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Fisiologia do sistema renal

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O papel dos rins na homeostase
A função mais importante dos rins é a regulação 
homeostática do conteúdo de água e íons no sangue - 
Equilíbrio hidroeletrolítico.
1. Regulação do volume do liquido extracelular 
e da pressão arterial 
Quanto menor o volume de liquido menor a pressão arterial 
2. Regulação da osmolalidade
A quantidade de uma substância no 
corpo deve permanecer constante, 
qualquer ganho deve ser compensado 
por uma perda igual. 
Os rins mantem as concentrações 
normais de íons e água no sangue 
através do balanço de ingestão dessas 
substancias com a sua excreção na 
urina, obedecendo ao principio do 
balanço de massas. 
A osmolalidade deve ser mantida em um valor próximo de 290mOsM.
3. Manutenção do equilíbrio iônico 
Mais importantes: Sódio, potássio e cálcio 
4. Regulação homeostática do pH. 
Líquido extracelular muito ácido: rins excretam H+ e conservam íons 
bicarbonato.
Líquido extracelular muito alcalino: rins excretam íons bicarbonato e 
conservam íons H+. 
5. Excreção de resíduos 
Os rins removem produtos do metabolismo (creatinina, ureia, ácido 
úrico e urobiolinogênio - metabólito da hemoglobina,cor amarela), 
hormônios e xenobióticos (sacarina - adoçante artificial)
6. Produção de hormônios 
Síntese de eritropoetina, que regula na produção de eritrócitos, e 
liberação de renina, enzima que regula a produção de hormonios 
envolvidos no equilíbrio do sódio e na homeostasia da pressão 
sanguínea. 
Estrutura renal 
7. Produção de vitamina D
Os rins convertem a vitamina D em sua forma ativa (calcíferol)
Anatomia externa
Localizam-se acima da cintura na área retroperitonial. 
O rim direito localiza-se um pouco abaixo do rim 
esquerdo. O rim adulto mede 11,25 cm de comprimento, 
entre 5 e 7,5 cm de largura e 2,5cm de espessura. O hilo é 
a região pela qual o ureter deixa o rim e é a entrada para 
vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, sendo assim, 
a entrada para a cavidade renal, o seio renal. 
Ê÷%µ
÷:÷:
hilo
hilo
ama Ão
fáscia renal
%:* ÷:
Cápsula renal
Ata
O rim é envolto por 3 camadas de tecido. 
A interna é a cápsula renal, que é composta por 
tecido conjuntivo fibroso e funciona como uma 
barreira contra infecções e traumas. 
A segunda é a cápsula adiposa, uma massa de tecido 
adiposo que protege o rim contra traumas. 
A terceira é a fáscia renal que é uma camada fina de 
tec conjuntivo fibroso que fixa os rins às estruturas. 
Anatomia interna 
O córtex é a parte mais externa, e a área interna é 
composta pela medula, no interior da existem entre 8 a 
18 estruturas triangulares estriadas, denominada 
pirâmides renais, as pontas das pirâmides são voltadas 
para o centro do rim e são denominadas papilas renais. 
A substância cortical entre as pirâmides renais são 
denominadas colunas renais. O córtex e as pirâmides 
formam o parênquima renal, que compõe-se de néfrons. 
O cálice menor envolve a ponta de cada uma das 
pirâmides e eles se unem para formar o cálice maior que 
se unem para formar a pelve renal.
Anatomia dos néfrons
Néfron justamedular: possui alças de Henle que se 
estendem até a medula. 
Néfron cortical: possui alças de Henle que não se 
estendem até a medula. 
Filtração glomerular
A filtração do plasma é o primeiro passo na 
formação da urina. Grandes quantidades de líquidos 
são filtrados através dos capilares glomerulares para 
dentro da capsula de Bowman.
A elevada taxa de filtração glomerular depende da 
taxa de fluxo sanguíneo renal, bem como das 
propriedades especiais das membranas nos capilares 
glomerulares. 
Início da formação da urina 
A filtração ocorre no corpúsculo renal, envolvendo as 
arteríolas aferentes, os capilares glomerulares e a capsula 
de Bowman.
Tais capilares são relativamente impermeáveis às proteínas. 
Dessa forma,o liquido filtrado é livre de proteínas e 
desprovido de componentes celulares como as hemácias. 
