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1 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Habilidades médicas ASSUNTO: REVISÃO OSCE Aparelho Cardiovascular CONCEITOS: Ciclo cardíaco é a sequência de fatos que acontece a cada batimento cardíaco. O coração ciclicamente se contrai e relaxa. Quando se contrai, ejeta o sangue em direção às artérias, na fase chamada de sístole. Quando relaxa, recebe o sangue proveniente das veias, na fase chamada diástole. EXAME CARDIOVASCULAR: Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho cardiovascular (alterações da coloração da pele e mucosas, edema, perfusão periférica), exame dos pulsos arteriais e venoso jugular, tomada da pressão arterial, inspeção palpação e ausculta do precórdio. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis, dos movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas, pesquisa de frêmitos. POSIÇÕES: Em decúbitos dorsal, laterais e sentado OBSERVAR: Abaulamento; Impulsões de borda esternal; Retrações; Malformações torácicas; Batimentos ou Movimentos; Frêmito Cardiovascular; Ictus Cordis: Choque de Ponta - Cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com 5º espaço intercostal Avaliar: Localização; Extensão; Mobilidade; Intensidade e forma de impulsão; Ritmo e frequência Comparar com pulsos carotídeos AUSCULTA CARDÍACA: Identificar cada um dos focos principais de ausculta. Pode ser complementada posicionando-se o estetoscópio nas regiões axilar E, cervical D, interescapular, ou em qualquer ponto do percórdio. SEMIOTÉCNICA: LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DE EXAMINAR O PACIENTE Estetoscópio Ambiente de ausculta Posição do paciente e do examinador Orientação do Paciente Escolha do receptor adequado Aplicação correta do receptor Manobras especiais Localização 5º EIE dentro da linha hemiclavicular Extensão 2 cm (1 ½ polpa digital) 2 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Duração Pequena - 1/3 inicial da sístole - Amplitude Pequena (não eleva o dedo que palpa nem oferece resistência a compressão digital) Mobilidade: Desloca-se 2 a 3 cm para E, em decúbito lateral E FOCOS DE AUSCULTA Foco mitral = 5º Espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular, corresponde ao ictus cordis Foco pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno Foco aórtica = 2º espaço intercostal direito junto ao esterno Foco aórtico acessório = 3º e 4º espaço intercostal esquerdo Foco tricúspide = Base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda Outras áreas do precórdio e adjacências: Borda esternal esquerda, borda externa direita, regiões infra e supraclaviculares, regiões laterais do pescoço e região interescapulovertebrais BULHAS CARDÍACAS: Primeira bulha (B1): Fechamento das valvas mitral e tricuspide, componente mitral antecede tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo, timbre mais grave, representação - TUM Segunda bulha (B2): Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, representação - TA Terceira bulha (B3): Vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido, ruído de baixa frequência (Utilizar campanula), representação - TU Quarta bulha (B4): Ruído débil, ocorre no final da diástole ― brusca desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea existente no interior do ventrículo RITMO CARDÍACO: Duas bulhas = dois tempos = binário Terceiro ruído = três tempos = ritmo tríplice TUM-TA-TU _ TUM-TA-TU _ TUM-TA TU SOPROS: • Vibrações decorrentes da mudança do fluxo sanguíneo de laminar para turbulento 3 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI • Alterações dos vasos, das câmaras cardíacas, das valvas, estreitamentos, dilatações, malformações, • Alterações do sangue (anemia); febre • TIPOS: Sistólicos/Diastólicos Identificar os principais focos de ausculta: aórtico, pulmonar, aórtico acessório, tricúspide, mitral. Ausculta normal (H1): primeira e segunda bulhas, observar intensidade, ritmo e frequência Bulhas acessórias (H7, H8): terceira e quarta bulhas AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Frequência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de vezes que o coração bate (ou cicla) por minuto. É expressa em bpm: batimentos por minuto Medida em repouso: MATERIAL – relógio, cronômetro, estetoscópio TÉCNICAS – lavar as mãos; orientar paciente quanto ao exame 1º. Por ausculta cardíaca >> comparar com pulso carotídeo 2º. Por palpação do íctus-cordis CONTAR POR UM MINUTO!!! * Faixa normal: O coração humano bate entre 60 e 100 bpm. Número de batimentos abaixo de 60 bpm >> Bradicardia. Número de batimentos acima de 100 bpm >> Taquicardia. