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1 
Lesões ósseas associadas 
Lesões fibrosas: um grupo de doenças caracterizadas pela 
substuituicao do osso normal por um tecido conjuntivo fibroso 
associado a osso neoformado imaturo e essa substituição pode 
acontecer de diferentes formas com suas classificações abaixo: 
❑ Displasia fibrosa 
❑ Displasia cemento-óssea 
❑ Fibroma ossificante 
❑ Cementoma giganteforme familiar 
Lesoes de celulas gigantes e cisto ósseo simples: lesões que tem 
celulas gigantes, como suas classificações abaixo: 
❑ Granuloma central de células gigantes 
❑ Granuloma periférico de células gigantes 
❑ Querubismo 
❑ Cisto ósseo aneurismático 
❑ Cisto ósseo simples 
Lesões fibro-ósseas 
Displasia fibrosa 
❑ Benigna 
❑ Uma mutação do gene 
GNAS1, em momentos 
embrionários ou pós 
natal e isso interfere na manifestação na gravidade da 
doença 
❑ Pode acometer 1 osso (monostótica) mais comum em 
osso gnáticos ou mais de 1 (poliostotica) 
Displasia fibrosa Poliostótica: acomete mais de um osso, incomum 
e relacionado a síndromes de Jaffe-Linchtenstein (óssea e 
cutânea) e McCune-Albright (óssea, cutânea e endócrina). Pode 
causar até obstruções oftálmicas, auditivas 
Displasia fibrosa monostotica: segunda e terceira década de vida, 
acomete igualmente homens e mulheres, é um aumento de volume 
indolor, de crescimento lento, mais frequente e comum em osso 
gnáticos. A maxila posterior é o sitio de maior acometimento. O 
crescimento pode deslocar o assoalho do seio maxilar. Em 
mandíbula, acomete o canal mandibular. Ou seja, pode tomar 
grandes proporções. 
Características radiográficas: Área radiopaca sem limites 
definidos, difusa. Não conseguimos precisar osso sadio de afetado. 
A radiopacidade sobrepõe as trabéculas ósseas, dando aspecto de 
vidro fosco despolido. 
 
 
 
Aspecto de vidro fosco despolido (imagens acima) 
 
Poliostática na imagem acima: Maxila, mandíbula e outros osso 
afetados: expansão oftálmica, seio, fossa nasal e canal auditivo 
 
Imagem acima da lesão óssea associada a manifestação cutâneas 
como manchas café-com leite, que é a Síndrome de Jaffe-
Linchtenstein. 
Características histológicas: 
❑ Trabéculas ósseas irregulares (osso imaturo, 
neoformado), curvilíneo que não se conectam e isso se 
assemelha a escrita chinesa 
❑ Estroma fibroso e celularizado nos permeios. 
❑ O tecido lesionado não se conecta ao osso sadio, existe 
uma faixa que se separa 
 
❑ Ausência de pavimentação de osteoblastos margeando a 
superfície óssea. Trabéculas osseas mais grossas e 
interligadas (um padrão pagetoide/mosaico) quando a 
lesão é mais antiga, duradoura. 
 
 
2 
 
Tratamento: osteoplastia 
Displasia cemento-óssea 
Sinônimo: displasia óssea. Lesão fibro-óssea mais comum, 
comumente acomete área de suporte dentário, diferente da 
anterior que acomete também ossos extra gnáticos. Pode ser 
divida em: 
❑ Focal 
❑ Periapical 
❑ Florida 
Displasia cemento óssea focal 
❑ Restrita a uma área especifica, mais na região posterior 
de mandíbula, acomete mais o gênero feminino e é 
assintomática, crescimento restrito sem ultrapassar 2 
cm. 
❑ Área radiopaca delimitada por halo radiolúcido e isso 
depende da sua maturação. 
❑ A característica é o osso sendo substituído por tecido 
fibroso e em seguida com ossificação, focos de tecido 
ósseo recém formado 
 
Displasia cemento óssea periapical 
❑ Mais prevalente na região periapical de incisivos 
inferiores de dentes vitais e pode ter múltiplos focos, 
diferente da focal. Acomete mais o gênero feminino 
(14:1) e 70% dos casos são melanodermas e 
assintomática. 
❑ Aspecto radiográfico pode iniciar-se com área radiolúcida 
e pouco tecido mineralizado. À medida que ele vai sendo 
produzido, vai aumentando a área radiopaca e pode 
haver a fusão. Na imagem abaixo vemos a evolução da 
lesão. E suas características histológicas. 
 
Displasia cemento óssea florida 
❑ Multifocal não 
limitado a região 
anterior da 
mandíbula e 
acomete mais de 
um quadrante, pode ser bilateral e simétrica. Mulheres 
melanodermas são 90% dos casos. 
❑ Múltiplos focos com halos radiolúcidos. Como tem um 
padrão de crescimento diferente, podem crescer mais 
que as outras duas anteriores, os focos são 
vascularizados então pode ter dor e sintomatologias 
 
❑ Histologicamente: apresenta semelhança histopatológica. 
Tem tecido conjuntivo fibroso vascularizados e 
celularizado podendo haver exteriorização para cavidade 
oral e uma infecção secundária. A lesão é permeada por 
osso e esférulas semelhantes a cemento, sendo mais 
irregular, e essas esférulas podem se fusionar formando 
grandes massas globulares (imagem 2) 
 
❑ Diagnostico: depende de dados clínicos, radiográficos e 
histopatológicos. É importante uma biopsia pois os dados 
cirúrgicos serão para o diferencial. Ex: fragmentos 
pequenos pela forma do tecido na displasia cemento 
óssea focal. O fibroma ossificante se destaca melhor e 
por isso vem pedaços maiores na biopsia 
 
 
 