Arteríolas aferentes -> capilares fenestrados 
Arteríolas eferentes -> capilares peritubulares 
Apenas os capilares glomerulares desempenham papel 
da filtração. Os capilares peritubulares estão envolvidos 
diretamente nos processos de reabsorção e de secreção.
A produção da urina tem inicio quando cerca de 20% 
do conteúdo plasmático é filtrado dos capilares 
glomerulares para o interior da capsula de Bowman.
A composição do filtrado é igual à do plasma 
menos a maioria das proteínas plasmáticas. As células 
sanguíneas permanecem no capilar, de modo que o 
filtrado é composto apenas de água e de solutos 
dissolvidos. 
Apenas um quinto do plasma que flui ao longo dos 
rins é filtrado para dentro dos néfrons. Os quatro-
quintos restantes do plasma, juntamente com a maior 
parte das proteínas plasmáticas e das células 
sanguíneas, passaporte os capilares peritubulares. 
Uma das etapas de seletividade mínima no 
processo de filtração se da em relação ao tamanho 
das estruturas que deverão ser filtradas. -> Os poros 
capilares glomerulares, de modo que, proteínas e 
elementos celulares sanguíneos não passem. 
Três barreiras de filtração 
1. Endotélio capilar: capilares glomerulares são 
fenestrados, com grandes poros, que permitem 
que a maioria os componentes plasmáticos 
passem, porem impedem que as células 
sanguíneas deixem o capilar. As proteínas 
carregadas negativamente, presentes na superfície 
dos poros, repelem as proteínas plasmáticas 
carregadas negativamente. 
2. Lâmina basal: camada acelular de matriz 
extracelular que separa o endotélio do capilar do 
epitélio da capsula de bowman. É constituída por 
glicoproteínas carregadas negativamente, colágeno e 
outras proteínas. Atua como peneira grossa, 
excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do 
liquido que é filtrado através dela. 
3. Epitélio da capsula de Bowman: Formada por 
células especializadas, chamadas, de podocitos. Eles 
possuem longas extensões citoplasmáticas, 
denominadas pés. Esses pedicelos envolvem os 
capilares glomerulares e se entrelaçam uns aos outros, 
deixando estreitas fendas de filtração fechadas por 
uma membrana semiporosa. 
Ela contem proteínas exclusivas como nefrina e podocina. 
Essas proteínas, quando ausentes ou anormais, causam 
doenças renais congênitas, que fazem com que as 
proteínas passem através da barreira de filtração 
glomerular para a urina. 
Células mesangiais: ficam entre e ao redor dos 
capilares glomerulares. Elas possuem feixes citoplasmáticos 
de filamentos semelhantes à actina, que fazem essas 
células serem capazes de contrair e alterar o fluxo 
sanguíneo pelos capilares. Elas também secretam citocina 
associadas a processos inflamatórios e imunes. A alteração 
dessas células é associada a muitas doenças renais. 
Medida do ritmo de filtração glomerular
-> Uma substancia que é filtrada, mas não é reabsorvida 
ou secretada mantem a intensidade de excreção igual a 
de filtração.
Ex: Creatinina é totalmente excretada através da urina e 
é usada para medir o ritmo de filtração glomerular renal. 
-> Uma substancia que é livremente filtrada mas é 
parcialmente reabsorvida de volta para a corrente 
sanguínea mantém sua intensidade de excreção menor 
do que a da filtração. 
Ex: Eletrólitos, como íons sódio e cloreto
-> Uma substancia que é filtrada pelos capilares mas 
que não é excretada, é reabsorvida de volta para 
acorrente sanguínea.
Ex: Substâncias nutricionais como aminoacidos e a 
glicose. 
A pressão nos capilares causa a filtração 
O que determina a filtração são as três pressões 
exercidas sobre o capilar:
- Pressão hidrostática do capilar; 
- Pressão coloidosmótica do capilar;
- Pressão hidrostática do fluido capilar.
Pressão hidrostática do capilar: A pressão do 
sangue nos capilares força a passagem de fluido 
através do seu endotélio fenestrado. A pressão é de 
55mmHg e favorece a filtração para dentro da 
capsulado Bowman.