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Posições do paciente: Deitado / Assentado / Ortostatismo O braço deve encontra-se sempre no mesmo plano que o do coração !!! Componentes: - Pressão sistólica - PS: Pressão mais elevada observada nas artérias durante a fase sistólica do ciclo cardíaco. - Pressão diastólica - PD: Pressão mais baixa detectada na aorta e seus ramos durante a fase diastólica do ciclo cardíaco. Sons de Korotkoff Fase I: surgimento dos primeiros sons (pequena intensidade e alta frequência). Fase II: sons suaves e prolongados. Podem ser inaudíveis (hiato auscultatório). Fase III: sons mais intensos e nítidos (hiato auscultatório). Fase IV: sons de baixa intensidade e abafados (níveis de pressão da bolsa discretamente > pressão diastólica). Fase V: desaparecimento dos sons. Fatores que influenciam a PA: Sobrecarga física e emocional, Fumo, Consumo de bebidas alcoólicas, Colocação inadequada do manguito, Emprego inadequado do estetoscópio, Local da medida da pressão arterial, Posicionamento do paciente, Método auscultatório Erros na medida da PA Erros do examinador: – Observação – Princípios básicos – Aplicação do método Erros instrumentais: – Emprego do aparelho com manguito de tamanho inadequado ou descalibrado. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 4 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI >>>. Lavar as mãos antes de iniciar 1º. Explicar o procedimento ao paciente 2º. Certificar-se de que o paciente: a. Não está com a bexiga cheia b. Não praticou exercícios físicos c. Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida. d. Está ou não sentindo alguma dor 3º. Deixar o paciente descansar por 5-10 minutos em ambiente calmo com temperatura agradável. 4º. Localizar a artéria braquial por palpação. Artéria braquial: braço em leve flexão; palpar com dedos indicador, médio e anular e sentir pulsações da artéria braquial, medialmente ao ventre/tendão do bíceps, acima da fossa cubital. 5º. Colocar o manguito adequado firmemente, cerca de 2 a 3cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha (manguito) sobre a artéria braquial. 6º. Manter o braço do paciente na altura do coração 7º. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro. 8º. Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso para estimação do nível da pressão sistólica, desinsuflar rapidamente e aguardar de 14 a 30 segundos antes de inflar novamente. 9º. Colocar as olivas do estetoscópio nas orelhas, com a curvatura voltada para frente. 10º. Identificar a artéria braquial na fossa cubital e posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre ela evitando compressão excessiva. 11º. Solicitar ao paciente que mantenha o braço relaxado, não levante a cabeça e não fale durante o processo da medida. 12º. Inflar rapidamente, de 10 em 10mmHg, até ultrapassar 20 a 30mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. 13º. Proceder à deflação a velocidade constante inicial de 2 a 4mmHg/seg. 14º. Após a determinaçãode PA sistólica (PS), aumentar para 5 a 6mmHg/seg, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. 15º. Determinar a PS no momento do aparecimento do primeiro som (Fase I de Korotkoff) que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 16º. Determinar a Pressão Diastólica (PD) no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 17º. Registrar os valores das PS e PD, complementando com a posição do paciente, tamanho do manguito, e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão identificado na escala do manômetro, que varia de 2 em 2mmHg, evitando-se arredondamentos e valores terminados em 5. 18. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. Orientar para que o paciente faça movimentos de fechar e abrir as mãos para restabelecer adequadamente a circulação local. 18º. Lave as mãos novamente ao término. Descrição do exame normal: PA: 120/80 mmHg, deitado, MSD (membro Superior Direito) ou MSE (Membro Superior Esquerdo). AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PULSO Localização e palpação do pulso radial Pulso radial: Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio, emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio - Polegar se fixa ao dorso do punho - Antebraço apoiado e em supinação PROCEDIMENTO PARA VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PULSO 1º. Lavar as mãos 2º. Orientar o paciente quanto ao procedimento 3º. