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RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL Recuperação extrajudicial é um instrumento legal previsto na lei N⁰ 11.101/05 ( lei de recuperação judicial, extrajudicial, falência), que atualmente foi promulgada pela lei 14.112/20, que permite que uma sociedade empresária, que se encontre em crise econômica possa convocar seus credores abrangidos, onde a mesma vai expor sua crise econômica, trazendo uma proposta de plano de recuperação, onde será discutido entre os credores. Havendo a aprovação por parte dos credores, a sociedade empresária então vai ao poder judiciário pedir a homologação do plano de recuperação que foi acordado entre os credores. ALTERAÇÕES DA LEI 11.101/05 TRAZIDAS PELA LEI 14.112/20 As primeiras mudanças estão relacionadas aos credores submetidos ( artigo 83 e 161, inciso 1⁰, L 11.101/05), antes da alteração da lei esses credores eram apenas credores com garantia real, credores com privilégio especial e privilégio geral e credores quirografários e subordinados. Atualmente os credores trabalhistas, também poderão participar da recuperação extrajudicial, nesse caso é necessário que haja a aprovação através de acordo coletivo de trabalho realizado por sindicato. Os credores por garantia previlegiada, passam a ser os credores quirografários ou seja houve a extinção dos credores previlegiados. Recuperação total Existem duas modalidades de recuperação extrajudicial. · Parcial: o que vale no acordo e somente para os credores que assinarem. · Total: Para todos os credores os credores abrangidos. Nesse caso o que muda com a alteração da lei é que antes era necessário uma aprovação de credores, na qual representasse mas de 60% do valor total dos créditos, agora com a nova lei não é mais necessário, sendo reduzido o quórum para mas de 50%, que o mesmo quantitativo da recuperação judicial, portando os quóruns foram unificados. Recuperação parcial Permanece inalterada, portanto a grande mudança está na recuperação total e com a redução do quórum de mas de 60% para mas de 50%, sendo unificado para o mesmo quórum para a recuperação judicial. A suspensão de ações As ações de execução serão suspensas pelo prazo de 180 dias e prorrogável por mais 189 dias, caso ainda não tenha ocorrido a homologação e desde que o empresário devedor não tenha dado causa a morosidade do processo, também é necessário que se comprove o quórum de mais de 50%, sem a comprovação não haverá a suspensão das ações de execução. As ações que cobram tributos não são suspensas nem na recuperação extrajudicial e nem na recuperação judicial. Publicação do edital A publicação do edital ocorre quando eventualmente o empresário pede a homologação do acordo firmado com os credores, o edital do juiz convocando os endereçados a se manifestarem ou a impugnar o pedido de homologação, precisava ser publicado no diário oficial e jornal de grande circulação, onde a empresa era estabelecida, hoje já não é mais preciso , sendo simplificada por um edital eletrônico que é viabilizado pelo poder judiciário. Convocação por carta A convocação por carta ainda está em vigor e deve ser feita pelo empresário, para cada um dos credores abrangidos convocando os mesmos a se manifestarem sobre o pedido de homologação de recuperação extrajudicial, uma vez os credores sendo convocados, seja através da convocação do edital ou pela carta encaminhada pelo próprio empresário, eles possui o prazo de 30 dias a parti da publicação do edital, para apresentar uma impugnação.
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