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introdução ♥ Também conhecida como Peste Porcina Clássica e Hog Cholera. ♥ Carne Suína: → Importante fonte de proteína animal. → A suinocultura brasileira é uma das atividades econômicas mais importantes do agronegócio. ♥ Brasil: → 4° maior produtor de carne suína do mundo (3,9 milhões de toneladas produzidas em 2018). → 4° maior exportador do mundo (646 mil toneladas foram exportadas). ♥ Em 2018, a movimentação financeira de toda cadeia produtiva de suínos foi de aproximadamente R$150 bilhões. ♥ A manutenção da sanidade do rebanho e da capacidade de certificação dos serviços veterinários é uma das prioridades do país, assim como a conquista de mercado, manutenção da competitividade e oferta de um alimento seguro. ♥ Doenças infecciosas emergentes e reemergentes são usualmente caracterizadas por surtos súbitos e imprevisíveis, podendo atingir proporções epidêmicas, levando a graves perdas econômicas e sociais. ♥ Aspectos que podem levar à emergência de doenças infecciosas em animais domésticos: → Intensificação das práticas de produção. → Mutações genéticas nos agentes infecciosos. → Mudanças no ambiente. → Intensificação do comércio de animais vivos, material genético, insumos e POA. → Intensa movimentação de pessoas. ♥ A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é responsável pela certificação do status sanitário de todos os países que exportam proteína animal. ♥ Países são listados como livres, endêmicos ou com a presença da doença, em todo ou em parte do território, de acordo com o tipo de agente infeccioso. ♥ PSA e PSC: doenças causadas por vírus que acometem suídeos domésticos, selvagens e asselvajados (javalis e seus cruzamentos). Atingem os suídeos, mas não são transmitidas para humanos ou para outras espécies. ♥ Perdas econômicas muito elevadas durante surtos: → Efeito direto das doenças sobre os animais. → Proibição na movimentação e comércio de animais vivos. → Interferência imediata no comércio nacional e internacional da carne, derivados embutidos e subprodutos. → A carne e seus derivados podem conter e manter vivos os agentes infecciosos, se tornando fontes de disseminação para países e áreas livres. ♥ Na ocorrência destas doenças, a notificação à OIE é obrigatória. ♥ O Brasil é livre de PSA e possui cerca de 95% da produção industrial de suínos em área reconhecida como livre da PSC pela OIE. etiologia ♥ Peste Suína Africana: → Vírus DNA da família Asfarviridae e gênero Asfivirus. → 24 genótipos, todos encontrados no continente africano, sendo que apenas os genótipos I e II ocorrem fora da África. → A maioria é altamente virulenta, com taxas de mortalidade muito altas. ♥ Peste Suína Clássica: → Vírus RNA da família Flaviviridae, gênero Pestivirus e espécie Pestivirus C. → 3 diferentes genótipos, com 3 a 4 subgenótipos em cada um, totalizando 11 subgenótipos. → Considerado relativamente estável, apresentando uma baixa taxa de mutação. distribuição ♥ Presenta na Ásia, América Central, América do Sul, África e partes da Europa e Ásia. ♥ Muitos países já erradicaram esta doença. Nas Américas, apenas EUA e Canadá são livres de PSC. ♥ O Brasil é livre de PSA em todo o território nacional, mas ainda tem zonas em processo de erradicação e zonas com focos da PSC, como Piauí, Ceará e Alagoas. transmissão ♥ Hospedeiros: os suídeos são reservatórios naturais. peste suína clássica ♥ Acontece entre suínos domésticos ou selvagens, como javali. ♥ Pode ocorrer por contato direto entre infectados e suscetíveis (principal forma de transmissão) ou por contato indireto através de secreções, sêmen, sangue, fômites, produtos de origem suína, carreado por pessoas, veículos que carregam animais, instalações, roupas, instrumentos, agulhas, etc. ♥ Principal Fonte: doente ou portador. ♥ Principal Disseminação: movimentação e introdução de suínos infectados em rebanhos livres. ♥ Portas de Entrada: oral, respiratória, conjuntival, genital, mucosas, lesões na pele, injeções e inoculação percutânea. ♥ Fatores Predisponentes: idade, estado imune da mãe, fatores estressantes, falhas de manejo, calor ou frio, falta de água, superpopulação, competição, alimentação inadequada, medicamentos imunossupressores e vacinação inadequada. peste suína africana ♥ Materiais contaminados dos manejadores ou controladores de javalis. ♥ Contato direto com javali contaminado. ♥ Resíduos de cozinha, restos alimentares e produtos de carne suína infectados. ♥ Carcaça ou sangue de javali infectado. ♥ Veículos e equipamentos contaminados. epidemiologia ♥ Alta morbidade e mortalidade em suínos não vacinados. ♥ É mais grave em suínos jovens. patogenia ♥ O vírus entra no hospedeiro e fica nas mucosas do trato digestivo ou trato respiratório. ♥ Atinge as tonsilas e se multiplica nos fagócitos, passa pelos linfonodos retrofaríngeos