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado, identificar e palpar o pulso radial 5 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI 4º. Observar: - Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); - Ritmo (regular, irregular); - Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena); - Tensão ou dureza (mole, duro); - Tipos de onda (normal, paradoxal, filiforme); 5º. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade). 6º. Contar o número de pulsações durante 1 minuto inteiro 7º. Anotar 8º. Lavar as mãos ao término Descrição do exame normal: Pulsos palpáveis, simétricos e sem anormalidades. FP = ... ppm (pulsações por minuto). - Acima de 100 ppm = taquisfigmia - Abaixo de 60 ppm = bradisfigmia PALPAÇÃO DE PULSOS ARTERIAIS Estado da parede arterial, frequência, ritmo, amplitude, tensão, tipo, simetria. Examinar pulsos radial, carotídeo, temporal superficial, subclávio, axilar, braquial, cubitais, aórtico abdominal, ilíaco, femoral, poplíteo, tibial anterior, pedioso, tibial posterior. Procedimento para a palpação de pulsos arteriais: 1º. Lavar as mãos 2º. Orientar o paciente quanto ao procedimento. 3º. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado. Identificar e palpar o pulso radial. 4º. Fazer uma palpação sistematizada (iniciar na face e progredir caudalmente) 5º. Observar: -Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); -Ritmo (regular, irregular); -Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena); - Tensão ou dureza (mole, duro); -Tipos de onda (normal, paradoxal, filiforme); 6º. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade). 7º. Anotar em prontuário 8º. Lavar as mãos ao término PULSO CAROTÍDEO (ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM): Inclinar o pescoço para o lado em que se vai palpar Observa-se a região do pescoço do paciente e identifique o músculo esternocleidomastóideo; Palpar o pomo de adão, deslizar os dedos lateralmente, afastando-se borda anterior do músculo esternocleidomastóideo; Palpa-se com polpa digital do polegar ou polpa digital dedos indicador e médio, no terço médio do ventre muscular; Palpar com delicadeza para não comprimir seio carotídeo (pode levar a bradicardia, parada cardíaca, desprendimento de trombos aderidos); Não se deve palpar ambas artérias carótidas ao mesmo tempo; 6 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI PULSO BRAQUIAL: Braço em leve flexão Palpar com dedos indicador, médio e anular e sentir pulsações da artéria braquial, medialmente ao ventre/tendão do bíceps, acima da fossa cubital. PULSO RADIAL: Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio Emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio Polegar se fixa ao dorso do punho Antebraço apoiado e em supinação PULSO FEMORAL: Paciente decúbito dorsal Dedos indicador, médio e anular palpar trígono femoral PULSO PEDIOSO: Palpar entre primeiro e segundo metatarso, com dedos indicador, médio e anular 7 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI PULSO TIBIAL POSTERIOR: Palpar região retromaleolar medial, com dedos indicador, médio e anular e fixando o polegar na região maleolar lateral REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pulsos arteriais palpáveis, simétricos, artérias sem alterações. VEIA JUGULAR E PULSO VENOSO JUGULAR Avaliar a turgência, pulso, pesquisar frêmito ou sopro 8 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Aparelho Respiratório Alterações da coloração da pele e mucosas, baqueteamento digital, formato do tórax, tipo de respiração, ritmo e amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura acessória, expansibilidade, palpação, percussão e ausculta do tórax. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Estática e dinâmica Na estática é observado a forma do tórax e suas anormalidades A. Tórax normal B. Tórax tonel C. Tórax infundibuliforme: depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica. Natureza congênita. D. Tórax cariniforme: E. Escoliose: F. Tórax cifose: curvatura da coluna vertebral. Pode ser de origem congênita ou resultar de postura defeituosa. Também a tuberculose óssea (mal de Pott), a osteomielite ou as neoplasias podem ser responsáveis por essa deformidade. G. Gibosidade: gibosidade + escoliose (desvio da coluna para o lado). As formas leves dessas duas últimas deformidades são comuns e desprovidas de significado patológico. Ao se examinar uma radiografia de um indivíduo com cifose discreta, que não