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Conceitos Importantes Princípios de Transferência de Calor Equipamentos Utilizados na Troca Térmica Componentes Formação de Depósito Exemplos Práticos Temperatura Pode ser definida como: • “A medida do grau de agitação das moléculas de um corpo” •“O numero que é associado ao corpo para caracterizar o seu estado térmico” Escalas de temperatura •Celsius (oC) •Rankine (R) •Fahrennheit (F) •Kelvin (K) Calor Sensível •É definido como a quantidade de calor cedida ou recebida por um sistema ao sofrer uma variação de temperatura. Calor Latente (vaporização/condensação) •Quantidade de calor recebido ou cedido por um sistema ao sofrer mudança de fase sem haver mudança de temperatura do mesmo. Estado da matéria contra tenmperatura S T a b c d e f ab Sólido (Sensível) bc Sólido/Líquido (Latente) cd Líquido (Sensível) de Líquido/Vapor (Latente) ef Vapor (Sensível) LÍQUIDO SUB-RESFRIADO Se após a condensação, o líquido resultante é resfriado de modo que sua temperatura seja reduzida abaixo da temperatura de saturação, o líquido é chamado sub-resfriado. VAPOR SUPERAQUECIDO Se após a vaporização, o vapor resultante é aquecido de modo a que sua temperatura seja elevada acima da temperatura de saturação, o vapor é chamado superaquecido. EFEITO DA PRESSÃO Pressão Temperatura T(vapor saturado) = Pabs x 100 Pabs em (kg/cm²) e T em (ºC) TEMPERATURA DE SATURAÇÃO Temperatura na qual um fluído muda da fase líquida para fase vapor ou, inversamente, da fase vapor para a fase líquida. Temperatura T Lsat Vsat Tempo Pressão Entalpia condensando evaporando P1 P2 L + V CALOR SENSÍVEL Q = m c ( t1 - t2 ) Q = calor trocado (kcal/h) m = vazão mássica (kg/h) c = calor específico (kcal/kgºC) t = temperatura (ºC) CALOR LATENTE Q = m H Q = calor trocado (kcal/h) m = vazão mássica (kg/h) H = calor latente (kcal/kg) •CONDUÇÃO •CONVECÇÃO •RADIAÇÃO Tipos de Transferência de calor CONDUÇÃO Ocorre quando a energia se transmite por contato direto entre as moléculas de um só corpo ou entre as moléculas de dois ou mais corpos em perfeito contato térmico. •Condução Condutividade de alguns materiais Material K (cal/s*m*ºC) Característica Prata 98 Condutor Cobre 92 Condutor Alumínio 49 Condutor Vidro 0,25 Isolante Água 0,13 Isolante Lã de vidro 0,007 Isolante CONVECÇÃO Ocorre quando há movimento de calor de um lugar para outro devido a correntes que se estabelecem no interior de um fluído. Estas correntes são conhecidas como correntes de convecção resultantes da modificação da densidade produzida pela expansão da porção aquecida de um fluído. Esta pode ser: Natural - O movimento do fluido é dado inteiramente das diferenças de densidade entre partes do fluido em função da temperatura. Forçada - O movimento é dado por meios mecânicos. •Convecção Coeficiente convectivo de alguns fluidos Material Condição h (cal/s*m2*ºC) Ar Convecção natural 1,2 a 6 Água Convecção forçada 12 a 360 Vapor Condensação 1.200 a 24.000 RADIAÇÃO Apresenta-se na forma de um movimento de onda similar às ondas de luz, onde a energia é transmitida de um corpo para o outro sem necessidade de intervenção da matéria 4^TAeQr Qr = Fluxo de calor radiante (cal/s) A =área do corpo emitente (m2) T = temperatura absoluta (K) e =emissividade da superfície do corpo emitente =constante de Stefan-Boltzmann =1,36x10-8 cal/s*m2*K^4 (Lei de Stefan-Boltzmann) Emissividade - É a razão entre a quantidade de radiação de um corpo real e a de uma corpo negro à mesma temperatura. •Radiação Emissividade para alguns materiais Corpo Negro - É o Material que absorve todo calor radiante de uma fonte incidente qualquer. = 1 Corpo negro e = 1 Amianto e = 0,95 Água e = 0,95 Alumínio (chapa polida) e = 0,04 Condutividade Térmica •Corresponde a capacidade que as substâncias possuem de conduzir o calor. Emissividade •Refletividade () - Capacidade de um corpo refletir parte das ondas caloríficas incidentes. •Absorvidade () - Capacidade de um corpo absorver parte das ondas caloríficas incidentes. •Transmissividade () - capacidade de um corpo transmitir parte das ondas caloríficas incidentes. A soma das parcelas deve ser 1 + + = 1 Aquecedores - Fornecem calor sensível e/ou latente à um liquido ou gás mediante troca de calor com o fluido frio. Condensadores - Realizam a condensação de vapores total ou parcial utilizando água ou outro tipo de fluido refrigerante. Ex.: Saida do topo d e colunas de destilação bem como em turbinas para condensação dos vapores. Resfriadores - Removem calor de fluidos de processo utilizam água ou ar como fluido de resfriamento mais comum. Refrigeradores - Resfriam um fluido de processo com fluidos refrigerantes como amonia , freon, propano numa temperatura, portanto, mais baixa do que poderia ser obtida empregando-se água ou ar. Equipamentos Utilizados na Troca Térmica Classificação Os permutadores de calor recebem um nome conforme o tipo de aplicação ao qual ele é utilizado. Assim temos: Vaporizadores - Cede calor ao fluido de processo com intuito de vaporiza-lo total ou parcialmente utilizando-se vapor de água ou outro fluido de processo conveniente. Trocadores de Calor São dispositivos utilizados para a troca de calor entre dois fluidos, possibilitando o aquecimento de um e o resfriamento do outro. Nesses equipamentos o contato entre os fluidos normalmente é indireto. A transferência de calor é feita do fluido quente para a parede do tubo por convecção, por condução na parede do tubo e novamente por convecção da parede para o fluido frio. Tfs Tqs Tqe Tfe Principais Tipos de Trocadores de Calor Os trocadores de calor porém ser classificados de acordo com: - A disposição das correntes dos fluidos: Correntes paralelas, contracorrente, correntes cruzadas e multipasses. - Tipo de construção: segundo a construção os trocadores podem ser de tubos coaxiais ou duplo tubo, casco e tubos, placas e compactos. - Quanto a ligações entre trocadores: série, paralelo e misto. Quanto a passagem do