e, através da circulação, chega aos outros órgãos. ♥ Destrói células de defesa causando imunossupressão e reduz plaquetas, fazendo com que a coagulação fique mais demorada e ocorra hemorragias generalizadas. clínica ♥ Variável de acordo com a virulência do genótipo viral, da idade e da imunidade dos animais. ♥ Formas: aguda, hiperaguda, crônica, congênita e subaguda. ♥ Animais mais jovens são mais afetados. forma aguda (clássica) ♥ Ocorre um quadro hemorrágico, abrupto e sistêmico, com alta mortalidade (até 100%). ♥ Evolui de 5 a 15 dias. ♥ Pode causar leucopenia, trombocitopenia, petéquias e equimoses generalizadas, infartos multifocais na margem do baço, linfonodomegalia, encefalomielite, febre, amontoamento dos animais, anorexia, lesões hemorrágicas na pele, cianose da pele, conjuntivite, diarréia, vômitos, dispnéia, tosse, ataxia, paresias, convulsões e morte. ♥ Lesões observadas em casos clínicos de PSC e PSA: → Hemorragias difusas na pele. → Linfonodo mediastínico aumentado de volume e com hemorragia difusa. → Baço aumentado de volume e com áreas hemorrágicas. → Rim com hemorragias petequiais na superfície capsular. → Intestino grosso com grandes áreas hemorrágicas vistas pela serosa. → Intestino grosso com colite fibrinonecrótica na forma de botões ulcerosos na mucosa. forma hiperaguda ♥ Os sinais são pouco esclarecedores, pois aparecem muito rápido e sem lesões aparentes. ♥ Quando há sintomas é igual a forma aguda. ♥ Leva a morte súbita em leitões em até 5 dias. forma crônica ♥ Úlceras ‘em botão’. ♥ Depleção generalizada do tecido linfóide. ♥ Sem lesões inflamatórias e hemorrágicas. ♥ Causa abatimento, perda de apetite, febre, diarreia e aparente recuperação, seguida de morte. forma congênita ♥ Nascimento de animais fracos. ♥ Refugos. ♥ Tremores congênitos. ♥ Crescimento retardado. ♥ Produção irregular ou indetectável de anticorpos. ♥ Os animais ficam persistentemente infectados, podendo morrer em semanas ou meses. ♥ Pode causar hipomielinogênese, hipoplasia cerebelar, microcefalia, hipoplasia pulmonar e outras malformações. forma subaguda ♥ Sintomas mais leves, principalmente em porcas. ♥ Apresenta febre passageira e inapetência, podendo levar a morte, absorção fetal, mumificação, prematuros ou abortos. diagnóstico ♥ Sinais clínicos, histórico e dados epidemiológicos. ♥ O diagnóstico clínico é presuntivo, pois existem doenças clínicas e patologicamente semelhantes. ♥ Necessita de confirmação laboratorial. ♥ Testes Para Detecção do Agente: → Imunofluorescência direta. → Cultivo celular. → RT-PCR. → ELISA. diagnóstico diferencial ♥ Pode ser confundido com infecções por outros pestivirus, peste suína africana, circovirose, actinobacilose, salmonelose, erisipela, pasteurelose, estreptococose, leptospirose ou envenenamento. ♥ Septicemias: erisipela, eperitrozoonose, salmonelose, estreptococose, pasteurelose, actinobacilose e doença de Glässer. ♥ Hemorragias: síndrome da dermatite e nefropatia por circovírus suíno tipo 2 (PCV2), doença hemolítica do recém-nascido, envenenamento por cumarina e trombocitopenia púrpura. ♥ Refugagem: circovirose suína (PCV2), enterotoxicose, disenteria suína e campilobacteriose. ♥ Abortamento:doença de Aujeszky, infecção pelo vírus da encefalomiocardite, síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRS), leptospirose e parvovirose. ♥ Sinais Nervosos: encefalomielite viral, meningite bacteriana e intoxicação por sal. tratamento ♥ Não tem tratamento, por isso o animal precisa ser abatido. prevenção e controle ♥ Notificação e abate. ♥ Sacrifício sanitário rápido de todos os suínos infectados e seus contatos. ♥ Eliminação adequada de cadáveres, seguida de limpeza e desinfecção completa das instalações. ♥ Determinação das zonas infectadas e de risco epidemiológico deve-se fazer: → Investigação detalhada. → Rastreamento de possíveis fontes de disseminação da infecção. → Reforço à vigilância em toda a área circundante. → Controle de movimentação dos suínos e produtos com risco de veicular o(s) agente(s). profilaxia ♥ Medidas Específicas: vacinação em áreas endêmicas e abate em áreas livres ou em erradicação. ♥ Medidas Gerais: → Vigilância sanitária. → Notificação obrigatória. → Controle no ingresso e trânsito de suídeos e produtos de origem suína. → Desinfecção de veículos. → Quarentena e desinfecção do ambiente. → Destruição de excrementos, carcaças e vísceras. → Zona de vigilância a 10km de focos. ♥ Programa Nacional de Sanidade Suídea: → Coordenação, normatização e suporte de ações de defesa sanitária. → Doenças da antiga lista A da OIE passaram a ser enfermidades notificáveis. ♥ Plano de Contingência Para PSC: notificação e confirmação de casos. saúde pública ♥ Só afeta os suídeos, não causa doença em humanos. peste suína clássica x peste suína africana
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