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Fenômenos de Transporte 4 APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO Suzan Aline Casarin UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Departamento de Engenharia Química 2 OBJETIVO PRINCIPAL A disciplina Fenômenos de Transporte 4 tem como objetivo transmitir aos estudantes os princípios básicos e os conceitos de Mecânica dos Fluidos, que são essenciais na análise e projeto dos sistemas em que o fluido é o meio atuante. Ajuda na compreensão e solução dos problemas que envolvem escoamento de fluidos, transporte de calor e transferência de massa. 3 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS NA DISCIPLINA Apresentação da disciplina Sistemas de unidades Equações básicas da estática de fluidos Reologia dos fluidos: newtonianos e não- newtonianos Tipos de escoamento. Experiência de Reynolds Balanço global de massa Balanço global de energia Balanço global de quantidade de movimento Balanço diferencial de massa 4 Balanço diferencial de quantidade de movimento. Conceitos de turbulência: Distribuição de velocidade no escoamento turbulento Determinação dos perfis de velocidade para o escoamento turbulento em dutos cilíndricos (Laboratório) Camada limite Fator de atrito. Equações de projeto Determinação do fator de atrito em tubos de seção circular (Laboratório) Análise dimensional. 5 BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1 - Çengel, Y. A., Cimbala, J. M. - Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações, McGraw Hill, São Paulo, 2007. 2 - White, F. M. - Mecânica dos Fluidos, 6th ed. McGraw Hill, AMGH, Porto Alegre, 2011. 3 - Potter, M. C. e Wiggert D. C., Mecânica dos fluidos, Ed. Thonson, 2004 4 - FOX, R.W. e McDONALD, A.T. - Introdução à Mecânica dos Fluidos, Ed. Guanabara Dois,1981. 5 - WELTY,J.R., WICKS,C.E. e WILSON,R.E. - Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer, 3rd Ed. - John Wiley, 1984. 6 - BIRD, R.B., STEWART, W.E., LIGHFOOT, E.N. - Fenômenos de Transporte, Ed. Reverté S.A.,1975. 7 - Roma, W. N. L. Fenômenos de transporte para a Engenharia. Segunda edição, Rima editora, 2006. 8 - BENNETT, C.O. e MYERS, J.E. - Fenômenos de Transporte, McGraw Hill do Brasil, 1978. 9 - SISSON, L.E. e PITTS, D.R. - Fenômenos de Transporte, Guanabara Dois, R.de Janeiro, 1979. 6 PROCESSO DE AVALIAÇÃO 1ª Avaliação + 2ª Avaliação + 3ª Avaliação = 90% MP = (P1 x 0,30) + (P2 x 0,30) + (P3 x 0,30) T = Média das Listas de Exercícios feitas em sala + Relatórios = 10% MF = (MP*0,9) + (T*0,1) 7 CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO MF deve ser ≥ 6,0 e o aluno deve apresentar, no mínimo, 75% de frequência. Se o aluno(a) obtiver 5,0 < MF < 6,0, terá direito a uma avaliação complementar que será realizada após o término do período letivo e até 35 dias do início do período letivo subsequente 8 DATAS IMPORTANTES 23/09 – 1ª Avaliação 14/10 – Aula prática 21/10 – Aula livre (Elaboração dos relatórios) 28/10 – 2ª Avaliação 04/11 – Feriado 02/12 – 3ª Avaliação 9 A mecânica dos fluidos trata de líquidos e gases em movimento ou em repouso. Mecânica: é a ciência física mais antiga que trata de corpos tanto estacionários como em movimento sob a influência de forças. Estática: O ramo da mecânica que trata dos corpos em repouso. Dinâmica: O ramo da mecânica que trata dos corpos em movimento. Mecânica dos fluidos: Ciência que trata do comportamento dos fluidos em repouso (estática dos fluidos) ou em movimento (dinâmica dos fluidos), e da interação entre fluidos e sólidos ou outros fluidos nas fronteiras. Dinâmica dos fluidos: Considera os fluidos em repouso como um caso especial de movimento com velocidade zero. INTRODUÇÃO 10 Hidrodinâmica: O estudo do movimento dos fluidos que são praticamente incompressíveis (tais como líquidos, especialmente água e gases em baixa velocidade). Hidráulica: Uma subcategoria da hidrodinâmica, que trata do escoamento dos líquidos em tubulações e canais abertos. Dinâmica dos gases: Trata do escoamento dos fluidos que sofrem mudanças de densidade significativas, como o caso do escoamento de gases em alta velocidade através de bocais. Aerodinâmica: Trata do escoamento de gases (especialmente ar) sobre corpos tais como aeronaves, foguetes e automóveis em velocidades altas ou baixas. Meteorologia, oceanografia e hidrologia: Tratam de escoamentos que ocorrem naturalmente. 11 O que é fluido? Fluido: Uma substância no estado líquido ou gasoso. Um material sólido resiste à tensão de cisalhamento aplicada deformando-se. O fluido deforma-se continuamente sob influência da tensão de cisalhamento, não importando quão pequena ela seja. Nos sólidos, a tensão é proporcional à deformação, mas nos fluidos, a tensão é proporcional à taxa de deformação. Quando uma força de cisalhamento constante é aplicada, o sólido eventualmente para de deformar-se, enquanto o fluido nunca pára e a taxa de deformação tende para um certo valor. 