Pressão coloidosmótica do capilar: A pressão 
coloidosmótica nos capilares é mais alta que no 
fluido da cápsula de Bowman. -> se da devido à 
presença de proteínas no plasma.
Diretamente proporcional a FG
TFG = Ucr × VIPorInversamente
proporcional a FG
O gradiente de pressão osmótica é 30mmHg e favorece 
o movimento de liquido e volta para os capilares.
Pressão hidrostática do fluido: A presença de fluido 
dentro da capsula de bowman cria uma pressão 
hidrostática de fluido, que se opõe ao fluxo de fluido 
para o interior da cápsula. A pressão hidrostática 
capsular é 15mmHg, opondo-se à filtração. 
Taxa de filtração glomerular (TFG)
A TFG é o volume de fluido que é filtrado para 
dentro da capsula de Bowman por unidade de tempo. 
Em média é de 125mL/min,onde 180L/dia.
A TFG é influenciada por dois fatores: 
- Pressão de filtração resultante: fluxo sanguíneo renal 
e pressão arterial.
- Coeficiente de filtração: A área de superfície dos 
capilares glomerulares e a permeabilidade da interface 
entre capilar e cápsula de bowman. 
Os rins filtram todo o volume plasmático 60 vezes 
por dia,ou 2,5 vezes a cada hora. Dentre os 180 litros 
diários filtrados pelos rins, apenas 1 a 2 litros chegam 
até o processo final de excreção.
Fração de 
filtração 
glomerular
= _____________
Filtração glomerular
Fluxo plasmático renal
Na clinica 
Diabetes: Indivíduos diabéticos,por possuirem 
elevadas taxas de glicose no sangue, tendem a 
eliminar o excesso de glicose na urina. 
-> A glicose só é reabsorvida se houver necessidade 
de glicose no organismo para que volte aos padrões 
ideias, se não, é facilmente excretada. 
A característica de excretar glicose através da urina 
em indivíduos diabéticos leva a um quadro de 
poluiria, ou seja, também há excesso de micção.
->Isso ocorre por conta do alto poder osmótico da 
glicose. 
Processos inflamatórios: A ocorrência de 
processos inflamatórios tendem a alterar a 
permeabilidade dos capilares.Ou seja,durante o 
processo inflamatório, há um aumento no 
coeficiente de filtração capilar.
↳ Pressão coloidosmótica : força de atração de água
exercida pelas proteínas.
↳ Quando tem muita concentração de proteína
na art . eferente - diminui a TFG
↳ art
. oferente é o contrário .
A TFG é relativamente constante
A TFG é notavelmente constante em uma 
ampla faixa de pressões arteriais. 
Se a resistência aumenta na arteríola 
aferente a pressão hidrostática diminui no lado 
glomerular da constrição.
Se a resistência aumenta na arteríolas 
eferente, o sangue acumula antes da constrição 
e a pressão hidrostática nos capilares 
glomerulares aumenta. 
Autorregulação da TFG 
A função da autorregulação é proteger as 
barreiras de filtração da pressão arterial alta que 
pode danifica-las. 
Resposta miogênica: Quando a pressão arterial 
está alta, os canais icônicos sensíveis ao 
estiramento se abrem e as células musculares 
despolarizam. Isso leva a vasoconstrição que 
aumenta a resistência ao fluxo e leva a uma 
redução no fluxo sanguíneo através das 
arteríolas. Se a PA diminui, o tônus da constrição 
diminui e a arteríola se dilata. Mas não é tão 
eficiente então quando a PA esta menos que 
80mmHg, a TFG diminui. 
Retroalimentação tubuloglomerular: 
Reabsorção 
Mais de 99% do liquido que entra nos túbulos é 
reabsorvido para o sangue à medida que o filtrado 
percorre os néfrons. A maior parte da reabsorção 
ocorre no tubulo proximal, a reabsorção no néfron 
distal é finamente regulada, possibilitando aos rins 
reabsorverem seletivamente íons e água de acordo 
com as necessidades do organismo para a manutenção 
da homeostasia.
A reabsorção pode ser passiva ou ativa:
A ureia se desloca através das 
junções celulares epiteliais e ela 
passa por difusão depois do sódio 
e outros solutos serem 
reabsorvidos pois o lúmen tubular 
fica mais concentrado. 
