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Atividade: As três ondas de acesso à justiça. De acordo com Mauro Capelletti o conceito de justiça vem sofrendo transformações importantes em seu real sentido. Primeiramente, destaca-se que a teoria era que o acesso à justiça era um “direito natural”, porém, os direitos naturais não deveriam necessitar de uma ação do Estado para sua proteção, era apenas preciso que o Estado não permitisse que esses direitos fossem violados por outros, mas na prática não era isso que acontecia. O Estado se manteve passivo, não se preocupava em garantir que a sociedade tivesse pleno acesso à justiça e suas instituições, apenas aqueles que tivessem uma condição financeira podia ter acesso. O acesso à justiça de forma igualitária era apenas formal, mas não efetiva. A partir desse momento que surge a primeira onda, o acesso, a garantia de que todos pudessem acessar à justiça, criando estruturas, meios de acesso, como a justiça gratuita, para que todos pudessem ter acesso. Conforme a sociedade foi crescendo em tamanho e complexidade, os direitos humanos começou a sofrer uma transformação radical, pois as ações não se tratavam apenas de questões individuais, mas coletivas, nesse momento que surge a segunda onda de acesso à justiça, o acesso coletivo, uma vez o acesso à justiça sendo garantido, perceberam que os direitos a serem defendidos não eram apenas individuais, mas que envolve mais de uma pessoa, são os chamados direitos coletivos. Chegou um momento em que os juristas precisaram ampliar suas pesquisas para que o acesso à justiça pudesse ter uma maior eficácia, pois rapidamente a sociedade tomou consciência de seus direitos, como consumidores, locatários, empregados e cidadãos, surgindo uma terceira onda, a eficiência, tendo a necessidade da justiça funcionar na defesa dos direitos, era preciso que a “máquina” funcionasse de maneira justa, com um prazo razoável, garantindo a eficiência e respeitando o contraditório.
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