fluido Podem ser: Paralelo - Quando os fluxos percorrem o trocador na mesma direção. PARALELO T2 t2 T1 t1 DIFERENÇA DE TEMPERATURA Fluido quente: T1, T2 Fluido frio: t1, t2 Quanto a passagem do fluido Podem ser: Contracorrente - Quando os fluxos percorrem o trocador em sentidos opostos. DIFERENÇA DE TEMPERATURA Fluido quente: T1, T2 Fluido frio: t1, t2 T2 T1 t1 t2 CONTRA CORRENTE Multipasse e com Correntes Cruzadas Multipasse: Existem situações em que, devido a restrições de espaço, econômicas ou condições técnicas específicas opta-se por construir trocadores com multipasse nos tubos e ou no casco. Correntes Cruzadas Nos trocadores de calor de correntes cruzadas, os fluidos se deslocam com correntes perpendiculares uma à outra. Neste caso os trocadores podem ser aletados ou sem aletas, diferindo-se pelo fato dos fluidos que se movem sobre os tubos estarem não misturados ou misturados respectivamente. Trocador de Calor Duplo Tubo Tubo externo Tubo interno Fluido frio Fluido quente Tfs Tqs Tqe Tfe Trocador duplo tubo composto por um grampo Tipo de construção Trocador de Calor Duplo Tubo Tipo de construção TROCADORES DE CALOR TIPO PLACA Este tipo de trocador normalmente é construído com placas planas lisas ou com alguma forma de ondulações. Geralmente, este trocador não pode suportar pressões muito altas, comparado ao trocador tubular equivalente. Trocadores de Calor Compactos Os trocadores de calor compactos são usados, tipicamente, quando se deseja ter uma grande área de transferência de calor por unidade de volume e pelo menos um dos fluidos é um gás. Um bom exemplo é o radiador do sistema de refrigeração dos motores automotivos. Tipo de construção Tipo de construção Casco e Tubos Tipo Casco-Feixe Tubular: São construídos basicamente de um feixe de tubos envolvidos por um casco cilíndrico. 1) pode ser projetado praticamente para qualquer aplicação; 2) pode ser utilizado para amplas faixas de vazão, temperatura e pressão; 3) normalmente é o único tipo que pode ser aplicado a processos que necessitam de grandes áreas de troca térmica (A > 5.000 m2), pressões acima de 30 bar e temperaturas superiores a 260 °C; 4) pode ser construído com diferentes materiais, possibilitando a operação com fluidos corrosivos; 5) pode operar com líquidos, gases e vapores; 6) pode operar como condensador ou vaporizador; 7) pode operar em posição vertical ou horizontal. Trocador de Calor Casco e Tubos Principais características Quanto a ligações entre permutadores: Podem ser: Série - Quando os fluxos de saída de um trocador estão ligados nas entradas de outros. Quanto a ligações entre permutadores: Podem ser: Paralelo - Quando os fluxos de entrada se bifurca para entrar nos trocadores e reúne-se após a saída dos mesmos. Quanto a ligações entre permutadores: Podem ser: Misto - Quando os fluxos são em série e paralelo. Componentes Tubos Casco Cabeçote estacionário Bocal Bocal Tampo Cabeçote flutuante Chicanas Flange Alça Espelho Defletores Componentes Os principais componentes dos permutadores são: casco, Tubo/feixe tubular,espelhos, cabeçote fixo-carretel,cabeçote fixo-retorno,tampo e cabeçote flutuante. Os acessórios são: chincanas, tirantes e espaçadores, flanges, juntas, anéis, quebra-jato, defletores, vent,dreno,conexões,suportes e alça. Tema (Tubular Exchangers Manufacturer Association) : Recomenda o emprego de uma codificação padronizada para identificação de permutadores casco/tubo, que é composta de números e letras os quais caracterizam comprimento, diâmetro e o tipo. Designação dos trocadores casco e tubo de acordo com a TEMA: A norma TEMA utiliza um código com números e letras que define as dimensões e o tipo do trocador casco e tubo. As dimensões fornecidas (números) são o diâmetro nominal do casco (diâmetro interno, normalmente em polegadas, arredondado para o inteiro mais próximo) e o comprimento dos tubos (também em polegadas). O tipo de trocador (letras) refere-se ao cabeçote anterior (fixo), ao tipo de casco e ao cabeçote posterior, conforme as ilustrações a seguir. Exemplos: Tamanho 21-192 Tipo AES Tamanho 26-192 Tipo AFP Trocador de Calor Casco e Tubos Trocador de Calor Casco e Tubos Casco: Os cascos são padronizados: para diâmetros de até 24 polegadas utilizam-se tubos comerciais, e acima disso são construídos a partir de chapas soldadas. Apresentam em geral espessura de parede de no mínimo 3/8 de polegada. Tamanhos típicos: diâmetro interno de 8 a 60 polegadas, mas há casos com diâmetros maiores que 120 polegadas. Casco. Componentes Trocador de Calor Casco e Tubos Tipos de cascos E Um passe no casco F Dois passes no casco com chicana longitudinal G Fluxo dividido H Fluxo duplamente dividido J Fluxo de entrada ou de saída dividido K Refervedor tipo "Kettle" X Fluxo cruzado E G F X K J H Componentes Cabeçote fixo e de retorno Situam-se na extremidade, fechando o permutador e tem por finalidade: •Receber o fluido e dirigi-lo para os tubos; •Orientar o fluxo do fluido para saída; •Mudar a direção do fluxo em um permutador com mais de um passe. Cabeçote de Retorno. Estes podem ser fixos ou flutuantes: Fixos - •São de simples construção (menor custo); •Podem ser construídos com qualquer numero de passes; •Podem ser aplicados a serviços de alta pressão. •Podem reprimir dilatação térmica (recomendáveis para baixas diferenças de temperatura); •Impossibilidade de sacar o feixe tubular; •Limitado a utilização de fluidos limpos Componentes Cabeçote de Retorno. Flutuantes - possuem construção mais complexa, com um maior numero de acessórios. •Raramente construídos com numero impar de passes devido a entrada e saída no cabeçote flutuante exigindo vedação eficiente; •Permitem a dilatação térmica e devido a isto podem ser utilizados com diferenças de temperatura elevadas; •Permite sacar o feixe tubular; •Não recomendado para pressões elevadas (estanqueidade); •Tampo externo flangeado ao casco e internos espelho flutuante. Componentes Trocador de Calor Casco e Tubos