tenha sido feita em posição posteroanterior correta, a sombra traqueal aparece com um desvio que, na realidade, não existe. ECTOSCOPIA: Observar a coloração das mucosas, baqueteamento, forma do tórax PADRÃO RESPIRATÓRIO: Observar o tipo, ritmo e amplitude da respiração Sinais de esforço e utilização de musculatura acessória: Batimento de aletas nasais, musculatura cervical, tiragem intercostal, musculatura abdominal. POSIÇÕES: Em decúbitos dorsal, laterais, sentado e ortostatismo OBSERVAR: Abaulamentos; Impulsões de borda esternal; Retrações; Malformações torácicas; Batimentos ou Movimentos; Frêmitos; Pontos dolorosos; Enfisema subcutâneo PALPAÇÃO: AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA 9 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI PROCEDIMENTO: 1. Antes e após examinar um paciente lave as mãos. 2. O examinador deve se colocar atrás do paciente. 3. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando as mãos em direção às bases. 4. Pousar as mãos espalmadas sobre as regiões a serem examinadas, de tal modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto. Os demais dedos encostam levemente no tórax, levemente fletidos. 5. Nas bases, aderir bem os dedos. 6. Solicitar ao paciente para respirar mais fundo e ir observando a movimentação de suas mãos, particularmente o distanciamento dos polegares da linha médio-espinhal. A expansibilidade pode ser normal ou diminuída (unilateral ou bilateralmente). REGISTRO DO EXAME NORMAL: EXPANSIBILIDADE NORMAL E SIMÉTRICA PALPAÇÃO: AVALIAÇÃO DO FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV) É o exame das vibrações percebidas pela mão do examinador, encostada na parede torácica, quando o paciente emite algum som. PROCEDIMENTO: 1º. Antes e após examinar um pacientelave as mãos. 2º. O examinador deve se colocar atrás do paciente. 3º. Iniciar o exame pelo alto e ir deslocando a mão em direção às bases, em cada uma das faces torácicas. 4º. Pousar a mão espalmada, ora de um lado, ora do outro, com os dedos levemente estendidos, sobre as regiões do tórax a serem examinadas ao mesmo tempo em que o paciente vai falando em voz alta ―trinta e três‖. 5º. Compara-se um lado com o outro e observa-se o aumento, a diminuição e o desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente). REGISTRO DO EXAME NORMAL: FTV NORMAL E SIMÉTRICO PERCUSSÃO TORÁCICA PROCEDIMENTOS: 1º. Antes e após examinar um paciente lave as mãos. 2º. Para a percussão das faces anterior e laterais, o paciente pode estar deitado ou assentado. 10 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI 3º. Na percussão das faces laterais o paciente deve colocar a mão na cabeça. Já a percussão da parede posterior deve ser feita com o paciente na posição sentada. 4º. Utiliza-se a percussão dígito-digital, indo de cima para baixo em cada face. 5º. Ir golpeando os espaços intercostais ora de um lado, ora do outro, e ir comparando os sons obtidos. 6º. Manter a força do golpe constante. Identificar os 3 sons pulmonares à percussão e as áreas em que ocorrem. Comparar o exame com pessoas magras, musculosas e obesas. Percussão do tórax: hipersonoridade, submacicez e macicez. REGISTRO DO EXAME NORMAL: SONS PULMONARES NORMAIS E SEM SINAIS DE CARDIOMEGALIA AUSCULTA PULMONAR ERRO: auscultar o tórax POR CIMA de roupas. Avaliar a presença e a característica dos: 1. SONS NORMAIS. Tipos: Som traqueal, respiração brônquica, respiração bronco-vesicular, murmúrio vesicular. Podem estar: fisiológicos; aumentados; diminuídos; abolidos. 2. SONS ANORMAIS. Tipos: - estertores finos (antiga crepitação) e estertores grossos - ronco, sibilo, estridor - atrito pleural Podem ser: a) presentes ou ausentes b) inspiratórios ou expiratórios (proto, meso, tele, holo) c) raros, poucos ou leves; moderados; muitos d) móveis ou não com a tosse Podem estar: - difusos ou localizados em uma determinada região do pulmão Podem evoluir: - aumentando, diminuindo, inalterados Podem cursar ou não com esforço respiratório MATERIAL: Estestocópio PROCEDIMENTOS: 1º. Antes e após examinar um paciente lave as mãos. 2º. Colocar o paciente em posição sentada. 3º. Colocar corretamente as olivas do estetoscópio nas orelhas. 4º. Solicitar ao paciente que respire lenta e profundamente, com a boca aberta. 5º. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando o estetoscópio em direção às bases. 6º. Compara-se um lado com o outro, observando-se os sons pulmonares fisiológicos e a presença de ruídos adventícios (extras, anormais). 