12 Deformação de uma borracha escolar posicionada entre duas placas paralelas sob a influência de uma força de cisalhamento. 13 Tensão: Força por unidade de área. Tensão normal: Componente normal da força que atua sobre a superfície por unidade de área. Tensão de Cisalhamento: Componente tangencial da força que atua sobre uma superfície por unidade de área. Pressão: Tensão normal em um fluido em repouso. Tensão de cisalhamento nulo: Fluido em repouso quando as paredes eliminam a tensão de cisalhamento. Quando as paredes são removidas ou o recipiente do líquido é inclinado, desenvolve-se uma tensão e o líquido esparrama-se ou move-se para manter a superfície livre na horizontal. Tensão normal e tensão de cisalhamento na superfície de um elemento de fluido. No caso de fluido em repouso, a tensão de cisalhamento é nula e a pressão é a única tensão normal. 14 Áreas de aplicação da Mecânica dos Fluidos Mecânica dos fluidos é usada constantemente no design de coração artificial. Usinas termoelétricas Escoamentos naturais 15 Embarcações Aeronaves e espaçonaves Corpo humano Automóveis 16 Aplicações industriais Turbina eólicas Sistemas de tubulação e encanamentos 17 CLASSIFICAÇÃO DE ESCOAMENTOS DE FLUIDOS Escoamento Viscoso vs Não Viscoso Escoamento Interno vs Externo Escoamento Compressível vs Incompressível Escoamento Laminar vs Turbulento Escoamento Natural (ou Não Forçado) vs Forçado Escoamento em Regime Permanente vs Regime não Permante Viscosidade: resistência interna ao escoamento 18 19 Escoamentos Uni, Bi e Tridimensionais O escoamento é melhor caracterizado pela distribuição de velocidade. O escoamento é dito ser uni, bi ou tridimensional se a velocidade do escoamento varia basicamente em uma, duas ou três dimensões, respectivamente. A variação de velocidade em certas direções pode ser pequena em relação à variação em outras direções e pode ser ignorada com erro desprezível. O escoamento sobre a antena do automóvel é aproximadamente bidimensional exceto próximo ao topo e à base da antena. 20 Desenvolvimento do perfil da velocidade num cano circular. V = V(r,z) e, portanto, o escoamento é bidimensional na região da entrada e torna-se unidimensional a jusante quando o perfil de velocidade desenvolve-se completamente e permanence sem mudança na direção do escoamento, V = V(r). 21 SISTEMA: Quantidade de matéria ou região do espaço escolhida para estudo. VIZINHANÇA: A massa ou região fora do sistema. FRONTEIRA: Superfície real ou imaginária que separa o Sistema de sua vizinhança. A fronteirado Sistema pode ser fixa ou móvel. SISTEMA E VOLUME DE CONTROLE 22 SISTEMA FECHADO (Massa de controle): Consiste em uma quantidade fixa de massa, e nenhuma quantidade de massa pode cruzar sua fronteira. A energia sob forma de calor pode cruzar a fronteira de controle. Os sistemas podem ser considerados fechados ou abertos. SISTEMA ABERTO (volume de controle): Uma região do espaço selecionada apropriadamente. Em geral compreende um dispositivo que inclui escoamento de massa, tal como compressor, turbina ou bocal. Massa e energia podem cruzar a fronteira do volume de controle. 23 Qualquer quantidade física pode ser caracterizada por dimensões. As grandezas designadas para dimensões são chamadas de unidades. Algumas dimensões básicas como massa m, comprimento L, tempo t, e temperatura T são escolhidas como dimensões primárias ou fundamentais, enquanto outras como velocidade V, energia E, e volume V são expressas em termos de dimensões em termos de dimensões primárias e são chamadas de dimensões secundárias, ou derivadas. IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES E UNIDADES 24 DIMENSÃO UNIDADE Comprimento Metro (m) Massa Quilograma (Kg) Tempo Segundo (s) Temperatura Kelvin (K) Corrente elétrica Ampere (A) Quantidade de luz Candela (cd) Quantidade de matéria Mole (Mol) Sistema Internacional (Sistema métrico): Um Sistema simples e lógico com base em uma relação decimal entre diversas unidades. Sistema Inglês: Não tem base numérica sistemática aparente e várias unidades desse Sistema são relacionadas umas com as outras arbitrariamente. 25 Algumas Unidades SI e Inglesas Definição da unidade de força Trabalho = Força Distância 1 J = 1 N∙m 1 cal = 4.1868 J 1 Btu = 1.0551 kJ 26 Peso ≠ Massa Peso = Força É a força gravitacional aplicada a um corpo W peso m massa g aceleração da gravidade Um corpo pesando 150lbf na Terra, pesa apenas 25lbf na Lua. O peso de uma unidade de massa ao nível do mar. 27 Razões de Conversão de Unidades Todas as unidades não primárias (unidades secundárias) podem ser formadas por combinações de unidades primárias. Também podem ser expressas mais convenientemente como razões de conversão de unidades. Homogeneidade Dimensional Na Engenharia e na Ciência, todas as equações devem ser dimensionalmente homogêneas 28 Sempre verifique as unidades em seus cálculos. Cada razão de conversão de unidade (bem como seu inverso) são exatamente iguais.
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