Buscar

UROLOGIA - URGÊNCIAS INFECCIOSAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluna: Sarah Tairine – MD9 
 
1 
 
Urgências infecciosas em urologia 
 
 Infecção do trato urinário inferior – bexiga; 
 Mais comum em mulheres – principalmente por causa do tamanho da uretra (varia de 4 a 5 cm); 
 Infecção ascendente: flora periuretral/vaginal e fecal; 
 Idealmente, a via urinária não tem proliferação bacteriana. Portanto, quando isso ocorre, acontece uma 
inflamação do urotélio, gerando os sintomas de infecção. 
 Diagnóstico clínico; 
 
Apresentação e manifestações: 
 Sintomas irritativos a micção: disúria / polaciúria / urgência miccional; 
 Dor lombar e suprapúbica (não é muito comum) / hematúria / odor; 
 Febre e sintomas sistêmicos – mais raro; 
 Fatores de risco: diabetes e histórico de ITU; 
 
Exames complementares: 
Sumário de urina: 
 Leucócitos (piúria); 
 Hematúria; 
Urocultura: 
 E. coli (+ comum); 
 Klebisiella; 
 Proteus; 
Exame de imagem: 
 Em geral não é necessário; 
 
Tratamento: 
 ATB oral; 
 ITU não complicada: duração do tratamento de 3 
a 5 dias; 
 ITU complicada: duração do tratamento de 7 dias; 
 Medicações usadas: 
 Sulfametoxazol – Trimetropima; 
 Nitrofurantoína; 
 Quinolonas; 
 Fosfomicina; 
 Reinfecção: profilaxia 6 a 12 meses; 
 
 Infecção do trato urinário superior – rim e pelve renal; 
 Presença de inflamação, pus e cicatriz e até mesmo atrofia do córtex; 
 
Apresentação e manifestações: 
 Febre, calafrios, dor em ângulo costovertebral, sepse; 
 Disuria, polaciúria, urgência miccional, êmese/anorexia; 
 Fatores de risco: mulheres em idade reprodutiva e antecedentes familiares e pessoais; 
 
ITU COMPLICADA ITU NÃO COMPLICADA 
ITU Complicada é aquela associada com 
condições que aumentem o risco para 
infecção ou para falência do tratamento. 
Estas infecções estão comumente 
associadas a alterações anatômicas e ou 
funcionais do trato urinário, ou doenças 
que interferem com os mecanismos de 
defesa do paciente; 
 
Trata-se de pacientes com: 
 
ITU não-
complicada refere- se a 
indivíduos que apresentam 
trato urinário normal e 
ausência de comorbidades 
clínicas (diabetes mellitus, 
nefrolitíase, 
imunossupressão). 
 
Aluna: Sarah Tairine – MD9 
 
2 
 
Exames complementares: 
Sumário de urina: 
 Leucócitos (piúria); 
 Hematúria; 
Hemograma: 
 Leucocitose; 
 VHS e PCR aumentados; 
Urocultura: 
 E. coli (+ comum – aproximadamente 80% das 
culturas); 
 Klebisiella; 
 Proteus; 
 Enterobacter; 
 Pseudomonas; 
 Serratia; 
 Streptococcus faecollis; 
 S. Aureus; 
Exame de imagem: 
 Tomografia de abdome e pelve com contraste; 
 Constrição de arteríolas periféricas; 
 Aumento renal – compressão do sistema coletor; 
 USG: para afastar quadro de obstrução ou quando não tiver o exame de TC disponível; 
 
Tratamento: 
 ATB por 7 a 14 dias; 
 A antibioticoterapia pode ser feita guiada por cultura; 
 Internar o paciente se: 
 Impossibilidade de hidratação por via oral; 
 Na presença de sintomas de infecção sistêmica; 
 Comorbidades; 
 Falha no tratamento ambulatorial; 
 
 Infecção necrosante – que acomete o rim e faz com que a bactéria produza gás no interior; 
 80% dos pacientes que apresentam, são diabeticos; 
 Restante dos acometidos é por: obstrução por cálculo / necrose de papila; 
 Quadro clínico: Febre, dor em flanco e vômitos; 
 Pneumatúria presente nos exames de imagem; 
 RX simples / TC de abdome e pelve (é o padrão ouro); 
 
Tratamento: 
 Controle glicêmico; 
 Alívio da obstrução urinária; 
 Antibioticoterapia parenteral; 
 
Taxa de letalidade: 
 11 a 54%: principalmente pacientes com escórias nitrogenadas aumentadas, plaquetopenia, líquido renal e 
perirrenal; 
 