Proteínas que passam para o 
lúmen são removidas por 
endocitose mediada por 
receptores na membrana apical. 
↳ Mácula densa - feedback
c. céls especializadas em
Perceber pequenas alterações do aporte de Ná pro tub.
distal
Néfron 
qr [ÉÍÍÇI
: Iama. -oiamiaà
- Reabsorção de 8% a 10% de sódio e água filtrados .
⑨H⑨H§
→°o° " """ ° " "
"" "me
- sofre grande influência da aldosterona
÷:*::::::÷:L FUBA- Transporte ativo e passivo- Borda do hímen em escova(aumenta a superfície) - o ducto coletou
÷:::÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷:-P FE.. .....fi:÷÷÷÷÷::- Formação da medula
§ te:÷÷÷÷÷: "" /- Excreção de ttt- Impermeável à água
÷÷÷÷:*:
%
:*:*.no/f::r::::::!ffiY
de água
O transporte renal pode atingir 
saturação 
A saturação refere-se à taxa de transporte 
máximo que ocorre quando todos os transportadores 
disponíveis estão ocupados pelos substratos. A taxa 
de transporte no ponto de saturação é o transporte 
máximo. 
Ex: Glicose - analogia do trem
As pressões nos capilares peritubulares 
favorecem a reabsorção 
A pressão hidrostática que existe ao longo de 
toda a extensão dos capilares peritubulares é 
menor do que a pressão coloidosmótica, de modo 
que a pressão resultante favorece a reabsorção. 
Os capilares peritubulares tem PH de 10 mmHg e, 
como resultado, o gradiente de pressão nos capilares 
peritubulares , de 20mmHg vorecendo a absorção 
delinquido para dentro dos capilares. 
Secreção 
Transferência de moléculas do liquido extracelular 
para o lúmen do néfron e depende, principalmente, 
de sistemas de transporte de membrana. A secreção 
torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma 
substancia. Se a substância filtrada para dentro do 
tubulo não é reabsorvida, e ainda é secretada para 
dentro do túbulo a partir dos capilares peritubulares, 
a excreção é ainda mais eficaz. 
A secreção é um processo ativo, uma vez que 
requer transporte de substratos contra seus 
gradientes de concentração. Os transportadores tem 
pouca especificidade, por exemplo, a família do 
transportador de ânions orgânicos (OAT) é capaz de 
transportar uma grande variedade de ânions.
Excreção 
Quando o líquido chega ao final do néfron, ele apresenta 
pouca semelhança com o liquido que foi filtrado na cápsula 
de Bowman. A concentração de íons e água na urina é 
extremamente variável, dependendo do estado do corpo. 
Excreção = Filtração - reabsorção + secreção 
Depuração 
Forma não invasiva de medir a TFG. É a taxa 
na qual esse soluto desaparece do corpo por 
excreção ou metabolização 
Depuração de x = 
Taxa de secreção de X (mg/min)___________________
[X] plasma (mg/mL de plasma)
Equilíbrio hidroeletrolítico
Equilíbrio hídrico 
A ingestão e a excreção diárias de água são 
equilibradas. A ingestão total de água em um 
dia é de aproximadamente 2,5 litros (ingestão 
e metabolismo). A perda de água geralmente 
se caracteriza por 0,9L pela pele e pelos 
pulmões,1,5L pela urina e 0,1L pelas fezes 
em um dia. 
A perda insensível de água é a forma 
inconsciente e ocorre através da superfície 
da pele e pela exalação dera umidificado.
Os rins podem remover o excesso de 
liquido através da excreção de água na urina, 
contudo,os rins não podem substituir o 
volume perdido. O volume perdido para o 
ambiente necessita ser recuperado a partir o 
próprio ambiente. 
Se a perda de liquido é grave e o volume diminui 
abaixo da linha tracejada, o liquido já não flui pela alça, 
da mesma maneira que uma grande diminuição no 
volume sanguíneo e na pressão arterial interrompe a 
filtração renal.
A remoção do excesso de água na urina é 
conhecida como diurese. Fármacos que estimulam a 
produção de urina são chamados de diuréticos. Se os 
rins precisam conservar água, a urina pode ser 
bastante concentrada, até quatro vezes mais 
concentrada que o sangue. Os rins controlam a 
concentração da urina variando a quantidade água e 
de Na+ reabsorvidos no nefron distal. 
