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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: Em um preparo dental para prótese fixa é necessário respeitar os 3 princípios, sem favorecer nenhum deles, é importante existir o equilíbrio. • Biológicos: não expor a polpa dental durante o preparo, se acontecer, irá precisar tratar o canal. Após o preparo o paciente precisa sentir conforto e nunca dor ou sensibilidade excessiva. Não se pode também invadir a parte periodontal/ósseo, não se pode fazer um preparo onde a coroa depois de pronta irá agredir o periodonto. • Mecânicos: desgaste adequado, resistência do material, função. • Estéticos: levar em consideração a necessidade estética do paciente e nunca do dentista, precisa ficar harmônico com o sorriso do paciente e sempre pedir a opinião do paciente e orientá-lo quanto ao material escolhido(forma, contorno e cor). Observação: na prótese fixa se houver alguma trinca ou quebra, muito provável que tenha que refazer tudo do zero, em alguns casos, é possível remover somente a cerâmica e mandar para o laboratório reforçar. PRINCÍPIOS MECÂNICOS Retenção: capacidade de manter a prótese na boca em uma força vertical Estabilidade: capacidade de manter a prótese na boca em uma força horizontal(mastigação) Tipos de linha de terminação: porção cervical do dente/coroa • Linha do termino X material restaurador, estética, adaptação marginal REVISÃO DE ANATOMIA DENTAL No dente de gesso: dividir o dente em coroa anatômica e raiz anatômica Diferentes desgastes na face: • VIPS (vestibular inf e palatina sup) cúspides de suporte • LIVs (lingual inferior e vestibular superior) cúspides de corte Desgate acentuado: lesão de polpa Desgaste menos acentuado: pouca resistência mecânica -Brocas: 3228 ou 4230 (KG) -Brocas: 3207 romper o ponto de contato, cortar o dente e dar expulsividade. Afilada. -Brocas: 3118 chama de vela, convexa, ao tocar o dente deixa a superfície oca • Bisel é feito para melhorar a adaptação e é feito intrasucular para não ficar “feio” O preparo deve ser sempre expulsivo e nunca retentivo. PRÓTESE Definição: Peças protéticas para reparar alguma coroa de dente que por algum motivo foi perdido, geralmente confeccionadas em acrílico e permanecem até o que a prótese fixa definitiva fique pronta. Deve proteger o complexo dentina/polpa. Objetivos: Manter a parte biológica, mecânica, estética e ocluso-funcional. Requisitos: Proteção pulpar: * material isolante térmico, * Margens bem adaptadas para evitar infiltração e sensibilidade Proteção periodontal: * adaptação cervical, sem compressão do sulcos e sem invadir as papilas interproximais. * Textura lisa e polida Função oclusal: * evita migração de dentes vizinhos e antagonistas e previne desequilíbrios articulares ou neuromusculares Facilidade de higienização: * contorno permita a sua limpeza ideal, não pode ser áspero (por natureza o provisório diferente da porcelana, não é bem polido), mas, quanto mais liso você puder deixá-lo menor placa teremos. Resistência estrutural e mecânica: * deve suportar a função mastigatória sem fraturar e sem deslocar. * Sempre avaliar o seu paciente de boca fechada, bater o carbono em todos os dentes, análise se ele tem as guias caninas; tudo isso para verificar se o paciente possui oclusão correta Estética e fonética: * Ativo socialmente; modificações em seus contornos e texturas, Condicionamento gengival para fazer uma coroa bem adaptada. Materiais mais utilizados - Resina acrílica ativada químicamente (RAAQ) - Resina acrílica ativida térmicamente (RAAT) - Resina Bisacrilica Técnicas de confecção TÉCNICA DIRETA >Feita pela dentista. Vantagens: Fácil confecção, o paciente fica “pronto na hora”, adaptação marginal razoável, oclusão satisfatória, fácil modificação dos contornos e contados Desvantagens: alteração de cor a curto prazo, fica muito áspero e poroso, tempo limitado de uso e durabilidade, favorece a irritação gengival, sensível a ação do eugenol presente no cimento, menor resistência em próteses extensas. COROA TEMPORÁRIA(provisórios) TECNICA DIRETA: 1- MANIPULAÇÃO(BOLINHA) ➢ Manipular uma bolinha de resina ➢ acrílica; ➢ Colocar sobre o preparo; ➢ Pedir para o paciente ocluir; ➢ Esculpir com uma Lecron, Hollemback, broca, dando forma e contorno; 2- TÉCNICA