Tipos de cabeçotes posteriores L Espelho fixo com o cabeçote estacionário tipo A M Espelho fixo com o cabeçote estacionário tipo B N Espelho fixo com o cabeçote estacionário tipo N P Cabeçote flutuante com gaxeta externa S Cabeçote flutuante com anel bipartido T Espelho flutuante removível pelo carretel "pull-through" U Feixe de tubos em U W Espelho flutuante com anel de vedamento especial (externo) L N M U T S W P Cabeçote Estacionário. Componentes Cabeçote Hidrojateando Cabeçote Trocador de Calor Casco e Tubos Tipos de cabeçotes anteriores (fixos) A Carretel e tampa removíveis B Carretel tipo boné com tampa integral C Carretel integral com espelho e tampa removíveis N Carretel integral com tampa removível D Vedamento especial para altas pressões A N D C B Espelhos. •Os espelhos são discos metálicos, nos quais os tubos são conectados, mantendo-os, desta forma, na posição desejada. Espelhos Componentes Espelhos. •Os permutadores podem ser construídos com os espelhos fixos, um fixo e um flutuante ou um fixo e tubos em U. Componentes Espelhos. Componentes Tubos Componentes Trocador de Calor Casco e Tubos Tubos do Feixe: Os tubos utilizados nos trocadores de calor casco e tubos não seguem a mesma norma dos tubos utilizados para transporte de fluidos. A norma válida é a BWG (Birmingham Wire Gauge), na qual a dimensão do tubo é indicada pelo diâmetro externo e pela espessura da parede, dada pelo número BWG. Quanto maior o número BWG menor é a espessura do tubo. Os tubos utilizados na maioria das vezes são lisos mas dependendo das características do fluido que escoa do lado casco, podem ser aletados. Podem ser de diversos materiais, porém na maioria são de metais, como aço carbono, cobre, latão, aço inox e ligas nobres. Trocador de Calor Casco e Tubos Diâmetro externo (in) No BWG Espessura da parede (in) Diâmetro interno (in) Área de escoamento por tubo (in2) Área por ft linear (ft2) Externa Interna 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0,134 0,120 0,109 0,095 0,083 0,072 0,065 0,058 0,049 0,482 0,510 0,532 0,560 0,584 0,606 0,620 0,634 0,652 0,182 0,204 0,223 0,247 0,268 0,289 0,302 0,314 0,334 0,1963 0,1263 0,1335 0,1393 0,1466 0,1529 0,1587 0,1623 0,1660 0,1707 1 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0,165 0,148 0,134 0,120 0,109 0,095 0,083 0,072 0,065 0,058 0,049 0,670 0,704 0,732 0,760 0,782 0,810 0,834 0,856 0,870 0,884 0,902 0,355 0,389 0,421 0,455 0,479 0,515 0,546 0,576 0,594 0613 0,639 0,2618 0,1754 0,1843 0,1916 0,1990 0,2048 0,2121 0,2183 0,2241 0,22770,2314 0,2361 Tubos. •Podem lisos ou aletados dependendo do fluido a ser processado. •Os tubos lisos são os mais comuns e seu diâmetro varia na ordem. 3/4 “, 1”, 1 1/4”, 1 1/2”. •Tubos aletados aumentam a troca térmica devido ao aumento de área superficial, porem com um inconveniente de aumentar a perda de carga do casco. Componentes Trocador de Calor Casco e Tubos Disposição dos tubos: Em termos mecânicos os tubos não podem ficar muito próximos para não enfraquecer os espelhos. A distribuição dos tubos é padronizada e o número de tubos que é possível alocar em determinado diâmetro de casco depende do diâmetro externo do tubo, do tipo e do valor do passo e do número de passagens no lado tubo, conforme exemplificado a seguir. Trocador de Calor Casco e Tubos Comprimento: Relações de custo de trocadores de calor mostram que é mais conveniente e mais econômico construir trocadores longos com diâmetros de casco e tubo menores. Em muitas situações o espaço disponível para a instalação do equipamento é o fator determinante do comprimento do tubo. A literatura cita para trocadores com feixe removível um limite de 9 m e para espelho fixo 15 m. A TEMA (Tubular Exchangers Manufacturer Association) cita como comprimentos padrão 8, 10, 12, 16 e 20 ft. Em geral a relação entre comprimento e diâmetro do casco está entre 5 e 10. Outro critério que às vezes define o comprimento dos tubos refere-se à padronização dos trocadores de calor que fazem parte do processo. Objetivando facilitar a manutenção, quanto à substituição e aos materiais necessários à limpeza do trocador, todos devem ter tubos com a mesma especificação. Trocador de Calor Casco e Tubos Diâmetro: A seleção do diâmetro do tubo depende da natureza da incrustação do fluido, do espaço disponível, do custo e da perda de carga. Trocadores mais compactos são obtidos quando se utilizam tubos com diâmetro reduzido e pequeno espaçamento entre eles. Porém isso pode dificultar a limpeza, especialmente na parte externa dos tubos. A prática da limpeza do lado tubo muitas vezes exige que o diâmetro do tubo não seja menor que cerca de 20 mm, embora na prática haja trocadores cujo diâmetro dos tubos seja da ordem de 6,35 mm, geralmente usados para fluidos limpos e processos de pequeno porte. Os diâmetros de tubo mais utilizados são 3/4 e 1 in para fluidos do lado tubo pouco viscoso e que provoque pouca incrustação. Fluidos mais viscosos exigem tubos de 2 in. Trocador de Calor Casco e Tubos Espessura dos tubos: A literatura cita as seguintes considerações: 1. a espessura deve ser capaz de resistir à máxima pressão diferencial através da parede; 2. caso a pressão não seja um fator determinante, considerar: margem adequada para a corrosão; resistência à vibração ocasionada pelo escoamento no casco; tensão axial; padronização quanto à estocagem de partes sobressalentes; custo. Arranjo de passagem do fluido pelo lado dos tubos. •Este é comando pelos defletores instalados nos cabeçotes fixos. •Os defletores se encaixam em ranhuras no espelho de forma a dar vedação e direcionamento ao fluido. Componentes Arranjo de passagem do fluido pelo lado dos tubos. Componentes Arranjo de tubos no espelho. Este arranjo é desenhado de modo a se obter o maior numero de tubos por seção transversal do casco. Para isto deve-se manter certa distancia entre os tubos vizinhos de moso a permitir o escoamento, esta é definida como passo. Existem dois tipos: Quadrado - Acomoda menos tubos por isto e menos eficiente comparado a um trocados de mesmo tamanho com outra conformação, porém tem menor perda de pressão permite melhor limpeza mecânica. Triângulo - Acomoda maior numero de tubos num mesmo diâmetro de casco, o escoamento possui maior perda de carga comparado ao passo quadrado. Porém tem maior dificuldade de limpeza. Componentes Trocador de Calor Casco e Tubos Disposição dos tubos: Os arranjos triangulares fornecem trocadores mais compactos. Para mesmo diâmetro de tubo, passo e diâmetro de casco, o número de tubos e, conseqüentemente a área de troca, é maior para trocador com arranjo triangular do que arranjo quadrado. Fluidos incrustantes do lado casco requerem arranjo quadrado, além de passo que possibilite acesso para limpeza mecânica, ou seja, abertura de no mínimo 1/4 de polegada. Genericamente o arranjo triangular é satisfatório para fluidos do lado casco com fator de incrustação (Rd) de até 0,002 ft 2.h.°F/Btu, ou em situações onde seja possível limpeza química. Trocador de Calor Casco e Tubos Disposição dos tubos: Há normas e práticas que governam a disposição dos tubos para formar o feixe tubular. A TEMA normaliza estes quatro arranjos. Passo 60° Passo Passo 45° Passo 30° Triangular (30°) Triangular (60°) Quadrado (90°) Quadrado rodado (45°) Passo (PT) - distância de centro a centro entre tubos adjacentes; Abertura (C') - diferença entre o passo e o diâmetro externo do tubo. Arranjo de tubos no espelho. Componentes Trocador de Calor Casco e Tubos dint. casco (in) dfeixe (in) dext. tubo (in) Passo (in) Arranjo Número de passagens no tubo 1 2 4 6 8 8,071 6,821 3/4 3/4 3/4 1 1 15/16 1 1 1 1 Triangular Quadrado Triangular Quadrado Triangular 38 32 37 21 22 32 26 30 16 18 26 20 24 16 16 24 20 24 14 14 18 - - - - 12 10 3/4 3/4 3/4 1 1 15/16 1 1 1 1 Triangular Quadrado Triangular Quadrado Triangular 109 80 90 48 57 98 72 84 44 52 86 68 72 40 44 82 68 70 38 42 78 60 68 36 40 17 16 3/4 3/4 3/4 1 1 15/16 1 1 1 1 Triangular Quadrado Triangular Quadrado Triangular 239 188 211 112 130 224 178 201 110 124 194 168 181 102 116 188 164 176 98 110 178 142 166 82 94 Arranjo de tubos no espelho. Componentes Chicanas: As chicanas têm por função suportar os tubos, para evitar curvaturas e possível vibração, além de direcionar o escoamento do lado casco, fazendo-o cruzar o feixe perpendicularmente várias vezes, melhorando a transferência de calor e evitando regiões mortas. O espaçamento entre as chicanas é padronizado e de acordo com a TEMA, o espaçamento mínimo é igual a 1/5 do diâmetro interno do casco ou de 2 polegadas, aquele que for maior. O espaçamento máximo entre chicanas é definido pelo comprimento máximo de tubo não suportado (lm), o qual é tabelado considerando o diâmetro externo e o material do tubo. O comprimento de tubo não suportado corresponde ao dobro do espaçamento das chicanas, conforme ilustrado no desenho abaixo. Trocador de Calor Casco e Tubos lm Chicanas. Componentes Componentes Chicanas. Chicanas: Há diferentes tipos de chicanas. A mais conhecida e utilizada é a segmentar. A chicana segmentar consiste em um disco cortado. O setor cortado é a janela (J) da chicana, por onde escoará o fluido lado casco. A altura da janela da chicana (ou altura do corte) é representada por lc, e a razão entre o lc e o diâmetro interno do casco (Ds), expresso em porcentagem, é o corte da chicana. Dizer que o corte da chicana é 20% significa que lc/Ds é igual a 0,20. Duas chicanas consecutivas são colocadas em posições inversas a fim de causar escoamento cruzado no feixe de tubos. O corte das chicanas segmentares pode variar de 15 a 40%, sendo o intervalo de 20 a 30% o mais comum e 25%, o valor típico. Trocador de Calor Casco e Tubos lc Chicanas: Quando o projeto do trocador exigir perda de carga reduzida e isto não for possível com as chicanas segmentares, utilizam-se as chicanas duplamente ou triplamente segmentares.Trocador de Calor Casco e Tubos Trocador de Calor Casco e Tubos Bocais: Os bocais normalmente são seções de tubos soldadas ao casco, com flanges para a conexão da tubulação. Seu diâmetro é, em geral, igual ao da tubulação conectada, e varia entre 2 e 10 polegadas. É regra geral: fluidos sendo aquecidos ou vaporizados entram pelo fundo e saem pelo topo; fluidos sendo resfriados ou condensados entram pelo topo e saem pelo fundo. Trocador de Calor Casco e Tubos Placas de impacto: Têm como objetivo proteger os tubos do impacto da entrada da alimentação (lado casco), principalmente quando há partículas sólidas. São placas planas ou curvas com espessura de 6 mm e um pouco maiores que o diâmetro do bocal. A TEMA estabelece que se deve utilizá-las nos casos descritos abaixo. Fator de impacto (.v2) Fluidos > 1.500 lb/ft.s2 não ocorra mudança de fase; não corrosivos; não abrasivos. > 500 lb/ft.s2 demais fluidos. Número de passagens dos fluidos num trocador casco e tubo: Passe ou passagem está relacionado ao número de vezes que o fluido percorre o trocador de uma extremidade a outra, do lado casco e lado tubo. Por convenção um trocador casco e tubo n-m, significa que o mesmo apresenta "n" passagens no casco e "m" passagens no tubo. Trocador de calor casco e tubo 1-1 Trocador de Calor Casco e Tubos Número de passagens dos fluidos num trocador casco e tubo: Passe ou passagem está relacionado ao número de vezes que o fluido percorre o trocador de uma extremidade a outra, do lado casco e lado tubo. Por convenção um trocador casco e tubo n-m, significa que o mesmo apresenta "n" passagens no casco e "m" passagens no tubo. Trocador de calor casco e tubo 1-2 Trocador de Calor Casco e Tubos · Trocador de Calor casco e tubos · a - Um passe no casco e dois passes nos tubos. · b - Dois passes no casco e quatro passes nos tubos. FATOR DE SUJEIRA, DEPÓSITO, INCRUSTAÇÃO Na maioria das aplicações industriais de permutadores, lida-se com fluídos que causam sujeira (fouling/scaling), isto é, um fluído pode entrar num