O mecanismo para reabsorver água sem os solutos 
é tornar a osmolaridade intersticial medular alta. 
A vasopressina controla a reabsorção de água: A 
vasopressina é um hormônio da neuro-hipófise, devido a 
ela provocar retenção de água no corpo,ela tambem é 
conhecida como hormônio antidiurétco (ADH). Quando a 
vasopressina atua nas células-alvo, o epitélio do dueto 
coletor torna-se permeável à água, permitindo sua saída 
do lúmen tubular. 
A 
permeabilidade 
é variável, 
dependendo dequanta 
vasopressina 
está presente.
Aquaporinas: São uma família de canais de 
membrana. A AQP2 é regulada pela vasopressina. Elas 
são encontradas em dois locais nas células do ducto 
coletor: na membrana apical,voltada para o lúmen 
tubular, e na membrana das vesículas de 
armazenamento, no citoplasma.
Quando a vasopressina chega ao ducto coletor, ela 
se liga aos seus receptores V2. Essa ligação ativa uma 
proteína G e o sistema de segundo mensageiro do 
AMPc. A fosforilação subsequente de proteínas 
intracelulares faz as vesículas de AQP2 se moverem 
para a membrana apical e fundirem-se com ela. A 
exocitose insere os poros de água AQP2 na membrana 
apical, tornando a célula permeável à água. 
A osmolalidade é monitorada por osmorreceptores, 
neurônios sensíveis ao estiramento que aumentam sua 
frequência de disparo quando a osmolalidade aumenta. 
Em adultos, a secreção de vasopressina também 
apresenta um ritmo circadiano, com secreção 
aumentada durante a noite. Como resultado, menos 
urina é produzida durante a noite do que durante o dia 
e a primeira urina excretada pela manhã é mais 
concentrada. 
Sistema de troca em contracorrente: Os vasos 
sanguíneos arteriais e venosos passam muito perto uns 
dos outros e no néfron eles transferem água e solutos 
entre eles. 
O sistema multiplicador em contracorrente tem como 
resultado produzir liquido intersticial hiperosmótico na 
medula e filtrado hiposmótico saindo no final da alça de 
Henle. 
Os vasos retos removem a água: Quando os vasos 
fluem para a medula, na alça de Henle, eles perdem água 
para poderem capturar os solutos que foram 
transportados para fora do ramo ascendente da alça de 
Henle, então, conforme o sangue flui de volta, em 
direção ao córtex, a alta osmolalidade do plasma atrai a 
água que está sendo perdida no ramo descendente, esse 
movimento diminui a osmolalidade do sangue, enquanto 
simultaneamente impede a água de diluir o liquido 
intesticial medular que esta concentrado. 
A ureia aumenta a osmolalidade do interstício 
medular 
Equilíbrio do sódio e do volume do LEC
A quantidade total de sódio no organismo é o 
principal fator que determina o volume do LEC. A 
aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e a 
secreção de potássio. Ela atua nas células principais 
do nefron distal e aumenta a atividade da Na+-K+- 
ATPase e aumenta o tempo de abertura dos canais 
de vazamento de sódio e potássio, também 
estimula a síntese de novas bombas e canais. 
A secreção de aldosterona pode ser controlada 
diretamente no córtex da glândula suprarrenal. O 
aumento da concentração de potássio no LEC 
estimula a secreção de aldosterona, porem grandes 
aumentos na osmolalidade do LEC a inibem. 
Equilíbrio do potássio 
A homeostasia do potássio mantem os seus níveis 
dentro de uma pequena variação. A hiercalemia e a 
hipocalemia estão associadas a problemas em tecidos 
excitáveis, principalmente no coração. 
Mecanismos comportamentais no equilíbrio 
do sal e da água 
A sede é desencadeada por osmorreceptores 
hipotalâmicos e aliviada pela ingestão de líquidos. O 
apetite por sal é desencadeado pela aldosterona e 
pela angiotensina. 
As compensações homeostáticas pela mudanças no 
equilíbrio do sal e água seguem a lei de ação das 
massas. Líquidos e solutos adicionados ao corpo 
precisam ser repostos. Contudo, a compensação 
perfeita nem sempre é possível. 
