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Tumores ósseos

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Tumores ósseosComo diferenciar tumores ósseos benignos e malignos?
1. 
· Análise sistematizada da radiografia:
· Localização
· Aspecto interno
· Zona de transição
· Cortical
· Reação periosteal
· Partes moles
a) Localização: 
· Identificar qual o osso acometido e se faz parte do esqueleto axial ou apendicular.
· Identificar a porção do osso acometida:
· Epífise
· Metáfise
· Diáfise
b) Aspecto interno:
· Osteolítica (visível apenas com ≥ 30% de destruição)
· Osteoblástica
· Mista
c) Zona de transição:
· Área de transição estreita (limites precisos) – característica benigna.
· Área de transição ampla (limites imprecisos) – característica maligna.
d) Cortical:
· Verificar se há afilamento, espessamento ou rotura.
e) Reação periosteal:
· Sólida: representa uma neoformação óssea contínua e acoplada à superfície externa do córtex.
· Lamelar (casca de cebola): deposição de camadas concêntricas e superpostas de neoformação óssea periosteal, separadas por dilatação vascular e por tecido conectivo frouxo.
· Espiculada (raios de sol):  corresponde a finas espículas com orientação perpendicular à cortical óssea.
· Triângulo de Codman: área triangular de novo osso subperiosteal que é criada quando uma lesão eleva o periósteo.
f) Partes moles:
· Verificar se há envolvimento ou não.Tumores malignos
2. Mieloma múltiplo:
· Tumor ósseo maligno mais frequente.
· Mais comum em pacientes idosos (idade de início entre 50-70 anos).
· Múltiplas lesões líticas.
· Pode ocorrer em praticamente qualquer osso.
· Crânio com aspecto de “gotas de chuva” ou “sal e pimenta”.
· Quando solitário: plasmocitoma.
3. Osteossarcoma:
· 20% dos tumores ósseos primários.
· Mais comum no sexo masculino (3H:2M)
· Tumor de pacientes JOVENS (75% antes dos 20 anos) – Tumor primário maligno de alto grau mais comum (não hematológico) em crianças e adolescentes.
· Acima de 40 anos: associado a doença pré-existente (Paget) ou após radioterapia.
· 60% na região ao redor do joelho (fêmur distal e tíbia proximal), seguido por úmero e bacia.
· Preferência por ossos longos – 90% em metáfise.
· Características agressivas.
· Imagem de padrão variável – Mais frequente: lesão heterogênea mista com reação periosteal espiculada (raios de sol).
· Costuma causar dor de alta intensidade.
Tumores benignos
4. Osteoma osteoide:
· Tumor da cortical do osso formador de osso (lesão osteoblástica) reação periosteal do tipo sólida.
· Mais frequente em homens.
· Pequenas dimensões.
· Quadro doloroso intenso (caracteristicamente melhora com o uso de AINEs).
· Nidus com esclerose reativa.
5. Osteocondroma (exostose):
· Tumor ósseo mais comum (8% de todos os tumores ósseos – 35% dos tumores benignos).
· Tumor cartilaginoso a partir do córtex que mantém continuidade com a medula.
· Na maioria das vezes é uma lesão pediculada, mas eventualmente pode ser séssil (base mais ampla).
· Geralmente aponta para o sentido contrário ao local esperada da metáfise óssea (pois se origina a partir da placa de crescimento) – após o fechamento da placa de crescimento, o osteocondroma não cresce.
· OBS: no geral não tem potencial maligno, mas atentar no caso de crescimento após fechamento da placa!
· Geralmente assintomáticos (exceto quando dor por compressão nervosa).
6. Fibroma não ossificante/defeito fibroso cortical:
· Lesão lítica com margem esclerótica (lesão pseudotumoral) afetando predominantemente a cortical do osso.
· Defeitos maiores são classificados como fibromas não ossificantes, enquanto menores como defeito fibroso cortical.
· Mais comum em ossos longos.
· Geralmente assintomáticos e são achados incidentais comuns em crianças e adolescentes Podem estar associadas a rauma com avulsão focal.
· Tendem a desaparecer com a maturidade óssea.
· Diagnóstico diferencial com osteoma osteoide.
7. Cisto ósseo simples:
· Lesão pseudotumoral.
· Ocorre geralmente em ossos longos.
· Mais comum em crianças e no sexo masculino.
· Se apresenta como uma cavidade intraóssea uniloculada com conteúdo líquido (seroso ou sanguíneo) revestida por tecido conjuntivo.
· Lesão radiotransparente
· Afilamento da cortical
· Expansão óssea
· Fino halo de esclerose
· Eventualmente pode se apresentar de forma multiloculada e com septações centrais.
· Podem sofrer fratura.
· Diagnóstico diferencial com lipoma ósseo.

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