permutador com uma concentração de material que tende a se depositar na superfície de troca de calor. Diz-se que a superfície está se sujando quando este material depositado resiste à transferência de calor, assim, um permutador está sujo quando não pode fornecer a carga térmica para o qual foi projetado, projeto este que inclui previsão para acumulação de sujeira. Formação de Depósito Formação de Depósito ESCOLHA DO FLUÍDO DOS TUBOS Critérios mais importantes: - Fluído mais sujo: limpeza é mais fácil e eficiente. - Fluído com maior pressão: evita vazamentos e uso de grandes espessuras no casco. - Fluído mais quente: evita o uso de isolamento térmico no casco e a necessidade de construí-lo em material mais nobre. - Fluído mais tóxico: evita vazamentos e uso de material nobre no casco. - Fluído corrosivo: evita corrosão do casco. Casos Particulares: - Fluído mais viscoso no casco: possibilidade de sair do escoamento laminar. - Cálculo da P é mais preciso para os tubos. Econômico: - Custo do material. ELEVAÇÃO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Aumento de turbulência: - Aumento da velocidade. - Uso de chicanas. - Tipo de arranjo: triangular versus quadrado. Tipo de fluído: - Fluídos com alto coeficiente de película PLUGUEAMENTO DE TUBOS - Redução da área. - Influência no “U”. - Influência na diferença de temperatura. - Influência na troca térmica. - Folga de projeto. Trocador de Calor Duplo Tubo Balanço de Energia: O balanço de energia para cada corrente de fluido, desprezando-se a variação de Ec, Ep e We, pode ser escrito na seguinte forma: 12 HH.wQ em que: w - vazão mássica da corrente de fluido considerada; H1 e H2 - entalpia por unidade de massa da corrente considerada, nas condições de entrada e saída, respectivamente. Desprezando-se qualquer perda térmica do trocador para a vizinhança, o calor cedido por uma corrente fluida é igual ao calor recebido pela outra corrente fluida, o que nos permite escrever: na qual os índices "q" e "f" referem-se ao fluido quente e frio, respectivamente. CASOS: 1) Em ambas as correntes não ocorrem mudança de fase do fluido. Neste caso apenas calor sensível será trocado. Portanto a equação acima pode ser reescrita na seguinte forma: 1f2ff1q2qq HH.wHH.w 1f2fff2q1qqq TT.cp.wTT.cp.w Trocador de Calor Duplo Tubo Trocador de Calor Duplo Tubo 2) O fluido de aquecimento é vapor saturado e sai do sistema como líquido saturado. A equação de balanço pode, neste caso, ser reescrita como: sendo vap o calor latente de vaporização do vapor. 3) O fluido de aquecimento é vapor superaquecido e sai do sistema como líquido sub-resfriado. A equação de balanço pode, neste caso, ser reescrita da seguinte forma: em que cpqgás e cpqlíq são os calores específicos do fluido de aquecimento no estado gasoso e líquido, respectivamente. 1f2fffvapq TT.cp.w.w 1f2fff2qsatqlíqvapsat1qqgásq TT.cp.wTT.cpTT.cp.w Trocador de Calor Duplo Tubo Área T 0 ATotal Tfs Tq Tfe a b Área T 0 ATotal Tf Tqs Tqe a b Área T 0 ATotal Tfe Tqs Tqe a b Tfs As temperaturas dos fluidos num trocador de calor não são em geral constantes, mas variam de ponto para ponto à medida que o calor é transferido do fluido mais quente para o mais frio. Mesmo para uma resistência térmica constante, a quantidade de calor transferida varia ao longo do caminho do escoamento, pois seu valor depende da diferença de temperatura entre os fluidos quente e frio em cada seção. Diferença de Temperatura: Um balanço de energia no estado estacionário, para uma seção diferencial do trocador de calor representado abaixo, é dado por: Diferença de Temperatura: Tf Tf1 Tf2 Tq1 Tq2 Tf Tq dA.T.UdQ dA.TT.UdT.cp.wdT.cp.wdQ fqqqqfff Alimentação em paralelo Trocador de Calor Duplo Tubo Se os calores específicos dos fluidos não variarem com a temperatura, podemos escrever um balanço térmico da entrada até uma seção arbitrária deste trocador (alimentação em paralelo) da seguinte forma: Diferença de Temperatura: 1qqqq1ffff TT.cp.wTT.cp.w Explicitando Tq nesta equação, temos: 1ff qq ff 1qq TT cp.w cp.w TT Subtraindo Tf de ambos os lados desta equação, temos: qq ff f1f qq ff 1qfq cp.w cp.w 1.TT. cp.w cp.w TTT Trocador de Calor Duplo Tubo Diferença de Temperatura: ffffq dT.cp.wdA.TT.UdQ dA. cp.w U cp.w cp.w 1.TT. cp.w cp.w T dT ff qq ff f1f qq ff 1q f ÷ ÷ q q f f f 1 f q q f f 1 q f q cp . w cp . w 1 . T T . cp . w cp . w T T T 1f2f ff1f2fff TT Q cp.w TT.cp.wQ T ff1f1q 2f1f qq ff 2f1q qq ff A. cp.w U TT TT. cp.w cp.w TT ln. cp.w cp.w 1 1 1f2f 1q2q qq ff TT TT cp.w cp.w Trocador de Calor Duplo Tubo Considerando U = cte, a integração desta equação ao longo de todo o comprimento do trocador, isto é, desde A = 0 até A = At, resulta em: Diferença de Temperatura: Sabemos que, para todo o trocador, as expressões abaixo são válidas: Substituindo estas duas expressões naequação acima e rearranjando, temos: Trocador de Calor Duplo Tubo Diferença de Temperatura: 2f2q 1f1q 2f2q1f1q T TT TT ln TTTT .A.UQ 2 1 21 T T T ln TT .A.UQ Generalizando: MLDT.A.UQ T MLDT é a média logarítmica das diferenças de temperatura e Ti é a diferença de temperatura entre os fluidos nos terminais "i" do trocador (entrada ou saída). Trocador de Calor Duplo Tubo Diferença de Temperatura: 2 1 21 T T T ln TT .A.UQ MLDT.A.UQ T Esta é a equação de projeto de um trocador de calor duplo tubo. A área de troca térmica (AT) refere-se à área externa do tubo interno. Obs.: para a dedução da MLDT foram feitas as seguintes hipóteses: 1. vazões constantes (regime permanente); 2. perdas de calor desprezíveis (-Qq = Qf); 3. calores específicos constantes; 4. U é constante ao longo do trocador; 5. em qualquer seção transversal, a temperatura de cada fluido é cte; 6. não há mudanças de fases parciais. Trocador de Calor Duplo Tubo ALIMENTAÇÃO EM PARALELO: Os dois fluidos entram no trocador de calor na mesma extremidade e o percorrem no mesmo sentido. Na entrada tem-se a maior temperatura do fluido quente e a menor temperatura do fluido frio e, portanto a maior diferença de temperatura entre os fluidos. Essa diferença cai ao longo do trocador e nesse tipo de alimentação não é possível obter temperatura de saída do fluido frio maior que a de saída do fluido quente. Tf1 0 Área AT T Tq1 Tq2 Tf2 Trocador de Calor Duplo Tubo ALIMENTAÇÃO EM CONTRACORRENTE: Neste tipo de alimentação os fluidos entram no trocador de calor em extremidades opostas percorrendo-o em sentido contrário. Neste caso a temperatura de saída do fluido frio pode ser superior à temperatura de saída do fluido quente (Tf2 > Tq2). Isto torna a operação em contracorrente muito mais vantajosa que a operação em paralelo, pois a quantidade de calor que é possível transferir é maior. 