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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA - TXXXI MIWA MARUYAMA Hipertensão arterial sistêmica DEFINIÇÕES Condição crônica caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. Associado com lesões em órgãos-alvo: cérebro , coração, rins e vasos sanguíneos. ● Hipertensão essencial: causas desconhecidas - idiopática (95% dos casos); ● Hipertensão secundária: etiologia determinada. ○ Hiperaldosteronismo primário; ○ Feocromocitoma e paragangliomas; ○ Hiper/hipotireoidismo; ○ Doença renal crônica; FATORES DE RISCO ● Tabagismo; ● Idade; ● Grupo socioeconômico mais baixo; ● Obesidade; ● Elitismo; ● Sedentarismo; ● Consumo de sódio. O controle dos fatores de risco modificáveis pode ser, em alguns casos, suficiente para o tratamento da HAS. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Cursa assintomática até o desenvolvimento de lesões em órgãos alvos. SINTOMAS INESPECÍFICOS ● Fadiga e cansaço; ● Dor de cabeça, dor no pescoço, dor nos olhos; ● Palpitacao e angina; ● Tontura; ● Sensação de peso nas pernas; MANIFESTAÇÕES AGUDAS URGÊNCIA HIPERTENSIVA Crise hipertensiva (valor grau III) em que não se verificam lesões de órgãos alvo. EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Crise hipertensiva quando o aumento brusco da hipertensão arterial se acompanha de lesões de órgãos alvo. ● Encefalopatia hipertensiva: edema cerebral com perturbações do nível de consciência; ● Retinopatia hipertensiva: hemorragia e/ou exsudato no fundo do olho e papiledema. ● IAM; ● Dissecção de aorta; ● Insuficiência de ventrículo esquerdo; COMPLICAÇÕES EM ÓRGÃOS ALVOS ATEROSCLEROSE E ARTERIOLOESCLEROSE ● IAM; ● Aneurismas; ● Perda da visão; ● Insuficiência renal crônica; ● AVC isquemico e hemorragico; ● Demência por microinfartos cerebrais; SECUNDÁRIAS AO REMODELAMENTO CARDÍACO ● Hipertrofia e fibrose; ● Insuficiência cardíaca esquerda; UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA - TXXXI MIWA MARUYAMA ● Arritmias cardíacas - morte súbita. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA DEFINIÇÃO Alterações miocárdicas em resposta adaptativa a sobrecarga da pressão arterial (sistêmica ou pulmonar). As pressões elevadas provocam hipertrofia dos cardiomiócitos e fibrose intersticial que aumentam a espessura e a rigidez da parede. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA ESQUERDA GENERALIDADES ● Hipertrofia: resposta compensatória à sobrecarga pressórica → mesmo hipertensão leve leva a hipertrofia do ventrículo esquerdo se prolongada. ● Remodelamento: aumento de expressão de fibrilas contráteis → isquemia por compressão (miocardioesclerose) → indução de apoptose pela hipóxia. ● Evolução para insuficiência cardíaca e dilatação: ○ Fase compensada: assintomática. ■ Hipertrofia concêntrica do miocárdio: hipertrofia das paredes com redução das câmaras cardíacas. Novos sarcômeros são depositados em paralelo aos pré- existentes, aumentando a espessura do miocárdio, que ultrapassa o limite da normalidade. ○ Fase descompensada: remodelamento cardíaco e cardiopatia dilatada com diminuição da espessura das paredes cardíacas e diminuição da força de contração → hipertrofia excêntrica. PATOGÊNESE Aumento da carga de trabalho → aumenta o estiramento mecânico → ativa vias de transdução de sinal e fatores de transcrição → aumenta produção de fatores de crescimento que estimulam: ● indução de genes embrionários que aumentam o desempenho mecânico ; ● aumento da síntese de proteínas contráteis aumentando o desempenho mecânico; UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA - TXXXI MIWA MARUYAMA CARDIOPATIA HIPERTENSIVA DIREITA GENERALIDADES ● Cor pulmonale agudo: disfunção com ou sem dilatação abrupta do ventrículo direito; ○ TEP maciço (a cavaleiro ou afetando extenso território arterial). ● Cor pulmonale crônico: hipertrofia progressiva do ventrículo direito que pode cursar com dilatação → fibrose intersticial pulmonar. ○ DPOC, TEP de repetição, fibrose pulmonar, doenças cardíacas esquerdas que cursam com hipertensão pulmonar, doenças valvares ou aórticas. Hipertensão arterial pulmonar é definida como uma anormalidade circulatória caracterizada por um aumento da resistência vascular na pequena circulação, em geral por meio de múltiplos mecanismos, envolvendo vasoconstrição, remodelamento da parede arterial e trombose in situ. RESPOSTA MIOCÁRDICA EM ATLETAS Aumento das solicitações hemodinâmicas → alongamento e tensão nas fibras cardíacas → hipertrofia. No repouso, há diminuição da frequência cardíaca, tendência a vasodilatação, angiogênese, melhora metabólica. Em situações patológicas de hipertrofia não há estímulo para angiogênese, nem o músculo apresenta melhora metabólica no uso de nutrientes, resultando em hipóxia aguda (IAM) ou crônica (miocardioesclerose).
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