 
3 
Fibroma ossificante 
Lesão fibro-óssea de caráter neoplásico pois tem potencial de 
crescimento. Existem 3 variantes: 
❑ Fibroma ossificante (cemento ossificante) 
❑ Fibroma ossificante trabecular juvenil 
❑ Fibroma ossificante trabecular psamomatoide 
Fibroma cemento ossificante 
❑ Predileção pelo sexo feminino, em região posterior de 
mandibula PM e M. Devido ao potencial de crescimento 
pode causar assimetrias faciais e deformidade 
❑ Aspetos radiográficos: área radiolúcida, com focos 
radiopacos com quantidade variável de calcificação. 
Aumento vestíbulo lingual, absorção de raiz, etc. ou área 
radiopaca com fino halo radiolúcido 
 
❑ Características histológicas: fragmentos cementoides 
mais arredondados e com borda em escova com intima 
associação com estroma ricamente vascularizado e se 
organizam em enovelados. Trabéculas ósseas maduro ou 
imaturo. Pavimentação de osteoblásticas 
 
❑ Tratamento: enucleação, pois tem potencial do 
crescimento. Diferente da displasia cemento ósseo que 
pode ser acompanhada e removida apenas em caso de 
exteriorização, etc. a lesão tem fácil ponto de clivagem e 
se destaca facilmente, em grandes fragmentos. 
Lesoes de celulas gigantes 
Granuloma central de celulas gigantes 
❑ Lesão osteolítica benigna 
de etiologia desconhecida. 
Acredita-se que é 
reparadora frente um 
trauma ou neoplásica 
pois tem quadro agressivo. Preferência pelo sexo 
feminino, mandíbula e cruza a linha média 
❑ Menos agressivas: menores, crescem lentamente e são 
assintomáticas. 
❑ Agressivas: rápido crescimento e por isso dor, 
reabsorção radicular, perfuração cortical e recidivas 
com comprometimento das mucosas e exteriorização 
 
❑ Radiograficamente: área unilocular de crescimento 
expansivo e que cruza a linha media. Pode haver áreas 
multiloculares sem borda cortical e podem crescer até 
atingir linha media ou cruza-la. 
 
❑ Histologicamente: tecido conjuntivo mesenquimal chamado 
estroma com células fusiformes e ovoides ricamente 
celularizado e com células gigantes multinucleadas. Pode 
chegar a ter 20 núcleos no seu interior. Pode haver 
hemorragia no estroma. A quantidade das células 
gigantes está relacionada a agressividade da lesão. 
 
❑ Tratamento: enucleação 
com curetagem. Chance 
de recidiva de 20% 
 
Querubismo 
❑ Semelhante a lesão central de células gigantes, mas é 
hereditária, autossômica dominante, padrão familiar, 
rara, mutação do gene SH3BP2 causando lesões císticas 
multiloculares e simétricas nos maxilares. A distinção 
entre a lesão central de células gigantes é que na lesão 
anterior é solitário enquanto no querubismo é multi 
lesões. O paciente tem face oval, arredondada, olhos 
voltados para cima quando acomete o globo ocular. Na 
adolescência pode regredir pois é uma lesão autolimitada 
porem o dano se mantem devido à dificuldade da erupção 
dentária, causa deslocamento dentário e exige uma 
reabilitação dentaria. 
 
4 
❑ Aspectos radiográficos: áreas radiolúcidas multiloculares 
afetando um oumais quadrantes dos osso maxilares e é 
simétrico 
 
❑ Histologicamente; 
semelhante ao 
granuloma central de 
células gigantes. Estroma 
celularizado mais 
frouxamente arranjado com células gigantes menores 
com hemorragia intersticial 
❑ Tratamento: Para o diagnóstico é preciso unir os dados 
clínicos, radiográficos e histopatológicos. Espera-se 
regressão após a puberdade e por isso o prognostico é 
imprevisível pois não sabe se haverá. Caso sim, existe a 
intervenção cirúrgica e uma cosmética pode 
desencadear o crescimento da lesão. A radioterapia é 
contra-idicada pois existe a incidência de sarcoma 
(neoplasia maligna) pós irradiação. 
Cisto ósseo aneurismático 
❑ É um pseudocisto: não tem revestimento epitelial. É 
cavidade preenchida por sangue circundado por tecido 
conjuntivo fibroso celular e osso reativo. Etiologia podem 
ser o trauma, neoplasia preexistente e malformação 
vascular. Comum em ossos longo, apenas 2% acomete 
os órgão gnáticos (rara) 
❑ Aspectos clínicos: crescimento rápido e presença de dor, 
comum em jovems e mais frequente na mandíbula (região 
de PM, M e sínfise) 
 
❑ Radiograficamente: lesão radiolúcida unilocular ou 
multilocular 
 
Histologiamente: cavidade rodeada por tecido conjuntivo fibroso que 
contem células gigantes multinucleadas e cavidade preenchida por 
sangue, trabéculas de osteoide 
 
Tratamento: enucleação ou curetagem 
Cisto ósseo simples 
❑ Pseudocisto caracterizado por trauma-hemorragia e isso 
gera um hematoma intraósseo que não se repara mas 
se liquefaz e forma um cisto. Acomete mais mandíbulas 
e lesões assintomáticas diferente do pseudocisto 
anterior que é acompanhado de dor. 
❑ área radiolúcida unilocular bem limitada com projeções 
em forma de cúpula entre as raízes 
 
❑ tratamento: exploração cirúrgica e curetagem que 
auxiliam no diagnóstico e observa-se uma cavidade vazia 
e muitas vezes ao se obtém material para biópsia pois 
não tem capsula nem revestimento epitelial. 
❑ Características histopatológicas: tecido conjuntivo frouxo 
vascularizado com células gigantes e osso reativo 
associado