0 Área AT T Tq1 Tq2 Tf2 Tf1 Trocador de Calor Duplo Tubo Paralelo Contracorrente 2f2q 1f1q 2f2q1f1q TT TT ln TTTT MLDT 2f1q 1f2q 2f1q1f2q TT TT ln TTTT MLDT EXEMPLO: Considere a situação na qual as temperaturas dos fluidos na entrada e saída do trocador de calor sejam: Tq1 = 350 °C; Tq2 = 200 °C; Tf1 = 100 °C; Tf2 = 180 °C. Operação em paralelo: MLDT = 91 °C Operação em contracorrente: MLDT = 132 °C Como: Conclui-se que para um mesmo U, fixadas as temperaturas de entrada e saída, o trocador com alimentação em contracorrente necessitará de menor área para trocar uma mesma quantidade de calor. Trocador de Calor Duplo Tubo MLDT.A.UQ T Trocador de Calor Duplo Tubo OBSERVAÇÃO: Na situação onde um dos fluidos envolvidos não apresentar variação de temperatura (ex. condensação de vapor saturado, vaporização de um líquido saturado) a MLDT será igual para os dois tipos de alimentação (paralelo e contracorrente), para um conjunto de temperaturas fixo. T Tq1 Tf2 0 Área AT Tq2 Tf1 0 Área AT T Tq2 Tq1 Tf2 Tf1 0 Área AT T Tq2 Tq1 Tf1 Tf2 0 Área AT T Tq2 Tq1 Tf2 Tf1 DEFINIÇÕES 1. Intervalo ou variação de temperatura: é a variação de temperatura de cada corrente, (Tq1 - Tq2) para o fluido quente e (Tf2 - Tf1) para o fluido frio; 2. Aproximação de temperatura: para a operação em paralelo é a diferença entre as temperaturas de saída dos fluidos quente e frio (Tq2 - Tf2). Para a operação em contracorrente é a menor diferença de temperatura dos terminais do trocador, ou seja, (Tq2 - Tf1), ou, (Tq1 - Tf2), aquela que for menor. Para trocadores com múltiplas passagens, é (Tq2 - Tf2); 3. Interseção de temperaturas: só é possível para operação em contracorrente ou trocadores com passagens múltiplas, quando se tem a temperatura de saída do fluido frio (Tf2) maior que a temperatura de saída do fluido quente (Tq2). A diferença entre essas duas temperaturas (Tf2 - Tq2) é denominada temperatura de interseção; 4. Encontro de temperatura: só é válido para as mesmas condições da interseção de temperaturas, implica Tf2 = Tq2. ho hi Tubo interno Tubo externo COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR : U Cálculo do U (limpo) (kcal/hm² ºC) Tubo interno: hi Tubo anular: ho 1 1 1 x ----- = ----- + ----- + ------- Uc hi ho k Uc = Coef. global limpo ho = Coef. de película externa hi = Coef. de película interna x = espessura k = condutividade térmica x Transmissão de calor em interior de tubos A transmissão de calor no interior dos tubos é classificada de acordo com o regime de escoamento. O qual é determinado pelo número de Reynolds. Regime Laminar Re <= 2100 Regime de transição 2.100 < Re <= 10.000 Regime turbulento Re > 10.000 No regime laminar a T.C. se dar principalmente por condução entre as camadas fluidas. No regime turbulento a T.C. é dada principalmente por convecção forçada. Re = ρ*v*D μ ρ é a densidade do fluido v é a velocidade D é o diâmetro do duto μ é a viscosidade CÁLCULO DE “U” SUJO OU DE PROJETO (kcal/h m² ºC) Tubo externo Tubo interno ho hi Rdi Rdo 1 1 1 x ----- = ----- + ----- + ----- + Rdi + Rdo UD ho hi k 1 1 ----- = ----- + Rd UD UC Rd = Rdi + Rdo Rd = Coeficiente de depósito R r Tubo externo Tubo interno ÁREAS DE ESCOAMENTO E DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Áreas de escoamento: Tubo interno: a = d² 4 Região anular: a = ( D² - d² ) 4 Áreas de transferência de calor: At = NT dL d = diâmetro externo do tubo interno L = comprimento NT = nº de tubos Diferença de temperatura média: A diferença de temperatura média obtida anteriormente tem validade para trocadores de duplo tubo e para trocadores de calor casco e tubo com igual número de passagens no casco e no tubo, ou seja, n = m, como por exemplo, as configurações 1-1, 2-2, etc. Para trocadores com diferentes número de passagens no casco e tubo (n m) a dedução para a verdadeira diferença de temperatura é um tanto complicada, e as soluções são obtidas na literatura na forma gráfica, as quais relacionam um fator de correção F com adimensionais de temperatura que dependem apenas das temperaturas terminais e das configurações de escoamento e tipo de trocador. Trocador de Calor Casco e Tubos 2 1 21 T T ln TT MLDT Diferença de temperatura média: O fator de correção F é definido como a relação entre a diferença de temperatura média real no trocador e a média logarítmica das diferenças de temperaturas (MLDT) em contracorrente, ou seja: Obs.: F é uma penalidade que se incorre em razão do escoamento não ser totalmente contracorrente. Os adimensionais são representados pelas seguintes relações: Trocador de Calor Casco e Tubos entecontracorr alRe MLDT T F 1f2f 2q1q TT TT R 1f1q 1f2f TT TT S Diferença de temperatura média: R é a razão entre a queda de temperatura do fluido quente e o aumento de temperatura do fluido frio. S é a razão entre o aumento de temperatura do fluido frio e o máximo aumento que este fluidopoderia ter em contracorrente. O Δt real é obtido da equação: O fator F é normalmente menor que 1, e assumirá o valor 1 quando um dos fluidos for isotérmico. 