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Microbiologia Arboviroses • Transmitidas por artrópodes. • Dengue. • Oropouche – ocorre na região amazônica. o Causa cefaleia muito difícil de ser controlada. • Mayaro. • Chikungunya. • Zika. Vírus ChikV febre de Chicungunha • Doença de notificação semanal -> imediata quando há suspeita de óbito. • Até 70% é sintomática. o Devido a uma alta carga viral no sangue dos infectados. • Transmissibilidade é alta. transmissão: − Pelo vetor: Aedes aegypti. − Vertical: ocorre no momento do parto. Sintomas aparecem a partir do 4º dia de nascimento. Algias, febre, recusa em mamar, exantema e edema de extremidades. Pode determinar infecção neonatal grave com processos neurológicos, hemorrágicos e cardíacos. Não ocorre más formações em crianças. evolução: − Fase febril aguda pode evoluir para quadros subagudos e crônicos. fase aguda/febril: − Duração média de 4 dias. − Sintomas: febre elevada, exantema [em tronco e extremidades], pode ser acom- panhado de prurido generalizado ou localizado. Tbm cefaleia, mialgias, artralgia intesa – dificulta a mobilidade do pacien- te. Outras manifestações cutâneas. fase subaguda: − Duração de até 3 meses. − Febre desaparece, mas a artralgia pode persistir ou agravar. − Outros sintomas: astenia, prurido generalizado, exantema, lesões. − Fatores de risco individuais: idade (>65 a <2 anos), comorbidades e gestantes. fase crônica: − Pequena porcentagem dos casos evolui para a forma crônica. − Sintomas persistem por mais de 3 meses, pode durar até 3 anos ou mais. − Fatores que favorecem essa evolução: >45 anos, mulher, desordem articular pré- existente e intensidade das lesões articulares na fase aguda. − Sintomas mais comuns: dores articulares e muscoloesqueléticas persistentes. diagnóstico laboratorial: − Métodos diretos: PCR ou isolamento viral. − Pesquisa de Acs: ELISA ou imunocromatografia. tratamento: − Sintomático – analgésicos (paracetamol e dipirona). − Fisioterapia – sindicada nas três fases [mais efeito nas fases subaguda e crônica]. Com intuito de minimizar o dano osteoaticular e possibilitar a reabilitação. − Compressas frias nas articulações dolorosas. >> na fase aguda, não se utiliza AINEs -> pois predispõem risco de complicações renais e sangramentos; corticosteroides também são contraindicados -> pois interferem na imundiade. [corticosteroides podem ser indicados nas fases subaguda e crônica] ZIKV vírus da Zika • Doença de notificação semanal -> imediata quando em gestante ou quando há suspeita de óbito. transmissão: − Vetor: Aedes aegypti. A. albopictus é potencial transmissor. − Sexual. − Vertical – intrauterina ou perinatal. − Transfusão. >> vírus permanece em sangue e fluidos corporais por longo período. transmissão vertical: − Pode gerar: aborto, diferentes manifestações clínicas no feto, malformaçãoes (como microcefalia). >> os sinais de lesão cerebral podem ser tardios -> diagnóstico apenas aos 6-10 meses. sintomas: − Usualmente leves e há resolução espontânea em 2-7 dias. − Em alguns, a artralgia pode durar cerca de 1 mês. − Exantema maculo-papular, hiperemia conjuntival -> mais frequentes. − Febre intermitente, mialgia e cefaleia. população de risco: − Gestantes no 1º trimestre de gravidez. Risco em menor grau no 2º tri. a partir do 3º trimestre o risco de microcefalia é baixo. diagnóstico: − métodos diretos: isolamento e PCR. − Pesquisa de Acs. Teste rápido (20min). >> leucopenia NÃO é encontrada ou é discreta. DENV vírus da Dengue • Notificação semanal -> imediata se houver óbito. • 4 sorotipos – 1, 2, 3 e 4. o Imunidade é permanente e completa para o sorotipo infectante. o Para os outros sorotipos, ela é parcial e temporária. • Epidemias geralmente no verão e após períodos chuvosos. o Possibilidade de epidemias se deve a condições ambientais, índices de infestação predial e o sorotipo. o vírus: − Evelope viral contém ptn E – responsável pela ligação do vírus com receptores da cél. do hospedeiro. Essa ptn é responsável pela indução de anticorpos neutralizantes e da resposta protetora contra o sorotipo infectante. transmissão: − Vetor: Aedes aegypti. Elevada antropofilia, picada quase imperceptível. Ovipõe em contato com água. No mosquito infectado, o vírus fica nas glândulas salivares. − Vertical é rara. patogenia: − Vírus é inoculado e fagocitado por céls. dendríticas, atingindo os linfonodos locais, onde se multiplica. − A partir daí ele chega ao sangue – viremia. resposta imune: − 2 formas: A que propicia a recuperação e previne contra novas infecções. A que contribui para formas graves da doença -> patogenia complexa. teorias para as formas graves da dengue - teoria da infeçcão sequencial: dependente de anticorpos -> após a infecção primária por um sorotipo, se o indivíduo for infectado por