COM FACETA DE DENTES DE ESTOQUE: ➢ Desgastar a parte lingual do dente de estoque e a cervical, fazendo uma “faceta” vestibular para o preparo; ➢ Ir acrescentando resina acrílica no restante do preparo e esculpir; ➢ Dar acabamento e polimento; ➢ Vantagem: maior estética na vestibular 3- Através de moldes ou técnicas da mascara: ➢ Feitos através de moldes de alginato ou silicone prévios ➢ Preencher o molde com RAAQ e levar ao preparo; ➢ Remover o molde, ir retirando a coroa provisória antes da polimerização; ➢ Esculpir, dar acabamento e polimento. Item 7, observação: cimentação com fosfato de zinco, ou qualquer outro cimento sem eugenol. TÉCNICAS INDIRETAS(prensado) >Feita em laboratório. Antes do preparo ser feito, deve-se moldar, fazer um planejamento e enviar para o protético. O laboratório faz a simulação de preparos no modelo de gesso. Vantagens: maior durabilidade, maior resistência, fornece uma estética melhor, tempo de ajustes clínicos menores. Desvantagens: alto custo para o paciente, modelos com troqueis, procedimentos laboratoriais complexos Passos: ➢ Moldagem dos arcos; ➢ Enceramento de diagnostico; ➢ Prensado no laboratório; ➢ Colocação de resina e prensagem; ➢ Prova e ajuste da peça. Cimentação provisória: ➢ Ação medicamentosa; ➢ Vedamento marginal cervical; ➢ Tempo de permanência na boca; ➢ Retenção a estabilidade 1- Análise da condição endodôntica 2- Analise da condição periodontal 3- Analise da proporção entre Coroa Clinica e Raiz (mínima aceitável 1:1) • Comprimento RC ≥ CC: Prognóstico bom, indicado o tratamento do dente utilizando-se um RIR • Comprimento RC < CC: Prognóstico ruim, indicado outro tratamento após a exodontia do dente RIRF(retentor intra radicular) finalidades: 1- Retenção da coroa protética 2- Aumentar a resistência do remanescente dentário: dissipar as cargas mastigatórias para o osso alveolar através do pino do RIR. 3- Retentores de PPF e PPR Retenção do RIR: -comprimento -diâmetro -conicidade -textura/superfície ANÁLISE DA MEDIDA DO RIRf 1- Comprimento mínimo: ½ da raiz clinica 2- Comprimento máximo: > comprimento para manter 3 a 4mm de material obturador no conduto endodôntico 3- Comprimento ´´ideal´´: comprimento entre o mínimo e o máximo, varia de acordo com o comprimento do dente. • Dentes mais longos(caninos) podemos deixar mais material obturador • Dentes mais curtos(lateral e prés) deixamos material no limite de 4mm Componentes: ➢ Núcleo (porção coronária) ➢ Pino intra radicular(porção interna do conduto radicular) ➢ Espelho(base da linha de termino) no mínimo de 1mm ➢ Estojo(opcional) Tipos de retentores intra-radiculares: ANÁLISE DO PROGNÓSTICO DO DENTE O mais seguro é manter a 2mm da cervical. >Pinos radiopacos >Pinos radiolucidos Mais usados: pino de fibraRESUMO DO RIR ➢ O pino intra-radicular deve ter no mínimo o comprimento da coroa clinica. ➢ Deixar no mínimo 3 a 4mm de material obturador remanescente ➢ Relação COROA : RAIZ = 1:1 ➢ O ideal é que a largura do pino intra-radicular seja no máximo 1/3 do diâmetro da raiz. ➢ Evitar que o pino intra-radicular seja circular ➢ Nos dentes anteriores superiores, o alargamento deve ser pra lingual ➢ Nos dentes anteriores inferiores, o alargamento maior é para vestibular. Moldagem unitária Moldagem exclusiva do dente preparado, será posteriormente relacionado aos demais elementos. Técnica do anel de Cobre e Godiva Técnica do casquete em resina. Troquel Cópia individual de um elemento preparado. Moldagem múltipla Consiste na moldagem, em um único procedimento, dos elementos preparados e das estruturas adjacentes. O SUCESSO DA MOLDAGEM DEPENDE: 1- Estado fisiológico da gengiva; 2- Conhecimento da profundidade do sulco; 3- Extensão do preparo; 4- Preparo dentário com o mínimo de trauma gengival; 5- Coroas provisórias corretas. BOA MOLDAGEM MULTIPLA: 1-Duplicação fiel, nítida e completa do preparo; 2-Reprodução dos demais dentes e tecidos vizinhos, permitindo boa articulação do modelo e contorno adequado da restauração; 3-Isenção de bolhas, principalmente na linha de término e faces oclusais dos demais dentes. LINHA DE TERMINAÇÃO Geralmente intra-sulcular : •exigências estéticas da restauração; •coroas clínicas curtas; •cáries cervicais ou defeitos em esmalte e dentina; •zonas de recessão gengival. MOLDAGEM