Equilíbrio ácido-básico 
O pH ideal para o sangue varia entre 7,35 e 7,45. É 
denominado ideal pois permite que o funcionamento 
correto de diversos processos intra e extracelulares 
ocorra. 
Se o liquido extracelular se torna muito ácido,os 
rins excretam H+ e conservam íons bicarbonato 
(HCO3-), que atuam como tampão, inversamente, 
quando o liquido extracelular se torna muito alcalino, 
os rins excretam bicarbonato e conservam H+.
Os rins não são capazes corrigir desequilíbrios no 
pH tão rapidamente quanto os pulmões. 
Regulação neural no 
sistema renal 
A intensa ativação do SNS diminui a filtração 
glomerular. Todos os vasos sanguíneos renais, inclusive 
as arteríolas aferentes e eferentes, são ricamente 
inervadas pelas fibras nervosas simpáticas. A forte 
ativação desses nervos podem produzir constrição das 
arteríolas renais e diminuir fluxo sanguíneo renal e a FG. 
A estimulação leve ou moderada tem pouca influência 
no fluxo sanguíneo renal e na FG. Entretanto, mesmo 
aumentos ligeiros na atividade simpaticamente podem 
provocar uma redução na excreção de sódio e água, ao 
elevar a reabsorção tubular renal. Os nervos simpáticos 
renais parecem ser mais importante na redução da FG 
durante distúrbios graves agudos que duram de alguns 
minutos a algumas horas, tais como os suscitados pela 
reação de defesa, isquemia cerebral ou hemorragia 
grave. Norepinefrina, epinefrina e endotelina provocam 
constrição dos vasos sanguíneos renais e diminuem a 
FG.
Sistema renina-angtensina-
aldosterona
Quando a pressão cai até valores inferiores a 
normalidade, o fluxo sanguíneo pelos rins diminui, 
fazendo com que o rim secrete a importante 
substância chamada renina para o sangue. A renina 
atua como uma enzima convertendo uma das 
proteínas plasmáticas, o substrato da renina, no 
hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem efeito 
pouco intenso sobre a circulação e é rapidamente 
convertido em um segundo hormônio, a 
angiotensina II, por meio da enzima conversora 
(ECA). Essa enzima conversora é encontrada apenas 
nos vasos de menor calibre dos pulmões.
A angiotensina II permanece no sangue por 
pouco tempo, apenas de 1 a 3 minutos, por ser 
inativada por outras enzimas, encontradas no 
sangue e no tecido, e chamadas coletivamente de 
angiotensinas. Não obstante seu reduzido tempo de 
ação, e que está circulando no sangue, a 
angiotensina II produz vasoconstrição nas 
arteríolas, fazendo a pressão aumentar até o seu 
valor normal.
Além do mecanismo hormonal dos rins, outro 
importante sistema hormonal também participa da 
regulação da PA: É a secreção de aldosterona pelo 
córtex da suprarrenal. Esse córtex secreta 
hormônios corticoides, um dos quais, a aldosterona, 
controla o débito renal de água e de sal.
A aldosterona participa da regulação da 
seguinte forma: quando a pressão arterial cai a 
valores muito baixos, a falta de fluxo sanguíneo 
ideal pelo corpo faz com que os córtices 
suprarrenais secretem a aldosterona. Uma das 
causas desse efeito é a estimulação das glândulas 
suprarrenais pela angiotensina II que é formada 
quando ocorre a baixa da PA. Essa aldosterona 
exerce efeito no rim. Como consequência a água e 
o sal ficam retidos no sangue, aumentando o 
volume sanguíneo, normalizando a PA. De modo 
inverso, a PA aumentada inverte esse mecanismo, 
de modo que os volumes líquidos e, 
consequentemente a pressão arterial, diminuam.
Prostaglandinas e Bradicininas Reduzem a Resistência 
Vascular Renal e Tendem a Aumentar a FG.
Embora esses vasodilatadores não pareçam ter 
importância significativa na regulação do fluxo 
sanguíneo renal ou da FG, em condições normais 
eles podem amenizar os efeitos vasoconstritores 
renais dos nervos simpáticos ou da angiotensina II, 
especialmente os efeitos constritores sobre as 
arteríolas aferentes.