 Localizam-se entre o rim e a fáscia de Gerota; 
 Quadro clínico inespecífico gera aumento da mortalidade; 
 Origem: 
1. Renal: extensão de ITU ascendente (primário); 
2. Hematogênica: outros locais de infecção (secundário); 
Aluna: Sarah Tairine – MD9 
 
3 
 
 
 
 Causado pelo rompimento da fáscia de Gerota e é por contiguidade; 
 Bactérias mais comumente envolvidas: E. coli e P. mirabillis; 
 
Apresentação clínica: 
 Dor abdominal ou em flanco, febre, calafrios e disúria; 
 Massa palpável no flanco; 
 
Exames complementares: 
 RX de abdome: sinais indiretos, principalmente nos casos de compressão; 
 USG: coleção ou massa perirrenal; 
 TC: melhor método – visualização mais precisa da anatomia; 
 
Tratamento: 
 ATB endovenoso: 2 a 3 semanas; 
 Abscessos < 3 cm: drenagem percutânea do abscesso pode ser feita; 
 Grandes coleções / sinais de destruição do parênquima: drenagem cirúrgica deve ser aberta; 
 Destruição acentuada do parênquima: deve ser feita a nefrectomia; 
 
 Inflamação uretral – pode ser tanto da mulher quanto do homem; 
 Pode ser resultante de ISTs; 
 
Sintomas: 
 Corrimento uretral; 
 Disúria; 
 Prurido; 
 
Diagnóstico: 
 Coloração Gram; 
 Cultura – SWAB; 
 Teste de amplificação 
do ácido nucléico; 
 
Tratamento: 
 Terapia dupla: N. gonorrhoea + Clamídia; 
 Alta resistência; 
URETRITE GONOCÓCICA URETRITE NÃO GONOCÓCICA 
Neisseria gonorrhueae Outro microorganismo 
- Diplococo Gram-negativo; 
- Período de incubação: 3 – 14 dias; 
- Sintomas: uretrite, epididimite, proctite 
ou prostatite; 
- Mulheres: pode ser assintomáticas / ou 
pode haver complicações (DIP, dor 
suprapúbica, etc); 
- Chlamydia trachomatis – acomete 15 a 
50%; 
- Período de incubação: 3 a 14 dias; 
- Mulheres: 75% tendem a ser 
assintomática pois o corrimento é 
semelhante ao fisiológico; 
- Organismos menos comuns: 
Micoplasmas, Ureaplasma, Trichomonas 
vaginalis; 
 
Aluna: Sarah Tairine – MD9 
 
4 
 
 Não complicada: Ceftriaxona IM 250mg DU + Azitromicina 1g VO ou Doxiciclina 100mg, 2x/dia por 7 dias; 
 
Nos casos de uretrite recorrente e persistente: 
 Inconformidade com o tto inicial; 
 Nova exposição; 
 Alternativas de tto: 
 Metronidazol 2g DU OU Tinidazol 2g + Azitromicina 1g; 
 Morfloxacino 400mg por 7 dias; 
 
 Diagnóstico mais comum em homens < 50 anos; 
 3º diagnóstico urológico mais comum em homens > 50 anos; 
 Prevalência: 2,2% a 16%; 
 Pode causar infecção generalizada da próstata, causando ITU/sepse; 
 
Apresentação e manifestações: 
 Início abrupto de sintomas: 
 Sintomas sistêmicos: 
▪ Febre, mal-estar, lombalgia inferior, mialgia, calafrios, artralgia, dor retal, dor perineal; 
 Sintomas urinários (+ prevalentes): 
▪ Polaciúria, urgência miccional, disúria, jato fraco, gotejamento pós-miccional, retenção 
urinária aguda; 
Etiologia: 
 Gram negativos: E. coli, P. aeruginosa, Serratia, Klebisiella, Enterobacter aerogenes; 
 Gram positivos: S. Saprophyicus, S. aureus; 
 Outros: bactérias aeróbicas, Clamídia, Ureaplasma, Cândida, Trichomonas; 
 
Diagnóstico: 
 Toque retal (controverso): próstata quente, consistência de borracha, muito sensível; 
 Expressão do fluido que era feita no passado, hoje é considerada danosa; 
 Urina rotina: leucocitose; 
 Urocultura: uropatógenos típicos; 
 
Tratamento: 
 A terapia empírica para Gram – e enterococos deve ser imediatamente instituído; 
 Duração do tratamento de 2 a 4 semanas; 
 Opções: 
 Penicilina + aminoglicosídio; 
 Cefalosporina de 2ª geração ou 3ª geração; 
 Fluoroquinolonas;

Continue navegando