outro sorotipo, essa segunda infecção pode ser um gatilho para resposta imunopatológica mediada por Acs não neutralizantes. - teoria da virulência viral: defende que há cepas virais mais e menos patogênicas. - teoria integral de multicausalidade/multifatorial: vários fatores influenciam na forma grave da doença -> infecção sequencial, fatores individuais [genética, idade, status imune, comorbidades], fatores virais [cepa, sorotipo]. - teoria do pecado original das céls. T: na infecção secundária por um 2º sorotipo, haveria uma expansão clonal de T de memória que apresentam baixa afinidade pelo vírus [pois são oriundas da 1ª infecção] -> mas são capazes de produzir grande quantidade de citocinas pró-inflamatórias. se o processo infeccioso não for controlado, há evolução do quadro para falência circulatória e choque. classificação clássica da dengue: − Infecção assintomática. − Infeção sintomática: A. febre indiferenciada. B. síndrome da febre da dengue (SFD) – com sangramento ou sem. C. febre hemorrágica da dengue – sem choque ou síndrome do choque da dengue. D. dengue com complicação. − Limitações: critérios muito rígidos -> elevava as taxas de letalidade, pois limitava a classificação de quadros graves. E termo “hemorrágico” gerava confusão -> dengue hemorrágica é uma classificação imprecisa. classificação nova: -- formas assintomáticas + oligossintomáticas = 80%. − A – dengue sem sinais de alarme. − B – dengue sem sinais de alarme. − C – dengue com sinais de alarme. − D – dengue grave. -- anamnese -> averiguar data do início dos sintomas – pra determinar a fase da doença, se é febril, crítica ou de recuperação. dengue sem sinais de alarme – A e B: − Início abrupto da doença. − Febre elevada, cefaleia, dor, prostração, manifestações gastrintestinais. − Exantema em 50% dos casos. − Algum grau de comprometimento hepático [aumento das transminases]. Evitar álcool por 10 dias e o uso indiscriminado de parecetamol. − Astenia prolongada após a cura é comum. dengue com sinais de alarme – C: >> atenção pois os sinais indicam a possibilidade de evolução para dengue grave -> a- gravamento do quadro costuma ocorrer na fase de remissão da febre. − Sinais de alarme anunciam iminência de choque. − Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, derrames cavitários, sangramento importante da mucosa, letargia, aumento do hematócrito, diminuição da diurese, queda abrupta de plaquetas, hipotermia... CUIDADOS adicionais para pacientes com: diabetes, DPOC e obesidade. obs. em crianças os sinais de alarme podem passar despercebidos! dengre grave – D: − A causa mais comum de óbito na dengue é por CHOQUE HIPOVOLÊMICO POR PERDA DE PLASMA. − Sintomas iniciais semelhantes aos da fase febril aguda. − Denômenos hemorrágicos. − Pode evoluir com sinais de insuficiência respiratória, que podem evoluir para choque profundo com ausência de PA. − Pode haver comprometimento visceral ou orgânico grave: Alterações hepáticas, miocardite,encefalite, nefrite. − Plaquetopenia e aumento de hematócrito. Indicadores importantes, mas não exclusivos. prova do laço: -- obrigatória em caso de suspeita de dengue que não apresenta sangramento espontâ- neo durante exame físico. -- auxilia na classificação do grupo de gravidade progressiva. − Aperta o braço com manguito e espera 5 minutos (ou 3 pra crianças). − Conta-se o número de petéquias. > 20 petéquias em adultos = + > 10 petéquias em crianças = + diagnóstico laboratorial: − Específico: Isolamento do vírus em cultura e posterior identificação. PCR – detectar RNA viral. Pesquisa de Ag viral (NS1) presente no sangue nos primeiros dias. Sorologia – elisa (a partir do 6º dia) e teste rápido pra IgM e IgG. − Inespecífico: Hematócrito. Contagem de plaquetas. Leucograma – usualmente leucopenia. tratamento: − Depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, da tomada de condutas no momento certo e de medidas de suporte. − Salicilatos são contraindicados. − Pepsquisar sinais de alarme principalmente a partir do 3º dia. − Casos suspeitos deve ser mantidos em observação -> verificar distúrbios de coa- gulação e aumento da permeabilidade vascular. − Tratar precocemente as alterações hemodinâmicas. >> grupo A: acompanhamento ambulatorial e hidratação oral: >> grupo B: acompanhamento ambulatorial em leito de observação e iniciar hidratação oral. >> grupo C: acompanhamento em leito de observação por no mínimo 48h e iniciar imediata reposição volêmica. >> grupo D: leito de terapia intensiva e reposição volêmica. prevenção: − Vacina Dengaxia – tetravalente. 9-45 anos em 3 doses com intervalo de 6 meses. Restrita a soropositivos e moram em área endêmica. Não vacinar grávidas, mulheres amamentando e imunocomprometidos. − CONTROLE DO VETOR!
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