Pela oposição da vasoconstrição das arteríolas 
aferentes, as prostaglandinas podem ajudar a evitar 
reduções excessivas na FG e no fluxo sanguíneo 
renal. Sob condições de estresse, tais como 
depleção volumétrica ou após cirurgias, a 
administração de anti-inflamatórios não esteroides, 
como a aspir ina que in ibe a s íntese de 
prostaglandinas, pode causar reduções significativas 
na FG.
Magnitude das doenças renais da 
população brasileira 
A doença renal crônica (DRC) consiste na perda 
gradativa da estrutura e função renal, resultando em 
perda progressiva das funções fisiológicas dos rins. O 
declínio da função renal se associa ao aumento da 
mortalidade, morbidade, limitações na vida diária, 
incapacidades físicas e perda da qualidade de vida.
A prevalência da DRC tem aumentado 
mundialmente emfunção do envelhecimento 
populacional e dos fatores de risco metabólicos 
como hipertensão, obesidade, diabetes e uso de 
agentes nefrotóxicos.
No Brasil, foram identificados aproximadamente 
280 mil pacientes cadastrados em programas de 
diálise na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), 
entre os anos de 2000 e 2012, o que corresponde a 
85% das diálises realizadas no país. 
Estima-se que no mundo, aproximadamente um 
milhão de pessoas com DRCT sejam submetidas a 
uma das três modalidades de TRS - hemodiálise, 
diálise peritoneal e transplante renal - e mais de 
220.000 novos pacientes iniciem diálise a cada ano.
A DRC é considerada no atual contexto social por 
diversos especialistas da área como uma espécie de 
pandemia. Particularmente no Brasil, o índice de 
crescimento dessa patologia é avassalador entre a 
população brasileira, exibindo um péssimo 
prognóstico. Esta situação vem acarretando sérios 
problemas à saúde da população, com sofrimento, 
limitações e perdas, o que se agrava com os custos 
do tratamento que são caríssimos.
Apesar dos avanços em conhecimento científico 
específico, em tecnologias e equipamentos, o 
número de pessoas vítimas dessa nefropatia progride 
em escala ascendente em nível global. A dimensão 
do dilema é tão preocupante que nos dias atuais esta 
enfermidade vem sendo considerada como uma 
questão de saúde pública (BASTOS, 2010). Ressalte-
se que o Censo 2010 da Sociedade Brasileira de 
Nefrologia (SBN) contabilizou um quantitativo de 10 
milhões de pessoas acometidas por algum tipo de 
distúrbio renal, sendo que cerca de 70% ignoram a 
sua existência (TANAKA, 2013).
Para agravar ainda mais este cenário uma parcela 
significativa dos indivíduos acometidos por essa 
enfermidade não detém o necessário conhecimento 
para a vigilância quanto a sua prevenção.
Ademais os casos de nefropatias são diagnosticados 
tardiamente e tratados, muitas vezes, de maneira 
errônea. Dessa maneira, tais situações vão se 
constituindo em enormes perdas como o desperdício de 
tempo do método terapêutico adequado (PINHO, 2015).
Impacto psicossocial do 
transplante renal em pacientes 
nefropatas.
O SUS é a maior fonte pagadora dos transplantes 
realizados no Brasil, sendo responsável por 75% dos 
procedimentos, enquanto 17% utilizaram convênios e 
8% o sistema privado. Quanto ao transplante de rim de 
doador falecido, 98,5%, foram realizados pelo SUS, 1,3% 
sistema privado e 0,2% convênios; já com doador vivo, 
87,1% utilizaram o SUS, 1,4% sistema privado e 11,5% 
convênios (REGISTRO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES, 
2010).
Proença et al. (2004) enfatizaram que o transplante 
renal permite ao paciente resgatar o bem-estar físico e 
a capacidade cognitiva, além de mantê-lo inserido no 
contexto social, ou seja, levar uma vida quase normal, 
mantendo o acompanhamento imunossupressor 
contínuo. É claro que para isso é necessário o 
comprometimento do paciente transplantado em seu 
auto- cuidado e do envolvimento da Equipe de Saúde e 
da família.
