que 
é inserido no conduto, verificando se 
atingiu toda sua extensão. O material em 
excesso é acomodado no bastão para 
confeccionar a porção coronal do núcleo 
• Durante a polimerização da resina, o 
bastão deve ser removido e novamente 
introduzido várias vezes no conduto, para 
evitar que o núcleo fique retido pela 
presença de retenções deixadas durante o 
preparo do conduto. Após a polimerização 
da resina, verifica -se a fidelidade do pino 
moldado. 
• Corta -se o bastão no nível oclusal ou 
incisal e procede -se ao preparo da porção 
coronal. 
• A parte coronal do núcleo deve apenas 
complementar a estrutura dentária 
perdida, dando -lhe forma e características 
de uma coroa preparada. 
• A liga metálica a ser utilizada na fundição 
deve apresentar resistência suficiente para 
não se deformar sob ação das forças 
mastigatórias. 
 
 
3.2 Técnica direta – dente multirradicular 
3.2.1 Moldando os condutos com resina 
Em dentes posteriores com condutos divergentes, 
o núcleo deve ser confeccionado em duas etapas, 
iniciando -se pelos condutos vestibulares em 
dentes superiores ou pelos condutos mesiais nos 
dentes inferiores. A moldagem dos condutos e a 
reconstrução da parte coronal são feitas pelo 
método descrito anteriormente, mantendo a face 
interna da primeira parte do núcleo paralela ao 
longo do eixo do conduto da segunda parte. 
Para o encaixe das duas partes do núcleo, vários 
sistemas podem ser utilizados, tais como sulcos, 
caixas ou encaixes. Uma vez fundida, a primeira 
parte do núcleo é adaptada no modelo de 
trabalho, e faz -se o acabamento da face que 
 
 
entrará em contato com a outra parte do núcleo. 
Em seguida, confecciona -se a segunda parte, que, 
após fundida e adaptada ao modelo, é ajustada no 
dente. 
 
 
3.2.2 Com pinos pré-fabricados (sistema Parapost) 
 
 
 
3.3 Técnica indireta 
Essa técnica, pela qual os núcleos são feitos em um 
modelo de trabalho, está indicada quando é 
necessário confeccionar núcleos em vários dentes, 
unirradiculares ou multirradiculares. As vantagens 
são a redução do tempo clínico e a facilidade para 
obter paralelismo entre os dentes pilares. 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleos pré-fabricados 
Quando o dente a ser restaurado mantém parte 
considerável da coroa clínica após o preparo, 
indica -se a colocação de um pino pré -fabricado 
no canal radicular, com o objetivo de aumentar a 
resistência do material de preenchimento que vai 
servir de ancoragem à futura restauração. 
É importante que o diâmetro do pino seja 
compatível com o do conduto, ou seja, a espessura 
de dentina remanescente não deve ser diminuída 
a ponto de comprometer a resistência da própria 
raiz. A presença de uma espessura de 2 mm na 
porção remanescente da raiz aumenta 
significativamente sua resistência a fraturas. 
O conduto é preparado usando as brocas que 
normalmente acompanham os pinos e deve se 
estender até aproximadamente dois terços do 
comprimento do dente, de sua porção coronal 
preparada até o ápice. Quando o dente apresentar 
perda óssea, o comprimento do pino deve ser 
equivalente à metade do suporte ósseo da raiz 
envolvida. 
A remoção do material obturador deve ser 
realizada inicialmente com pontas Rhein 
aquecidas até atingir o comprimento 
preestabelecido. A seguir, o conduto deve ser 
alargado com as brocas que acompanham os pinos 
metálicos, ou então com as brocas de Largo, Peeso 
ou Gates, com diâmetro compatível com o do 
conduto e o do pino selecionado 
Embora apresentem grande capacidade retentiva, 
os pinos pré-fabricados metálicos rosqueados 
devem ser usados com muito cuidado, pois geram 
mais tensões nas paredes do canal radicular do 
que os cimentados. Para diminuir essas tensões, o 
pino deve ser desrosqueado um quarto de volta 
após sua introdução final no conduto. 
Preferencialmente, os pinos pré -fabricados 
devem ser justapostos no canal radicular de forma 
passiva e cimentados. 
Para a cimentação desses pinos, os cimentos 
resinosos têm sido usados por apresentarem baixa 
solubilidade e por suas propriedades mecânicas e 
adesivas à dentina e aos pinos de fibra de vidro, 
que aumentam a resistência adesiva da interface 
e, portanto, reduzem a concentração de estresse 
nessa área. Entretanto, a capacidade dessa união 
não é homogênea, e a interface entre o cimento 
resinoso e a dentina radicular parece ser o elo 
mais frágil. 
Isso não significa que os cimentos adesivos não 
devem ser indicados. Entretanto, é importante 
que o dentista tenha treinamento suficiente para 
manipular corretamente esses materiais e 
conhecer suas deficiências, sempre considerando 
a importância do preparo correto do conduto e os 
requisitos mecânicos mínimos desse preparo. 
Uma opção aos cimentos resinosos são os 
cimentos de ionômero de vidro convencionais ou 
modificados por resina.

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