1f2f 2q1q TT TT R 1f1q 1f2f TT TT S entecontracorr alRe MLDT T F Diferença de temperatura média: Para trocador com diferentes passagens no casco e no tubo (n m), a equação de projeto passa a ser: Fator de correção da MLDT, para trocadores 1-2, 4, 6, 8, .... Trocador de Calor Casco e Tubos entecontracorrMLDT.F.A.UT.A.UQ Trocador de calor A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA S Trocador de calor A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA S Trocador de calor A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA S Trocador de calor 110 A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA Exemplo: Em um passo, dois tubos passam por um trocador de calor com água em seu interior e uma taxa de fluxo de 1.5 kg/s entrando a t1 = 30 °C e saindo a t2 = 80 °C. O fluxo de óleo no casco entra a T1 = 130 °C e sai a T2 = 90 °C. O coeficiente de TC é dado por U = 250 W/m 2.°C. Calcule a Área de transferência de calor necessária. Solução: 90°C 30°C 130°C 80°C Trocador de calor 111 A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA )80130/()3090(ln )80130()3090( )ln( outin outin TT TT LMTD / C85.54 LMTD 90°C 30°C 130°C 80°C 8.0 3080 90130 5.0 30130 3080 12 21 11 12 tt TT R tT tt S Trocador de calor A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA 89.0F S Trocador de calor A VERDADEIRA DIFERENÇA DE TEMPERATURA C)(85.5489.0C).W/m(250 W)(313875 )( (W) 313875 C)( )3080(C)(J/kg.4185kg/s)(5.1 )( 2 12 LMTDFU Q A Q ttCmQ ww 2m72.25A ÁREA DE DCE TAG: 710-3205-107 - Resfriador do reator de DCE Serviço: Resfriar o DCE em circulação por termossifão no reator de DCE Dados de Processo: LADO DO CASCO LADO DOS TUBOS Fluído água de resfriamento DCE Vazão (Kg/h) 1.823.000 11.710.000 Temperatura entrada (ºC) 29,4 52,5 Temperatura saída (ºC) 40,0 47,5 Calor específico (Kcal/KgºC) 0,998 0,33 a 50ºC DADOS DOS TUBOS Quantidade: 2.567 Diâmetro externo: 2” Comprimento: 9.144 mm PRINCÍPIOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Condução: não considerada no balanço térmico. Convecção forçada: lado da água. Convecção forçada: lado do DCE. COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DE PROJETO 1 1 1 x ----- = ----- + ----- + ----- + Rd UD hi ho K CONVECÇÃO CONDUÇÃO DEPÓSITO ARRANJO TRIANGULAR BALANÇO TÉRMICO Cálculo da área de troca térmica Nº de tubos = 2567 tubos A = n DL A = 2567 x 3,14 x 2” x 0,0254 m x 9144 mm x 1 m 1” 1000 mm A = 3744 m² CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA Lado da água: Q = m Cp T Q = 1.823 x 10³ Kg x 0,998 Kcal x (40,0 - 29,4) ºC h KgºC Q = 19.285.000 Kcal/h Lado do DCE: Q = m Cp T Q = 11710 x 10³ Kg x 0,33 Kcal x (52,5 - 47,5) ºC h kg ºC Q = 19.320.000 Kcal/h Cálculo da temperatura média: DCE Água 52,5ºC 40,0ºC 47,5ºC 29,5ºC T2 = 12,5ºC T1 = 18,1ºC LMTD = T1 - T2 ln T1 T2 LMTD = 18,1 - 12,5 ln 18,1 12,5 LMTD = 15,1 ºC CÁLCULO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Q U = A LMTD 1 1 U = 19.320.000 Kcal/h x ------------ x ----------- = 342 Kcal/h ºC m² 3744 m² 15,1ºC PARTICULARIDADES - Velocidade da água: 1 m/s - Incrustação versus coeficiente de depósito. - Tubo cobre-níquel versus tubo aço-carbono - Furo no trocador - Material Aço-carbono: 0,375” BWG10 Cobre-níquel: 0,083” BWG14 TAG: 711-3215-14A/B - Refervedor da coluna do DCE Serviço: Vaporizar o DCE proveniente da coluna de DCE Dados de Processo: LADO DO CASCO LADO DOS TUBOS Fluído vapor d’água fundo da coluna Vazão(Kg/h) 10.212 578.000 Temp. entrada(ºC) 160 108,7 Temp. saída(ºC) 130 109,2 Calor latente(Kcal/Kg) 519 ----------- DADOS DOS TUBOS Quantidade: 2527 Diâmetro externo: 1” Comprimento: 3048 mm PRINCÍPIOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Condução: não considerada no balanço térmico Convecção forçada: lado vapor - condensação Convecção forçada: lado do DCE - vaporização de 12% da carga líquida COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR 1 1 1 x ----- = ----- + ----- + ----- + Rd UD hi ho K CONVECÇÃO CONDUÇÃO DEPÓSITO BALANÇO TÉRMICO Cálculo da área de troca térmica: A = n DL A = 2527 x 3,14 x 1” x 0,0254 m x 3048 mm x 1 m 1” 1000 mm A = 614 m² Cálculo da carga térmica: Lado do vapor Q = m Hcond. Q = 10.212 Kg x 519 Kcal = 5.300.000 Kcal/h h kg Lado do DCE Q = mvap. Hvap. Hvap. = 5.300.000 kcal x h h 69.400 kg Hvap. = 76,4 kcal/kg da mistura Cálculo da temperatura média Condensação vapor 130ºC 109,2ºC 130ºC 108,7ºC T2 = 20,8ºC T1 = 21,3ºC LMTD = T1 - T2 ln T1 T2 LMTD = 21,3 - 20,8 = 21 ºC ln 21,3 20,8 LADO DO CASCO LADO DOS TUBOS Fluído vapor d’água 45,0% NaOH e lama de sal Vazão(kg/h) 72.395 17,1 x 10 (13,6x10 líq./3,5x10 sól.) Temp. entrada(ºC) 185 147,2 Temp. saída(ºC)173,3 150,5 Calor latente(kcal/kg) 485.5 ----------- Calor específico(kcal/kgºC) -------- 0,71 - líquido / 0,22 sólido 6 6 ÁREA DE SODA/UTILIDADES TAG: 228-1232-052 - Trocador do 1º efeito Serviço: Aquecer solução de soda e sal que circula no 1º efeito Dados de Processo: 6 DADOS DOS TUBOS Quantidade: 875 Diâmetro: 2” Comprimento: 180” PRINCÍPIOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Condução: considerada. Convecção forçada: lado do casco. Convecção forçada: lado dos tubos. BALANÇO TÉRMICO Cálculo da área de troca térmica: A = n dl A = 875 x 3,14 x 2” x 0,0254 m x 180” x 1 m 1” 1” A = 638 m² Cálculo da carga térmica: Lado do vapor Q = m Hvap. Q = 72.395 Kg x 485,5 Kcal = 35.147.773 Kcal/h h kg 1” = 2,54 cm = 0,0254 m Lado da soda Q = msol. Cpsol Tsol. + mlíq. Cplíq Tlíq. Q = 3,5x10 kg x 0,22 kcal x (150,5 - 147,2) ºC + 13,6x10 kg x 0,71 kcal x h kgºC h kgºC (150,5 - 147,2)ºC Q = 34.405.800 kcal/h 6 6 Cálculo da temperatura média Condensação 173,3ºC 150,5ºC 173,3ºC 147,2ºC T2 = 22,8ºC T1 = 26,1ºC LMTD = T1 - T2 ln T1 T2 LMTD = 26,1 - 22,8 = 24,5ºC ln 26,1 22,8 CÁLCULO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Q = U A LMTD U = 34.405.800 = 2209,7 kcal/hºCm² 638,13 x 24,5 PARTICULARIDADES - Efeito erosão. - Combinação do efeito concentração versus temperatura. - Obstrução durante a parada do equipamento. - Furo do trocador. ÁREA DE CLORO TAG: 373-3715-006/007 - Sistema de água gelada Serviço: Fornecer água gelada à 4ºC Dados de Processo: CONDENSADOR LADO DO CASCO LADO DOS TUBOS Fluído freon 12 água de resfriamento Vazão(kg/h) 127213 