7º. Observam-se também as fases de inspiração ou de expiração e se há prolongamentos dela. REGISTRO DO EXAME NORMAL: MURMÚRIO VESICULAR FISIOLÓGICO SEM RUÍDOS ADVENTÍCIOS Prática simulada: Ausculta pulmonar Sons pulmonares normais: traqueal, broncovesicular, murmúrio vesicular (L1, L2) Sons contínuos: sibilos (L3, L4), roncos (L7), estridor (L8), som bronquial (L11), atrito pleural (L14) 2.3 Sons descontínuos: crepitações finas (L5), crepitações grossas (L6, L12) Ausculta da voz: egofonia (L15), pectorilóquia (L16) 11 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI 12 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Exame dos linfonodos Cadeias: GRUPO GANGLIONAR DA CABEÇA E PESCOÇO: Auriculares anteriores e posteriores, occipitais, amigdalianos, parotídeos, submandibulares, submentonianos, cervicais superiores, cervicais posteriores, supraclaviculares. GRUPO GANGLIONAR DAS AXILAS: Supraclaviculares, infraclaviculares, axilares, epitrocleares GRUPO GANGLIONAR DAS VIRILHAS: Inguinal superficial, inguinal profundo, poplíteos Localização: utilizando termos anatômicos próximos Tamanho: se possível estimar em cm Bordas: se nítidas, se irregulares Consistência: endurecido, fibroelástico, mole Mobilidade: verificar deslizamento, se móvel, aderido Sensibilidade: se doloroso ou não. Cor e lesões na pele local - presença de sinais flogisticos, fistulização, pigmentação, etc Número (quantidade) 13 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI 14 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Lesões elementares O QUE AVALIAR? MODIFICAÇÕES DA COR Manchas ou máculas Relacionadas à melanina (ex: hipercromica, hipocromica e acrômica) Deposição de pigmentos (ex: bilirrubina, caroteno) Palidez, cianose, vermelhidão, icterícia. Vasculossanguíneas (eritema) UMIDADE: Normal, seca ou aumentada. TEXTURA: Normal, lisa, áspera ou enrugada ESPESSURA: Normal, atrófica ou hipertrófica TEMPERATURA: Normal, aumentada ou diminuída ELASTICIDADE Normal, hiperelástica ou hipoelástica MOBILIDADE Normal, aumentada, diminuída ou ausente TURGOR Normal ou diminuído SENSIBILIDADE Dolorosa, tátil e térmica FÂNEROS Cabelos, unhas, pelos LESÕES ELEVADAS a) Pápulas (elevações sólidas de até 0,5 cm / diâmetro, situados na derme) (verruga) 15 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI b) Nódulo (>1 cm, margens pouco demarcadas) c) Hematoma Lesão volumosa causada pelo extravasamento e acúmulo de sangue. LESÕES PLANAS Manchas > 1cm ou máculas <1 cm Coloração diferente da pele Mesmo plano do tegumento Máculas pigmentares (hipocrômicas ou acrômicas) Manchas vasculares (telangiectasias ou mancha eritematosa) Manchas hemorrágicas (pétequias, víbices, equimoses) Sangue extravasado // Elevação de pele - hematoma Deposição pigmentar EQUIMOSES Manchas causadas pelo extravasamento de sangue/hemácias, violáceas, sem alteração de volume. Mancha hemorrágica PETÉQUIA Uma equimose puntiforme (1 a 2 mm) que não desaparece à digitopressão. Mácula hemorrágica 16 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI LESÕES DE CONTEÚDO LÍQUIDO a) Vesícula: até 0,5 cm, líquido seroso b) Bolha: > 0,1 cm, líquido seroso c) Pústula: vesícula ou bolha com conteúdo purulento; pus d) Abscesso: Lesão com conteúdo purulento que pode assumir grandes proporções em tamanho e em profundidade. COMO DESCREVER AS LESÕES ELEMENTARES: 1- Tipo de lesão 1. Coloração (eritematosa, acastanhada, purpúrica, normocromica) 2. Aspecto (descamativa, brilhosa, crostosa) 3. Limites 4. Tamanho 5. Localização 6. Consistência (fibroelástica, líquida, cística) 7. Características peculiares (temperatura, aderência, ponto de flutuação) 8. Sinais específicos (estiramento da pele, descolamento da bolha) 17 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Protocolo spikes 1- O que você conhece da doença do seu pai? Conhecimento da doença? Qual doença que seu filho tem? Até onde entende a situação. Explicar de maneira clara e objetiva. O que você entende sobre sua doença? Ou familiar? 2- Marcar outro momento, outra hora. Ir até onde seu paciente suporta ouvir 3- Plano 4- Como você sabe, a doença do senhor................ 5- Evite diminutivos 6- Algo pode ser feito 7- Como passar a informação 8- Ficar perguntando: está entendendo? Tem alguma dúvida? 9- Cuidado com expressão facial, gestos, postura 10- Voz suave, clara, objetiva 18 GABRIELA VIEIRA 2022.1 MED FIPGBI Soap Subjetivo: motivo do atendimento, anamnese, problemas apresentados.
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