Mendonça (2006), com vistas a identificar aspectos 
sobre a QV em uma população com IRC, entre 
pacientes em hemodiálise (62) e transplantados (58), 
aplicou o instrumento de avaliação WHOQOL-bref e 
concluiu que o grupo de transplantados apresentaram 
escores melhores quanto a satisfação com a saúde nos 
domínios físico, psicológico e relações sociais; já no 
domínio meio ambiente, os resultados ficaram em uma 
faixa de neutralidade.
 Numa pesquisa com pacientes em dialise e 
pacientes transplantados, concluíram que o transplante 
renal alcançou seu objetivo de melhorar a reabilitação 
física, mental e social dos pacientes.
O resultado, segundo Flores e Thomé (2004), 
pode ser atribuído ao fato de que a percepção do 
paciente em hemodiálise à espera de um transplante 
renal está ligada a incertezas e sentimentos, como: 
esperança, ansiedade, liberdade, ambivalência, medo, 
culpa e fé.
GONSALEZ, Sabrina Ribeiro et al. Atividade 
inadequada do sistema renina-angiotensina-
aldosterona local durante período de alta ingestão de 
sal: impacto sobre o eixo cardiorrenal. Brazilian 
Journal of Nephrology, v. 40, n. 2, p. 170-178, 2018.
C. Douglas Eaton, Pooler, John P. Fisiologia renal de 
Vander. AMGH editora Ltda. 2016 
Unglaub, S. D. Fisiologia humana. 7th edição, Porto 
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Guyton, Arthur C.. Fisiologia humana. 6.ed. RIO DE 
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Vander, Arthur J.; Sherman, James H.; Luciano, 
Dorothy S.. Fisiologia humana: os mecanismos da 
função de órgãos e sistemas.. SAO PAULO: McGRAW 
- HILL, 1981. 834p.
A dependência da diálise o leva a confrontar-se 
com a morte. Neste sentido, a percepção de QV do 
paciente em hemodiálise está alterada, visto que 
passa por um momento peculiar em sua vida, 
enquanto os transplantados já superaram esta fase e 
estão num período diferente: enfrentando os 
desafios oriundos do transplante.
Contudo, Ravagnani, Domingos e Miyazaki 
(2007), em um estudo recente compararam a QV 
pré e pós-transplante renal e identificaram 
estratégias de enfrentamento utilizadas por 17 
pacientes submetidos a transplante e que 
responderam ao SF-36, ao Inventário de 
Enfrentamento e a um roteiro de entrevista (pré e 
pós-transplante), e concluíram que não houve 
melhora significativa na QV, medida através do 
instrumento SF-36. A explicação para esse fato é 
que, após o transplante, o paciente deve aderir a um 
complexo regime medicamentoso, que pode 
acarretar efeitos colaterais indesejáveis. Há, ainda, o 
acompanhamento médico constante, causando 
estresse e ansiedade, especialmente nos primeiros 
seis meses, pois as consultas devem ser realizadas 
frequentemente. Para Fallon, Gould e Wainwright 
(1997), após esse período, ocorre a diminuição do 
convívio ao SUS e o paciente se depara com o 
retorno a um estilo de vida diferente do anterior à 
doença renal e, com esse “novo” modo de vida, 
surgem outras preocupações, como atividades 
profissionais, convívio com a família e novas 
responsabilidades.
Quanto às estratégias de enfrentamento, as mais 
utilizadas estavam centradas na emoção, ou seja, 
estratégias subjetivas para enfrentar dificuldades. 
Portanto, mesmo com o transplante bem sucedido, 
após a alta e com o enxerto funcionante, o paciente 
continua a portar uma doença crônica.
Para o paciente portador de IRC, o transplante 
significa incremento na expectativa e QV, sendo que 
o interesse nessa forma de tratamento se torna 
evidente, devido à crença da independência da 
máquina de diálise e, consequentemente, da “cura” 
pós-transplante. Molzahn (1991) afirma que existe 
QV após o transplante renal. Segundo o autor, a 
literatura científica apresenta diversos relatos de que 
a QV do paciente transplantado é muito boa, se 
comparada com seu estado pré-transplante e em 
relação aos pacientes em diálise. Entretanto, 
segundo Fallon, Gould e Wainwright (1997), diversos 
estudos apontam também que a consciência do
risco da rejeição do órgão e a incerteza quanto à 
sobrevida são fatores que interferem no nível de 
estresse do paciente transplantado.
Referências :

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