750560 Temp. entrada(ºC) 54,1 29,44 Temp. saída(ºC) 40,5 35,0 Calor latente(kcal/kg) 31,24 ---- Calor específico(kcal/kgºC) 0,1847(v) 1,0 DADOS DOS TUBOS Quantidade: 4292 Diâmetro externo: 19,05 mm Comprimento: 4840 mm ÁREA DE TROCA TÉRMICA ÁREA = n DL ÁREA = 4292 x 3,14 x 19,05 mm x 1 m x 4,84 m 1000 mm ÁREA = 1242,6 m² BALANÇO TÉRMICO Lado da água Q = m Cp T Q = 750560 kg x 1,0 kcal x ( 35 - 29,44 ) ºC h kgºC Q = 4.173.114 kcal/h Lado do freon Q = m H + m Cp T Q = 127213 kg x 31,24 kcal + 127213 kg x 0,1847 kcal x (54,1 - 40,55) ºC h kg h kg ºC Q = 4.293.683 kcal/h COEFICIENTE DE TROCA REQUERIDA Q U = ------------- MLTD corrigida = 7,4ºC A MLTD U = 4293683 kcal x 1 x 1 h 1242,6 m² 7,4 ºC U = 467,0 kcal/h m² ºC EVAPORADOR LADO DO CASCO LADO DOS TUBOS Fluído freon 12 água gelada Vazão total (kg/h) 113.427 490.000 Fase vapor (kg/h) 17.548 ---- Fase líquida (Kg/h) 95.879 490.000 Temp. entrada(ºC) 1,11 14 Temp. saída(ºC) 1,11 7 Calor latente(kcal/kg) 37,14 ---- Calor específico(kcal/kgºC) ---- 1,0 DADOS DOS TUBOS Quantidade: 1329 Diâmetro externo: 19,05 mm Comprimento: 3658 mm ÁREA DE TROCA TÉRMICA ÁREA = n DL ÁREA = 1329 x 3,14 x 19,05 mm x 1 m x 3,658 m 1000 mm ÁREA = 290,8 m² BALANÇO TÉRMICO Lado da água gelada Q = m Cp T Q = 490000 kg x 1,0 kcal x (14 - 7) ºC h kgºC Q = 3.430.000 kcal/h Lado do freon Q = m H Q = 95879 kg x 37,14 kcal h kg Q = 3.560.946 kcal/h COEFICIENTE GLOBAL REQUERIDO Q U = ------------- MLTD corrigida = 8,94 ºC A MLTD U = 3560946 kcal x 1 x 1 h 290,8 m² 8,94 ºC U = 1.369,73 kcal/h m² ºC Torre de Resfriamento PRINCÍPIO DE TROCA DE CALOR E MASSA TORRES DE RESFRIAMENTO As torres de resfriamento são utilizadas para fornecimento de água de resfriamento em processos industriais. A água quente dos trocadores dos processos é bombeada para o topo da torre, onde ela cai ou é pulverizada para baixo, para a base da torre. A temperatura da água é reduzida quando ela cede calor ao ar circulando ao redor da torre. Embora haja alguma transmissão de calor sensível da água para o ar, o efeito de resfriamento numa torre de resfriamento resulta quase que inteiramente da evaporação de uma porção de água quando a água cai através da torre. O calor para vaporizar a porção de água que evapora é absorvido da massa de água remanescente, de modo que a temperatura da massa é reduzida. O vapor resultante do processo de evaporação é transportado do ar circulante através da torre. Uma vez que tanto, a temperatura quanto o teor de umidade do ar são aumentados quando o ar passa através da torre, é evidente que o rendimento da torre de resfriamento depende em grande parte da temperatura de bulbo úmido do ar que entra. Quanto mais baixa a temperatura de bulbo úmido do ar que entra, tanto mais eficaz é a torre de resfriamento. Outros fatores que influenciam o desempenho das torres de resfriamento são: (1) a quantidade de superfície de água exposta e a duração (tempo) de exposição, (2) a velocidade do ar que passa através da torre, (3) a direção do fluxo de ar com relação à superfície de água exposta (paralela, transversal ou contrária). A superfície exposta de água inclui (1) a superfície da água na base da torre, (2) todas as superfícies úmidas na torre, e (3) a superfície combinada das gotículas de água que caem através da torre. Teoricamente, a temperatura mais baixa à qual a água pode ser resfriada numa torre de resfriamento é a temperatura de bulbo úmido de ar que entra, caso em que; o vapor de água noar que sai será saturado. Na prática, não é possível resfriar a água para a temperatura de bulbo úmido do ar. Na maioria dos casos, a temperatura da água que deixa a torre será 4º a 6ºC acima da temperatura de bulbo úmido do ar que entra. Também, o ar que deixa a torre será sempre um pouco menos do que saturado. TEMPERATURA BULBO SECO DO AR Temperatura medida por um termômetro de bulbo seco comum. Durante a medição da temperatura de bulbo seco do ar, o bulbo deve ser protegido para reduzir os efeitos da irradiação indireta. TEMPERATURA BULBO ÚMIDO DO AR É a temperatura medida por um termômetro de bulbo úmido. - Pavio deve ser saturado com água limpa à temperatura de BU do ar. - Velocidade do ar: 1000 a 2000 ft/min. Temp. (ºC) Temp. BU Área 40ºC 35,6ºC 30ºC 26ºC Ar IMPORTÂNCIA DA TEMPERATURA DE BULBO ÚMIDO - Menor temperatura possível para a qual a água pode ser resfriada numa torre de resfriamento. - Desvio = Temperatura saída da água - Temperatura BU ( = 5ºC ) ~ CLASSIFICAÇÃO DAS TORRES - Tiragem induzida. - Tiragem forçada. - Tiragem natural. BALANÇO DE MASSA Vazão de Make-up = Vazão(Blow-down) + Perda(por evaporação) + Perda(por arreste) Vazão de Make-up = 10 + 0,0176 x 2800 x 3 + 0,0020 x 2800 x 3 Vazão de Make-up = 174 m³/h BALANÇO TÉRMICO Q = m Cp T Q = 2800 x 3 kg x 1,0 kcal x ( 43 - 30 ) ºC h kgºC Q = 109.200 kcal/h TAG: 243-3710-301/302/303 - Torre de resfriamento Serviço: Resfriar água Dados de Processo: ÁGUA Vazão por célula (m³/h) 2800 Temperatura entrada (ºC) 30 Temperatura saída (ºC) 43 Perda por evaporação (%) 1,76 Perda por arraste (%) 0,20 temperatura bulbo úmido(ºC) 26 temperatura saída 35,6 CICLO DE REFRIGERAÇÃO SIMPLES EVAPORADOR CONDENSADOR COMPRESSOR VÁLVULA EXPANSÃO 1 2 3 4 PEVAP PCOND ÁGUA RESF. ÁGUA GELADA PCOND PEVAP L + V 1 2 3 4 PRESSÃO ENTALPIA condensação Evaporação Simples com líquido sub-resfriado no condensador PCOND PEVAP 1 2 3 4 PRESSÃO ENTALPIA Ciclo com o economizador PCOND PEVAP PRESSÃO ENTALPIA PECON 1 2 3 4 5 6 CONCEITOS IMPORTANTES Capacidade de sistema de refrigeração: toneladas de refrigeração (TR) 1 TR = 12000 Btu = 3,517 W h 1 TR = capacidade de resfriamento equivalente à fusão de 1 tonelada de gelo num período de 24 horas. - Efeito refrigerante: calor no evaporador - Coeficiente de eficiência: efeito refrigerante / trabalho compressor PARTICULARIDADES - Fornecimento de água de resfriamento. - Condensador sujo. - Utilização da água gelada. - Furo na serpentina.
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