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Dengue: Virologia, Evolução Clínica e Prevenção

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INTRODUÇÃO 
É a principal arbovirose do mundo, pertencente ao 
grupo dos Flavivírus com RNA vírus, que apresentam 
tropismo hepático, SNC e citocinas com ação 
endotelial, sendo o extravasamento para o terceiro 
espaço, comum em formas graves da dengue. 
 Sem vacina com boa eficácia; 
 Sem antiviral e transmissão vetorial (Aedes); 
 Espectrais, com múltiplos diagnósticos 
diferenciais; 
 Diagnósticos com testes sorológicos baseados 
na detecção de anticorpos; 
A grande dificuldade que causa a disseminação da 
doença é o controle inadequado dos vetores, faltando 
programas eficientes e contínuos de controle, além da 
urbanização desregrada – o vetor se adaptou às áreas 
urbanas, vacina com problemas, dificuldade no 
diagnóstico/subnotificação e os ovos do vetor 
sobrevivem em períodos secos. 
VIROLOGIA 
Apresenta 4 sorologias: DNV- 1, 2, 3 e 4. A imunidade é 
soroespecífica, ou seja, ao entrar em contato com um 
tipo de dengue, cria-se imunidade somente a esse 
grupo. 
NS1 é utilizado para diagnóstico precoce. 
Vetor: Aedes aegypti, antropofílico e de difícil controle. 
EVOLUÇÃO CLÍNICA 
É uma doença espectral, podendo ter pacientes 
assintomáticos, formas leves (dengue clássica) ou 
formas graves. 
A maioria dos pacientes são 
assintomáticos/oligossintomáticos e a minoria 
apresenta maior gravidade da doença. 
 
Suspeita e aspectos clínicos gerais: 
 Febre e ter estado em área de risco nos últimos 
14 dias; 
 Caso suspeito: Síndrome febril aguda, mialgia, 
artralgia, cefaleia retrorbitária e rash 
maculopapular. 
 Importante: Reconhecer gravidade e realizar 
condutas inicias. 
Dengue sintomática clássica: Febre alta, abrupta, 
cefaleia retrorbitária e mialgia (costas e pernas), além 
do rash (pruriginoso ou não). 
 
Diferenciais: 
 Zika: Rash cutâneo importante e conjuntivite; 
 Chikungunya: Artralgia importante, 
cronicidade; 
 COVID-19: Doenças exantemáticas; 
 Formas graves: Leptospirose, arenavírus, 
hantavirose; 
 Exantema: Febre maculosa brasileira, sífilis, 
mono-like; 
Formas graves: Hemoconcentração (aumento do Ht), 
sangramento/choque, acometimento do SNC 
(encefalite) ou hepatite grave. 
Prova do Laço: Verificar PA e calcular PAM 
(PAS+PAD/2), manter manguito insuflado por 5 minutos 
(em adultos) e contar petéquias em 1 polegada 
quadrada (2,5x2,5cm) – positiva se >20 petéquias. É 
também um indicativo de gravidade, classificando-se 
em, pelo menos, grupo B do MS. 
*Quanto maior o valor do hematócrito, maior a 
gravidade. 
Classificação dos grupos: 
 Grupo A: Atendimento de acordo com o 
horário de chegada. 
 Grupo B: Prioridade não-urgente. 
 Grupo C: Urgência, atendimento o mais rápido 
possível. 
 Grupo D: Emergência, paciente com 
necessidade de atendimento imediato. 
 
Diagnóstico específico: 
 NS1: Utilizado em até 3 dias de sintomas; 
 Viremia – carga viral: Em até 7 dias de 
sintomas; 
 Sorologia IgM/IgG: Após 7 dias de sintomas; 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA NA SUSPEITA E NA 
CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO! 
Gravidade da Dengue: 
 Doenças de base; 
 Idade mais avançada; 
 Infecção prévia por sorotipo diferente do 
primeiro episódio – Causa extravasamento 
endotelial e choque; 
 Gravidade sem extravasamento: Miocardite, 
encefalite, Síndrome de Guillain Barré; 
Sinais de alerta: Dor abdominal, hemoconcentração, 
hipotensão, sangramentos, derrames cavitários e 
diarreia. 
Classificação de Gravidade: 
 Grupo A: Sem sinais de alerta, sem 
sangramentos e sem comorbidades. Tem como 
orientação observação e hidratação oral. 
 Grupo B: Não tem sinais de alerta, mas tem 
comorbidades, sangramento espontâneo ou 
induzido (prova do laço positivo). A orientação 
é hidratação oral + orientações dos sinais de 
alerta. 
 Grupo C: Presença de sinal de alerta (dor 
abdominal, sangramento espontâneo, etc). É 
orientado realizar a internação por no mínimo 
48h, reposição volêmica imediata – 10mg/kg SF 
na primeira hora e exames (HMG, albumina, 
transaminases, RX de tórax e USG de abdome). 
 Grupo D: Sinais de alerta + sangramentos 
graves (dano hemodinâmico, evoluindo com 
choque/disfunção orgânica). A orientação é 
internação na UTI, hidratação EV, laboratório, 
drogas vasoativas/plasma e monitorização 
contínua. 
*Grupo D - Hidratação: 20mL/kg e reavaliação clínica a 
cada 15-30 minutos, hematócrito de 2 em 2 horas e 
leito de internação após estabilização. 
PREVENÇÃO 
Vacina: De vírus atenuados (sorotipos 1, 2, 3 e 4), 
indicada para 9-45 anos, recomendada pela OMS, 
recomendação cautelosa para quem nunca teve 
dengue. Está disponível na rede privada, isoladamente 
em alguns locais. Custo x Benefício.

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